Meditação do dia 05/09/2015
Js 20.2 “Fala aos filhos de Israel, dizendo: Apartai para vós as cidades de refúgio, de que vos falei pelo ministério de Moisés.”
Cidades de Refúgio – Uma sociedade organizada, tipo, uma nação, tem e precisa ter sistemas que funcionem, para o bom andamento da vida, tanto das pessoas como indivíduos, como na nação como um todo. Nos nossos dias atuais, proclama-se que o estado tem o dever de prover os meios que garantam o bem estar de seus cidadãos. Pensando em bem estar, ao organizar e criar as instituições de estado, os hebreus, antes peregrinos no deserto, agora já devidamente alojados em propriedades e iniciando uma vida de moradias fixas, pois desde o patriarca Abraão, até a chegada em Canaã sempre foram nômades e moraram em tendas, levando uma vida pastoril itinerante; Deus os instruiu a começar pelo “ministério da justiça,” criando inicialmente uma vara de execuções penais, para crimes culposos, (sem intenção de matar). Foram estabelecidas seis cidade chamadas de refúgio, bem distribuídas geograficamente, para que o indivíduo pudesse chegar a uma delas sem correr risco de vingança, antes de se estabelecer um juízo. A pessoa teria proteção legal e espiritual, um lugar para viver e trabalhar com convívio social e oportunidade de restauração até que a ocasião de retornar ao seu lugar de origem. Não temos nada igual, que eu saiba em qualquer sistema judiciário moderno que exerça justiça e misericórdia simultaneamente sem prejuízos para qualquer das partes. Claro que isso também é uma alegoria, para a vida espiritual. Por mais que lutemos e sejamos bem intencionados, uma hora ocorre um “incidente” e cometemos erros. O pecado é ruim e destrutivo, mesmo sendo sem intenção dolosa e premeditada. O pecado precisa ser tratado como pecado, algo que ofende a Deus e às pessoas ao nosso redor e trás prejuízos à igreja, como corpo de Cristo, da qual fazemos parte. O cristão não pode aceitar a idéia individualista de que “o que eu faço, é problema meu e ninguém tem nada a ver com isso!” A minha vida tem à ver com a sua e dos demais irmãos, e a sua tem à ver com a minha e com a vida dos demais, ou não somos corpo, não somos igreja! Mas como no caso dos hebreus, todo pecador tem em Jesus, a sua cidade de refúgio. Ele nos acolhe e ouve nossa confissão e nos dá abrigo, com restauração e trás de volta a comunhão, com base na justiça de Deus, mediante a fé no sacrifício redentor. João, escreveu algo muito bom sobre isso: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo” (I Jo 2.1,2). Mas sempre que leio sobre as cidades de refúgio, meu pensamento corre veloz para um texto dos Salmos, que é perfeito para isso: trata-se do Sl 46.1: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia.” Quando precisar se refugiar e ser ajudado, corra para o Senhor e encontre abrigo.
Pr Jason