Meditação do dia 30/06/2017
Os 9.5 – “Que fareis vós no dia da solenidade, e no dia da festa do Senhor?”
Pergunta difícil – É um fato que pessoalmente eu procuro separar religião de Evangelho; entendo que o cristianismo é um relacionamento e não uma religião. Religião é algo humano, até no conceito da palavra, que é RELIGARE – aquilo que podemos fazer para agradar a Deus e cumprir sua vontade. Evangelho, ao contrário é uma boa notícia, aquilo que Deus fez por nós em Cristo Jesus; incluindo o fato que a BOA NOTÍCIA, não é uma mensagem, mas uma pessoa, Jesus! Conforme foi anunciado aos pastores nos arredores de Belém, na noite de natal. “E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo: Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.10,11). Assim, quando a religião toma o lugar da fé e do relacionamento com Deus, acontecem coisas que parecem boas, mas na verdade são muito ruins e desastrosas. Atos religiosos não substituem culto e devoção real; Deus não está atrás de rituais e cerimonias e que facilmente se tornam teatros representativos daquilo que deveria estar acontecendo. Cantar na igreja, necessariamente não é louvor; fazer um discurso bíblico moralista entusiasmado não significa que é proclamação da Palavra de Deus; reunir muitas pessoas religiosas ou fiéis não significa necessariamente que é culto a Deus; desenvolver empreendimentos lucrativos e prósperos, pode não ter nada a ver com fazer a obra de Deus; viver religiosamente de tempo integral bancado por uma instituição não pode ser confundido com “ministério.” Ser pastor, bispo, apóstolo, ministro, reverendo, obreiro e etc. não significa ser “homem de Deus.” As formas podem estar bem parecidas, os rituais bem alinhados e aparentemente não dá para dizer o que é verdadeiro e o que é imitação, mas Deus sabe; se tem alguém que entende de culto é ELE! Se tem alguém capaz de perceber e discernir falso e verdadeiro, imitação e autêntico, esse alguém é Deus, a quem a religiosidade e os religiosos querem tapear. No capítulo um do profeta Isaías, o Senhor diz que já está farto, cansado daqueles rituais e formalidades bem elaborados, mas praticados por vidas tortas e más. “De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios, diz o Senhor? Já estou farto dos holocaustos de carneiros, e da gordura de animais cevados; nem me agrado de sangue de bezerros, nem de cordeiros, nem de bodes. Quando vindes para comparecer perante mim, quem requereu isto de vossas mãos, que viésseis a pisar os meus átrios? Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e as luas novas, e os sábados, e a convocação das assembléias; não posso suportar iniqüidade, nem mesmo a reunião solene. As vossas luas novas, e as vossas solenidades, a minha alma as odeia; já me são pesadas; já estou cansado de as sofrer” (Is 1. 11-14). Meu amado(a), você pode imaginar-se diante de Deus, na sala do trono, num momento gostoso de intimidade com o Senhor e quando você levanta os olhos para contemplar a face de Deus, e o “vê balançando a cabeça negativamente, “ e te diz, “eu não aguento mais isso, não dá, não faz sentido!” Nem Deus estava aguentando aqueles culto e reuniões de solenidade! Aqui, Oséias, volta à mesma afirmação sobre os rituais e faz a pergunta: “Que fareis vós no dia da solenidade, e no dia da festa do Senhor?” O que fazer se Deus não está satisfeito com o que estamos preparando para apresentar a Ele? De pronto vejo duas alternativas: A primeira é a opção Caim – Acusar a Deus de parcialidade, preferencialismo e exagero nas exigências. A segunda opção é quebrantamento – Nos humilharmos, reconhecer nossa condição e reconhecer a pessoa de Deus. “Porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo e que deixes livres os oprimidos, e despedaces todo o jugo? Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres abandonados; e, quando vires o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?” (Is 58.6,7). “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo” (I Pe 2.5). Alguma coisa será necessário fazer! “Que fareis vós…?
Senhor, reconhecemos nossa condição nada maravilhosa diante de ti, a não ser pela graça de Cristo disponível a nós na redenção. Como filhos também somos adoradores e sacerdotes para ministrar a ti e aos nossos semelhantes, mas tudo é feito para ti e precisa ser agradável, pois o Senhor merece, é digno e os recursos são teus. Concede sabedoria aos nossos corações e ajude-nos no quebrantamento e mudança de atitude, para haja glória ao teu nome através das nossas vidas, em nome de Jesus. Amém.
Pr Jason