Meditação do dia 31/03/2018
“Então o levou fora, e disse: Olha agora para os céus, e conta as estrelas, se as podes contar. E disse-lhe: Assim será a tua descendência.” (Gn 15.5)
Quando Deus mostra alguma coisa – Ninguém entende melhor o ser humano do que Deus, o Criador. Até aqueles detalhes que nem mesmo a gente sabe ou entende, não é oculto a Deus. Nossa inteligência emocional, que é área nova no universo dos descobrimentos e está se maturando entre as ciências sociais, já era comum para Deus ao lidar com suas revelações aos seus servos. Posso notar que esse revelação divina ao patriarca, foi muito mais do que uma aparição, ou um anúncio espiritual a alguém que estava sensível e disposto a servir a Deus. Foi um diálogo, no sentido bem comum, onde duas pessoas trocam idéias e conceitos e há perguntas e respostas, questionamentos e soluções são apresentadas. Não foi o bastante, Deus mostrar à Abrão, que ele teria um filho biológico para chamar de herdeiro, mas o levou a experiências além de um mero revelar-se no íntimo, ou em aparição mística. Deus o levou para fora da tenda onde estavam. Isso indica comandos físicos, ordem e recepção da mensagem, como se as duas partes fossem humanas, ou ao menos, físicas. Eu diria que foi uma experiência muito didática, como os bons mestres fazem, para aliar informação intelectual, com conhecimento experimental. Os dois saíram para fora e Abrão podia agora contemplar o céu estrelado e recebe o desafio de contar aquelas estrelas, se pudesse fazer isso. Dá pra imaginar, Abrão e Deus, lado a lado, olhando para céu? Eu e Deus, você e Deus, parados de pé, contemplando o céu estrelado, sem muita pressa! Mais do que a palavra final de Deus, vale muito aqueles instantes de estar juntos, lado a lado, um sabendo tudo que tem lá em cima, o nome de cada estrela e os muitos universos ainda por descobrir e suas utilidades e o outro apenas vendo o que o campo de visão física permite, mas mesmo assim já é muita coisa. Cultivar a presença de Deus em nossa vida é muito superior à ter revelações e informações de segredos estelares e de recursos do universo. Abrão tinha fé para ter esse tipo de experiência. Abrão precisaria desse tipo de fé para contemplar um futuro invisível ao olho humano, mas plenamente alcançável pelos recursos do Senhor. Precisamos de fé para uma experiencia e também precisamos de fé para ver a materialização das promessas. Sei que Abrão viu esse filho nascer quando tinha cem anos de idade e sei ele pode ter visto seus dois netos até perto dos quinze anos, mas certamente ele viu tudo o que Deus lhe deu. Ninguém deve viver buscando revelações ou caçando promessas; conhecer a Deus e o amar já são revelações grandes demais para serem descortinadas ao longo da nossa existência. Quando Deus nos mostra algo, ele sabe o porque e tem os meios de fazer acontecer, ainda que exageradamente grande para nossa condição humana, mas a sabedoria nos ensina, que, por algo ser grande demais para minhas capacidades, não significa que também o seja para Deus. Parece que a única coisa que limita a ação de Deus e a nossa incredulidade ou indisposição de dar os passos de fé necessários. Se Deus te chamar para fora e quiser te mostra algo, saia e aprenda, ainda que em silencio, mas apenas viva o momento e contemple a experiência que pode ser só sua e dele, juntos.
Pai, obrigado por ser assim, tão grande e mesmo assim ter comunhão com a gente assim, tão pequenos. Obrigado por ter nos criado com um potencial tão grande que estamos sempre descobrindo novas oportunidades. Obrigado por Jesus ser tudo o que precisamos. Obrigado pelo Espírito Santo vivificar tua Palavra em nós. Em nome de Jesus, amém.
Pr Jason