Uma Serpente Traiçoeira

Meditação do dia: 31/01/2020

 “Dã julgará o seu povo, como uma das tribos de Israel. Dã será serpente junto ao caminho, uma víbora junto à vereda, que morde os calcanhares do cavalo, e faz cair o seu cavaleiro por detrás.” (Gn 49.16,17)

Uma Serpente Traiçoeira – Quando escrevemos as meditações sobre o nascimento dos filhos de Jacó, destacamos a intensa competição das esposas Lia e Raquel pela afeição e atenção do marido; a cada nascimento era celebrado como se um round de uma luta fosse vencido. As crianças ia recebendo nomes seguindo as demandas das lutas emocionais das mães e assim parece que um quadro está se formando e não irá se conectar a outros acontecimentos importantes; mas não é isso que acontece. Embora as esposas tivessem suas lutas particulares, e tentam escrever suas histórias, mas as coisas ainda estavam nas mãos de Deus e as peças se conformavam a propósitos maiores que o futuro revelaria. Olhando os versículos que nos servem de base hoje, vemos o pai falando ao seu filho Dã, sobre algumas de suas características, e voltando nossos olhares para quando a história desse filho começou, encontramos um paralelo muito forte: E concebeu Bila, e deu a Jacó um filho. Então disse Raquel: Julgou-me Deus, e também ouviu a minha voz, e me deu um filho; por isso chamou-lhe Dã (Gn 30.5,6). Dã significa “Juiz” ou “Ele julgou.” Na hora da bênção profética, o pai ressalta a tarefa daquela tribo, como responsável por promover a justiça na nação e fazer os julgamentos. Se Judá teria o governo, Levi o sacerdócio, para Dã  seria a justiça. Deveria servir de mediador entre os irmãos, em questões de conflitos de interesses, o que fatalmente aconteceria. Um pai sempre observa e vê as características e qualidades entre os filhos e tem capacidade de afirmar quem deve exercer certas prerrogativas na família. Se isso é altamente positivo, Israel faz em seguida algumas afirmações que nos leva a pensar em prevenções a serem tomadas quanto ao ministério dessa tribo. A serpente recebe em muitas culturas o símbolo de sabedoria e prudência, sendo até mesmo citada por Jesus como tal. Sede, pois, prudentes como as serpentes, mas simples como as pombas (Mt 10.16). Não vou vaticinar que Israel estava sendo irônico, mas certamente ele frisava detalhes da convivência entre família e atitudes desse rapaz que levava os demais a ficarem espertos com ele. A postura de ficar postado junto ao caminho e veredas, pronto para dar botes e surpreender transeuntes desavisados, mostra que era alguém oportunista, que se valia da fragilidade ou desatenção dos outros para tirar vantagens. Alguém ligado à justiça, ao direito, com capacidade de oportunidade de julgar e lidar com tais atividades, conhece “o caminho” que as vítimas terão que passar e ali estará esperando tranquilamente para atacar. Se valer da fragilidades e ignorancia alheia em momentos críticos quando estão indefesos e vulneráveis, é ruim e pecaminoso. Fazer justiça e ajudar os necessitados é dom de Deus, e precisam ser exercitados com piedade, clemencia, justiça e retidão. O cristão não pode agir com a atitude de que não importa quem esteja por baixo, desde que seja ele quem esteja por cima. Privilégios vem acompanhados por responsabilidades! Trabalhemos para evitar um dia ouvir um certo tipo de juízo: E, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus, que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura? Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento; e não presumais, de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que, mesmo destas pedras, Deus pode suscitar filhos a Abraão (Mt 3.7-9).

Pai amado, celebramos a tua grandeza e a tua capacidade de fazer juízo e justiça. Todas as tuas ações são verdadeiras e legítimas, dando a cada um aquilo que de fato precisa e serve de ações educativas para formação do caráter de Cristo em cada um dos teus filhos. Precisamos de discernimento e sabedoria para fazermos bom uso dos nossos dons e talentos para abençoar e enriquecer o Reino e não para sobrecarregar os já cansados e oprimidos. Te peço, que nesse dia, nossos sentidos de justiça e equilíbrio sejam aguçados para que a verdade prevaleça e assim nosso papel seja relevante. Oramos em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Jumento de Fortes Ossos

Meditação do dia: 30/01/2020

 “Issacar é jumento de fortes ossos, deitado entre dois fardos. E viu ele que o descanso era bom, e que a terra era deliciosa e abaixou seu ombro para acarretar, e serviu debaixo de tributo.” (Gn 49.14,15)

Jumento de Fortes Ossos – Valendo-se do linguajar oriental, há certos elogios que em nossa cultura mais parece um xingamento disfarçado. Mas a nossa cultura também lança mão de figuras do mundo zoo e pet para ilustrar qualidades de pessoas ou situações nas quais elas se expressam. Há uma musica sertaneja antiga, que canta um drama romântico e no final a pessoa declara que ela é como “um puro sangue, que não deita com arreio, prefiro morrer de pé do que viver de joelho!” Certamente quando Israel proferiu essas palavras, elas foram acolhidas como elogiosas e também preventivas, para que seu filho pudesse reagir. Particularmente, eu costumo instruir as pessoas que me procuram diante de um prenuncio que obtiveram, seja em sonho, seja em outro modo de percepção espiritual, ou mesmo profecias e palavras de conhecimento, digo-lhes que devem orar por sabedoria e discernimento para compreensão e ação, pois se nos foram revelados antecipadamente, aquilo está por acontecer; sendo assim podemos cooperar para que de fato aconteça, ou sendo algo negativo, para que não aconteça ou que tenha o menor impacto possível. É assim também que meu coração se apropria das lições daquilo que Israel disse para Issacar. Vamos por partes: Inicialmente é uma palavra positiva e elogiosa sobre a condição e capacidade de trabalho e suportar cargas e pesos da vida. Alguém de fato resistente, de boa saúde e capacidade de serviço. Mas logo em seguida, a citação induz ao pensamento de uma submissão forçada por fragilidade de caráter ou indolência. Um jumento de ossos fortes não deveria ficar deitado entre dois fardos. Quais são esses dois fardos? Jesus falou um dia sobre fardos que os humanos precisam carregar e parece que pode até ser trocado, o nosso pelo dele: Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve (Mt 11.28-30). Um fardo já é cansativo e desgastante, imagina dois, que te faz arriar?! Estou pensando aqui em nossas responsabilidades e acrescentado a isso, se envolver com questões que não precisamos carregar, porque não são nossas, ou estamos atraindo, permitindo que nos sobrecarreguem com cuidados alheios. Numa terceira citação ele fala de coisas boas que se tornam perniciosas pela conduta; descanso é bom, mas descanso existe para nos preparar para mais e novas atividades; quando o descanso se torna o objetivo e a finalidade, se torna ruim. O mesmo é perceber que a terra era deliciosa e não se cuidou, e se tornou uma espécie de escravo voluntário. São as situações que aparecem na vida e são até boas demais para serem verdades e no começo tudo são flores, mas toda aquela bondade pode se tornar um fardo que consome. Oportunidades que Deus abre portas e a pessoa entra com alegria e gratidão e depois se envolve tanto e passa a negligenciar a fé, o amor a Deus, sua devoção, a família e quanto mais consegue, mais quer e quanto mais tem, mais precisa se esforçar para manter o que conseguiu e o vira um ciclo vicioso e pernicioso. Pessoas que se convertem a Cristo e não tem nada, estão no fundo do poço e Deus os restaura e abençoa de forma extraordinária à medida que vão se comprometendo com a fé e serviço fiel; mas aos poucos não tem mais tempo para Deus ou para a igreja e comunhão e começam a idolatrar coisas adquiridas. Issacar abaixou o ombro para carregar coisas e acabou chantageado e escravizado e obrigado a pagar tributos. Ser escravo no seu próprio trabalho, viver para pagar tributos a quem quer explora a negligencia alheia! Aqui até daria para ajudar pessoas que tem uma péssima mordomia cristã por administrar mal suas finanças e recursos e não faz nem o suficiente para pagar juros e dar lucros aos bancos e financeiras, quando Deus lhe deu condições de serem livres e abençoadores. Fecho cm a citação de Salomão: O que é negligente na sua obra é também irmão do desperdiçador (Pv 18.9).

Deus de amor e bondade, graças te rendemos por seus grandes feitos e tuas obras poderosas. O teu olhar sobre nossa maneira de dirigir nossas vidas e responsabilidades, nos quer ajudar a sermos mais produtivos, construtivos e utilizar bem os recursos disponíveis, que são abundantes e suficientes. Permita que reflitamos sobre a importância de nos mantermos longe da escravidão e servidão aos exploradores que se valem da negligencia e indolência das pessoas para tirarem vantagens e empobrecerem o teu povo. Foi para a liberdade que Cristo que nos libertou e não devemos nos meter em jugos de escravidão novamente. O Senhor é o nosso provedor e o faz com generosidade, assim podemos ser mais cautelosos e previdentes cuidando daquilo que é nosso, do reino, como bons mordomos. Em nome de Jesus, oramos, amém.

Pr Jason

Porto, Mares e Navios

Meditação do dia: 29/01/2020

 “Zebulom habitará no porto dos mares, e será como porto dos navios, e o seu termo será para Sidom.” (Gn 49.10)

Porto, Mares e Navios – Para quem gosta de desafios, aqui está uma boa pedida. Zebulom é o sexto filho de Jacó com Lia, e ao ser citado aqui nas descrições proféticas de Israel, foi citado uma destinação geográfica de seu território, na futura nação na Terra Prometida. Lendo Josué 19, parte disso literalmente se materializou, porque de fato o seu território ficou fronteiriço com a Fenícia, de onde Sidom era uma cidade estado, um reino local. Mas a outra parte, que respeito a herança costeira no Mar mediterrâneo, não aconteceu, pois essa frente ficou como possessão de Aser, uma outa tribo. Os registros no entanto, da história dessa tribo evidenciam que eles tiraram bom proveito de estarem na fronteira com o território fenício, que eram um povo habilmente comercial e especialmente exploradores dos mares. Os israelitas se beneficiaram dessa condição comercialmente favorável. Não fico nem um pouco incomodado com essas citações em relação a autenticidade das Escrituras e muito menos com a fidelidade de Deus ou uma falha de Israel, ao profetizar sobre a vida de seu filho. Também não vou provocar uma interpretação que fuja da realidade, só para satisfazer a minha mente racional. Acredito na inspiração das Escrituras e na integridade delas e sei que sempre que houver alguma condição que nos pareça diferente do usual, haverá sempre uma boa explicação dentro das próprias Escrituras, por que só a Escritura explica a Escritura. Se erve de consolo, a extensão territorial total da Terra Prometida por Deus a Abraão e suas fronteiras, até hoje não chegou a ser possuída na extensão máxima, como nos dias de Davi e Salomão, que foram as maiores extensões territoriais do Reino de Israel. Como foram Palavras de Deus, eu acredito que à seu tempo elas se cumprirão. Como as formas dos homens estabelecerem fronteiras são por meio de tratados políticos e acordos costurados pelas grandes potencias, satisfazendo interesses de aliados e impondo aceitações espúrias aos mais fracos, certamente tudo isso ainda será corrigido e a verdade prevalecerá. Olho para a fala de Israel e vejo ele comparando o filho como porto de navios. Isso é elogioso, pois um porto é sempre um símbolo de segurança, de riquezas e relacionamentos entre povos. Assim, todos precisam de um porto seguro, um lugar onde ancorar para descanso, reparos, restauração, reabastecimento, trocas, chegadas e partidas. Zebulom ofereceria isso para a nação, como sua contribuição. Para esse tipo de atividade precisa ser flexível, despojado de preconceitos, pois tem que lidar com o desconhecido, o diferente e ainda assim se manter fiel aos seus princípios. Isso tem ares de diplomacia, mediador e são qualidades que todos precisam admirar, respeitar e valorizar, pois são apreciadas em família, na igrejas e nas relações em todos os níveis.

Senhor, eu agradeço pelas lições que podemos aprender com tribos como a Zebulom que parecem oferecer tão pouco, mas são essenciais. A tua vontade se manifesta através da igreja e seus muitos dons aptidões e algumas pessoas foram dotadas de dons singelos e nem sempre notados, mas são importantes e úteis. Grande parte da obra missionária é feita por servos muito anônimos e a grande expressão da igreja se expressão em congregações pequenas. Cada um nós, somos preciosos diante de ti e amados, aceitos e acolhidos para servir como fomos dotados, e obrigado por esse espaço para os pequenos e não notáveis, mas que são bênçãos em todo lugar. Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

O Cetro e o Legislador

Meditação do dia: 28/01/2020

 “O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos.” (Gn 49.10)

O Cetro e o Legislador – Teologicamente essa doutrina da pessoa de Cristo é mui facilmente assimilada, pois a fé Cristã e os ensinos da igreja desde o início sempre defenderam a divindade de Cristo e sua real humanidade como descendente de Davi, o rei segundo o coração de Deus. Devocionalmente, amamos as lições e o aprendizado prático em termos de alimento para nossa alma e espírito, que a Palavra de Deus pode proporcionar. Aqueles homens ali reunidos ao lado do leito do pai, ouvindo instruções e acolhendo aquilo como determinante para suas vidas e um futuro de esperança. Podemos olhar isso de um ponto de vista totalmente nosso, humano, de pessoas que vivem, sentem, amam, sofrem e esperam por algo que só a fé pode produzir nos seus corações, porque o futuro parece mudar de cara toda vez que olhamos para ele; quando exercitamos nossa imaginação e tentamos antecipar o que será, o que seremos a uns anos na frente, raramente acertamos, porque exercitar a futurologia não é fácil. Se para mim, e para nós, tantos séculos depois, com novas descobertas, invenções, tecnologias e esclarecimentos, ainda nos sentimos um tanto inseguro, imaginemos aqueles filhos de Israel. Mui provavelmente, ao ouvir a sua parte, cada um deles se punha a pensar, refletir sobre o que é que meu pai quer dizer com isso? Se José olhasse para trás, quando tinha dezessete anos, morando em casa com os pais e irmãos e começou a sonhar que a lua e as estrelas, não todas, mas doze, se curvavam diante dele; ou estando na roça colhendo trigo e os feixes dos demais e do pai se curvavam diante do dele, o que foi que ele entendeu? Parece que foi o mesmo que o pai e os irmãos – que ele viria a se destacar e alcançar uma posição de liderança sobre os demais. Os irmãos ficaram zangados, o pai ficou pensativo e pediu para ele ir mais devagar, porque o seu sonho contrariava as normas, pois os pais não se curvavam para os filhos, e sim o contrário. O tempo se encarregou de colocar as coisas no lugar; José se tornou o homem forte do Egito e só faraó se colocava acima dele e todos os demais se curvavam perante ele, e os seus próprios irmãos vieram a fazer isso e com muito respeito. Aqui está Israel dizendo para Judá, que o Cetro não se arredaria dele, nem o legislador… o mistério da fé parece ser a fé em mistérios. Nada daquilo era necessariamente para os seus dias, então não teriam nem como se esforçar por produzir tais resultados. Com o passar dos anos, e estamos falando de séculos, tudo foi se conformando às palavras de Israel e de Deus, obviamente, que estava escrevendo aquela história. Todos vieram a saber que o Cetro, se referia ao governo da Nação, sob as mãos de Davi, e que passava o trono e o cetro para gerações até que o Cristo viesse e assentasse no trono para sempre e assim o Cetro que governa eternamente seria reconhecido. Achei a Davi, meu servo; com santo óleo o ungi, E conservarei para sempre a sua semente, e o seu trono como os dias do céu. A sua semente durará para sempre, e o seu trono, como o sol diante de mim.
Será estabelecido para sempre como a lua e como uma testemunha fiel no céu
(Sl 89.20,29,36,37). A lição importante para nós hoje, é que fazer a vontade de Deus, andando na fé e na obediência é o melhor caminho para o sucesso em tudo que empreendemos. Os planos do Senhor vão muito além da nossa limitada vida física aqui na terra e precisamos entender isso, para construirmos para a eternidade e não somente para o tempo que nós mesmos podemos desfrutar. Isso também foi um conselho do mais famoso descendente de Judá: Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração (Mt 6.19-21).

Senhor, graças te rendemos por começarmos mais um dia, e a tua bênção estar sobre nós. Te conhecer é uma jornada desafiadora e maravilhosa, porque só por tua própria revelação isso é possível. Jesus é a melhor e a mais completa revelação de Deus a nós; abençoado seja o dia de hoje, quando poderemos caminhar em tua presença e com a ajuda do Espírito Santo alcançarmos novos entendimentos e assim nos aproximar mais de ti. Obrigado, Pai, em nome de Jesus, amém.

Gosto muito dessa música com a Amy Grant e Michael Smith https://youtu.be/CSZlIVP9u0Y

Pr Jason

O Leão de Judá

Meditação do dia: 27/01/2020

 “Judá é um leãozinho, da presa subiste, filho meu; encurva-se, e deita-se como um leão, e como um leão velho; quem o despertará?” (Gn 49.9)

O Leão de Judá – Uma expressão que se tornou uma marca, um título de realeza para Jesus tem sua origem na profética bênção de Israel sobre o seu filho Judá. Os pais observavam as características dos filhos e à partir delas, davam declarações que se incorporavam a vida da pessoa e assim levava aquela marca para o restante de sua vida e em muitos casos passavam para outras gerações. Por que um pai, como Israel diria que seu é um leãozinho? Acredito que na mesma frase ele deixa dicas importantes, como a tranquilidade que o rei dos animais se deita e descansa sem maiores preocupações, pois ele conhece suas forças, sua capacidade e também está consciente que todos os demais ao seu redor, também sabem disso. Ele conquista o respeito, por ser quem é! O pai, citou em repetição retórica, “como um leãozinho e como um leão velho;” está em vista as melhores qualidades nas fases da vida, como força, agilidade, sabedoria, experiência e posição consolidada. Gostaria de estimular os amados que estão lendo essa meditação, a fazerem observações mais profundas, minuciosas e sob forte impacto de oração que vem do coração paterno/materno, sobre seus filhos. Estou sugerindo que observem as características distintivas de cada um, como eles reagiam quando pequenos à situações semelhantes e como algumas daquelas características cresceu com eles. O resultado dessa experiência, pode ser direcional para vocês ministrarem ainda sobre eles, para confirmar ou anular resultados. Voltando, fiz uma consulta na Wikipédia, e veja o que lá diz: Leão de Judá é uma expressão bíblica usada por cristãos para fazer referência honrosa a Jesus Cristo. A expressão tem origem no livro do Apocalipse: “Não chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, que venceu, para abrir o livro e desatar os seus sete selos (Ap 5.5). sublinhei o que eles definem como origem da expressão, mas eles erraram por pouco, uns dois mil anos só. A origem foi aqui na profética reunião de família, quando Israel proferiu sua mensagem sobre cada um de seus filhos e que já era prenuncio das tribos e de outras verdades no futuro da nação e do Reino de Deus. Judá veio a ser a tribo mais forte e a que sustentava a autoridade de governo, e dali veio a dinastia do rei Davi, e consequentemente, o Messias, que é Jesus Cristo, a quem definitivamente pertence o título, o poder e a realeza de tudo que isso significa. Reconheço que nossa cultura contaminou a realidade da autoridade espiritual paterna, por um sistema humanístico de senso de direito e equidade, que proíbe tratamento desigual e ou preferencial entre os filhos. Assim, estamos social e politicamente corretos, seguindo os preceito do direito civil e suas leis e nos afastamos da autoridade espiritual e sacerdotal de proferir a verdade de Deus sobre nossos filhos, sob o risco de feri-los emocionalmente e traumatiza-los, porque o papai falou que esse será grande e esse será maior – esse realizará tais e tais feitos e esse ficará na sombra. Não vou e não posso incentivar desobediência civil ou quebrar regras legais do país. Estou dizendo que o caminho proposto por Deus, reconhece as capacidades, os dons, os talentos, e os propósitos eternos para cada um deles. Os pais tem autoridade para abençoar e guiar os passos dos filhos nas veredas antigas de Deus, preservando a identidade e corrigindo o comportamento dos filhos e reafirmando sobre eles a verdade de Deus. SE olharmos a história desses filhos de Jacó, de uma forma ou de outra, todos eles pisaram na bola em alguma situação e alguns de forma grave, séria. Isso era comportamento, que foi em algum lugar corrigido, disciplinado, restaurado e redimido. A identidade deles, como filhos de Israel, Isaque e Abraão e herdeiros da Aliança, nunca esteve em risco. Os pais acreditam/desacreditam mais pelo comportamento do que pela identidade dos filhos. A sociedade faz a mesma coisa. O que a pessoa é, pouco importa, mas o que ela faz está sempre sendo lembrado, principalmente se for errado. Um único erro pode destruir uma carreira de uma vida inteira de serviço e socialmente não tem redenção.

Senhor, queremos aprender contigo e com a tua Palavra, que não esconde a verdade e não deixa de valorizar o que Deus faz pela restauração de uma vida. Nossa identidade é preciosa diante de ti, porque fomos comprados por um alto preço e legitimamente adotados como filhos e herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo. Fomos lavados no precioso sangue da redenção, efetuada de uma só vez com validade eterna. Nossos pecados foram perdoados pelo que Cristo fez e não pelo que deixamos de fazer. A graça e a verdade se encontraram em Cristo, para o bem de todos nós. obrigado, Pai, por tanta bondade, graça e misericórdia. Não merecemos, mas acolhemos em fé, em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

O Elogiável Judá

Meditação do dia: 26/01/2020

 “Judá, a ti te louvarão os teus irmãos; a tua mão será sobre o pescoço de teus inimigos; os filhos de teu pai a ti se inclinarão.” (Gn 49.8)

O Elogiável Judá – O significado do nome Judá – tem origem a partir do hebraico Yehudah, que pode ser traduzido para a língua portuguesa como “louvado”, “glorificado” ou “exaltado”. Este nome seria uma derivação da expressão hebraica Yah hu Dah, que era considerada uma exaltação de agradecimento à Deus. Essa foi a idéia de Lia, quando de seu nascimento: E concebeu outra vez e deu à luz um filho, dizendo: Esta vez louvarei ao Senhor. Por isso chamou-o Judá” (Gn 29.35). Anos mais tarde, aqui o pai profetizando sobre o filho e declarando sobre ele, elogios e promessas que casam-se perfeitamente com a intenção da mãe ao lhe dar o nome. As declarações de Israel para com Judá, não só foram palavras afirmativas, elogiosas e que reconhecem as qualidades de liderança do filho, mas são proféticas sobre o futuro dessa tribo como líder entre as demais tribos e sobre a nação; de forma que, até veio a ser tomada como a própria nação, quando o Reino de Israel se dividiu, após a morte do Rei Salomão, a parte norte ficou conhecida como Israel, com dez tribos e a parte sul, como Judá, com a tribo de Judá e Benjamim. Até hoje, mistura-se tudo num caldeirão só – pois judeus e israelenses são tidos como sinônimos para acolher todos os hebreus. Gostaria de destacar, para nossa edificação, a linha de sucessão que acabou chegando aqui em Judá – vimos que Ruben, foi desqualificado pelo pai para a primogenitura, devido seu comportamento moral, o dobra da herança, sobrou para José, através de Manassés e Efraim; Simeão e Levi, os dois próximos, foram dispersos entre as demais tribos por Israel como medida disciplinar, pela conduta deles na prática da violência na terra de Canaã. Assim sendo, Judá foi a próxima tribo com aptidão moral e espiritual para desempenhar liderança espiritual e fazer valer as responsabilidades da Aliança eterna entre Deus e o seu povo. Observo que foi Judá, que se apresentou como intercessor diante de Jacó, pela guarda e devolução de Benjamim, quando foi solicitado a sua presença diante de José, o governador do Egito. Então disse Judá a Israel, seu pai: Envia o jovem comigo, e levantar-nos-emos, e iremos, para que vivamos e não morramos, nem nós, nem tu, nem os nossos filhos. Eu serei fiador por ele, da minha mão o requererás; se eu não o trouxer, e não o puser perante a tua face, serei réu de crime para contigo para sempre (Gn 43.8,9). Embora Ruben tenha tentado exercer esse papel, mas não foi aceito. Mas Rúben falou a seu pai, dizendo: Mata os meus dois filhos, se eu não tornar a trazê-lo para ti; entrega-o em minha mão, e tornarei a trazê-lo. Ele porém disse: Não descerá meu filho convosco; porquanto o seu irmão é morto, e só ele ficou. Se lhe suceder algum desastre no caminho por onde fordes, fareis descer minhas cãs com tristeza à sepultura (Gn 42.37,38). Quando José os apertou de vez com uma possibilidade de reter Benjamim, naquela história da taça de prata implantada na bagagem, Judá age diante de José como um mediador e intercessor qualificado. Porque teu servo se deu por fiador por este moço para com meu pai, dizendo: Se eu o não tornar para ti, serei culpado para com meu pai por todos os dias.
Agora, pois, fique teu servo em lugar deste moço por escravo de meu senhor, e que suba o moço com os seus irmãos
(Gn 44.32,33). Esse traço de caráter forte, se colocando na brecha pelo irmão, assumindo um papel de liderança construtiva e responsável, fez dele um homem notável e percebido pelo pai, como aquele que conduziria bem os destinos da nação futura.

Senhor, obrigado por esse dia e pela história que estamos construindo com as nossas atitudes a cada dia. Pessoas e oportunidades se apresentam diante de nós, com necessidades e possibilidades para fazermos escolhas que abençoam e revelam o teu amor em ação tocando essas vidas. Ainda hoje, buscas intercessores que estejam na brecha pelos menos favorecidos e que em nós e nosso meio, encontre vasos disponíveis e prontos a darem de si em beneficio dos outros, como fizestes por nós através de Jesus Cristo. Assim como enviaste Jesus ao mundo, ele também nos enviou ao mundo para anunciar e estabelecer o Reino e aqui estamos para servir. Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

A Saga de Simeão e Levi

Meditação do dia: 25/01/2020

 “Simeão e Levi são irmãos; as suas espadas são instrumentos de violência.” (Gn 49.5)

A Saga de Simeão e Levi – Nossas ações tem peso e as consequencias são inevitáveis, por mais que se pense que o tempo apaga tudo e as coisas ficarão bem. Israel reuniu seus filhos para profetizar sobre eles o futuro que lhes aguardava, em curto, médio e longo tempo de alcance. Por razões que só a eternidade pode trazer à plena luz, sobre os dois filhos ele descreveu o caráter deles e as ações que lhes caracterizaram dentro da família. Grande parte das citações do pai, foram acontecimentos na crise que envolveu Diná, a irmã deles, assim que eles estavam entrando em Canaã. Ela se envolveu ou foi envolvida com um jovem local e as consequências foram desastrosas, culminando com o extermínio de toda a população da cidade, liderados, claro, por Simeão e Levi. Na ocasião eles justificaram diante de Jacó, seu pai, da seguinte forma: E eles disseram: Devia ele tratar a nossa irmã como a uma prostituta? (Gn 34.31). Estamos tratando aqui do chamado “crime de honra;” quando em nome de um suposto direito de lavar a honra pessoal, familiar ou de situações de interesse, a pessoa se dá o direito de cometer crimes e atrocidades em vingança desmedida. Dizem que um mal nuca vem sozinho, mas que um abismo chama outro; foi o que aconteceu com esses rapazes, que em nome de zelar pela honra da irmã, eles premeditaram atos violentos, usando de engano e dolo, para acometer uma cidade inteira, saqueando e pilhando os bens e propriedades de maneira muito hostil. Isso afetou a vida de todos eles, especialmente do pai, que era o líder do grupo familiar e estava de chegada na terra e o seu cartão de visitas não foi nada desejável. Na palavra do pai, ele novamente distinguiu a identidade deles do seu comportamento que ele considerou totalmente reprovável e do qual ele se negava a participar e dar cobertura. No seu secreto conselho não entre minha alma, com a sua congregação minha glória não se ajunte; porque no seu furor mataram homens, e na sua teima arrebataram bois. Maldito seja o seu furor, pois era forte, e a sua ira, pois era dura; eu os dividirei em Jacó, e os espalharei em Israel (49.6,7). Israel disse que os dividiria e os espalharia entre a nação; foi uma palavra profética que se evidenciou quando eles distribuíram as porções entre as tribos. Simeão recebeu uma porção, mas por motivos outros, ele ficou misturado com outra tribo e ficou diluído na nação. Levi, recebeu o sacerdócio e assim deixou de ser uma das doze tribos com propriedades tribais, recebendo apenas o suficiente para viverem espalhados entre as demais tribos, cumprindo a função sacerdotal para toda a nação. Vejam que Israel não reprovou seus filhos, mas as ações erradas deles e não poupou a disciplina, incluindo até o destino final e eterno deles como tribo. Laços de sangue são muito fortes, são importantes, necessários e devem ser respeitados e protegidos. Contudo, a herança espiritual de cada indivíduo, tem a ver com a eternidade e os propósitos eternos de Deus, que são imutáveis e intrasferíveis. O senso de justiça e retidão do servo de Deus, deve prevalecer quando houver um conflito de interesses, ao tratar a verdade e a justiça e detrimento dos laços afetivos, familiares e institucionais. Para Deus, a verdade é a verdade; a justiça é a justiça e retidão é retidão, não importa quem quer que seja. Não existe o “jeitinho,” acomodar o erro, porque foi alguém dos nossos. A versão mais exata disso é a descrição na redenção: Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas? (Rm 8.32).

Pai, o teu modo de ensinar é maravilhoso porque alia a teoria com a verdade prática que sempre marca o teu agir. Nunca pedes de nós, os teus filhos, algo que tu mesmo já não o experimentou primeiro. O teu caráter santo e justo, não nos ordena fazer algo impossível ou que não tenhamos condições de fazer. Justo é o Senhor em todos os teus caminhos e santo em todas as tuas obras. Celebramos o relacionamento com a tua verdade que permanece para sempre. Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

A Bênção de Rúben

Meditação do dia: 24/01/2020

 Rúben, tu és meu primogênito, minha força e o princípio de meu vigor, o mais excelente em alteza e o mais excelente em poder.” (Gn 49.3)

A Bênção de Ruben – O ato de abençoar os filhos é uma Vereda Antiga de Deus para a humanidade. Um tipo de conhecimento essencial para seguir o modelo de vida que foi estabelecido e nunca deveria ter sido modificado ou banido como o foi em muitas culturas. Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para as vossas almas; mas eles dizem: Não andaremos nele (Jr 6.16). Mas hoje quero dar um foco mais restrito ao que Israel disse para o seu filho primogênito, Ruben: o registro sagrado acontece em apenas dois versículos, pode ser pouco, ou não, mas diz muito e trás lições que admiro e observo. Umas das linhas metras do que foi proferido, não está escrito aí, mas está implícito, de forma muito cristalina; que é a nítida separação que o pai faz para com o filho entre a sua identidade e o seu comportamento. Isso é chave, é crucial no relacionamento familiar, e até mesmo pastoral e no reconhecimento do valor ministerial de uma pessoa. Identidade é aquilo que a pessoa é; nada muda isso, é definitivo, eterno como ela e é daí que vem o seu valor e sua dignidade, para encontrar os propósitos de vida. Comportamento é aquilo que a pessoa faz, suas escolhas. Isso é ensinado, corrigido, mutável e pode ser trabalhado para a produtividade positiva. Os pais confundem demais esses aspectos e deixam as emoções contaminarem suas ações e muitos se perdem em definitivos sem encontrar soluções viáveis. A identidade precisa ser confirmada, reafirmada e abençoada; o comportamento precisa ser corrigido, disciplinado e até punido se necessário foro. Com medo de amaldiçoar a identidade os pais deixam de corrigir o comportamento e outros por falta de sabedoria pela correção errada do comportamento, aniquila a identidade da criança. Israel afirmou isso muito bem: Rúben, tu és meu primogênito, minha força e o princípio de meu vigor, o mais excelente em alteza e o mais excelente em poder.” Todas essas afirmações, num total de seis, afirmam tudo de bom que Ruben era e o pai confirmava isso publicamente diante de toda a família em forma de bênção. O verso seguinte, se trata do comportamento do filho que foi reprovável e mereceu disciplina e punição; sendo assim, com a mesma ternura que afirma a identidade, o pai aplica a disciplina, que é de fato severa e exemplar. Impetuoso como a água, não serás o mais excelente, porquanto subiste ao leito de teu pai. Então o contaminaste; subiu à minha cama (49.4). Não é incomum, na nossa sociedade, os pais incentivarem os filhos do sexo masculino serem imorais desde cedo, como prova de masculinidade e virilidade, empurrando-os para a prostituição e o abuso sexual, enquanto apresentam o comportamento excessivamente puritanos em relação as filhas. Lamento muito ver nos dias atuais pais e mães e agora até com a anuência de alguns pastores e igrejas, facilitarem a vida sexual prematura e desregrada dos filhos, dando-lhes preservativos ou permitindo que venham dormir com seus parceiros em casa, com a alegação de que “eles farão de qualquer jeito mesmo, e assim pelo menos estamos sabendo!” Lamento, embora vão pensar que sou retrógrado e careta, mas acredito que minha postura como pai e pastor é bíblica. Imoralidade é imoralidade, desde os dias do Éden até os tempos da Nova Jerusalém. A sociedade muda os seus valores, mas Deus não, ele é o mesmo e podem trocar a coleira, mas o cão ainda é o mesmo. Mas, ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira. Eu, Jesus, enviei o meu anjo, para vos testificar estas coisas nas igrejas. Eu sou a raiz e a geração de Davi, a resplandecente estrela da manhã (Ap 22.15,16).

Senhor Deus e Pai, gratos somos pela tua verdade que permanece firme de geração em geração para todo o sempre. A verdade de ontem, será a mesma hoje e sempre, tanto quanto o Senhor é eterno e imutável. Como povo de Deus, filhos da promessa, abraçados e acolhidos pela Aliança eterna celebrada para a redenção, precisamos fazer a nossa parte na aliança, pois a tua está sempre pronta e firme. A tua bênção não se mistura como pecado e o erro e foi exatamente para isso que Jesus Cristo se entregou na cruz, para produzir uma nova geração de filhos de Deus, nascidos da Palavra, gerados pelo Espírito Santo e para andarem em novidade de vida e serem embaixadores do Reino que é firmado na verdade e na justiça. Mantém-nos lavados no sangue de Jesus e dignos de entrar em tua presença. Oramos em contrição e arrependimento por identificação pelos pecados do nosso povo e daqueles que estão alinhando suas vidas com uma mentalidade mundana, como descreve aos Romanos 12.1,2 “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus. Amém.

Pr Jason

Jacó e Israel

Meditação do dia: 23/01/2020

 “Ajuntai-vos, e ouvi, filhos de Jacó; e ouvi a Israel vosso pai.” (Gn 49.2)

Jacó e Israel – Convocação é a primeira ideia do texto em apreço. Um pai fazendo um apelo aos filhos para ouvirem as instruções que ele lhes daria. Isso tudo é muito natural nas famílias. Aqui, estamos observando uma família, que na linguagem da galera de hoje é uma legítima ‘família raíz.’ Desde que iniciamos a ler a Bíblia, sempre vem aquela adaptação ao estilo literário da Palavra de Deus; que possui um estilo próprio e os leitores dela são até fáceis de identificar por palavras que passam a utilizar no cotidiano, que denuncia que aquela pessoa é leitora ou ouvinte das Sagradas Escrituras. Uma dessas características básicas, é a forma de linguagem que utiliza muito a repetição de termos para reafirmar uma verdade. Isso é clássico da literatura oriental antiga. Quantas vezes deparamos com Jesus dizendo: “em verdade em verdade vos digo…” (o que equivale ao nosso “verdadeiramente, ou de verdade, ao ainda, verdade absoluta.”) Aqui aparece a pessoa do pai, repetido como ênfase e dar um peso maior na fonte das informações a serem ouvidas. Nosso pai Jacó, teve esse nome alterado, ou substituído por Israel e foi Deus que o fez, em demonstração de uma adequação da pessoa que batalhou muito e transformou a sua realidade interior a um tal ponto que passou a vigorar na realidade exterior. Quando ele nasceu, veio agarrado ao calcanhar de seu irmão gêmeo, Esaú; os pais entenderam que ele já nascera com uma marca forte e distintiva, de fazer o menor esforço para obter resultados, já que veio no vácuo do irmão e agarrado ao seu calcanhar, não faria tanto esforço, só pegando uma carona para não chegar tão cansado. Isso foi visto como trapaça, engano e essa é a origem do seu nome. Jacó carregou esse estigma por muito tempo e até fez jus a isso, o próprio irmão citou isso numa situação de desavença entre eles: E ele disse: Veio teu irmão com sutileza, e tomou a tua bênção. Então disse ele: Não é o seu nome justamente Jacó, tanto que já duas vezes me enganou? A minha primogenitura me tomou, e eis que agora me tomou a minha bênção. E perguntou: Não reservaste, pois, para mim nenhuma bênção? (Gn 27.35,36). Ele teve um encontro com Deus que mudou sua vida e desenvolveu um novo caráter e se tornou uma pessoa digna da aliança que havia entre Deus e seus ancestrais. Naquela longa noite nas margens do ribeiro de Jaboque, ele enfrentou a sim mesmo e aos seus “fantasmas interiores,” ao lutar com um anjo de Deus e prevalecer, não por ser mais forte, hábil ou estrategista, mas por perseverar e prevalecer por uma questão de identidade e propósito de vida. E disse-lhe: Qual é o teu nome? E ele disse: Jacó. Então disse: Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens, e prevaleceste (Gn 32.27,28). De trapaceiro para Príncipe de Deus! Em algum lugar da vida dele, houve um encontro transformador com Deus, sua vida foi mudada e ele foi salvo. Ali começa uma nova história. Isso precisa acontece com todos nós; cada um de nós! foi assim que no dia da despedida, ele chamou os filhos e disse: “Ajuntai-vos, e ouvi, filhos de Jacó; e ouvi a Israel vosso pai.” Os filhos são biológicos, mas a bênção e a herança já serão espirituais. Um pai humano, tem uma herança humana, física e material para passar aos seus herdeiros; mas uma pessoa espiritual tem uma herança espiritual para ser o legado à seus filhos para continuidade dos propósitos eternos de Deus para cada um.

Senhor, agradecemos a obra poderosa da redenção que há em Cristo Jesus. Ali na cruz do Calvário foi consumada a realização maior em favor da raça humana perdida e sem rumo, até que o teu amor nos alcançou em Cristo Jesus. Somos novas criaturas e assim as coisas velhas ficaram para trás e tudo se fez novo. Bendito seja o poder salvador do que Cristo fez. Em nome dele oramos, amém.

Pr Jason

O Que Vai Acontecer

Meditação do dia: 22/01/2020

 Depois chamou Jacó a seus filhos, e disse: Ajuntai-vos, e anunciar-vos-ei o que vos há de acontecer nos dias vindouros;” (Gn 49.1)

O Que Vai Acontecer – Quando você ouve a palavra “Profecia,” o que vem à sua mente? Tenho que admitir que ainda a primeira impressão é sobre exercício de futurologia. Isso mesmo, quando se fala de profecia, já de cara pensamos no futuro e que teremos uma revelação sobre isso. A Wikipedia traz: Profecia é um relato, religioso ou não, no qual se afirma prever acontecimentos futuros. Quando tem origem religiosa, tais relatos afirmam que a origem da previsão pode ser visões, sonhos ou até mesmo encontros com um ser sobrenatural, sendo considerados como mensagens divinas.” Nossa base para acreditarmos tão piamente em profecias é a veracidade das Escrituras. Acreditamos na atualidade dos dons espirituais e na manifestação plena e soberana do Espirito Santo, para agir em favor dos propósitos divinos através da igreja. Nesse caso, precisamos da credibilidade do caráter da pessoa que serve de mensageiro, por humanamente falando é aí que entre os perigos. Pode acontecer contaminação da mensagem, ao receber, ao interpretar e ao entregar. Sem contar que quem recebe precisa saber biblicamente julgar a profecia. “E falem dois ou três profetas, e os outros julguem” (1 Co 14.29). Isso aqui é manual para a Nova Aliança. Nos tempos antigos, especialmente entre os antigos hebreus, e aqui estamos falando exatamente deles, pois Jacó ou Israel é o terceiro patriarca da linhagem da fé. Eles davam muita importância e credibilidade às palavras dos mais velhos, os anciãos e especialmente aos pais. Quando um distinto ancião, cheio de dias, estava próximo de sua morte, e mandava reunir os filhos e a família, aquilo era assunto sério e respeitado por todos. As palavras e ordens proferidas por eles eram levadas à sério e quando se tratava de uma pessoa de grande distinção na tribo ou clã, então tinha peso ainda maior. Eles, os filhos de Israel não sabiam que aquela reunião e aquelas palavras iriam compor o que hoje chamamos de Escrituras Sagradas; os relatos seriam perpetuados e em conformidade com as promessas que eles criam e até então eram registros orais, passados de pais para filhos sucessivamente, se tornaram acervos sagrados, parte essencial da Palavra de Deus. O futuro do qual Israel falou para eles ali naquele dia ainda está em andamento, e eu você somos beneficiários dele e fazemos parte das promessas e vivemos depois da plenitude delas, que era para eles, a vinda do Messias e para nós, já aconteceu e já estamos também no aguardo de novas profecias que a seu tempo hão de se cumprir. Para nós da igreja de Cristo, todos os dias é um novo dia e uma nova dádiva, no aguardo da bem-aventurada esperança dos filhos de Deus agraciados com a Redenção em Cristo Jesus. “Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém. Ora vem, Senhor Jesus” (Ap 22.20). (https://youtu.be/1DFltZN5mAE)

Senhor, graças te rendemos pelo conhecimento do todo da história. A minha história está inclusa na linda narrativa que o Senhor estabeleceu desde a eternidade. Temos raízes boas e profundas dos santos profetas e patriarcas da nossa fé e somos o presente da igreja do Senhor Jesus, parte de um Reino, eterno, perfeito, que jamais será abalado, porque quem sustenta e o que se assenta no trono é digno de toda honra, glória, poder e adoração em todas as gerações, pelos séculos dos séculos, amém e que para ti, é apenas o eterno presente. Obrigado por seu teu filho, por sermos o povo da aliança. Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason