Meditação do dia 30/11/2017
Gn 4.11 – “E agora maldito és tu desde a terra, que abriu a sua boca para receber da tua mão o sangue do teu irmão.”
O Primeiro Maldito da terra – Será que foi Deus que amaldiçoou a Caim, ou ele se colocou nessa condição e foi notificado pele Senhor que de agora em diante essa é e será a sua condição? Está aberta a temporada de opiniões. Não quero aqui me ater na defesa de um ou outro lado, quando a questão é bênção ou maldição; claro que pessoalmente, prefiro a bênção! Citando minha frase quase que favorita, “o equilíbrio e o grande desafio da vida;” e certamente o equilíbrio é bem-vindo em toda e qualquer área da nossa existência e militância. Não vejo maldição a torto e à direito para tudo quando é lado; mas sei que ela existe, que ela vem sobre, e é possível se colocar numa condição onde se pode ser afetado por ela. Também estou consciente do poder que há no nome de Jesus, no sangue de Jesus e na obra da redenção da cruz do Calvário. Estou convicto de que aqueles a quem o Senhor abençoar será abençoado e se ele disser o contrário, serão amaldiçoados. Também estou à par de que maldição sem causa não se cumpre, o que se infere, que maldição com causa se cumpre. “Como ao pássaro o vaguear, como à andorinha o voar, assim a maldição sem causa não virá” (Pv 26.2). Caim no seu desatino emocional, armazenou no seu coração uma ira mortal, que se materializou, vindo a abater o seu irmão. O egoísmo exacerbado torna o indivíduo o centro de seu próprio mundo e tudo o que o contrariar ou se opor, torna-se alvo de eliminação e para isso pode se lançar mão dos mais variados métodos e ferramentas. Caim, tão irado, provavelmente nem sabia contra quem ou contra o que ele estava naquele estado; mas sua frustração tinha a ver como seu interior, que fez as próprias regras de como adorar e servir a Deus e quando isso não se encaixou com o exterior, porque foi rejeitado e foi perceptível, ele não tinha um plano B e não aceitou as sugestões de Deus e sabe-se lá, se os pais e o irmão também se ofereceram para ajuda-lo no seu momento difícil. Como muitas pessoas, Caim tinha revolta e ira contra Deus; mas é muito mesquinho admitir que se está bravo com Deus, afinal ele é Deus! As atitudes de reprovação a tudo que se liga a Deus e ao que ele gosta ou valoriza, se tornam mecanismos de defesa e ajuste nesses momentos de amargura e revolta. Tenta-se disfarçar e suavizar, ou “dourar a pílula” para se tornar menos indigesta. Afasta-se dos cultos e atos de serviço a Deus; afasta-se da leitura e meditação bíblica; descompromete-se com a obra de Deus e relaxa com obrigações de fé, à ponto de tornar-se um cristão, apenas nominal, mas no interior não a mais espaço para Deus. Nesses moldes, temos cristãos membros de igrejas, obreiros, pastores e líderes prestigiados em suas denominações, cuja fé e relacionamento com Deus inexiste, tudo nada mais é senão fachada; assentimento intelectual e não é uma heresia afirmar que se tornou apenas um meio de ganhar a vida; uma profissão, como qualquer outra; e nesse caso, a pessoa já está no ramo a muito tempo. Temos sim, pastores e membros dispostos a levar Deus ao banco dos réus, é só uma questão de oportunidade! Não sei se alguém ou alguns entenderão a minha colocação, mas o que o profeta Jeremias disse, faz sentido ao olhar os resultados de muitas vidas e ministérios: “Maldito aquele que fizer a obra do Senhor fraudulosamente; e maldito aquele que retém a sua espada do sangue” (Jr 48.10). Não foi fácil para Caim viver e conviver com sua maldição e não deve ser fácil para ninguém, se colocar numa condição onde a bênção de Deus é retirada e inexiste e ali opera o sentido reverso do desejo do coração de Deus. Seria interessante auto avaliação e se colocar em condição da obra perfeita de Cristo valer para tudo e para qualquer condição. “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro; para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo, e para que pela fé nós recebamos a promessa do Espírito” (Gl 3.13,14).
Obrigado Jesus, por me resgatar de uma condição ruim que os meus pecados me levaram e colocar sua vida em preço de resgate para que eu pudesse me tornar filho de Deus, liberto, justificado e santificado no teu poderoso nome. Graças, Senhor por permitir que o Espírito Santo me guie à toda a verdade e assim ser liberto plenamente e santificado totalmente para servir ao Deus vivo e verdadeiro. Não só rejeito a maldição, mas me aproprio do direito à bênção pela aliança estabelecida e confirmada na cruz. Em nome de Jesus, amém.
Pr Jason