Meditação do dia: 31/07/2020
“José achou graça em seus olhos, e servia-o; e ele o pôs sobre a sua casa, e entregou na sua mão tudo o que tinha.” (Gn 39.4)
A Importância do Servir – Uma daquelas frases de para-choques de caminhão, que são uma forma de transmissão de mensagens naquele nicho de convivência, diz: “Quem não vive para servir, não serve para viver!” Filosofia popular no mais concentrado aspecto de pureza. Para nós, que lidamos com o sagrado, como um valor intrínseco, acreditamos em coisas que nem nós mesmos acreditamos; ou seja, cremos, mas não assimilamos como valor a ser levado até as últimas consequências. Mas tal postura está errada, pois diante de Deus, a quem “servimos,” não há meio termo, exceto em se tratando de equilíbrio e bom senso. Tem que ser frio ou quente; largo ou estreito; apertado ou espaçoso; doce ou amargo e etc. Já escrevi em outra ocasião e a repetição nesse caso não é ruim, o cristão, normalmente não tem problema em ser chamado de “servo,” a questão é ser tratado como tal. Ser intitulado de servo é elogioso e afaga o ego, mas expor a pessoa à condição de ser vo, lhe faz muito mal. Em geral são humildes e disponíveis até lhe darem um balde e um rodo ou vassoura; aí se conhece a figura! Biblicamente, o servir está muito próximo da relação de trabalho, servir e trabalhar quase que se confundem. No Gênesis, por ocasião da criação, o homem apareceu no sexto dia, e o trabalho já o estava esperando, pois tudo já havia sido criado e disponibilizado antes da chegada do morador mais ilustre daquele paraíso; o Criador descansou de sua semana de trabalho e não sei por qual razão, mas Adão embarcou nessa também; provavelmente para começar a trabalhar só na próxima semana e curtir o fim de semana. (não foi ele o autor do “Sextou!” Estou afirmando que o trabalho não surgiu como castigo pelo pecado e nem em função dele; o trabalho existiu para dignificar, dar sentido e propósito à pessoa, além de expor a descobrir e utilizar os talentos, habilidades e a criatividade interior. A vocação, a paixão e o entusiasmo estão dentro de todos nós e o trabalho exige o melhor disso. Por ser uma meditação bíblica, as citações bíblicas colaboram com as teses, então vamos lá: “E Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (Jo 5.17). Se até Deus, o Pai, Jesus e certamente o Espírito Santo, todos trabalham, então não pode ser castigo, sentença ou ruim, coisa de servos e escravos. “Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos” (Mt 20.28). Jesus deixou a sua glória e não veio aqui para se ostentar entre a “gentalha,” ele veio servir! Então servir é bom e Jesus acrescentou muito à essa categoria. Agora a parte que o Jason gosta e reivindica como promessa forte: “Se alguém me serve, siga-me, e onde eu estiver, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, meu Pai o honrará.” (Jo 12.26). Estar com Jesus onde ele estiver, ser honrado pelo Pai… até eu que sou bobo, quero! José servia. Servia a Potifar, alguém que ele bem poderia fantasiar dizendo a si mesmo: “Um dia esse será o meu chefe de segurança! Só para ele aprender o que é ser servo!” Na verdade José nunca serviu ao Comandante da Guarda de Faraó, ele sempre serviu a Deus e foi destacado para trabalhar na casa de Potifar e depois estagiar no serviço publico no SPF (Serviço Penitenciário Faraônico). Depois foi ser Primeiro Ministro, só isso. Para chegar em cima, começa-se sempre de baixo. Servir para aprender a servir.
Senhor, obrigado por ser o Senhor de tudo e de todos e dispor de poder e autoridade suficiente para governar todas as coisas com santo amor e misericórdia. Hoje, queremos e precisamos aprender a lição de hoje. Ao servir ao Senhor, serviremos com prazer e disposição uns aos outros e onde for necessário. Obrigado pela disposição de nos servir em Cristo Jesus e servir de modelo. Em nome dele, oramos agradecidos, amém.
Pr Jason