Sacrifício Da Páscoa Ao Senhor

Meditação do dia: 31/10/2022

“Então direis: Este é o sacrifício da páscoa ao Senhor, que passou as casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu aos egípcios, e livrou as nossas casas. Então o povo inclinou-se, e adorou.” (Ex 12.27)

Sacrifício Da Páscoa Ao Senhor – Temos que ter uma resposta a quem nos pergunta sobre a nossa fé e porque realizamos alguns rituais e o sentido deles. Certamente ninguém ficará satisfeito com uma alegação de que “não sei,” sempre vi fazendo assim e também faço. Também não serve, dizer que o significado dos atos da minha fé é parte das obrigações dos líderes e pastores. Nem mesmo um ateu, aceitaria tais argumentos, porque provavelmente ele tem argumentos melhores sobre a sua falta de fé. A recomendação bíblica para nós é: “Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós” (1 Pe 3.15). Deus predisse aos israelitas, que os primeiros a perguntarem sobre aquele tipo de culto, seriam os próprios filhos deles; nesse caso, os pais teriam que estar instruídos e aptos a responder não só a indagação, mas a razão por detrás da pergunta. Nossas crianças passam por uma fase, no seu desenvolvimento que até chamamos de a fase “dos por quês” as vezes chega ser irritante, mas para eles é importante, estão em fase de afirmação de conhecimentos e descobertas e algumas coisas do mundo dos adultos não se encaixam na mente deles e a maneira que encontram para lidar com isso é perguntado insistentemente. A primeira coisa que eles deveriam dizer aos seus filhos, é que aquilo se tratava de um culto a Deus: “…Este é o sacrifício da páscoa ao Senhor…”  para nós, culto só se presta a Deus, ao nosso Deus! Só ele é digno, merecedor e o único que pode receber adoração, louvor e sacrifícios de adoração. Celebrar a páscoa, sem que isso seja culto a Deus, deixa de ter sentido. Se torna apenas um ritual religioso, uma obrigação que pode ser cumprida mesmo sem o exercício da fé. O culto a Deus não pode ser praticado sem o elemento fé! “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam” (Hb 11.6). Eles celebraram a primeira páscoa, e logo em meio a celebração, o anjo destruidor passou pelo Egito e onde não havia o sangue aspergido nas portas da casa, houve vítima; onde a fé havia levado à prática, todos estavam seguros e salvos. Os discípulos de Jesus Cristo, lá no cenáculo, celebraram a páscoa e a instituição da ceia e logo a seguir o Cordeiro de Deus foi imolado e à partir dali, a salvação pela graça através da fé está disponível a todos que se aproximam de Deus e invocam o nome do Senhor Jesus. Hoje, nos reunimos mensalmente para celebrar a Ceia do Senhor, fazer isso sem exercitar a fé no sacrifício do Senhor Jesus, que foi feito à Deus, em favor da redenção da humanidade, também não faz sentido; será apenas um ritual religioso. Á pascoa é do Senhor assim como a Ceia também é do Senhor! Para pessoas que são do Senhor e seguem as suas prescrições.

Pai, agradecemos a oferta de sacrificial de Jesus Cristo lá na cruz do Calvário. Sabemos que o sacrifício foi aceito e recebido pelo Senhor, agora podemos ter acesso à tua presença e os benefícios da redenção, estão todos disponíveis a cada um de todos nós e de qualquer um que se dispuser a crer no Senhor e na sua obra perfeita e única. Agradecemos em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Que Culto É Este?

Meditação do dia: 30/10/2022

“E acontecerá que, quando vossos filhos vos disserem: Que culto é este?” (Ex 12.25)

Que Culto É Este? – Vocês já perceberam quantas coisas fazemos na vida cotidiana, que nunca paramos para pensar ou perguntar o “por quê?” recebemos como tradição, ou prática familiar, social, cultural ou religiosa e seguimos em frente praticando sem nunca nos preocuparmos com o verdadeiro sentido ou significado. Lembro-me da história de uma mãe, colocando uma peça de carne para assar no forno do fogão, e antes ela cortou uma ponta.  A filha lhe perguntou porque ela cortara a ponta e ela disse que na verdade não sabia, mas desde pequena via a sua mãe fazer o mesmo. Mãe e filha foram conversar com a avó e ela disse que também não sabia, mas sempre viu a sua mãe cortar a ponta antes de colocar para assar. No encontro de família, com as várias gerações presentes, foram passar a história à limpo com a matriarca da família. Quando perguntada, ele deu a seguinte explicação: “No meu tempo não havia fogões com um tamanho que permitia colocar uma forma maior, por isso, para caber na forma, cortávamos a ponta. Hoje não precisa mais porque os fornos são grandes e cabem numa assadeira maior!” É certo que depois de algumas três ou quatro gerações, realizando aquele ritual de celebração da páscoa, sem as devidas explicações, algumas peças iriam perdendo a significação e alguém acabaria deixando de realizar e com o passar do tempo, ficaria totalmente desfigurado do sentido original. Para evitar isso, o Senhor instruiu a Moisés, para que instruísse o povo, para que ao realizar anualmente o ritual fossem explicando e ensinando aos seus filhos o quê e o por quê de cada elemento e que eles seriam responsáveis por realizar precisamente daquela forma nos dias de suas gerações. Há o elemento fé e a obediência ao ordenamento divino, para que a significação não se perca. Um dia, no futuro deles, e no caso, no nosso passado, Jesus veio ao mundo e cumpriu precisamente aquilo que fora prefigurado no cordeiro e na celebração. “No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). Você sabe sobre o significado do Batismo nas águas? Sobre o porque da celebração da Ceia do Senhor? Na verdade, estou perguntando se você compreende a importância de coisas que fazem parte da sua fé em Cristo e das práticas que há em nossas celebrações. Se não entende, procure se informar e se instruir!

Senhor, obrigado por nos dar exemplos de como experimentar a fé e a graça do Senhor através de celebrações simples, mas cheias de significado, porque em Cristo somos novas criaturas e podemos entender verdades espirituais pela mentalidade de novas criaturas em Cristo, que ganhamos no novo nascimento. Te agradecemos em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Quando Entrar Na Terra

Meditação do dia: 29/10/2022

“E acontecerá que, quando entrardes na terra que o Senhor vos dará, como tem dito, guardareis este culto.” (Ex 12.25)

Quando Entrar Na Terra – Estamos meditando nas promessas e nas Palavras dadas por Deus a Moisés e a Israel, quando ainda estavam no Egito, já nas vésperas de saírem em direção à Terra Prometida. Estudar essas passagens das Escrituras Sagradas nos colocam numa condição de privilegiados herdeiros das mesmas promessas e ainda acrescido das bênçãos já contidas na Nova Aliança. Eles herdariam uma terra física e geográfica, pois como nação isso lhes seria muito importante. Nós, já chegamos numa época em que a nação escolhida já está alojada a muitos anos, inclusive já foram desalojados e realojados diversas vezes. Sempre que o pecado e a rebeldia se sobrepujou a obediência e a fé, eles arcaram com as consequências amargas de sua condição de rebeldia. Somos privilegiados de existirmos no tempo da graça de Deus em Cristo Jesus; o Messias que eles tanto esperavam e acreditavam através de figuras e símbolos, para a nossa felicidades ele já veio, se manifestou em carne entre nós, cheio de graça e verdade. Não mais aguardamos uma terra física, mas entrarmos na pátria celestial, numa condição maravilhosa em que o próprio Senhor Jesus foi preparar lugar e prometeu voltar novamente para levar a sua igreja. “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.
Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também”
(Jo 14.1-3). Eles estavam nos preparativos para saírem em busca da sua promessa; nós também estamos nos preparativos para sair, mas em uma condição infinitamente melhor e de maior profundidade espiritual. A reivindicação de Deus era que eles mesmo depois de entrarem na promessa deveriam guardar aquele ritual da páscoa, porque ele prefigurava a grande verdade da redenção que estava no futuro deles. Nós guardamos pela fé no Cristo que já veio e conquistou a nossa promessa. Materialmente eles enfrentaram um deserto longo e de experiencias difíceis, perderam-se nos pecados e tiveram que esperar por quarenta anos até tomar posse da bênção que poderia ter sido bem antes. Nós, andamos pela fé e Jesus já fez a nossa jornada, já derrotou nossos inimigos e nos deu do seu Espírito Santo, como selo e garantia de que em breve virá nos buscar; não iremos até ele no compasso de nossa marcha, ele virá até nós no esplendor de sua glória. “Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, Que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas” (Fp 3.20,21).

Senhor nosso Deus e Pai, te louvamos pela tua fidelidade e comprometimento com a tua Palavra; ela jamais cairá por terra e nem deixará de realizar a razão pela qual foi enviada. Somos teus filhos, comprados em Cristo Jesus pelo seu precioso sangue derramado lá na cruz do Calvário. Reconhecemos a grandeza das tuas promessas e que não entramos na posse dela pela nossa força, mas pela tua graça e misericórdia. Estamos agora, esperando a bendita volta do nosso Senhor, que completará em nos a obra iniciada desta tão grande salvação. Obrigado por tudo, em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Estatuto Para Sempre

Meditação do dia: 28/10/2022

“Portanto guardai isto por estatuto para vós, e para vossos filhos para sempre.” (Ex 12.24)

Estatuto Para Sempre – Deus é eteno e de eternidade à eternidade Ele é Deus! Quando falamos sobre eternidade, de eternidade em eternidade, estamos falando de algo bonito, maravilhoso, grande, mas do qual praticamente não temos a menor noção do seja! É pura teoria, ou podemos admitir que é pela fé. Seres finitos como nós, discursar sobre infinidade, infinitude, estamos lidando com algo muito além da nossa realidade atual. Mas Deus trata conosco, valendo-se de sua grandeza e poder infinitos, aplicando os seus conceitos de forma que podemos ir absorvendo um pouco de cada vez e assim vamos crescendo em compreensão e um dia, chegaremos lá, deixando para trás essas limitações e dificuldades que a vida presente nos impõe. No plano físico podemos cumprir os propósitos eternos de Deus através das gerações, discipulando e sendo responsáveis por cada nova geração; uma geração é responsável pela próxima geração. Servimos de base e a preparamos para construir a sua parte e ela por sua vez serve de base e prepara as coisas para a seguinte geração. Quando o Senhor Deus, abençoou Adão e Eva, foi para que crescessem e se multiplicassem, estabelecendo gerações após gerações. No chamado de Abraão, ficou constatado que ele faria bem o seu dever de casa: “Porque eu o tenho conhecido, e sei que ele há de ordenar a seus filhos e à sua casa depois dele, para que guardem o caminho do Senhor, para agir com justiça e juízo; para que o Senhor faça vir sobre Abraão o que acerca dele tem falado” (Gn 18.19). Até esse tempo, os ensinos da fé eram passados oralmente de pai para filho, geração após geração. Agora, no Egito, na véspera da saída, Moisés recebeu a incumbência de registrar as ordens e ensinamentos do Senhor Deus e ir catalogando suas leis e estatutos que iria padronizar e sistematizar os rituais e obrigações que deveriam ser vivenciados pelo povo de Deus para sempre. Costumo dizer que “para sempre” é muito tempo. Quando lidamos entre nós mesmos, os humanos, dar alguém uma garantia de “para sempre,” entendemos que ele não tem condições de cumprir tudo isso, por é finito e limitado. Mas Deus pode nos dar ensinamentos que podem e devem ser praticados para sempre, porque ele é a garantia e estará sempre disponível para cuidar para que nada caia em desuso. Os israelitas observam até hoje os rituais da páscoa e as demais festividades que receberam e por não terem reconhecido a Cristo como o Messias prometido, ainda o aguardam, para que as verdades simbólicas se materializem. Nós, os cristãos, aceitamos pela fé que Jesus Cristo é o prometido pela Pai celeste e que cumpriu em si mesmo com sua vida, sofrimento, morte e ressurreição, tudo o que era necessário para que a obra da redenção eterna estivesse pronta e disponível a todas as famílias da terra, como é a promessa original. Hoje, a igreja tem a oportunidade e o privilégio de ser o porta-voz dessa boa notícia. Está comigo; está contigo, está conosco.

Senhor, obrigado por sua bondade para conosco, e pela providencia de algo que pudesse ter validade eterna e suprir tudo o que precisamos para nossa salvação. Somos gratos pela vinda de Jesus Cristo a este nosso mundo, por se encarnar, viver, sofrer e morrer, mas também ressuscitar para cumprir todas as tuas promessas. Louvado seja o nome do nosso grande Deus! Para sempre e sempre seja adorado e magnificado, aquele que era, que é e que há de vir! Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

O Destruidor da Meia Noite

Meditação do dia: 27/10/2022

“Porque o Senhor passará para ferir aos egípcios, porém quando vir o sangue na verga da porta, e em ambas as ombreiras, o Senhor passará aquela porta, e não deixará o destruidor entrar em vossas casas, para vos ferir.” (Ex 12.23)

O Destruidor da Meia Noite – Nas observações do comportamento das pessoas nos textos do Velho Testamento, percebe-se que eles atribuíam as manifestações sobrenaturais ou de cunho espiritual a Deus. Com certeza estamos tratando de um tempo histórico em que os fatos das doutrinas teológicas eram rudimentares ainda entre as pessoas e esses conhecimentos não estavam sistematizados como temos na atualidade. Quando falamos por exemplo de estudar teologia, um curso completo, vem fatiado em diversas matérias. Fazemos a abstração para uma melhor compreensão, juntando as peças posteriormente, ou na vida prática. Assim surgem a Teologia propriamente dita, a Cristologia, Pneumatologia, Soteriologia, Hamartiologia, Antropologia, Bíbliologia (ainda fatiando VT e NT – e outras subdivisões…) e assim vai. Então ver os personagens bíblicos atribuindo todas as ações a Deus, não deve nos ser estranho ou erros doutrinários. Aqui, por exemplo, “…o Senhor passará para ferir aos egípcios…”  “…o Senhor passará para ferir aos egípcios…” “…Senhor passará aquela porta…”  “…não deixará o destruidor entrar em vossas casas…” Poderíamos perguntar: Deus, pessoalmente estaria passando de casa em casa, de porta em porta para verificar? Ele mesmo executaria os primogênitos? Parece que há um executor que terá ou não a permissão para adentrar as casas e aplicar a sentença de morte. A luz do que conhecemos hoje, sabemos que TODA manifestação de Deus no Antigo Testamento, era na verdade, a pessoa de Jesus, ainda pré-encarnado. Nos valemos da Teologia do Novo Testamento para fixar esses conceitos. “Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou” (Jo 1.18). “O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1.15). “E quem me vê a mim, vê aquele que me enviou. Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta. Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” (Jo 12.45;14.8,9). Entende-se que todas as coisas criadas, são também protegidas por Deus e que se ele retirar a sua proteção, ainda que por instantes, e dando permissão, agentes destruidores são capazes de fazer estragos terríveis. Aqui no Egito, provavelmente à meia noite, o Senhor retirou a sua proteção dos primogênitos de cada casa em que não houvesse o sangue aplicados na porta da casa, e foi o suficiente para o destruidor agir no pais inteiro, excetuando as moradias dos israelitas, justamente as que tinham as marcas do sangue do cordeiro da páscoa assinaladas nos portais. Veja a conexão que Pedro faz já nos tempos da igreja, na dispensação da graça: “Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (1 Pe 5.8). Graças a Deus, que nos mantém guardados e protegidos pelo sangue de Jesus; a nossa fé é o elemento que nos mantém em segurança pela redenção que há em Cristo.

Senhor, reconhecemos a sua proteção e a garantia da nossa segurança está na obra perfeita que Jesus ganhou lá na cruz. Pedimos graça e sabedoria para construirmos as nossas vidas no temor do Senhor e andar à sua luz, todos os dias. Oramos com gratidão, louvor e reconhecimento de sua bondade e misericórdia. Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Aplicando o Sangue

Meditação do dia: 26/10/2022

“Então tomai um molho de hissopo, e molhai-o no sangue que estiver na bacia, e passai-o na verga da porta, e em ambas as ombreiras, do sangue que estiver na bacia; porém nenhum de vós saia da porta da sua casa até à manhã.” (Ex 12.22)

Aplicando o Sangue – Certo tempo atrás estive pensando sobre como as pessoas lidam com sangue. Algumas nem conseguem ver sangue, incluindo o seu próprio; alguns desmaiam, uns passam mal e outros entram em pânico. Quando vamos ao laboratório para coleta de sangue para exames, percebemos as mais diversas reações das pessoas, umas pelo medo da agulha e outros por extrair seu sangue. Em situações de acidente de trânsito ou outros acidentes com fraturas, nem todas as pessoas conseguem ajudar a lidar com a cena. Foi pensando nisso, que refleti sobre os valores da fé que professamos e o quanto há de elementos muitos essenciais nela que lidam diretamente com sangue. Nossa salvação, para começar, foi uma cena grotesca, muito violenta e em uma outra situação, não gostamos nada daqueles acontecimentos. Contudo, sabemos que aquilo era necessário. “E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão” (Hb 9.22). A mensagem do Evangelho é essencialmente baseada no derramar do sangue de Jesus lá na cruz. Por muitos anos, milhares deles, a obra da redenção era prefigurada diariamente nos muitos sacrifícios oferecidos no altar, apontando para um sacrifício maior e melhor que viria no futuro. Posso imaginar que entre os pais de família que precisavam sacrificar o cordeiro da páscoa e aspergir o sangue nos umbrais das portas de sua casa, havia muitos deles que também poderiam ter dificuldades, mas isso não isentava ninguém. Nem todas as pessoas teriam aptidão e coragem para matar um animal, como o cordeiro da páscoa, então teriam que aprender a lidar com isso, pois sendo responsável por ministrar para sua família, ele teria que fazer isso. Ainda que só nesta ocasião festiva e de muita relevância espiritual. Mas ainda assim, a responsabilidade prevalecia sobre gostos e preferencias. Caso o pai negligenciasse sacrificar aquela páscoa, poderia e certamente teria seu filho primogênito morto na passagem da destruição, à meia noite. Nossa lição então hoje, é pensar em como lidar com os grandes desafios que trabalham para nos impedir de ministrar a salvação de Deus para nossa família.

Obrigado, Deus, pois foi um preço muito alto que o Senhor pagou e que Jesus sofreu verdadeiramente em nosso lugar e queremos reconhecer e ser gratos, vivendo a verdade do seu amor por nós. Agradecemos, em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

O Cordeiro Para Nossas Famílias

Meditação do dia: 25/10/2022

“Chamou pois Moisés a todos os anciãos de Israel, e disse-lhes: Escolhei e tomai vós cordeiros para vossas famílias, e sacrificai a páscoa.” (Ex 12.15)

Cordeiros Para Vossas Famílias – A páscoa era uma celebração em família. A páscoa deveria também ser acolhida como um sacrifício. Sacrifício substitutivo, quando cordeiro era sacrificado e comido pela família, como apropriação da sua vida, que fora dada em resgate das vidas daquela família que se identificava com ele em sua vida, sofrimento e morte. Aquilo tudo prefigurava um sacrifício mais perfeito e mais completo, providenciado por Deus em seu filho Jesus Cristo. O escritor da carta Aos Hebreus, no capítulo dez, trata das repetições necessárias na figura do cordeiro e depois como Jesus assumiu o papel de sacrifício definitivo. “Porque tendo a lei a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam” (Hb 10.1). A repetição era necessária porque os animais oferecidos anualmente, não tinham a capacidade de remover definitivamente os pecados dos ofertantes. Assim, anualmente se relembrava tudo novamente, de geração em geração até a solução definitiva. “Nesses sacrifícios, porém, cada ano se faz comemoração dos pecados, Porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire os pecados (Hb 10.3,4). Jesus é o Sacrifício definitivo, que com uma única oferta resolveu nossos problemas diante da justiça de Deus. “Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez. Mas este, havendo oferecido para sempre um único sacrifício pelos pecados, está assentado à destra de Deus, porque com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados.” (Hb 10.10,12,14). A nossa fé, hoje não difere em nada daqueles estatutos ordenados por Deus para que Moisés transmitisse aos israelitas às vésperas de saírem da terra do Egito. Para eles, após a Páscoa, começava-se uma nova vida, inteiramente diferente daquele vivida até então, como escravos em terras estranhas, sem direitos, sem respeito merecido, apenas servindo a um tirano. Agora, eles eram livres, independentes, guiados pelo Senhor através da liderança humana de Moisés, que buscava a face do Senhor e lhes transmitia a sua Palavra e os guiaria pelo deserto até superarem os obstáculos e chegarem na Terra Prometida. A nossa Páscoa acontece quando reconhece a Cristo como nosso Cordeiro que tira os nossos pecados e se torna Senhor e Salvador, tanto a nível de indivíduos, como também para nossas famílias. “…Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós” (1 Co 5.7).

Senhor, agradecemos a oferta que fizestes em nosso lugar e para nosso benefício, lá na cruz do Calvário. Agora temos algo bom, completo e definitivo oferecido diante de Deus, para propiciação dos nossos pecados. Te agradecemos, em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Santa Convocação

Meditação do dia: 24/10/2022

“E ao primeiro dia haverá santa convocação; também ao sétimo dia tereis santa convocação; nenhuma obra se fará neles, senão o que cada alma houver de comer; isso somente aprontareis para vós.” (Ex 12.15)

Santa Convocação – Vamos pensar no sentido de uma santa convocação, como disse Deus a Moisés. No primeiro dia da festa e no sétimo haveria convocações santas para todo o povo. Entendemos de primeira mão que uma convocação é uma chamada compulsória, onde todos os convocados precisam obrigatoriamente comparecerem na data e nas condições editadas para realizarem aquilo para o qual estão sendo convocados. Aqui se tratava de uma separação de todos da nação para um tempo de adoração verdadeira. deveriam abrir mão das atividades de trabalho e cuidados ordinários e facilitarem ao máximo a disponibilidade de tempo e atenção exclusivamente para a adoração a Deus. Atividades simples e corriqueiras do nosso dia a dia, podem não ser de qualquer forma ligados ao pecado ou se contrapor aos planos de Deus; mas elas ocupam muito tempo e espaço na atenção das pessoas envolvidas. Uma família possui muitas atividades que demandam muita atenção dos adultos responsáveis, pois a provisão de alimentos, cuidados, proteção e manutenção, ainda que ocasionais, eles desviam a atenção que poderia ser dada à vida espiritual. Fico observando a vida corrida e frenética das pessoas nos dias atuais e não posso deixar de pensar em como muitas coisas que foram criadas e inventadas para facilitar e dar mais independência para as pessoas, na verdade, aqueles espaços de tempo foram tomados por muitas outras atividades. As pessoas que conseguem manter uma vida devocional diária e constante, o fazem porque criaram uma disciplina e priorizam acima de muitas outras atividades. Se pensarmos em levar esse texto para o sentido figurado, o que seria uma santa convocação para nós nos dias de hoje? Como pastor de igreja local, eu tenho dificuldades de reunir muitas pessoas da comunidade para uma reunião de oração, seja de manhã, antes do horário de trabalho, seja à noite; separar com muitas pessoas para um tempo de jejum e oração fica cada vez mais difícil! Teríamos que levar isso apenas para o campo pessoal e individual? Atendermos, nós mesmos ao chamado do Senhor? Mas ainda assim, sabemos que não supriria a questão levantada para o propósito pelo qual Deus instituiu essas convocações. Há atividades da fé e devoção, que só podem ser executadas coletivamente, porque elas levantam a nossa atenção para o fato de sermos um Corpo em Cristo; sermos batizados num mesmo Espírito para vivermos as promessas como povo, nação e humanidade. Provavelmente, para entendermos uma santa convocação, tenhamos que fazer e participar de várias santas convocações! Entender o sentido de corpo e família, de pertencermos uns aos outros. Entendemos muito bem o sermos um ramo da videira, mas precisamos entender também sermos ramos da mesma videira que outros ramos e juntos produzirmos muitos frutos para glória de Deus. “Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15.5).

Senhor, agradecemos a vida e a esperança que há em Cristo Jesus para cada um de todos nós que fomos chamados por ti para servir e abençoar uns aos outros dentro do mesmo Corpo de Cristo. Somos gratos pela oportunidade de compreender o quanto o Senhor investiu em cada um de nós, para nos tornar seus filhos e herdeiros juntamente com Cristo, para produzir gloria e honra ao teu santo nome, através do sacrifício de Cristo lá na cruz. Oramos em fé, buscando o discernimento espiritual que nos capacita a viver a tua grande convocação para vivermos uma vida abundante, todos os dias, em Cristo, por Cristo e para Cristo. Amém!

Pr Jason

Pães Ázimos Por Uma Semana

Meditação do dia: 23/10/2022

“Sete dias comereis pães ázimos; ao primeiro dia tirareis o fermento das vossas casas; porque qualquer que comer pão levedado, desde o primeiro até ao sétimo dia, aquela alma será cortada de Israel.” (Ex 12.15)

Pães Ázimos Por Uma Semana – Entre os ingredientes e parte dos rituais da celebração da páscoa, havia essa determinação de comerem pães sem fermento, por uma semana. E não era apenas não comer pães sem fermento; esse ingrediente da culinária deveria ser retirado das casas durante esse período. Não comer e não ter fermento em casa, por uma semana. Seguindo as aplicações da simbologia bíblica, onde os números produzem entendimento e significação, o número sete é símbolo de totalidade, algo completo, finalizado, pode até ser perfeito no sentido de total, não no sentido moral e ético. Assim como uma semana tem sete dias e ao final está encerrado, o oitavo já é na verdade o primeiro dia da próxima semana. A Bíblia ainda fala dos sete Espíritos de Deus, “E repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o espírito de sabedoria e de entendimento, o espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de conhecimento e de temor do Senhor” (Is 11.2). Na visão do Apocalipse, João utilizou a mesma expressão e viu o que entendemos como a totalidade e plenitude do Espírito Santo em ação. “E do trono saíam relâmpagos, e trovões, e vozes; e diante do trono ardiam sete lâmpadas de fogo, as quais são os sete espíritos de Deus” (Ap 4.5). “E olhei, e eis que estava no meio do trono e dos quatro animais viventes e entre os anciãos um Cordeiro, como havendo sido morto, e tinha sete pontas e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus enviados a toda a terra” (Ap 5.6). Existem muitos outros setes, descritos nas Escrituras, mas não nos ateremos a eles agora. A idéia de comer pão ázimo (pode ser asmo também); fala da ausência de fermento, ou seja, de qualquer ingrediente que fermente, ou produza crescimento artificial. Não é só a artificialidade, mas a falsidade, pois uma massa sem o fermento ela é autentica e ficará do tamanho e consistência natural; mas se ela for fermentada, ficará mais leve, suave, crescerá maravilhosamente e terá uma aparência muito bonita – mas é tudo falso, artificial. Em termos de vida, é tudo aquilo que não é verdadeiro, autentico e feito em verdade e com naturalidade. Se trata de maquiagem, embelezar e ornamentar coisa e relações que não representam a verdade na vida da pessoa. Em palavras bem claras, é ser fingido, dissimulado, exagerado, aparente ou ostentação, vaidade pessoal. Essa relação com Deus, agora tomaria uma nova forma, pois eles deixavam de ser protegidos apenas, para serem povo exclusivo de Deus; seriam uma nação particular, com uma aliança que fora estabelecida com os patriarcas como pessoas, mas agora isso entrava para o nível de nação, povo, coletividade. Isso é um trabalho para uma vida toda, pois será relembrado todos os anos e repetido e ensinado com muita seriedade para todos os tempos de geração em geração. Isso vai aparecer na igreja, no tempo da graça, realizado por Cristo, mas deve ser apropriado por cada um e acolhido para sempre.

Senhor, obrigado pela sinceridade com somos tratados pelo Senhor e pela graça suficiente em Cristo Jesus para nos salvar e nos aperfeiçoar passo a passo, de forma que podemos ser sinceros e inculpáveis por aquilo que Jesus fez e disponibilizou para todos que creem. Somos gratos, em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Memória Para Todas As Gerações

Meditação do dia: 22/10/2022

“E este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao Senhor; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo.” (Ex 12.14)

Memória Para Todas as Gerações “Quero trazer à memória aquilo que me trás esperança!” É um texto bíblico cantado pela banda Diante do Trono: “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança” (Lm 3.21 ARA). O povo de Deus recebeu instruções muito precisas sobre um ritual a ser celebrado anualmente à partir daquela data, dia catorze daquele primeiro mês do calendário que eles estavam iniciando. Aquela cerimonia recebeu o nome de “Páscoa,” que significa “Passagem” e marcava definitivamente o fim do cativeiro no Egito e o início de uma nova vida, de liberdade e peregrinação em direção à sua Terra Prometida. Estavam passando de uma condição para outra, de uma vida para outra; deixando para trás o senhorio de Faraó e submetendo-se ao senhorio do Deus Criador, que se revelara no passado aos patriarcas e recentemente à Moisés e os estava tirando do Egito com braço forte, muitos sinais e maravilhas. Essa celebração, em que comiam um cordeiro ou cabrito assado no fogo, com pães ázimos e ervas amargas, era para ser lembrados de geração em geração. Marcamos aqui, que a forma de Deus nos fazer lembrar, não apenas marcando um “X” no calendário, ou assinalando de vermelho aquela data; mas repetia-se o mesmo ritual, todos os anos, com a mesma seriedade, reverencia e respeito aos simbolismos. Também havia a parte didática, em que os pais discipulariam os filhos para entenderem a importância e o compromisso de fazerem isso em suas gerações por estatuto perpétuo. Como já citei em outras meditações, o povo oriental tem uma noção melhor e mais precisa sobre pactos, alianças e estatutos a serem praticados por gerações sem jamais cessar. É claro que o pecado e a mentalidade imediatista levou os ocidentais a amarem viver o presente e o imediato e assim, as grandes preocupações das cabeças ocidentais é com aquilo que lhe diz respeito e quando pensam em legado, estão pensando em herança material e financeira para os seus próprios filhos. Verdades espirituais e valores de fé são relegados para planos de pouco importância. Até mesmo os evangélicos mais ortodoxos vivem de olho em  servirem a Deus nos seus dias e fazerem alguma coisa pelo Reino de Deus mais interessados no galardão e nas pedras na sua coroa, do que propriamente pelo zelo de fazer com que os propósitos eternos sejam alcançados. A absorção da realidade de que possuímos a vida eterna, somos alcançados com propósitos eternos, para sermos cidadãos de um Reino que jamais será abalado e não passará o seu trono para outro governo, mas Cristo estará assentado nele para sempre e sempre, de eternidade em eternidade, isso é pouco enfatizado. Celebramos a Ceia do Senhor e nem sempre se dão ao trabalho de refletirem sobre o seu genuíno significado. Oremos por um despertar geracional, memorial de eterna durabilidade.

Senhor, de geração em geração o Senhor é Deus e é assim que somos instruídos em tua Palavra. Pedimos sabedoria e discernimento para vivenciar essas verdades e nos apropriarmos do que é direito e privilégio nosso em Cristo Jesus. Amém.

Pr Jason