Meditação do dia 30/09/2016
Sl 120.6 “A minha alma bastante tempo habitou com os que detestam a paz.”
Por que alguém detesta a paz? – “Dou um boi para não entrar numa briga e uma boiada para não sair dela!” Esse ditado popular é bem conhecido entre os goianos nativos. Tirando fora o humor de tal citação, conflitos nunca são as melhores formas de encontrar soluções dificuldades. Por isso vem a minha pergunta inicial: “Por que alguém detestaria a paz?” Vou seguir um raciocínio na direção dos valores cultivados pelos homens. A vida é movida pelos valores; fazemos o que valorizamos; temos tempo e prioridade para aquilo que nos merece um valor em detrimento de outro. Até mesmo o amor exige que se dê um valor ao objeto a ser amado; sem isso é um mero objeto como qualquer outro. Todos conhecemos pessoas que afirmam seguramente que possuem e cultivam uma fé em Deus, embora admita que não tenham tempo para frequentar e participar de atividades de uma comunidade. Encontramos pessoas que se dizem “família;” eles amam tanta sua família, que trabalha e se ocupa tanto para suprir e dar tudo de melhor para ela, a ponto de perde-la pela ausência. O mesmo princípio se aplica a paz, para garantir que ela seja real, segura e duradoura, as pessoas se armam, brigam e fazem guerras sangrentas e genocidas “só para garantir a nossa paz!” Armas cada vez mais modernas, precisas, letais e de longa alcance são fabricadas e colocadas no mercado e até se armam terroristas e grupos extremistas violentos e todos os lados, armados até os dentes, dizem que buscam a paz. Sabe-se historicamente, que naquela guerra civil americana, um bom acordo de paz foi destruído por alguém que atirou em um dos mediadores, instigando-se assim a guerra, porque ele disfarçadamente fornecia armas para os dois lados do conflito. Nesse caso, para tais pessoas, o valor monetário, superava ao valor da paz e de vidas desperdiçadas numa causa sem razão. Mas, o desabafo do salmista, também pode ser visto em casos de menores gravidades, mas igualmente destrutivos. Ele diz que sua alma habitava com quem detestava a paz e estavam sempre à espera de provocar conflitos. O orgulho pessoal, a amargura na alma, a ausência de perdão, a ira que não se aplaca, o desejo de vingança, atitudes irreconciliáveis, a indiferença, o descaso, a irresponsabilidade, a ganancia voraz por lucros, como também a avareza e outras tantas atitudes cultivadas por pessoas, até ditas cristãs, ou piedosas, por consideraram que são gestos socialmente aceitos e a conveniência leva a esses “efeitos colaterais.” O melhor exemplo de pacificador, foi Jesus, em tudo e em qualquer situação em que ele esteve envolvido ou presenciado, ele sempre agiu com base na coerência, de quem não apenas queria a paz, mas trabalhava por ela, era seu agente e seu príncipe. Já está profetizado, quando Cristo assumir o governo aqui, as fábricas bélicas e seus artefatos serão convertidos para produtos de uso agrícolas; produzir alimentos é mais benéfico para a paz do que se imagina. “E julgará entre muitos povos, e castigará nações poderosas e longínquas, e converterão as suas espadas em pás, e as suas lanças em foices; uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra. Mas assentar-se-á cada um debaixo da sua videira, e debaixo da sua figueira, e não haverá quem os espante, porque a boca do Senhor dos Exércitos o disse” (Mq 4.3,4). Chegará a época de muita sombra, água fresca, frutos saborosos e preços baixos, pois não haverá guerra, nem mesmo de mercados por oferta e demanda. Quem viver, verá!
Senhor Deus de paz e bondade; graças damos por que isso começa primeiro no nosso coração e depois nas nossas relações com as pessoas e assim produzimos uma sociedade de paz e amizade. Obrigado por nos dar o Senhor Jesus, como sendo o Príncipe da paz e que irá estabelecer um reino de paz e justiça. Sou grato pela oportunidade de participar construtivamente do teu projeto. Guia-me por caminhos que sejam os teus caminhos e a fazer as coisas do teu modo e no teu tempo. Em nome de Jesus, amém.
Pr Jason