Dízimos Pré-Pagos

Meditação do dia 31/07/2018

 E, por assim dizer, por meio de Abraão, até Levi, que recebe dízimos, pagou dízimos.”  (Hb 7.9)

 Dízimos Pré-Pagos – Fé e finanças sempre produziram pérolas nas discussões e alguns até arrastam a teologia para provar seus pontos de vistas. Certamente defender aquilo que se acredita é um direito legítimo de qualquer pessoa. A Bíblia indica os caminhos do arbítrio pessoal e o direito de crer e descrer, embora isso não venha a anular as verdades eternas. O fato de alguém não crer na existência de Deus, do céu, do inferno, da salvação ou condenação eterna, isso não anula a veracidade dos fatos; só acho que ele vai levar um baita susto quando chegar do outro lado. Os cristãos via de regra faz uso do termo “entregar os dízimos,” e não é muito usual “pagar os dízimos,” mas não problema neles e nem ferem os princípios. O entendimento dos povos antigos, mesmo antes de Abraão, era que se devia tributar honra e culto a Deus (ou deuses) e isso era feito com bens em espécies e muitos sacrifícios de animais e um dedicação  propriedades que se tornavam sagrados. Dessa idéia de pagar tributo, vem a idéia de pagar os dízimos. Muitos faziam tais práticas e Abraão ao tributar a Deus, entregando os dízimos à Melquisedeque não estava inventando uma prática ou ritual. Desde os tempos de Adão e Eva já se fazia isso e até foi numa dessas oferendas que surgiu a diferença entre Abel e Caim. Costumo dizer que o Deus da nosso teologia, pode ser bem diferente daquele que servimos e adoramos. Crê-se em verdades bíblicas teológicas ortodoxas maravilhosas, mas a prática do dia a dia mostra uma insegurança e desconfiança na capacidade desse Deus cuidar e prover o necessário, o que leva a pessoa a se tornar materialista e correr atrás dos lucros e inventar meios de aumentar as receitas e acumular bastante, afinal quem cuida dele é ele mesmo. Sou plenamente favorável ao trabalho e boa mordomia, administrando bem cada recurso disponibilizado em nossas vidas, como um bem pertencente a Deus, mas com permissão de uso para seus filhos. Os litígios para legitimar ou não a entrega de dízimos, está sem dúvida alicerçada na avareza e na ganancia; pois o egoísta, ao olhar a proporção de 90/10% e sendo que Deus é muito rico, poderoso e tem tudo, então para que dar mais essa parte, sendo que os cem por cento já lhe parecem pouco. Dizimar não tem a ver com quantia, lei, mandamento, evitar praga ou dar lugar o devorador! Dizimar é culto a Deus! É tributar louvores, gratidão, reconhecimento de quem sou quais as minhas possibilidades. diante de um Deus grande, soberano, generoso, doador que supre tudo em todo tempo, para aprazimento dos seus filhos e daqueles que nele confiam. É reconhecer que tudo pertence a Deus e que estamos lhe devolvendo uma pequena parcela em gratidão e louvor. Não estamos pagando nada, pois a nossa condição de adorador está baseado na graça, onde ele doou seu filho que deu sua vida para sermos salvos, perdoados, libertos e adotados legitimamente, nos tornando herdeiros de todas as coisas que o Pai criou. Como pagar tamanha dívida, caso Deus assim o exigisse? Dizimar tem tudo a ver com o amor a Deus, amor à obra de Deus, tanto a nível local como além através de missões e serviços de assistências que o Corpo de Cristo tem condições de servir. Servir a Deus, é servir as pessoas que são objetos do amor de Deus. Servir é diaconia e nesse caso, toda a igreja deve exercer sua diaconia, nas mais diversas formas. Vemos nas páginas sagradas, os sistemas criados por Deus para manutenção da vida e de tudo o que ele criou. A fauna, a flora, a biodiversidade, o próprio cosmos tem suas formas de abastecimento e reposição. Há meios legítimos para manutenção do estado, da sociedade organizada, da igreja e de missões. Toda obra de Deus feita da maneira de Deus, sempre terá o sustento de Deus. Na legislação dada aos hebreus, ficou sistematizado o cuidado e a proteção com garantias eternas para o sustento do trabalhador, que pessoa, quer animal, que instituição organizada, incluindo o culto a Deus e o sacerdócio. Havendo desvio de conduta, o certo é corrigir e reparar os erros e tomar medidas que inibam tais práticas. Anular uma verdade eterna porque houve uma exceção errônea ou má gestão de um servidor, não justifica. Abraão tributou à deus e foi próspero e não teve falta de nada; anos mais tarde, o tributar dízimos e ofertas a Deus foi regulamentado em Lei pelo próprio Deus, através de Moisés e não se trata de algo próprio só para os hebreus – aquilo regulamentava o culto a Deus e em Cristo somos os herdeiros espirituais das promessas e das bênçãos prometidas e cumpridas à Abraão. Dizimar é bíblico, é santo, é sagrado, é agradável é espiritual e abençoador. É uma forma de vencer as amarras do materialismo e avareza que o pecado impôs no coração humano. Eu diria, que dizimar é para os fracos; os fortes dão generosamente, boa medida, transbordante sacudida e da mesma forma recebem de Deus Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando, vos deitarão no vosso regaço; porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo (Lc 6.38). Quero fechar essa meditação, grifando no texto de Paulo aos Corintios, verdades claras e simples que nem precisa de interpretação para saber o caminho a seguir para ser próspero e generoso, abençoando e sendo abençoado. Preste atenção nas partes sublinhadas que destaco: E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará. Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria. E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra (2 Co 9.6-8). É suficiente ou faço um desejo animado?

 

Senhor, obrigado por seu que tu és e de fato mereces todo o nosso louvou e adoração, quer em palavras, atitudes, testemunhos, em tempo, bens, serviços, dinheiro e até a nossa vida. Tudo é teu e para tua glória. Rejeito terminantemente as idéias e conceitos da avareza e mesquinhez tanto para minha vida quanto para tua obra. O Senhor é o Deus grande, o Altíssimo, o possuidor dos céus e da terra e para ti, sempre daremos o melhor, com alegria e satisfação. Quando recebemos de ti, sempre vem o melhor, em abundancia e é justo tributarmos o nosso melhor como gratidão e reconhecimento do Deus a quem servimos. Em nome de Jesus, amém.

 

Pr Jason

Biológicos X Espírituais

Meditação do dia 30/07/2018

Que diremos, pois, ter alcançado Abraão, nosso pai segundo a carne?”  (Rm 4.1)

 Biológicos X Espirituais – As Sagradas Escrituras falam de comportamento moral humano usando as palavras “carne e espírito” como vemos na proposição do apóstolo São Paulo aos Gálatas. Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne. Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis (Gl 5.16,17). Certamente os amados irmãos já estão amadurecidos o suficiente para separar uma interpretação literal e não causar confusão doutrinária. Carne aqui trata-se da inclinação humana, um padrão de comportamento e escolhas que contrariam a vontade de Deus. O contrário disso é a escolha a nível de espírito, que prima pela obediência à revelação divina e a submissão aos seus ensinos e preceitos. Sem  novo nascimento, todos operam na carne somente,  uma vez que a parte espiritual permanece morta, inativa, separada de Deus e das coisas espirituais desde a desobediência do homem lá no Jardim do Éden. O conceito paulino é descrito nos versos iniciais do capitulo dois de sua carta aos Efésios. E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência; entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também (Ef 2.1-3). Não é exclusividade do Novo Testamento, uma vez que nas profecias do profeta Ezequiel, ao aludir aos tempos futuros (deles), por palavra do Senhor, veio promessas de mudanças profundas e significativas nas vidas transformadas, por um processo que só Deus poderia fazer. E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. e porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis (Ez 36.26,27). Aqui o profeta utiliza as palavras “coração de pedra” para significar um coração duro, não convertido, resistente à vontade de Deus. Ao mesmo tempo que faz uso da “coração de carne” com o sentido de maleável, sensível, tratável diante de Deus e certamente um coração convertido.  Nesse sentido da profecia de Ezequiel, podemos sim, ter um coração de carne e não devemos ter um coração de pedra. Na expressão aos Gálatas, carne é sinônimo de não convertido, não tratável por Deus e “espirito” tem o sentido de obediência e submissão; então devemos sim andar no Espírito e rejeitar andar na carne. Esse estilo de vida errado e pecaminoso, é facilmente manipulável pelas forças do pecado, que controlam a pessoa e a leva viver fora dos limites das promessas e da vontade de Deus. Um cristão, nascido de novo, busca ser cheio do Espírito Santo e da Palavra de Deus, para evitar ser dominado e controlado pela carne e pelo pecado. Inicialmente na carreira cristã, por imaturidade, falta de conhecimento e inexperiência, todos andam na carne, mas é uma fase da vida cristã. À medida que se cresce e se desenvolve, isso tudo vai ficando para trás e prosseguimos crescendo e distanciando disso cada vez mais. Quando não acontece o crescimento espiritual, a pessoa não é discipulada, não se desenvolve, ou deliberadamente escolhe seus próprios caminhos e modos de vida, ela pode permanecer carnal por anos e anos. Nesse caso, ela permanece infantil, imatura e seus frutos e condutas denunciam isso. Paulo apontou isso na igreja de Corinto e o escritor aos Hebreus também citou esse fenômeno de atrofia espiritual. E eu, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a meninos em Cristo. Com leite vos criei, e não com carne, porque ainda não podíeis, nem tampouco ainda agora podeis, porque ainda sois carnais; pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois porventura carnais, e não andais segundo os homens? (I Co 3.1-3). O quadro descrito em Hebreus demonstra que esse estágio ou fase, não havia passado, mas se prolongado muito na vida daqueles cristãos. Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de Deus; e vos haveis feito tais que necessitais de leite, e não de sólido mantimento. Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça, porque é menino. Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal. Por isso, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até à perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas e de fé em Deus, e da doutrina dos batismos, e da imposição das mãos, e da ressurreição dos mortos, e do juízo eterno (Hb 5.12-14; 6.1,2). Os judeus eram e são descendentes biológicos de Abraão e como tal, são herdeiros de tudo o que legalmente lhes assiste. Mas Abraão tem também uma herança espiritual, tão legítima quando a biológica, e dela participa todos os que são espiritualmente nascidos de novo em Cristo, que é humanamente descendente de Abraão e espiritual ele é Senhor de Abraão, e nesse caso, Abraão é nosso irmão na fé.

 

Senhor Jesus, tu és a nossa herança e ela por si só, nos basta! Amém.

 

Pr Jason

Os Filhos Imitam os Pais

Meditação do dia 29/07/2018

Responderam, e disseram-lhe: Nosso pai é Abraão. Jesus disse-lhes: Se fôsseis filhos de Abraão, faríeis as obras de Abraão.”  (Jo 8.39)

 Os Filhos Imitam os Pais – Não precisamos ir muito longe ou empreender pesquisas profundas para certificar-nos de que os filhos tem uma tendência inerente de imitar os pais. Tá no Sangue! Diria os antigos. Nenhuma novidade, haja visto que ao criar todas as coisas, essa qualidade apareceu nas formas biológicas que se reproduzem à sua semelhança. E a terra produziu erva, erva dando semente conforme a sua espécie, e a árvore frutífera, cuja semente está nela conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom. E Deus criou as grandes baleias, e todo o réptil de alma vivente que as águas abundantemente produziram conforme as suas espécies; e toda a ave de asas conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom. E Deus os abençoou, dizendo: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei as águas nos mares; e as aves se multipliquem na terra (Gn 1.12,21,22). A capacidade de reproduzir segundo a sua espécie possibilita não só a multiplicação, mas também a perpetuação das características. Com as pessoas não é nada diferente. E até características não físicas/biológicas, mas comportamentais, podem ser notadas em gerações seguidas ou alternadas. O Senhor Jesus falou até de si mesmo como um imitador daquilo que viu o seu Pai fazer e que ele repetia aqui entre nós. Mas Jesus respondeu, e disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer o Pai; porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente (Jo 5.19). Na altercação provocada pelos judeus e religiosos, Jesus disse que eles afirmavam serem descendentes de Abraão, mas o procedimento deles em nada parecia com os traços da vida e do caráter de Abraão. Eles defendiam uma filiação puramente genética, biológica e mesmo assim reivindicavam promessas e alianças espirituais para suas vidas. Jesus falava de um homem, Abraão, amigo pessoal, devota, comprometido com Deus e seu reino e que andou com Deus, não apenas no plano físico e material, mas teve estreita comunhão espiritual com o Criador. A parte visível desse relacionamento são as bênçãos e provisões materiais, como uma terra geográfica, uma nação de pessoas físicas, com raça, cultura e costumes e as muitas bênçãos materiais que acompanharam. E os efeitos espirituais da aliança? Muitos deles nem tinham noção disso. Como muitos cristão não tem a menor noção espiritual da obra de redenção em Cristo Jesus. Para imitarem a Abraão, eles precisariam conhecer não só o seu ancestral, mas o Deus Todo-Poderoso a quem ele serviu. Deveriam conhecer o poder e a força da aliança de bênçãos firmadas pelo Senhor com aquele homem. Estou falando de compreensão espiritual de verdades espirituais. O mesmo vale para nós nos dias de hoje; muito mais do que conhecer a história e a biografia de Jesus, seus atos, seus sofrimentos e suas glórias, tudo isso meramente do ponto de vista físico e material. Para isso não se precisa de uma igreja ou de um credo, é suficiente pesquisar numa biblioteca, pois há milhares e milhares de livros, tratados e teses sobre essa pessoa. Conhecer a Cristo é ter uma revelação das insondáveis riquezas da glória de Deus, através do Evangelho, inspirado pelo Espírito Santo de Deus. À Nicodemos, Jesus disse que O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito (Jo 3.6). Os judeus eram e são filhos biológicos de Abraão, e como tais conheciam apenas as coisas do plano físico e material do que lhes dizia herança. Os filhos espirituais, nascidos do Espírito, conhecem as verdades espirituais inerentes à herança espiritual dada por Deus no conjunto de promessas e alianças com o patriarca. Nós conhecemos a Jesus pela história, mas também o conhecemos por revelação espiritual desde que nascemos de novo; porque verdades espirituais só são assimiladas por uma natureza espiritual. Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. As quais também falamos, não com palavras que a sabedoria humana ensina, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais. Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente (I Co 2.11-14). Não restam dúvidas, porque os interlocutores de Jesus não entendiam do que ele estava falando e nem podiam imitar as obras de Abraão. O justo viverá da Fé!!!!

 

Senhor, revela a tua glória aos teus filhos, não pela mente racional, mas pelo Espírito do Senhor, que habita em cada um daqueles já nasceram de novo, para que vejam verdades e realidades que lhe são acessíveis espiritualmente pela fé em Cristo, como está escrito em tua Palavra. Ilumina-nos, em nome de Jesus. Amém.

 

Pr Jason

Os Filhos de Abraão

Meditação do dia 28/07/2018

Assim como Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça.
Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de Abraão.
”  (Gl 3..6,7)

 Os Filhos de Abraão – Além dos filhos biológicos que Abraão teve, que não se restringiram a Isaque e Ismael, ele gerou filhos espirituais, herdeiros das mesmas promessas mediante o Evangelho da Redenção. O grande resultado de toda a sua caminhada com Deus e os desafios pelos quais passou, visava preparar-lhe para uma paternidade de alcance global e por gerações e gerações até a eternidade. A principal promessa que aparentemente observamos seria a da paternidade física, para gerar um filho biológico dentro da aliança. Abraão batalhou por isso por muitos anos e vencer as barreiras e aos cem anos viu a promessa se tornar real. Mas Isaque estava ali como uma semente, que geraria outros descendentes, que gerariam sucessivamente até se tornarem uma multidão de nações, inumerável como as estrelas do céu e as areias da praia. Tudo isso veio a se consolidar. Se tornaram uma família, uma tribo, uma nação numerosa e se estabeleceram na Terra prometida e de lá veio o Cristo, o Messias prometido. Mas ao olharmos a promessa apenas por esse prisma, estamos andando no raso ainda, pois os planos e os propósitos eternos do Senhor eram infinitamente maiores. Eles viverem a reviveram as alianças e quebraram também os pactos e foram disciplinados com severas punições de cativeiros, guerras, doenças e mortes, para que se voltassem a essência da fé e da aliança com Deus. Quando Cristo veio, ele era o Messias de Israel, mas era também o elo entre a velha e uma nova aliança a ser celebrada, de forma que não mais se quebrasse e de validade eterna. “E dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados. Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor, pelo profeta, que diz; Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, E chamá-lo-ão pelo nome de EMANUEL, Que traduzido é: Deus conosco (Mt 1.21-23). Quando a Bíblia fala do povo de Deus, a primeira idéia são os israelitas, hebreus de nascimento; mas isto está diretamente ligado a um contingente mais de pessoas, alcançados pela promessa da fé à Abraão, que iria abençoar todas as famílias da terra. Não é apenas influencia benéfica, mas se tornar parte de um mesmo povo que representa Deus e seu reino. No que conhecemos como A ANUNCIAÇÃO, ficou patente para Maria e para todos nós que era mais do que um fato histórico e local e próprio aos judeus.  E eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus. Este será grande, e será chamado filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai; e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim (Lc 1.31-33). A grande família de Abraão, são os seus filhos espirituais, a igreja, o povo de Deus, que se conta aos milhares e milhares em toda a terra e em todas as épocas. Herdeiros da mesma promessa. Não esqueça: …Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de Abraão.

 

Pai, Jesus, Espírito Santo, sou filho, somos filhos e herdeiros das promessas e das alianças com Abraão, ter amigo e teu servo. Em nome de Jesus. Amém.

 

Pr Jason

O Coração de Abraão Era Fiel

Meditação do dia 27/07/2018

E achaste o seu coração fiel perante ti, e fizeste com ele a aliança, de que darias à sua descendência a terra dos cananeus, dos heteus, dos amorreus, dos perizeus, dos jebuseus e dos girgaseus; e confirmaste as tuas palavras, porquanto és justo.”  (Ne 9.8)

 O Coração de Abraão Era Fiel – O segredo está no coração! Para alcançar uma estatura espiritual do nível que Abraão alcançou, é inexorável a integridade e fidelidade do seu coração. Pai Abraão teve muitos filhos e muitos deles, famosos e que se tornaram referencias para todas as gerações em uma área de atuação. Judá, um dos doze bisnetos, foi separado para ser o patriarca da linhagem real, que culminaria em Cristo, o que reinará para sempre. Dessa linhagem veio Davi, o rei segundo o coração de Deus, ainda hoje, a referencia de rei para a nação. Salomão, filho do Rei Davi, foi e sempre será o homem mais sábio que a terra já produziu, e ele em sua sabedoria disse algo muito importante que faço questão de destacar aqui: Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.(Pv 4.23). Embora haja grande discussão sobre a validade do que disse o profeta Jeremias sobre a confiabilidade do coração humano, Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (Jr 17.9) em via de regras temos que concordar com ele que o coração tem suas razões que a própria razão desconhece. Volta e meio somos surpreendidos por atitudes do nosso próprio coração que nos assusta e revela que conhecer a si mesmo é um exercício para a vida inteira. Daí a importância de guardar o nosso coração que já está consagrado a Deus e anseia pela comunhão com o Senhor. Sabemos que tentação não é pecado, mas o que fazemos e como nos comportamos diante delas, determina a pureza e a integridade que almejamos manter constantemente. Quando fomos alcançados com o novo nascimento, na verdade Deus fez um transplante de vida em nós, trocando o nosso coração, por um totalmente maleável e sensível às verdades espirituais E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis (Ez 36.26,27). Para atingir a plena comunhão com Deus, um coração não regenerado, não permite e não se inclinará para verdades eternas. A transformação da pessoa, começa pelo coração que sofre a ação regeneradora do Espírito Santo, possibilitando a vida e os propósitos de Deus serem acolhidos. Claro que ainda tem a parte humana no processo de consagração e escolhas dos caminhos que irá trilhar. Amar verdadeiramente a luz e a verdade é resultado de um coração preparado para andar com Deus. Ora, o fim do mandamento é o amor de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida (I Tm 1.5). Deus cumpriu todas as alianças, promessas e palavras dadas e empenhadas à Abraão, porque Deus é justo. Abraão recebeu tudo que lhe fora prometido, porque o seu coração era fiel. O que vale para Abraão, vale para nós!

Graças te rendemos Senhor, o Deus Altíssimo que escolheu nos alcançar em Cristo Jesus com uma tão grande salvação. Nos rendermos a ti e viver inteiramente para o louvor da tua glória é parte da nossa caminhada de fé. queremos hoje dar novos passos em direção a te conhecer, amar e servir. Em nome de Jesus, amém.

 

Pr Jason

Abraão Foi Eleito

Meditação do dia 26/07/2018

Tu és o Senhor, o Deus, que elegeste a Abrão, e o tiraste de Ur dos caldeus, e lhe puseste por nome Abraão.”  (Ne 9.7)

 Abraão foi Eleito – Já adianto que não vou entrar em méritos doutrinários Aminianos e Calvinistas, sobre eleição, predestinação, salvo sempre salvo etc e tal. Isso vocês devem aprender com seus líderes e dentro do contexto de suas igrejas e denominações. O que me interessa e nos é comum é a salvação em Cristo através do seu sacrifício perfeito na Cruz do Calvário e nossa aceitação e apropriação pela fé. Assim, somos todos irmãos na fé e na graça da vida e colegas e parceiros na caminhada pela jornada rumo à eternidade. Então vamos apoiando e edificando uns aos outros, no dia a dia, exortando uns aos outros a permanecermos firmes e fortes e comprometidos com as verdades do reino. Vamos imaginar que todas essas matizes doutrinarias sejam como uma casa e todos estamos nela, apenas em recintos diferentes. Tal qual nosso querido patriarca, fomos também alcançados por Deus e eleitos para a salvação e chamados para andar com ele. Reconhecemos que o Pai Celeste estava ao nosso encalço a bem mais tempo do que imaginamos. Quando nos sentimos atraídos para ele ou para as verdades espirituais, ainda levou algum espaço de tempo até a decisão de entrega de nossas vidas a ele. Mas, depois, com a maturidade cristã e observando como Deus trabalha através do espírito Santo nos corações, chegamos a essa conclusão; Deus já estava agindo e chamando à nossa atenção bem antes de percebermos pela primeira vez. Estudando a vida de Abraão, percebemos isso, pois ele foi chamado lá em Ur dos Caldeus e começou a seguiu as instruções divinas, até finalmente entrarem em alianças e confirmarem a parceria: “Sou o seu Deus e você o meu povo.” A justiça de Abraão foi imputada pela fé ao dar passos de fé e obediência. Isso não é diferente de mim e de você. A graça do Senhor nos alcançou e respondemos a isso com fé e confirmamos com uma decisão final e definitiva de que queríamos andar com Deus e reconhecer-nos como pecadores e a ele como o Deus santo e salvador. Nas palavra de Paulo, o imenso amor de Deus, nos constrangeu a mudarmos de vida em resposta ao que ele fez em Cristo por nós. Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou (2 Co 5.14,15). Deus na sua sabedoria que não conhece limites de tempo e condições, nos elege em Cristo para um estilo de vida diferente e produtivo. Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: Graça e paz vos sejam multiplicadas” (I Pe 1.2). A soberania de Deus é tremenda!

 

Pai, obrigado por nos eleger, mesmo sem merecimento nosso, mas por obra e graça da tua generosidade. Em Cristo somos aceitos e amados. Amém!

 

Pr Jason

Fundamentos

Meditação do dia 25/07/2018

Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus.”  (Hb 11.10)

 Fundamentos – Para quem convive comigo mais de perto, não é nenhum segredo minha admiração e empolgação pela engenharia e arquitetura. São ciências e habilidades necessárias em vastas áreas da vida e das necessidades humanas. Gosto de construir coisas e gosto de ver edificação em todos os aspectos. O trabalho pastoral, mesmo sendo de grande peso espiritual, está diretamente ligado a restaurar, construir e trabalhar em vidas que serão edificadas para se tornarem templos da morada de Deus pelo Espírito Santo. Toda edificação precisa de projetos e de fundamentos, cada qual na proporção da grandeza e complexidade de seus propósitos. Jesus falou nesse sentido ao dar bases para o discipulado. Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia (Mt 7.24,26). Paulo também entrou no tema, falando de ministério e de servir a Deus com excelência. Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus.
Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele. Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo
(I Co 3.9-11). Podemos ligar os pontos entre a fé de Abraão e os ensinos cristãos neotestamentários; nosso bom velhinho, olhava para um futuro, vendo fatos espirituais com tamanha precisão e certeza como se fossem físicos ali na sua frente. Para muitos poderia ser miragem, fantasia, ilusão, utopia e outras coisas mais; mas na verdade ele agia com perfeita convicção interagindo com a dimensão espiritual, tal qual um arquiteto lida com uma planta ou maquete e dali ele consegue visualizar o projeto finalizado; hoje já temos a realidade virtual em três dimensões que até permite materializar o projeto. Uma cidade tão sólida e eterna como a que Abraão via, existe e é descrita com riqueza de detalhes nas profecias bíblicas e ratificada nas revelações do Apocalípse. Aos Filipenses, Paulo deu uma pincelada nisso, quando falou das expectativas de nossa fé e esperança. Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas” (Fp 3.20,21). O que Abraão contemplava, também foi contemplado por muitos servos de Deus e pela fé isso faz parte da nossa cultura espiritual, pois nossas esperanças estão em valores eternos não deste mundo, mas até mais reais do que os bens materiais que podemos ver, tocar e fazer uso. Nossa cidade, está nos céus de onde vem o nosso Senhor, que por sinal, é o mesmo Senhor de Abraão e a cidade é a que ele via pela fé. gostaria de salientar aqui, a enorme diferença entre fé e ilusão; fé é do espírito, revelada pelo Espírito Santo, está diretamente vinculada a Deus e ao seu poder. Toda a obra da redenção visa levar os homens de volta ao lugar de onde nunca deveriam ter saído, que é a comunhão intima e pessoal com o Altíssimo, o possuidor dos Céus e da Terra, como dizia Abraão. Apropriar das promessas pela fé, não é pensamento positivo, auto ajuda é um dom de Deus. É outro nível!!!

Pai, obrigado pelos fundamentos firmes estabelecido por ti, e que sustentam toda a tua criação e teus planos; por isso mesmo eles são eternos, perfeitos e realizáveis. Graças te rendemos porque Jesus deu vida a tudo que criaste e nos tornou participantes de tua natureza santa. As tuas promessas tem fundamentos, e elas não falharão, porque quem as sustenta é firme e poderoso. No Senhor, está a nossa confiança. Em nome de Jesus, amém.

 

Pr Jason

Pela Fé

Meditação do dia 24/07/2018

Pela fé habitou na terra da promessa, como em terra alheia, morando em cabanas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa.”  (Hb 11.9)

 Pela Fé – Viver pela fé pode divergir de caso para caso, conforme o ponto de vista e a ênfase que se dá. Convivi com muitos seminaristas, missionários e obreiros que mantinham estilos de vida que eles consideravam viver pela fé. Conhecemos trabalhos, ministérios e obras assistenciais cristãs que só podem ser explicadas pela fé. Também vemos testemunhos de vidas transformadas, curadas, libertas e até salvas de situações fatais que só mesmo a fé pode falar alguma coisa. Provavelmente não são muitos conceitos do que é viver o servir pela fé; mas quem sabe, seja apenas uma manifestação da multiforme graça de Deus na sua igreja. Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus (I Pe 4.10). ou na versão paulina, a multiforme sabedoria de Deus. Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus (Ef 3.10). Abraão foi chamado e obedeceu pela fé, para ir para um lugar desconhecido, que lhe seria dado a ele e à sua descendência numerosa como herança perpétua, quando ele nem tinha filho e nem condições de gera-los. Andar pela fé começa por aí, com ele. Quando lá chegou, viveu ali e trabalhou, produziu, explorou, batalhou e conquistou espaço, respeito e ficou conhecido como um príncipe de Deus entre aquela população de nativos. Ainda assim, ele literalmente pisando em cima da terra, vivia tudo aquilo pela fé! Ele sozinho, com pouco gente, um bom rebanho e alguns pertences materiais, ainda que considerado um homem rico e abastado, ele olhava para algo infinitamente maior, através de muitíssima gente como as estrelas do céu, povoando aquela terra e governando com justiça e fé, como um povo amado e escolhido de Deus. O fato de ter bens e coisas, nunca interferiu na postura dele em crer que a bênção do Senhor estava muito além de coisas materiais. Deus é capaz de trazer a existência algo que não existe e isso só se materializa na vida de quem aprende a viver e a depender da sua fé no poder de Deus. Tudo aquilo que podemos fazer com esforço, labor, economia, planejamento e paciência, ainda assim são obras humanas, com recursos humanos. Mesmo que dependamos de fé para realizar algo grande, mas pode ser mero trabalho da genialidade, engenhosidade e capricho humano. Mas há a possibilidade de grandes realizações sem nenhuma condição humana de gerar aquilo. Outro detalhe, é que grande, pequeno, enorme, assustador, esplêndido, tudo são conceitos de homem. Deus é quem determina de fato, que feito é grande ou importante. Davi planejou a construção de um santuário e recebeu até as plantas por revelação divina; Salomão erigiu a construção e a consagrou num evento com a manifestação do fogo da aprovação divina e naquele lugar era certo o nome e a presença do Deus de Israel como local sagrado. Mas isso por si só não preservou de ser profanado, primeiro pelos próprios israelitas com um estilo de vida de desobediência e pecados aos olhos do Senhor; depois pelos pagãos que invadiram e saquearam e incendiaram a construção. O que um judeu não acreditava que viesse a acontecer. Deus tem compromisso com sua Palavra e sua Santidade. Viver pela fé, sem dúvida produz a concordância que Deus tem sempre razão e que sua Palavra expressa a sua vontade; contrariar isso é colocar a vida e as promessas em risco. A graça não é licença para pecar e desobedecer! Intimidade não tira a reverencia e o temor devido ao Senhor de todas as coisas. Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor às imagens de escultura (Is 42.8).

 

Senhor meu Deus, eu escolho te adorar e te servir conforme os teus termos e em obediência aos teus mandamentos e acolher no meu coração o temor que te é devido. Tu és Deus em cima nos céus e embaixo na terra; sobre tudo e sobre todos, tu és Senhor e operas segundo o teu querer. Nos prostramos e nos rendemos a ti, soberano Senhor. Em nome de Jesus, amém.

 

Pr Jason

Sem Saber Para Onde

Meditação do dia 23/07/2018

Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia.”  (Hb 11.8)

 Sem saber para onde – O pastor Angus Plummer costumava nos dizer na sala de aula que as vezes á fé é o direito de quebrar a cara. Era muito engraçado! Mas ele não estava debochando, nem menosprezando a fé ou o agir pela fé; pois ele mesmo era uma pessoa de profundas experiências com Deus e deu passos gigantescos por pura fé para suprir necessidades que muitos não viam ou não agiam. Podemos dizer que ele deixou um legado muito bom para nós seus alunos, para as obras sociais que mudaram muitas vidas em Curitiba. Hoje, posso me divertir com as frases dele e ver pelo ângulo de quem também anda com Deus e precisa tomar decisões sem muitos parâmetros de seguridade, mas são passos de fé e em alguns deles, erramos e damos com a cara na parede e então voltamos a refazer os planos e percebemos como deveria ter sido da primeira vez. Não nascemos maduros e também ao nos convertermos a Cristo, não atingimos imediatamente a plenitude da maturidade cristã e nesse processo, há muitos passos que precisam ser dados, afinal é uma caminhada, uma jornada. O pai Abraão, era um adorador fervoroso e consagrado ao Deus Altíssimo e ensinável e as suas experiências ficaram registradas como lições para nós e para todos os que se propõem a servir a Deus. Ao sair da sua terra natal ou ao chegar em Canaã, eram passos de fé e obediência, mas em sentido de crescimento. Você e eu, precisamos fazer o nosso melhor para hoje, pois amanhã já será outra aula, outra experiência e novas exigências serão esperadas de cada um. Algumas coisas não podem ser ensinadas, somente podem ser aprendidas, isto é, cada pessoa terá que ter sua própria experiência e tomar suas próprias decisões à luz de sua comunhão e vida de intimidade com o Senhor. A sua experiência pode servir para minha observação, mas não posso me valer dela; o mesmo acontece contigo. Quando ouvimos um testemunho de como alguém superou algo grande e difícil e saiu vitorioso, nos estimula a buscar na fé os recursos para crescermos e vencer os nossos desafios, mas aquela experiência dificilmente se repetirá em nós. A jornada literal de Abraão, por caminhos no deserto e cruzar vários territórios até chegar em Canaã onde lhe seria dado em perpetuidade por promessa, incluindo todos os desafios é simbólico da minha e da sua jornada espiritual no caminhar com o Senhor. Muitos de nós não somos fazendeiros e nem somos do ramo da pecuária; não somos casados com esposas estéreis e já temos filhos; mas temos os nossos próprios dilemas e desafios de fé e só com uma estreita comunhão cresceremos e daremos passos de fé que nos farão vencedores. Metaforicamente também enfrentaremos questões internas na família, na igreja, no ministério. Teremos nossos próprios “Lós” da vida; teremos Sodomas e Gomorras por perto e teremos batalhas épicas para livrar gente do cativeiro. Também teremos encontros memoráveis com Melquizedeque, sacerdote do Deus altíssimo. Encontraremos anjos, serviremos, seremos instruídos, teremos nosso “monte Moriá” e algum Isaque a ser sacrificado. Certamente a contragosto teremos que despachar algum Ismael com muito pesar no coração. Haverá Faraós e Abimeleques tentando apropriar de algo que é da nossa intimidade. Enfim, todos nós temos que conquistar nossa Canaã e sem fé, já sabemos, é impossível agradar a Deus.

 

Pai amado, graças rendemos por tua bondade e fidelidade em andar com aqueles a quem chamas e não os desampara no deserto e nem no meio da caminhada. Quero manter minha fé intacta nas tuas promessas e lutando bravamente para deixar minhas marcas na terra que é minha por herança. Obrigado pelos irmãos e amigos na caminhada, que podemos apoiar uns aos outros e colher frutos e vitórias juntos em direção a maturidade e vida abundante, em nome de Jesus Cristo. Amém.

 

Pr Jason

Jesus ou Abraão, Quem Veio Primeiro?

Meditação do dia 22/07/2018

Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou.”  (Jo 8.58)

 Jesus ou Abraão, quem veio primeiro? – Faz parte da experiência humana, considerar apenas aquilo que está ao seu alcance. Embora os judeus cressem em verdades espirituais e na transcendência da vida, eles também se apegavam ao humano e transitório em detrimento do eterno e permanente. Viveram toda a sua história na esperança da vinda do Messias; suas Escrituras davam-lhes esperança e as profecias eram tidas como certas e absolutas revelações de Deus ao seu povo e mesmo com todas as indicações eles foram incapazes de identifica-lo quando apareceu. A estrela de Belém, os reis que vieram do Oriente, os pastores dos arredores de Belém, até mesmo o extermínio de crianças pelo rei Herodes que juntando tudo, eram informações muito frescas e recentes para reconhecerem que algo ou alguém diferente estava chegando. Mas ainda estava com os olhos e ouvidos espirituais tapados para não compreenderem a verdade que se apresentava diante de seus olhos. Quando travaram esse debate pessoal com Jesus, eles se postaram como legítimos filhos e descendentes de Abraão, o pai de sua nação e a quem eles se sentiam abençoados pela linhagem e as alianças. Não puderam reconhecer a Jesus, pois olhavam para o mundo material e aguardavam um Messias político segundo as suas conveniências e não segundo revelava as Escrituras. Ao ouvirem sobre a idéia de que Jesus conhecera Abraão, eles escandalizaram de vez. Como um homem de menos de cinquenta anos, que nem autoridade de ancião não se chegara, se atreve a dizer tamanha insanidade que já se avistara com o pai Abraão. Para nossa alegria, isso oportunizou que Cristo se revelasse como o eterno, pois antes que Abraão existisse, ele já era Deus e foi por ele que todo o projeto eterno com Abraão se iniciara. O criador sempre vem primeiro que a criatura e o servo sempre vem depois do seu Senhor. Podemos estar crendo na teologia certa, mas vivendo à margem da verdade da Palavra de Deus. Crendo em Deus tal qual está escrito, mas na prática ele não é real e próximo o suficiente para abençoar nossas vidas. Jesus é sempre o eterno presente, o Deus eterno, antes de tudo o que conhecemos e acima de tudo o que pretendemos saber. Não é suficiente saber, é preciso experimentar a comunhão com o eterno, o Possuidor dos céus e da Terra a quem Abraão conhecia.

 

Obrigado Senhor, por permitir que tenhamos vislumbres da eternidade e que Cristo seja assim tão real para nós e nos permita conhece-lo mais e mais a cada dia. Amém.

 

Pr Jason