Meditação do dia: 31/10/2019
“Então deram a Jacó todos os deuses estranhos, que tinham em suas mãos, e as arrecadas que estavam em suas orelhas; e Jacó os escondeu debaixo do carvalho que está junto a Siquém.” (Gn 35.4)
Se Livrando do Estranho – Quando nos convertemos ao Evangelho de Cristo, viemos quase sempre e quase todos de um estilo de vida totalmente errado em relação aos valores espirituais. Muitos eram religiosos convictos, devotos, comprometidos e conhecedores das práticas e conscientes daquilo. Outros tantos, eram apenas massa de manobra, seguidor da maioria e as vezes, como dizem os católicos, “da missa, não sabiam um terço!” Em todas as religiões há os praticantes e os adeptos à filosofia, mas não praticantes; Quando chegam a um conhecimento verdadeiro do Evangelho, da Palavra de Deus, acontece uma mudança profunda, que é produzida pelo novo nascimento, que homem nenhum e religião nenhuma pode proporcionar. “Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (Jo 3.3). Sendo uma nova criatura, como diz o apóstolo São Paulo, as coisas mudam de figura: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Co 5.17). A experiência de Jacó, de conclamar seus familiares e acompanhantes da viagem para se desfazerem dos deuses estranhos e objetos de culto, estranhos a fé que ele professava, seguindo seus antepassados, os patriarcas Abraão e Isaque, foi bem sucedida porque as pessoas já estavam instruídas acerca de como cultuar agradavelmente ao Deus Altíssimo e estavam de fato convencidas de que esse Deus lhes seria suficiente. Por natureza, o homem é feito para adorar a Deus e isso é um valor intrínseco, é nato no ser humano, se ele não conhecer e adorar o Deus verdadeiro, ele vai ser atraído para cultuar e adorar quaisquer outras possibilidades que lhe forem apresentadas, incluindo a si mesmo. A conversão na verdade, o supre dessa carência afetiva, mas com algo substancial, que é Deus mesmo, para ser sérvio em Espírito e em verdade, e não na emoção e na cabeça, convencido de que faz sentido. Ao conhecer a Deus e sua capacidade de suprir tudo o que se precisa, fica fácil abrir mão dos outros deuses e dos objetos místicos de superstição e proteção. Em todos os tempos e culturas, as pessoas sempre gostaram e usaram enfeites, adornos e adereços de todas as formas, tamanhos e de materiais que expressem valor, beleza e ou poderes… então é ai que entra a fé errada, mística, supersticiosa e juntam as duas coisas, a fé e os adereços; por isso muitos deles são cerimoniais e consagrados para cumprirem determinados preceitos. Por isso também, eles eram ou proibidos, ou retirados na conversão ou consagração de vidas. Posso não agradar a muitos, mas respeitando o direito de pensar e crer, como também de expressar isso em aspectos da fé individual ou coletiva; mas a prática devocional das Escrituras, começando nos primórdios, é registrado, que o Deus a quem servimos NUNCA se permitiu ser representado materialmente, ou artisticamente; isso era exteriormente o grande diferencial da fé hebraica, dos patriarcas, e depois na revelação escrita por Moisés e os profetas e assim se fundamentou o culto no judaísmo e no cristianismo. A fé está no coração, incrustrada espiritualmente, sem precisar de representação que o faça lembrar, pois não é preciso lembrar daquilo que é a essência e razão da existência da pessoa. “Sendo nós, pois, geração de Deus, não havemos de cuidar que a divindade seja semelhante ao ouro, ou à prata, ou à pedra esculpida por artifício e imaginação dos homens. Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam; Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos” (At 17.29-31). O espaço no interior das pessoas precisam estar preenchido plena e satisfatoriamente por Deus, para assim, não haver espaço para deuses estranhos e objetos de fé estranhos à verdade. Tentar tirar os ídolos das pessoas, sem que Deus já esteja entronizado em seus corações e reinando, é uma prática difícil e ineficiente.
Senhor, só a tua graça nos basta, nos satisfaz plenamente; como diz o salmista, oh! Provai e vede que o Senhor é bom! Nós já provamos e sabemos que Deus é bom em todo tempo. Graças te rendemos por suprir em Cristo Jesus todas as nossas necessidades, de tal forma que não precisamos buscar em outras fontes. Só o Senhor é Deus e isso é suficiente, em nome de Jesus, amém.
Pr Jason