Ditos do Coração

Meditação do dia 31/10/2015

I Sm 27.1 “Disse, porém, Davi no seu coração: Ora, algum dia ainda perecerei pela mão de Saul; não há coisa melhor para mim do que escapar apressadamente para a terra dos filisteus, para que Saul perca a esperança de mim, e cesse de me buscar por todos os termos de Israel; e assim escaparei da sua mão.”

Ditos do coração – “Falando com os meus botões” – “Falando comigo mesmo” – “de mim, para mim mesmo.” Quem nunca se viu falando consigo mesmo e batendo altos papos, tomando decisões após uma conferencia consigo mesmo? O interessante desse tipo de situação é que criamos o cenário, produzimos o diálogo, fazemos uma entrevista conosco mesmo e quase sempre gostamos das respostas. O perigo disso é que podemos chegar a conclusões que necessariamente não é o que efetivamente cremos. Vejamos o caso aqui em que Davi, vinha experimentando livramento e proteção constantes de Deus, algumas vezes de forma milagrosa. Ele contara com ajuda, desde o príncipe herdeiro Jônatas, até mercenários e desconhecidos, e ele tina a palavra de Deus que lhe assegurava o acesso ao trono e à liderança da nação. Mesmo assim, circunstancialmente, Davi ouviu agora mais o seu próprio coração, do que a Deus. Isso produziu medo da morte, algo não muito comum para guerreiros como ele. O medo escraviza, porque ao infiltrar no coração da pessoa, ele executa procedimentos de sobrevivência instintivos. Qualquer pessoa que se sinta ameaçado de morte, instintivamente ele trabalha para evitar o pior e desenvolve meios e mecanismos de proteção. Sendo essa ameaça falsa, todos essas ações e atitudes serão desastrosos, porque na verdade não existe uma ameaça. Davi, ao chegar nessa conclusão, viu-se obrigado a se abrigar onde melhor possibilidade teria de não ser procurado e o lugar mais viável foi buscar abrigo e proteção de um inimigo declarado de ambos. Fazer pactos e acordo com inimigos, nunca é uma boa idéia. Sempre terá um preço a se pagar e nem sempre é barato. Como cristãos, adoradores de Deus, discípulos de Cristo, temos inimigos declarados de nossa fé e nossa condição espiritual; os três principais são: O Diabo, o mundo e a Carne. O Diabo trabalha com planos macros e dificilmente tem projetos individuais, mas suas redes estão armadas para atingir dissimuladamente em quase todas as instancias. O mundo, não é o globo, a estrutura física do planeta, mas o sistema dominante, que é predominantemente anti-Deus. Tudo que é para ser bom, produtivo, edificante, do bem, recebe resistência ferrenha! A carne, também não é nossa estrutura física, mas o princípio reinante que confronta as verdades e realidades espirituais. Satisfazer a carne é alimentar algo que teremos que combater, mais cedo ou mais tarde, ou constantemente. Anos mais tarde Davi escreveu sobre a atitude certa em momentos difíceis: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia” (Sl 46.1). Acredite, Deus pode cuidar de tudo para você!

Pr Jason

Caminhos e Lugares

Meditação do dia 30/10/2015

I Sm 26.3 “Então Saul disse a Davi: Bendito sejas tu, meu filho Davi; pois grandes coisas farás e também prevalecerás. Então Davi se foi pelo seu caminho e Saul voltou para o seu lugar.”

Caminhos e lugares – O profeta Jeremias falou em nome do Senhor Deus, sobre “as veredas antigas” de Deus (Jr 6.16), em que deveríamos andar, mas teimosamente nos recusamos, e as consequências estão ai, bem claras na nossa sociedade. Trata-se de modo de vida, princípios eternos que fundamentam cultura, costumes e foi propositalmente instituídas por Deus, para o bem e a segurança de todos, em qualquer nação, cultura, língua, tempo e época. Mudar isso, é entrar em terreno arenoso. Baseado na experiência de cada um com Deus e com sua fé, escolhemos nossos caminhos e por eles construímos nossas vidas. É certo que os caminhos dos homens são abaixo do padrão dos caminhos de Deus, e a vida bem sucedida, a vida vitoriosa ou vida abundante, está no nível dos caminhos de Deus. Isaías profetizou: “Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor. Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos” (Is 55.7-9). Deus quer que o homem ímpio deixe o seu caminho; assim como quer que o homem maligno deixe os seus pensamentos malignos e se convertam ao Senhor, ou seja, adotem os caminhos e os pensamentos de Deus. Deus quer que os homens mudem de vida! O pensamento e o modo de pensar em si dos homens é diferente do de Deus. Diferente quanto? Pouca coisa! Em termos de altura, seria só a diferença de altura entre a terra e o céu! Deus pensa lá em cima!!!!! Os homens pensam lá em baixo!!!! É certo, que Deus não vai deixar de ser quem é e de se nivelar por baixo; o que ele propõe é nivelar por cima. Ele desceu essa diferença toda através da encarnação de Cristo e viveu aqui no nível humano, assimilou tudo, assumiu a nossa condição e levou nossas fraquezas, nossos pecados e nossa morte lá na cruz e liberou o Espírito Santo para habitar em nós e nos guiar “À TODA VERDADE”  para através da revelação divina em Cristo, subíssemos de nível. Pela ação do Espírito Santo e instrumentalidade da Palavra de Deus, podemos alcançar o nível dos pensamentos de Deus. A meditação BÍBLICA proporciona isso. Depois de todas as lutas e tribulações, Davi “se foi pelo seu caminho” Ele tinha um caminho por onde dar, ele sabia o seu caminho e sabia que o seu caminho não era o mesmo caminho de Saul. Saul, “voltou para o seu lugar” – o lugar de sempre, da mediocridade, da insanidade, da desobediência e da morte e lá morreu, no seu lugar, do jeito que escolheu viver, mesmo sem quer ele escolheu morrer. Você sabe o seu caminho? Você tem um caminho com o qual está comprometido? Você sabe o seu lugar? Lugar esse construído e preparado ao longo dos seus caminhos, feito por suas escolhas e será também o seu lugar final.

Pr Jason

A Bela e a Fera

Meditação do dia 29/10/2015

I Sm 25.3 “E era o nome deste homem Nabal, e o nome de sua mulher Abigail; e era a mulher de bom entendimento e formosa; porém o homem era duro, e maligno nas obras, e era da casa de Calebe.”

A bela e a fera – Certa vez fazendo uma palestra para casais, introduzi o assunto por esse texto e esses personagens. E a minha pergunta foi: Como uma moça linda, com essas qualidades todas, foi se enroscar com uma sujeito desses? Mas não só eu sabia a resposta para o fundo histórico, como sabemos para muitos outros casos contemporâneos nossos. Não é difícil encontrarmos nos círculos cristãos e nas famílias em geral uma situação como essa descrita no texto. Uma mulher abençoada, trabalhadeira, serviçal, zelosa, prática, comprometida e de uma vida e uma conduta linda, tentando o sonho de viver uma família feliz e no outro lada do casamento está um sujeitinho enfezado, aborrecido, de mal com a vida e com ele mesmo e que não faz questão de demonstrar todo o seu repertorio de falta de modos, educação e boas maneiras. Há uma pessoa lá em Goiás, que não vou citar no nome para ela não reivindicar a autoria, mas ela dizia que as mulheres ainda continuam sonhando com o príncipe encantado chegando num cavalo branco para busca-las, e quando ele aparece e a moça aceita, em muitos casos quando chega em casa, ela descobre que só chegou o cavalo! É uma pena! Essa relação é muito importante e sendo uma das relações primárias, não deveria sofrer tanto. Não se trata apenas dos sonhos, de se casar e ser feliz; mas tem a importância do papel dos pais na condução da família, na influencia gerada os filhos e a proteção que devem oferecer para a estabilidade emocional, física e espiritual de toda a família. Todos começam apaixonados, românticos, cheios de juras, promessas, flores, chocolates e mimos, para depois em pouco tempo a relação se azedar, a comunicação desaparecer e a convivência se tornar sofrível e quando um deles olha para porta-retrato exposto ali numa cena de carinho e alegria que agora a sensação é de que aquilo não existe mais. Quanto mais o tom da voz sobe, maior é a distancia entre o casal e não tarda para alguém perguntar: “O que aconteceu com a minha vida?” Tiago diz que “toda boa dádiva e todo dom perfeito bem de Deus…” (Tg 1.17). Coisas boas, duráveis, são construídas, são planejadas, são cultivadas com muito carinho e muita dedicação. Uma boa família não acontece por acaso, um bom casamento é fruto de uma vida dedicada a fazer as coisas acontecerem do jeito de Deus. Nossas escolhas, ainda as mais simples, nos levam a decisões mais complexas e cruciais. Errando, por exemplo, indo a um lugar onde não deveria e que não faz parte dos seus projetos de vida, corre-se o risco de encontrar a pessoa errada, que entrará furtivamente na vida e levará a outras tantas escolhas incluindo com quem se casar, que é uma das escolhas definitivas da vida. O desejo de ser igual aos outros da turma, fazer as mesmas coisas que “os outros fazem” pode levar uma boa pessoa se amarrar a um Nabal da vida. Os filhos de Deus tem o Espírito de Deus para guiá-los, é uma vantagem que precisamos utilizar com muita reverencia, para não comprometermos todo o projeto de Deus para nossa vida.

Pr Jason

Davi Teve Problema de Coração

Meditação do dia 28/10/2015

I Sm 24.5 “Sucedeu, porém, que depois o coração doeu a Davi, por ter cortado a orla do manto de Saul.”

Davi teve problema de coração – Não acredito que tenha sido um problema cardíaco, infarto ou arritmia ou quaisquer outros males que comprometem o coração. Mas foi um tipo de dor, que dói sem doer de fato; é mais um problema de consciência. Muitas qualidades só se evidenciam em circunstancias extremas, onde a pessoa é forçada ao limite máximo de suas capacidades. Para um homem treinado militarmente para sobreviver em qualquer tipo de ambiente hostil, e estando encurralado, com risco de vida, com certeza a reação natural seria eliminar qualquer possibilidade de ameaça. Nesses casos, “atira-se primeiro e depois pergunta!” Mas Davi, não agiu como um homem comum, cheio de habilidades de treinamento; ele agiu como um homem de Deus, responsável, líder e que precisava dar exemplo para sua tropa, que era composta por homens desesperados e sem nada a perder e que tinham em Davi suas últimas esperanças de pelo menos sobreviverem mais um dia. Saul ficou vulnerável, isolado numa caverna, sem sua guarda pessoal, até desarmado e incapaz momentaneamente de defender a si mesmo se preciso fosse. Ele não sabia que Davi estava escondido ali, estando inteiramente à mercê de qualquer decisão que fosse tomada. É possível, que por alguma razão, foi possível a Davi cortar com uma espada a orla do manto do rei sem que ele percebesse; ou ele estava muito desatento, ou havia algum de tipo de barulho que deu cobertura para a ação de Davi. Os homens de Davi, apoiavam que ele eliminasse o rei, quem sabe cortando lhe a cabeça ali no escuro da caverna e Davi tinha que escolher cortar uma cabeça, ou só a orla do manto, e optou pela orla. Mesmo assim, logo em seguida “o seu coração doeu!” Pense, como seria a dor e o pesar no coração dele, caso ele tivesse optado por cortar a cabeça do rei? Como ele explicaria isso para Jônatas, filho de Saul e seu grande amigo e aliado? Como ele justificaria perante a justiça, ter matado uma pessoa desarmada, num espécie de cilada ainda que involuntária? Aqui entra a questão dos princípios que regem a vida da pessoa. Minhas ações estão firmadas sobre que bases? A justiça? A verdade? A transparência? A misericórdia? O que Jesus faria estando nessa mesma situação? O que uma pessoa de Deus, comprometida com a edificação de algo eterno faria? Davi escolheu não agir em defesa própria e respeitar a unção que aquele homem tinha, unção essa que só Deus dava, e só Deus tiraria. Ele também era ungido por Deus e certamente gostaria que isso fosse reconhecido e respeitado, então ele iria respeitar e deixar que Deus julgasse a Saul e da sua maneira cumprisse seus propósitos eternos. Abraão querendo ajudar a Deus fazer as coisas produziu pela carne um Ismael, quando Deus lhe prometera um Isaque. Moisés tentou ajudar a Deus tirando a Israel do Egito dez anos antes do prazo e acabou atrasando em trinta anos. Davi não aceitou fundar um trono que durará para sempre e que um dia o próprio Senhor Jesus se sentará nele, baseado na injustiça e em derramar sangue. Eu também já tive dor no coração e dei graças a Deus por isso; Você já teve dor no coração? Seu coração (consciência) ainda de reprova quando toma decisões não boas? Se sim, mantenha isso sensível! É para o seu bem!

Pr Jason

Rei e Vice-Rei

Meditação do dia 27/10/2015

I Sm 23.17 “E disse-lhe: Não temas, que não te achará a mão de Saul, meu pai; porém tu reinarás sobre Israel, e eu serei contigo o segundo; o que também Saul, meu pai, bem sabe.”

O Rei e o Vice-rei – O rei Salomão, que foi rei de Israel, filho e sucessor de Davi, foi o homem mais sábio que pintou no planeta terra. Um homem com um currículo desses, precisa e merece ser ouvido; E quem fez essa afirmação e o colocou nessa posição privilegiada, foi o próprio Senhor Deus. Num de seus escritos, registrados no livro de Provérbios, ele disse assim: “Do homem são as preparações do coração, mas do SENHOR a resposta da língua” (Pv 16.1). Essa verdade, é eterna e vale para todos os tempos, até para nós hoje. Podemos fazer planos e projetos, e devemos fazer, mas a confirmação deles vem de Deus. Nosso conhecimento do futuro e suas possibilidades, são muito limitadas, então, nem sempre um bom plano, é garantia de sucesso ou mesmo dele acontecer. Davi sabia que seria rei, porque fora ungido e separado pelo profeta Samuel sob ordem direta de Deus. Mais tempo, menos tempo, ele ascenderia ao trono da nação. Jônatas, era o príncipe herdeiro do mesmo trono, isso do ponto de vista da hereditariedade. Mas o rei Saul, que fora colocado por Deus, também fora deposto por Deus, ainda o rei de fato, mas não de direito; um novo rei já estava sendo preparado para cumprir aquela função, uma vez que Saul não fora fiel e não se dispôs a obedecer a Palavra de Deus. O profeta Daniel, anos bem à frente, fez uma declaração sobre a autoridade de Deus em intervir nos governos humanos, ele afirmou o seguinte: “E ele muda os tempos e as estações; ele remove os reis e estabelece os reis; ele dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos” (Dn 2.21). Deus estabelece e remove reis. Isso vale literalmente, como também figuradamente – Literalmente Deus tem o poder de intervir e estabelecer governos e destituí-los sem violar suas leis e nem os das nações, que são oriundas dele mesmo. Figuradamente, reis simbolizam pessoas e ou instituições em situações de poder e liderança. É por isso que existem igrejas e ministérios que existem de fato, mas não de direito em termos espirituais; Deus já removeu deles o direito de o representar. Numa das cartas de Apocalipse Jesus citou uma em que se eles não se arrependessem e mudassem de vida, ele a removeria. Que bom que servimos ao Rei dos reis e ao Senhor dos senhores! Ele dispõe de nossas vidas e ministérios, e o importante é que nossos planos sejam confirmados por Ele. Jônatas, reconhecia que seu pai havia perdido o trono, mas que ele seria um vice-rei de muita valia para Davi e humanamente falando, é muito provável que Davi o confirmasse, tanto pela lealdade quanto pela competência de seu amigo. Mas isso, é uma história que não se confirmou!

Pr Jason

Quatrocentos

Meditação do dia 26/10/2015

I Sm 22.2 “E ajuntou-se a ele todo o homem que se achava em aperto, e todo o homem endividado, e todo o homem de espírito desgostoso, e ele se fez capitão deles; e eram com ele uns quatrocentos homens.”

Quatrocentos – Liderar é uma arte, uma ciência e convenhamos, não é para todos. Estar à frente de um grupo de pessoa, não é necessariamente ser líder deles. Também não é apenas conduzi-los e guia-los, mas saber extrair de cada um o melhor para que o grupo seja bem sucedido. A história está repleta de ocasiões em que um grupo inferior em número e equipamentos, prevaleceu contra opositores maiores e mais bem equipados e preparados. Certamente o comando firme torna essa missão possível. Sou pastor de uma igreja batista, com mais trezentas pessoas, e sei o peso e a responsabilidade de estar à frente e liderar. Somos democráticos e todos podem participar e contribuir com idéias, planos e ações e estamos num ambiente não hostil e a maioria dessas pessoas e famílias são estáveis e prosperando; e mesmo assim, temos lutas e reveses. Agora, olhemos o perfil das pessoas que se juntaram a Davi: “todo o homem que se achava em aperto, todo o homem endividado, todo o homem de espírito desgostoso. Um bando de mercenários, unidos pelas dificuldades pessoais e familiares, pessoas que numa linguagem popular, “não tinham nada à perder!” Alguns tão desesperados e amargurados, que na situação em que estavam eles diriam “qualquer paixão me diverte.” Eu não gostaria de ser pastor de uma congregação de quatrocentos membros com esses qualificativos! Uma pessoa amargurada contamina e dificulta o relacionamento de muitas pessoas; pessoas em situação de aperto, acuadas, pressionadas, são capazes de qualquer coisa; pessoas desgostosas não cooperam, criticam, são negativas e justificam sua condição induzindo outras a participarem de seus dissabores. Mas esse foi o grupo de apoio que Davi conseguiu. Ele não estava procurando juntar pessoas, formar um grupo miliciano ou mercenários, para agirem em alguma situação. Essas pessoas simplesmente foram aparecendo e se juntando e como ele era conhecido, herói nacional e agora fugitivo, perseguido e injustiçado pelo rei que não era nada popular e bem visto pelo povo. Deu nisso! Você já percebeu, que muita coisa que hoje é sua responsabilidade, você não procurou por isso, não estava e nunca esteve nos seus planos, mas de alguma forma isso “caiu no seu colo?” O que fazer? O que poderás aprender disso tudo? O que o futuro te reserva? Davi, sabia que seria o próximo rei, que o povo precisava de alguém comprometido com Deus, mas também com o povo. Aquilo foi uma escola para Davi! Como lidar com conflitos, ambições, como lidar com os dissabores. Tudo aquilo preparou Davi para ser um rei segundo o coração de Deus e admirado e respeitadíssimo pelo povo, porque ele sabia, por experiência própria, estando no meio do povo, tento cheiro de povo, dividindo o pouco, para todos sobreviverem mais um dia. Quando Davi estava no trono e tinha que julgar e ouvir pessoas, ele sabia do que se tratava. Deus sabe e vê nossas lutas e nossas provações! Precisamos ser aprovados em meio à situações de alta pressão e risco. Não esqueçamos o conselho de Tiago: “Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações; Sabendo que a prova da vossa fé opera a paciência. Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma” (Tg 1.2-4).

Pr Jason

Pão Sagrado

Meditação do dia 25/10/2015

I Sm 21.6 “Então o sacerdote lhe deu o pão sagrado, porquanto não havia ali outro pão senão os pães da proposição, que se tiraram de diante do Senhor, para se pôr ali pão quente no dia em que aquele se tirasse.”

Pão Sagrado – Até Jesus citou essa história nas aplicações que fazia em seus ensinamentos. O que é sagrado e o que é profano? Ou o que é sagrado e o que é secular? Acostumamos fatiar a vida em setores específicos e manter cada coisa em um quadrado especifico, sem querer que haja conexão entre uma coisa e outra. Com isso surge os conceitos do que é sacro e profano, pessoal e coletivo, social e familiar; público e privado, trabalho e lazer etc. A verdade é que a vida é uma só e quanto mais vamos fragmentando, mais complicado se torna. A medicina quer cuidar do corpo, a psicologia, quer cuidar da mente, a igreja quer cuidar do espírito e nos vemos com um paciente em coma nos três âmbitos e ninguém conseguindo ajudar ninguém em coisa alguma. Davi, precisava escapar da perseguição à sua vida promovida pelo Rei Saul e com a ajuda do príncipe Jônatas, ele iniciou sua fuga e quando precisou de alimento, recorreu a amigos e conhecidos a quem ele já havia ajudado e com quem poderia contar numa situação de emergência. Foi então que ele fez contato com o sacerdote, que cuidava do tabernáculo. O único alimento disponível naquele momento eram os pães da proposição, isto é, doze pães grandes, feitos cerimonialmente, seguindo um ritual e que tinha um simbolismo sagrado; eles ficavam expostos diante de Deus no santuário, por uma semana e depois trocados por outros novos, quentinhos. Aqueles então poderiam ser usados como alimentos apenas pelos sacerdotes e seus familiares. Davi não era sacerdote, portanto estava fora da lista de quem tinha permissão para comer. Mas o sacerdote ponderou sobre a necessidade de Davi e o cumprimento restrito dos rituais. Ser misericordioso e saciar a fome de uma pessoa boa e mais ou menos importante que seguir um ritual religioso? Ele optou por alimentar a Davi. Anos mais tarde, Jesus, que é Deus e quem instituiu tal ritual, concordou que o sacerdote tomara a decisão certa, pois o culto e os rituais tem sua função para aproximar o homem de Deus e lhe fazer bem. Isso não abre precedentes para abrir mão de todo e qualquer princípio divino para satisfazer uma necessidade humana. Aquele pães também simbolizavam a suficiência de Deus em prover o pão para o seu povo em todo o tempo; por isso que eles eram trocados semanalmente e nunca faltavam na presença de Deus. Jesus é o pão de Deus, que sacia eternamente e nunca falta. Jesus é o tudo de que precisamos e sempre podemos recorrer a ele, qualquer que seja a nossa necessidade. Não há nada mais sagrado na terra ou no céu, do que Jesus, e ele está sempre disponível.

Pr Jason

Atirando Flechas

Meditação do dia 24/10/2015

I Sm 20.20 “E eu atirarei três flechas para aquele lado, como se atirasse ao alvo”

Atirando flechas – Há um provérbio popular, que diz que “há três coisas que nunca voltam: A palavra falada, a flecha atirada e a oportunidade perdida.” Não vamos entrar no mérito da questão do que volta ou não volta, mas, devido a finalidade do uso da flecha, é de esperar que se acerte o alvo ou ela se perde. Essa questão me trás a memória, alguns episódios bíblicos onde o uso da flecha foi significativo e importante. Um deles foi no fim do reinado do Rei Acabe, de Israel, que por sinal foi um péssimo monarca, de caráter fraco, influenciável e que fez alianças abomináveis que trouxeram muitos prejuízos para a nação toda. Entre essas coisa foi o seu casamento arranjado com uma princesa fenícia, de nome Jezabel, que trouxe e implantou o culto pagão ao deus Baal, e muitos outros transtornos e abusos e crimes sangrentos praticados contra cidadãos e especialmente profetas e servos de Deus. O rei Acabe em desobediência a Deus e sua palavra, disfarçou-se para entrar num combate. O rei invasor havia dado uma ordem para seus soldados focarem a atenção e suas armas no rei de Israel; como ele estava disfarçado, não foi possível distingui-lo, mas um soldado atirou uma flecha aleatoriamente e por acaso, essa flecha encontrou o rei de Israel, e por uma brecha na armadura ela cumpriu seu papel! O rei foi morto, mesmo disfarçado, a sentença que pesava sobre ele se cumpriu (I Rs 22.34). O rei Jeoás, numa visita ao profeta Eliseu, recebeu uma palavra e uma promessa de vitória e livramento contra inimigos que estava invadindo constantemente seu território; Eliseu, ordenou-lhe que atirasse uma flecha através da janela e ao faze-lo recebeu a promessa que viria o livramento de Deus para ele e novamente ordenou que tomasse suas flechas e com ela ferisse a terra, e ele o fez por três vezes – o profeta ficou indignado com ele e explicou: quantas vezes você ferisse a terra, seria a quantidade de vitórias que teria contra os seus inimigos, então quanto mais vezes tivesse feito, mas oportunidades teria de exterminar o inimigo, mas agora seria apenas três vitórias. Faltou fé! (2 Rs 13.14-19). Uma outra oportunidade linda sobre flechas está no Salmo 127.4, onde se afirma: “Como flechas na mão de um homem poderoso, assim são os filhos da mocidade.” Nossos filhos, são flechas que Deus nos entregou para prepará-los e um dia chega a hora de serem atirados ao alvo, para o qual eles foram criados por Deus. Se essas flechas atingirem seus alvos, elas não voltam mais para nós, irão cumprir seus destino e seu propósito; se errarem o alvo, dificilmente as teremos de volta. Mas a verdade do Salmo é que esse homem poderoso, sabe preparar e sabe atirar suas flechas. Pense em como você está preparando suas flechas e como elas serão atiradas ao alvo. Grande privilégio e grande responsabilidade, essa nossa! No texto de hoje, Jônatas, iria atirar três flechas, mas o alvo não era acertar nada, era apenas para dar um sinal ao seu amigo se ele estive correndo perigo ou se ele estivesse liberado para voltar para casa. Era algo apenas para Davi e Jônatas; A coisas que devem ficar entre você e só mais alguém especial em sua vida, nem todos ao seu redor precisam saber, pois você tem uma aliança, um compromisso, que ultrapassa até mesmo à sua vida e existência terrena. Há pessoas que contam com sua amizade e sua fidelidade e você vai atirar flechas apenas para sinalizar sua amizade e fidelidade!

Pr Jason

Escapando pela Janela

Meditação do dia 23/10/2015

I Sm 19.12 “Então Mical desceu a Davi por uma janela; e ele se foi, e fugiu, e escapou.”
Escapando pela janela – Quando a vida corre risco, o jeito é usar a criatividade para se salvar. Nem sempre fugir é sinal de covardia ou medo. Podemos lembrar os homens que Josué enviou para espionar Jericó e que tiveram que se esconderem na casa de Raabe e escaparem numa fuga pela muralha, certamente pela janela da casa, Primeiro eles evitaram ser capturados e mortos e depois ainda puderam salvar Raabe e sua família. Ele se aliou ao povo de Deus e alcançou um status proeminente. Outro que escapou pela muralha foi Saulo de Tarso, quando ficou retido em Damasco, após sua conversão ao cristianismo. Sua cabeça estava à prêmio e os portões da cidade vigiados para evitar a fuga; então a saída aconteceu num cesto descido pela muralha. Saulo, que se tornou conhecido como Apóstolo Paulo, veio a ser o maior nome da teologia cristã. Provavelmente, nenhum outro homem, à exceção de Moisés, conheceu e recebeu maiores revelações sobre Deus, Jesus, o evangelho e a obra da redenção, do que Paulo. Então valeu muito ter fugido pela muralha. Davi, nesse texto, se vê encurralado pelo sogro e rei Saul, que queria sua cabeça à qualquer custo; Davi tinha a promessa do trono, mas estava decidido sentar nele, da maneira certa, no tempo certo, dentro da vontade de Deus. Ele não estava disposto pedir o “impecheament” de Saul, que apesar de mau, perverso e endemoninhado, fora colocado no trono por Deus e Davi respeitava isso e não faria nada sujo ou armado, para se apossar de uma bênção que lhe pertencia por direito. Anos mais tarde, um dos seus próprios filhos, quis tomar-lhe o trono e até mata-lo e Davi, novamente mostrou uma confiança e uma nobreza muito grande e não fez nada para defender seu trono. Deus lhe dera o trono quando ele não merecia e ele estava consciente que não lhe seria tirado, se o Senhor assim não quisesse. Ao ver as lutas e brigas por poder, por fama, por exposição pública, sentimos falta de homens de grandeza que souberam como se portar com hombridade e grandeza. Esses, como Davi, entraram para a história, e não saíram mais; os aficionados por fama e posição, no máximo, deixam a história. Ao tomar as decisões certas, fazemos a história acontecer e contribuímos para deixar um legado para a humanidade. Construir e favorecer o maior número possível de vidas, não se compara a “fazer o nome” e ficar na história. Acredito no reino de Deus, nos planos de Deus e nas suas promessas; acredito que tenho um papel importante a desempenhar enquanto pessoa, cidadão e ministro da Palavra de Deus; e creio nisso também para as pessoas que me cercam, tanto meus familiares, quanto igreja, amigos e comunidade de cidadania. Ao escrever essas linhas, o faço com o desejo de estar desenvolvendo um talento e uma oportunidade, com os quais posso servir e abençoar outras vidas e assim elas continuarão fazendo a corrente, e o bem vai se concretizando em outros lugares e outras vidas. A vida, tem um propósito e precisa ser realizado.

Pr Jason

Troca de Presentes

Meditação do dia 22/10/2015

I Sm 18.4E Jônatas se despojou da capa que trazia sobre si, e a deu a Davi, como também as suas vestes, até a sua espada, e o seu arco, e o seu cinto.”

Troca de presentes – Fiz uma escolha e tomei como um valor importante para minha vida, cultivar amizades. Gosto de fazer novos amigos; gosto dos velhos amigos e conservo minhas amizades; é um tesouro, uma riqueza que não se mede em valores financeiros ou bens materiais. Na minha adolescência e juventude, fiz muitas amizades por todo o Brasil, através de troca de correspondências, cartas, à moda antiga e pude conhecer pessoalmente e visitar várias delas e algumas ainda somos amigos e mantemos contato até hoje. Na Bíblia, a história de Davi e de Jônatas, é um exemplo disso, amizade fiel, verdadeiros irmãos; alguns até tentam empurrar isso para ir além disso, com conotações imorais e pervertidas. Esse verso escolhido hoje, me faz ver o que há de mais precioso na fé cristã e no andar com Deus. Um deles aqui, no caso, Davi, havia realizado um grande feito, e se tornou herói nacional e esse feito de derrotar o gigante Golias, o tornaria conhecido no mundo todo de geração em geração; esse feito e contado, recontado, virou literatura, filme, seriado, palestra motivacional e uma infinidade de coisas boas. Mas ali, naquele dia, Davi ainda era um “ilustre desconhecido;” era um jovem, que fez algo inédito e incrível; mas era apenas um homem, simples, de família comum, de poucas posses. Como eu e você, como qualquer ser humano, pecadores diante de Deus e carentes da graça de Deus. Lá, depois da audiência com o rei, o príncipe herdeiro, Jônatas, o recebeu e o tratou como amigo ali iniciou-se um relacionamento de amizade de muito significado. O nobre e o plebeu – Embora Davi já tivesse sido ungido e separado por Deus para ser o futuro rei de Israel, ele ainda estava vivendo como plebeu, com direitos reais, mas na prática era  apenas um súdito humilde. Naquele encontro, ao celebrar uma aliança de amizade, era costume se trocar presentes e isso foi feito; Jônatas deu a Davi a sua capa, vestes e “até” a sua espada. Não era qualquer capa, qualquer veste e nem qualquer espada – eram objetos de um príncipe, feitos com exclusividade, artesanal, sob encomenda com o que havia de melhor em termos de material e arte; Só um príncipe possuía tais coisas, e agora Davi, porque ganhara do seu novo amigo, o príncipe. O que Davi deu a Jônatas? Nada, ele não tinha nada para oferecer; ele era um adolescente, nem a idade militar ele tinha atingido; ele não tinha dinheiro, joias, nada, ele cuidava das ovelhas do pai, portanto não podia oferecer nada ao príncipe, que tinha de tudo. Mas isso não importava para Jônatas. Como Davi nos representa, Jesus é o nosso príncipe; Ele nos oferece tudo que ele tem, incluindo sua própria vida. O que temos para oferecer em troca? Nada! E ele não faz questão, pois “Porque pela graça sois salvos através da fé e isso não vem de vós é dom de Deus” (Ef 2.8) Na Aliança que Deus fez conosco em Cristo, Ele ofereceu tudo, porque ele tem tudo e nos recebeu sem nada de contrapartida, porque não temos nada; mas podemos ser fiéis a essa amizade e a esse relacionamento. Mais tarde, Jônatas admitiu, que ele seria Davi o legítimo rei, escolhido por Deus e ele teria prazer em servir e auxiliar a Davi, isso só não aconteceu porque a insensatez do rei Saul, levou Jônatas à morte em campo de batalha. Jesus é o rei eterno e nós já estamos selados para reinar com ele. Nosso relacionamento com Jesus tem futuro promissor! Viva isso!

Pr Jason