Meditação do dia: 31/12/2020
“E eles disseram: Nós, teus servos, somos doze irmãos, filhos de um homem na terra de Canaã; e eis que o mais novo está com nosso pai hoje; mas um já não existe.” (Gn 42.13)
Cuidado Com O Que Se Fala – “Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado” (Mt 12.37). Essa citação de Jesus é um marco muito importante dos seus ensinamentos aos discípulos e que por extensão se aplica a nós nos dias atuais e porque não para sempre e sempre, porque é Palavra de Deus. No contexto, Jesus joga duro com aquelas pessoas afirmando que a pessoa expressa em palavras aquilo que enche o seu coração. Uma pessoa má de coração não tem como expressar coisas boas e construtivas. A figura utilizada por Jesus foi a de uma árvore frutífera, cujos frutos expressão a veracidade da árvore. Encontramos situações diversas na Bíblia onde esse princípio se presente e não deixa dúvida alguma, ele funciona. No pré-êxodo, entre a nona e a décima praga no Egito, diante da insistência de Moisés, Faraó lhe disse, que eles nunca mais se veriam face a face e Moisés confirmou: “E disse-lhe Faraó: Vai-te de mim, guarda-te que não mais vejas o meu rosto; porque no dia em que vires o meu rosto, morrerás. E disse Moisés: Bem disseste; eu nunca mais verei o teu rosto” (Ex 10.28,29). Só que quem morreu foi Faraó e não Moisés. Outro episódio triste do poder das palavras faladas aconteceu com Jacó, o Pai de José, quando seu sogro vasculhava seu acampamento em busca de ídolos que Raquel, a mãe de José havia furtado antes de saírem de volta para Canaã. “Com quem achares os teus deuses, esse não viva; reconhece diante de nossos irmãos o que é teu do que está comigo, e toma-o para ti. Pois Jacó não sabia que Raquel os tinha furtado” (Gn 31.32). Raquel faleceu poucos dias depois ainda na viagem, por ocasião do nascimento de Benjamim. Um homem amalequita tentou se apropriar do fato da morte do rei Saul, para ganhar créditos com Davi, mas Davi o condenou por suas próprias palavras. “Pois Davi lhe dissera: O teu sangue seja sobre a tua cabeça, porque a tua própria boca testificou contra ti, dizendo: Eu matei o ungido do Senhor” (2 Sm 1.16). O próprio rei Davi foi pego nas suas próprias palavras, quando pecou e foi confrontado pelo profeta que lhe foi falar em nome do Senhor. “Então disse Natã a Davi: Tu és este homem. Assim diz o Senhor Deus de Israel: Eu te ungi rei sobre Israel, e eu te livrei das mãos de Saul” (2 Sm 12.7). Só para citar no Novo Testamento, Pedro ao negar Jesus e ouvir o galo cantar, como o Mestre havia lhe predito. Há três coisas que nunca voltam: A palavra falada, a flecha lançada e a oportunidade perdida. Pode ser apenas uma expressão poética, mas tem lá o seu fundo de verdade. José começou a pressionar seus irmãos para obter informações relevantes sobre a verdadeira mudança esperada na vida deles, e logo de saída, sob a acusação de espionagem, um porta voz deles, provavelmente Judá, numa frase só, falou pouco e disse tudo. Somos teus servos – somos doze filhos de um homem – na terra de Canaã – o mais nova ficara com o pai em casa – e um já não existia! Bingo!!! Falaram tudo o que José esperava, mas faltava as motivações e razões que ele ainda precisa apurar. Não se vocês são curiosos como eu, mas deve ter sido muito interessante José ouvir sobre si mesmo como alguém que não existia, pelo menos no conceito da realidade dos seus irmãos. Como será descobrir que não existimos? Ou não existimos mais para alguém?
Senhor meu Deus, desejo agradecer por estar vivendo nesse época da história e pelo privilégio de fazer parte da vida de muitas pessoas e ser importante para algumas delas. Quero estender a minha gratidão pela vida das muitas pessoas que são importantes para mim e as quais tem feito muito diferença no que hoje sou e faço. Obrigado porque com a amizade e comunhão com esses amigos e irmãos de caminhada, estamos terminando um ano de muitos desafios em muitos aspectos e que exigiu crescimento, desenvolvimento e criatividade. Expresso, Senhor a minha admiração e gratidão ao Senhor por tudo que passei e passamos juntos. A minha lição de resumo do ano posso expressar nas palavras do Salmo que afirma: “Os que confiam no SENHOR serão como o monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre. Assim como estão os montes à roda de Jerusalém, assim o Senhor está em volta do seu povo desde agora e para sempre” (Sl 125.1,2). Em nome de Jesus, amém.
Feliz 2021 a todos que me honraram acompanhando essas meditações.
Pr Jason