Meditação do dia 29/11/2018
“E viu Sara que o filho de Agar, a egípcia, o qual tinha dado a Abraão, zombava. E disse a Abraão: Ponha fora esta serva e o seu filho; porque o filho desta serva não herdará com Isaque, meu filho.” (Gn 21.9,10)
A separação dos irmãos – Os românticos falam que “o coração tem razões que a própria razão desconhece.” O andar pela fé produz situações que só a própria fé ajuda a vencer, uma vez que não há lógica, razão ou paixão que explique os mistérios dos caminhos da vida. Jesus falou para Nicodemos que “O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito” (Jo 3.8). Eu creio e o ensino bíblico de identidade e destino revelam que essa mensagem sobre a identidade pessoal é determinante para a vida adulta saudável, quando formada e inculcada da maneira de Deus. Ao contrário, quando ela é distorcida e transmitida de forma errada é altamente destrutiva e arrasa com a vida da pessoa. Tanto Deus, como Criador e sustentador da vida, quando o Diabo, que é um ladrão e destruidor, ambos tem planos para incutir na vida da pessoa e pelos princípios espirituais, nenhum deles, faz isso diretamente, mas lançam mãos de agentes especialmente preparados para essa tarefa, que são os pais. Os pais são os agentes para transmitir a mensagem de identidade e destino para a vida dos filhos. Eles fazem isso ao reafirmar os princípios de Deus ou as mentiras de Satanás. Pais cristãos, que são de fato tementes a Deus, não apenas levam seus filhos nas reuniões da igreja e os leva a participarem das cerimonias e rituais da fé cristã; eles se envolvem comprometida e propositalmente na transmissão de uma mensagem que definirá a identidade e o destino de seus filhos. Antes mesmo de Isaque nascer, Abraão já demonstrara diante de Deus que estava pronto e preparado para isso. “Porque eu o tenho conhecido, e sei que ele há de ordenar a seus filhos e à sua casa depois dele, para que guardem o caminho do Senhor, para agir com justiça e juízo; para que o Senhor faça vir sobre Abraão o que acerca dele tem falado” (Gn 18.19). Mas a questão aqui hoje, é sobre o impacto que a decisão de Sara e Abraão de banir Ismael provocou e Isaque; ele era apenas um menininho, que acabara de se desmamar e no na sua festinha, seu irmão, um adolescente fez uma brincadeira que os adultos não gostaram e ele foi mandando embora com sua mãe no outro dia de madrugada, sem nem mesmo poder despedir do irmão. Certamente, podemos ver isso do ponto de vista espiritual e dentro do contexto de aliança com Deus e assim assimilamos melhor o golpe emocional. Mas ainda foi uma separação física e afetivamente marcante para ambos os garotos. Vivendo numa geração desnaturada e com a educação infantil totalmente terceirizada, é até complicado pensar em efeitos causados por uma separação como aquela. Tenho convicção que Abraão e Sara foram zelosos na transmissão dos fatos para Isaque, de forma que ele não ficou traumatizado, nem odiando o irmão ou os pais. Deus havia dito à Abraão que tudo ficaria bem e que Ele cuidaria tanto de Ismael quanto de Isaque e assim foi. Em muitas ocasiões, crises e traumas, fazem parte do processo de formação e treinamento para se aprender a lidar com frustrações e perdas, que ocorrerão na vida em muitas etapas. Vencedores e heróis, todos tem cicatrizes e marcas que contam histórias. Poupar no treinamento, pode resultar em fracasso quando chegar o verdadeiro combate.
Pai, obrigado, por experiências de perdas e dores pelas quais passamos e nas quais o Senhor anda conosco e nos conforta e consola. Somos chamados para sermos vencedores e mais que vencedores, o que indica combates e severas batalhas, que custam feridas e dores, perdas e revelações de verdadeiros amigos e heróis que estão do nosso lado e são fiéis em toda e qualquer situação, porque foram forjados no calor do batalha; Como Jesus, que aprendeu a obediência pelo sofrimento que experimentou e assim se tornou o autor da nossa salvação. Em nome dele é que oramos agradecidos, amém.
Pr Jason