Recusar Consolo

Meditação do dia: 30/11/2019

 “E levantaram-se todos os seus filhos e todas as suas filhas, para o consolarem; recusou porém ser consolado, e disse: Porquanto com choro hei de descer ao meu filho até à sepultura. Assim o chorou seu pai.” (Gn 37.35)

Recusar Consolo – Tem coisas na vida que não tem como ensinar, apenas podem ser aprendidas! A experiência da paternidade/maternidade produz na vida da pessoa uma experiência única, que nenhuma teoria, conselhos, dicas quentes, macetes ou esquemas podem proporcionar. Enquanto somos apenas filhos, observamos nossos pais e outros pais tomarem certas atitudes e resolverem certas situações de maneiras que não nos fazem nenhum sentido. Pais fazem escolhas absurdas em prol dos filhos e da família que nem os próprios beneficiários entendem ou reconhecem. Filhos produzem situações difíceis que nem eles mesmos toleram ou aprovam, mas fazem os pais passarem por esses crivos. Quando esses filhos chegam à maternidade/paternidade, então a ficha deles caem e agora eles entendem, compreendem e quando são pessoa de bem, elogiam a sabedoria com que os pais agiram naquela época e naquela situação. Não adianta os pais gastarem saliva e dar conselhos e fazer exigências aos seus filhos nessas áreas específicas, porque eles jamais chegarão ao entendimento sem a experiência de serem pais e mães de fato. Os dez filhos de Jacó, se mancomunaram maquinando uma ato de violência contra um dos irmãos e depois adulteraram os fatos, criando falsas provas e evidencias que apresentaram ao pai e quando esse entrou em choque e luto profundo, vieram todos para consolarem o pai; porém ele recusou ser consolado. Vou pensar com vocês aqui sobre a situação, entendendo que Jacó não entrou num processo de pirraça, xilique e autopiedade, como que querendo chamar a atenção para si, como se ele fosse um coitado. Jacó não desistiu da vida, nem da família, nem entrou em crise de fé e relacionamento com Deus. Em momento algum ele questionou a Deus e nem reclamou que Deus falhara com ele, não protegendo um garoto de feras no campo. Ele admitiu que foi tudo muito estúpido e trágico; ele poderia não gostar dos sonhos de José, mas amava o José dos sonhos. Ele queria ver os netos daquele filho querido, ele queria ver as promessas de Deus se cumprindo na vida de todos eles e agora faltava um. O luto seria constante até o dia de sua morte e assim encontrar do outro lado esse filho. A Bíblia não dá essa dica, mas é uma idéia minha; lá no fundo do seu coração Jacó não aceitava ser consolado porque não existe consolo para aquilo que lhe acontecera; por outro lado, não aceitava consolo por que não havia o motivo do consolo; e também o tipo de consolo oferecido não era autentico. Era fruto de uma mentira, de um engano proposital e maligno arquitetado no coração de pessoas de confiança que não eram nem um pouco de confiança. Os filhos de Jacó, aqui, personificam o mal infiltrado no meio do povo de Deus; o joio no meio do trigo. Aquele recomendação de Judas na sua carta para que os cristãos se precavessem de tais dissimulados.  Estes são manchas em vossas festas de amor, banqueteando-se convosco, e apascentando-se a si mesmos sem temor; são nuvens sem água, levadas pelos ventos de uma para outra parte; são como árvores murchas, infrutíferas, duas vezes mortas, desarraigadas; Ondas impetuosas do mar, que escumam as suas mesmas abominações; estrelas errantes, para os quais está eternamente reservada a negrura das trevas (Jd 12,13). Quando fiz a leitura do texto de hoje, minha primeira conexão com outro texto similar, foi um do livro de Jó, quando ele dá uma dura nos seus “amigos” que vieram lhe prestar condolências pelo sofrimento que passava. Tenho ouvido muitas coisas como estas; todos vós sois consoladores molestos (Jó 16.2). Já vimos isso em filmes e notícias policiais, quando pessoas fazem o mal, cometem um crime contra pessoas conhecidas, íntimas e de confiança e depois vão no velório e sepultamento serem solícitos e apoiarem os familiares e chorarem com eles, para assim ficarem mais longe das evidencias do que fizeram. No coração, no íntimo não dá para aceitar esse tipo de consolo, porque isso não consola! A verdade bíblica a ser aplicada aqui, é a de que Mas nada há encoberto que não haja de ser descoberto; nem oculto, que não haja de ser sabido. Porquanto tudo o que em trevas dissestes, à luz será ouvido; e o que falastes ao ouvido no gabinete, sobre os telhados será apregoado (Lc 12.2,3). Não guarde segredos sujos! Não seja complacentes com crimes e maldades, servindo de consolador sem conteúdo. A verdade aparece, quando menos se espera!

Senhor, obrigado por ser o nosso Deus e produzir em nós e para nós o verdadeiro consolo e conforto através do Espírito Santo. Somos gratos pelos dons de discernimento e sabedoria que opera na igreja para o mal não permaneça infiltrado sem ser descoberto. O nosso espírito sabe as coisas do Espírito e no íntimo podemos perceber a diferença do certo e errado, da verdade e do engano e quando as motivações não são autenticas. Obrigado por todo o conforto que o Corpo de Cristo pode produzir uns nos outros e pela graça para continuarmos firmes, mesmo depois de tragédias e calamidades, até aquelas causadas por íntimos e próximos de nós. também liberamos perdão para os que traíram a nossa confiança e violaram a nossa intimidade, produzindo muita dor e constrangimento. Conceda-lhes o arrependimento e a graça de buscarem a paz em ti e nem em argumentos e sofismas mentais. Lava-nos e purifica-nos em teu precioso sangue, pela redenção que há em Cristo Jesus, o nosso Senhor, no nome de quem oramos, amém.

Pr Jason

Vestes Rasgadas

Meditação do dia: 29/11/2019

 “Então Jacó rasgou as suas vestes, pôs saco sobre os seus lombos e lamentou a seu filho muitos dias.” (Gn 37.34)

Vestes Rasgadas – Observando as culturas dos povos em toda a terra, percebe-se que alguns traços se modificam de povo para povo e de uma cultura para outra. Podemos ver isso no modo como são as reações aos diversos eventos da vida, como o nascimento de um filho, o casamento, a morte de uma pessoa, e as situações trágicas em geral. Todos esses aspectos são impregnados da mentalidade, fé, religião ou ausência dela, tudo se condensa em indivíduos e massas coletivas. Nos povos bíblicos, que eram orientais, especialmente na região que hoje conhecemos como Oriente Médio, eles tinham um modo peculiar de demonstrar pesar e dor diante de uma tragédia pessoal ou familiar  que os deixavam enlutados. Eles costumavam rasgar as vestes e cobrir-se de roupas improvisadas de tecidos rústicos como sacos ou tecidos que demonstravam o luto, a tristeza e a humilhação em que aquela pessoa se encontrava. Assim, como para expressar alegria e festividade, se vestiam bem e com roupas bem talhadas, e adereçados com joias e ornamentos pessoais, assim no luto e na dor, eles faziam exatamente o contrário. Expressavam tudo isso pelo modo como se vestiam. Em certas situações eles deitavam-se em cinzas, ou na terra e ou jogavam-nas para cima e se cobriam com elas. Jacó expressou a sua dor pela notícia da perda trágica de seu filho José, que segundo o relato dos demais filhos, fora provavelmente despedaçado por uma fera, sobrando apenas partes de sua bela túnica de várias cores, que lhe fora presenteada pelo pai. Vendo isso pela ótica de Jacó, é de fato uma tragédia sem limites. Posso imaginar e creio que vocês também, todas as imagens que vinham na mente daquele pai, tentando compreender como foi que aconteceu de fato, o acidente em que um animal, talvez um leão, um urso, ou mesmo uma alcateia de lobos, que costumam caçar juntos e não dão chances a uma vítima encurralada. Como sabemos da verdade dos fatos, podemos até mesmo ficar tranquilos, mas para quem estava experimentando tudo aquilo ao vivo e sem cores, não foi uma experiência agradável. Aqui nasce a pergunta: Como, pessoas cristãs, comprometidas com a fé e com Deus, alcançando grandes promessas de Deus recebem tais tragédias? Os cristãos mais amadurecidos aconselham a não perguntarmos por que? Mas para que? Certamente quem não está vivenciando tais tragédias estão em condições emocionais mais em condições de filosofar e espiritualizar os fatos e até aconselhar de fora, quem está de coração partido. Lendo a história da Renovação Espiritual no Brasil, encontramos por exemplo, a irmã Roseli Appleby, passando por um drama muito difícil, o nascimento de um filho e a morte do marido, em atos quase simultâneos. Sabemos que ela prosseguiu sua vida e seu ministério e não por acaso é um ícone de Renovação Espiritual no país. O que aconteceu com Jacó, ainda acontece em nossos dias, com famílias cristãs e precisamos estar fortalecidos para poder ajudar e servir aos que sofrem perto de nós. Precisamos estar cientes de que ninguém está isento de passar por momentos e circunstancias difíceis, que não tem explicações e ou lógica, e nem sempre se obterá uma resposta de Deus do porque, mas a vida, segue.

Senhor, obrigado por permitir que a história de Jacó e suas dificuldades pudesse acontecer para nos inspirar a confiança e o desejo de seguir em frente com os propósitos para nossas vidas. Nem sempre teremos respostas, mas podemos confiar em ti e depender do Espírito Santo para produzir consolo e conforto. Oramos por famílias e irmãos que estão passando por situações tristes e difíceis e estão perto de nós, para que tenhamos palavras de conforto e apoio, ungidas pela graça amorosa de Jesus para abençoar e acalmar esses corações. Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Coração Despedaçado

Meditação do dia: 28/11/2019

 E conheceu-a, e disse: É a túnica de meu filho; uma fera o comeu; certamente José foi despedaçado.” (Gn 37.33)

Coração Despedaçado – Estou olhando a situação presente do ponto de vista de um pai que chega a uma condição dessas. A dor da perda de um filho muito jovem, sob condições de extrema violência e sem um corpo para velar. Só uma capa rasgada e suja de sangue. Modernamente teríamos a intervenção do IML e exames nesse sangue que iriam desmascarar a farsa. Mas temos que lidar com a história como ela aconteceu e no tempo que ela aconteceu. Me colocando no lugar desse pai, eu teria muito mais coisas para pensar e remoer do que a simples notícia recebida da morte de José. Fora Jacó, que enviou José para ver os irmãos e trazer notícias deles e dos rebanhos e fica aquela culpa martelando: “por que eu enviei o menino?” “Por que o enviei sozinho?” e mil outras indagações, todas sem respostas que satisfaçam e o monte de “SE” que passam pela cabeça e planos e mais planos para que aquilo tudo fosse evitado. Lembram vocês, que escrevi a pouco dias sobre a expressão “EX – ANTE” – Se eu soubesse que uma fera o pegaria, não teria enviado – se eu soubesse que ele não sabia se defender… se eu soubesse… se eu previsse… Isso não existe! Não temos como antecipar o futuro prevendo-o e evitando seletivamente o que não queremos que venha a acontecer. Jacó era um homem de fé, uma pessoa de Deus e gente do bem. Estava trabalhando com os recursos que tinha e certamente estava acompanhando o filho em oração. Jacó poderia ter muitas respostas boas, mas nem ele e nem nós estamos prontos para responder a uma armação maldosa de pessoas tão íntimas como os filhos, agindo de forma tão suja para cobrirem um erro e evitarem uma bronca, cobrem tudo com uma mentira covarde, maldosa e enquanto o pai vai se arrastar pela vida com a dor e a tristeza, eles assistem isso de perto, mas pactuados entre si de que ninguém abriria o bico e manteria isso como verdade custasse o que custasse. Isso me trás a memória a expressão de Paulo aos Gálatas: É bom ser zeloso, mas sempre do bem… (Gl 4.18). Aqui estamos tratando de como crescermos na semelhança com Cristo, que é o alvo da vida cristã. Como prestarmos contas uns aos outros sobre os nossos atos, sejam eles construtivos ou destrutivos, sejam pecados e transgressões, pois a nossa vida está conectada com tantas outras no Corpo de Cristo, e o que afeta um afeta outros. Estou pensando aqui, no desafio de tratar os pecados e erros cometidos em família, dentro da família e nos círculos mais íntimos. Nesses casos, existe a triste realidade das pessoas envolvidas, pro conta própria fazerem uma separação entre assuntos de família e assuntos de igreja e de fé. Agindo assim, produzem respostas sociais satisfatórias, convencem a si mesmos intelectualmente, juridicamente com termos bonitos e complicados que escutam na televisão como “o amplo direito ao contraditório” – “a não permissão de produzir provas contra si mesmo” – mas que espiritualmente não satisfazem a pureza devida a Cristo e a comunhão dos santos. Pecado é pecado; crime é pecado; violência é crime e é pecado; mentira, dissimulação, acobertar erros, produzir falsas evidencias e dar falsos testemunhos, são todos situações onde a graça de Deus não pode andar e abençoar esses corações. Não temos como fugir de verdades como: O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia. (Pv 28.13). Jacó sofre como pai, os filhos sofrem no íntimo de cada um e todos sofrem vendo o sofrimento consumindo uma família inteira. É um preço muito algo a ser pago e jogar com algo sobe o qual não se tem controle, pois alguém a qualquer momento pode agir para consertar e arrastar tantos outros a explicar, ou alguém vier a morrer isso vai consumir ainda mais os demais participantes desses pactos sujos. A verdade é sempre o melhor caminho. Fazer o certo, porque é certo!

Senhor, nós todos precisamos de cura interior e libertação de aspectos ruins que aconteceram em nossas vidas em épocas e situações onde ainda não tínhamos a ti por Senhor de nossas vidas ou mesmo já conhecendo a verdade, caímos e fracassamos ou até fomos envolvidos em tramas ruins sem nossa vontade. Também pode ser que nós maldosamente, armamos contra a integridade e a verdade de outra pessoa. Mas buscamos o arrependimento e a confissão porque desejamos a cura e a libertação das amarras do pecado e do mal. Não podemos servir a dois senhores, e escolhemos servir a ti e renunciamos qualquer outro tipo de servidão. Lava-nos no teu precioso sangue e dá o discernimento necessário para experimentarmos o poder libertador da verdade que conhecemos, pois Jesus disse: Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. Em nome de Jesus pedimos ajuda, aceitamos a ajuda de Deus e renunciamos as conveniências mentais razoáveis mas que nos mantém presos ao pecado e a dor. Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Uma Túnica Colorida e Manchada

Meditação do dia: 27/11/2019

 “E enviaram a túnica de várias cores, mandando levá-la a seu pai, e disseram: Temos achado esta túnica; conhece agora se esta será ou não a túnica de teu filho.” (Gn 37.32)

Uma Túnica Colorida e Manchada – “Foi encontrada uma túnica de várias cores, manchada de sangue e rasgada como se a vítima fora atacada por animais selvagens. Uns pastores de ovelhas a encontraram no campo e a reconheceram como sendo de um de seus irmãos. A Peça foi enviada ao pai do garoto chamado José, de 17 anos, que saíra de casa a mando do pai para encontrar os irmãos que pastoreavam longe de casa e deveria trazer notícias deles e do rebanho.” Qualquer semelhança com uma manchete de jornal ou telejornal atual, não é mera coincidência. Algumas noticias de tragédias são dadas quase que desde o princípio da sociedade humana. Violencia e violência doméstica, agressões com vítimas fatais, cometidos por parentes e pessoas próximas da vítima. Quase sempre as pessoas imaginam que coisas ruins e tragédias acontecem em qualquer lugar e com qualquer pessoa, menos com elas. Até que se torna vítima ou alguém de sua familiaridade entra para as estatísticas. Nós, como cristãos, estamos meditando na Palavra de Deus, com o propósito de edificação espiritual e aprender os caminhos da vida que acreditamos ser o ideal de Deus para uma sociedade saudável e de pessoas construtivas. Somos pacíficos e certamente temos um baixo índice de criminalidade e violência entre nós, mas não somos ilhas, estamos rodeados de uma sociedade com outros níveis de valores e até mesmo familiares nossos não são comprometidos com uma vida cristã plena e estão expostos aos mesmos riscos que os demais de fora dos nossos círculos de convivência. Por outro lado, precisamos, ao meditar e estudar os fatos da Palavra de Deus, vermos que eles tratam de verdades vividas por pessoas piedosas, que andavam com Deus e buscavam uma comunhão intensa e tinham propósitos ministeriais a cumprirem e mesmo assim, isso aconteceu com eles. Jacó era um pai cuidadoso com a educação dos filhos, pois sua fé em Jeová e na Aliança de Bênçãos estabelecidas duas gerações anteriores com seu avô Abraão e seu pai Isaque, lhe conferia um papel de ser abençoador de famílias e gerações. Seus filhos, tinham conflitos próprios de irmãos, tinham rivalidades entre si por questões de posição no clã e por serem de mães diferentes, se agregavam em nichos de afinidades e interesses. O pai mostrava apreço maior por José e ainda cuidava de um bebê que ficara órfão de mãe. Os sonhos de José, que parecia indicar primazia sobre os demais irritava os irmãos, mas ninguém pensaria em extrema violência. Muita coisa que uma pessoa não é capaz de fazer sozinho, ele o faz em companhia de outros com índole má o suficiente para instigar. Todos eles concordaram em matar José, exceto o mais velho, Ruben, que concordou em jogá-lo na cova para ganhar tempo e depois devolvê-lo ao pai; mas um segundo plano surgiu sem a sua presença e ele foi traído pelos outros. Como diz a verdade bíblica: Um abismo chama outro abismo, ao ruído das tuas catadupas (Sl 42.7). Um erro traz outro e assim para cobrir um se faz mais um e vai sucedendo erros e crimes cada vez mais graves. Quantas mentiras ainda estão sendo guardadas em famílias! Quantos erros danosos ficaram acobertados e os danos e prejuízos tem passado de uma geração para outra sem a confissão, o arrependimento e o tratamento! Igrejas e ministérios tem sofrido por segredos de pecados cabeludos e para manter a imagem e a reputação, vidas são sendo destroçados ao longo do caminho. Quantas túnicas coloridas não continuam sendo devolvidas para ver se é reconhecida, mas é tudo armação premeditada! As evidencias apontam para feras selvagens que despedaçam josés pelos campos da vida. Mas sabemos que um dia a verdade vai aparecer! Então não ajude a perpetuar mentiras, enganos, crimes e pecados. Uma verdade muito importante: um fato que é conhecido por alguém, não é necessário Deus revelar, é responsabilidade de quem sabe dos fatos.

Senhor, tem misericórdia de nós e nos guie pelos caminhos eternos. A verdade sempre irá prevalecer sobre o erro e a mentira; a graça do Senhor há de fortalecer a tua igreja para andar na luz e ter comunhão contigo e uns com os outros, para que o testemunho do Evangelho transforme vidas e reconcilie pessoas separados pelos erros e pecados cometidos na ignorância. Clamamos pela cobertura do sangue de Jesus, para estarmos cobertos, protegidos, mas também perdoados e purificados. Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Os Irmãos e o Rebanho

Meditação do dia: 26/11/2019

 “E ele lhe disse: Ora vai, vê como estão teus irmãos, e como está o rebanho, e traze-me resposta. Assim o enviou do vale de Hebrom, e foi a Siquém.” (Gn 37.14)

Os Irmãos e o Rebanho – A meditação de hoje me encaminha para dois temas que tenho grande afeição, porque se trata de cuidados pastorais, ou a responsabilidade ministerial da igreja com as pessoas. Pessoas essas que Deus considera seus filhos, seu rebanho, no qual ele investiu muito alto e comprou por um grande e alto preço. Entendemos que o homem, como ser, prefere viver em companhias, em sociedades com afinidades e assim as necessidades básicas podem ser supridas na convivência e nas relações mútuas. Por isso, a igreja se faz tão necessária na realidade humana e como tal, Corpo de Cristo ela é instigada a suprir as carências e necessidades das pessoas. Quando a sociedade humana ainda bem pequena, na fase inicial do pós-Éden, Deus fez essa pergunta a Caim, em relação ao seu irmão Abel: E disse o Senhor a Caim: Onde está Abel, teu irmão? E ele disse: Não sei; sou eu guardador do meu irmão? (Gn 4.9). O mundo, digamos, tinha quatro pessoa, o casal e dois filhos; Abel sumiu, Deus perguntou para ele onde estava o seu irmão; ele disse que não sabia e não era sua responsabilidade. Eu já escrevi mais de uma vez aqui, sobre Deus fazer perguntas a nós, humanos – quando Ele o faz, ele não espera uma resposta, mas uma atitude. Sendo ele onisciente, já sabe as respostas, sendo onipresente, não precisa de descrição de localização, pois está em toda parte e por ser onipotente, não precisa de nada, pode por si só realizar seus propósitos, nem de ajuda, como no caso para localizar Abel. No relacionamento, a graça divina buscava o arrependimento e a conversão de Caim, para mudar de direção, pois estava cedendo espaço no coração para o pecado e o mal. Deus perguntou para que Caim caísse em si e assumisse o estado de rebelião e maldade do seu coração; perguntou porque sendo Senhor, esperava responsabilidade do servo sobre aquilo que lhe fora confiado. Deus não pergunta para saber ou obter informações; ele pergunta para nos dar oportunidade. Jacó estava agindo como um pastor responsável pelas suas ovelhas, queria saber como estavam os dois rebanhos, o de animais e os filhos, que eram ovelhas de Deus sob seus cuidados. José estava recebendo uma missão, a de ajudar a cuidar dos irmãos – na igreja, todos somos irmãos e filhos de Deus, salvos pela graça e a vocação ministerial não consiste em nenhuma posição de hierarquia de importância e predominância. Cada um de nós fazemos parte de um mesmo corpo e somos membros que compõem e complementa uns aos outros para o bem de todos e possibilitar o perfeito funcionamento do corpo sob o comando da cabeça. As funções ministeriais não nos torna superiores aos demais, apenas cumprimos funções diferentes e todos somos responsáveis pelos outros. Na minha vocação ministerial, Deus fez uso do texto de Provérbios para me fazer entender o papel que deveria prestar atenção e mantê-lo sob minhas vistas por toda a minha vida, Procura conhecer o estado das tuas ovelhas; põe o teu coração sobre os teus rebanhos (Pv 27.23). Jacó estava querendo saber como estava os rebanhos, e para ele saber do estado deles, comissionou José para o trabalho. Pessoas devem cuidar de pessoas, porque conhece as necessidades de pessoas. Ovelhas bem pastoreadas, podem cuidar dos irmãos no rebanho, por recebem cuidados que aprendem e podem replicar. Assim como a institucionalização rouba a cena e usurpa o valor ministerial que é divino e o substitui por força humana e inteligência carnal através de metodologias e sistemas; assim também a profissionalização dos ministérios afastam os dons e as intenções do coração para dar lugar ao mecanicismo e capacitações do homem e da instituição. As portas então se abrem para os lobos vestidos de peles de cordeiros e os profissionais cada vez mais sofisticados e bem preparados assumem o lugar dos que vocacionados e aprovados por Deus, porque os primeiros, claro, são aprovados e engajados pela formalidade das instituições, já lideradas por profissionais esquematizados. Não é mesmo, o modelo de Deus! E dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, os quais vos apascentarão com ciência e com inteligência (Jr 3.15).

Senhor Deus e Pai, soberano sobre tudo e sobre todos. Pastor do rebanho comprado por Jesus com o seu sacrifício na cruz. Estamos aqui para reconhecer o teu modo de realizar a tua obra e nos conformarmos com os desejos do teu coração amoroso para com as ovelhas, almas necessitadas de cuidados que o Senhor tem os meios e os recursos para suprir e ajudar. Queremos ser e precisamos ser homens segundo o teu coração para cuidar das ovelhas do teu pastoreio. Guia os nossos corações aos caminhos da tua Palavra que orienta como fazer e quando fazer. Abençoamos o ministério de cada homem de Deus, de cada filho e filha do Pai que está comprometido com a verdade de Deus e servir por vocação e amor e não por conveniência e critérios humanos. Ainda hoje, Senhor, a seara continua grande e os obreiros continuam poucos, por isso rogamos que levante entre nós, mais trabalhadores para a tua seara, em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

O Pai Envia o Filho

Meditação do dia: 25/11/2019

 “Disse, pois, Israel a José: Não apascentam os teus irmãos junto de Siquém? Vem, e enviar-te-ei a eles. E ele respondeu: Eis-me aqui.” (Gn 37.13)

O Pai Envia o Filho – Não é uma mera coincidência! Essa analogia de um pai comissionando seu filho para uma tarefa muito importante, já a conhecemos bem e sabemos o final dela. Há muitas histórias registradas nas Sagradas Escrituras que são verdadeiras figuras da obra da redenção, quem em sua totalidade, quer parciais, abrangendo apenas alguns aspectos. Esses fragmentos espalhados ao longo da jornada tinha cunho pedagógico, pois Deus estava tratando com aquelas pessoas e aperfeiçoando nelas o conhecimento da razão do relacionamento do Todo Poderoso com suas criaturas. Por mais que Deus seja didático e tenha à sua disposição infinitas maneiras de ensinar, ele o faz sempre respeitando a capacidade dos alunos, os seus filhos. O pecado deixou o homem muito lento nos seus processos de utilização de seus potenciais. Deus sabe disso, e não só sabe, como compreende e vem trabalhando para ajudar a humanidade a se aproximar da redenção, onde tudo o que foi estragado pelo pecado possa ser recuperado pela obra completa de Cristo na cruz. Vimos quando meditamos sobre as vidas de Abraão e Isaque, como em certas situações e episódios, eles foram inseridos em contextos onde representaram papeis de Deus, de Cristo, do Espírito Santo, na trato divino com o propósito de leva-los à compreensão plena da redenção. Teatralizar ou dramatizar cenas, facilita a compreensão e o aprendizado, e Deus utiliza muito esse método para comunicar seu amor e seus planos para com todos nós. Jacó vai enviar José numa missão de apoio aos outros filhos que estavam cuidando dos rebanhos da família. qualquer que seja a tarefa ou os afazeres que eles estivessem fazendo, era importante para o pai Jacó, saber como estavam e se haveria algo que ele poderia fazer por eles para que pudessem ficarem bem e realizar a tarefa com todos os desafios que ela por si mesma propunha. O cuidado de Jacó com os filhos, é apenas uma sombra do grande cuidado de Deus para com a humanidade. Algumas necessidades que aqueles moços tivessem, exigiria muito esforço e uma complexa operação da parte do pai para suprir. O mesmo não acontece com Deus, pois ele dispõe de todos os recursos e todos os meios para suprir toda e qualquer necessidade que os homens vierem a necessitar. meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus” (Fp 4.19). Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera, a esse glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém (Ef 3.20,21).

Pai amado, rendemos graças ao Senhor, por ter enviado a Jesus Cristo, o teu amado filho, nosso Salvador, para uma missão de grande importância e ele foi fiel e fez uma obra completa e perfeita. Reconhecemos e aceitamos a tua obra em nosso favor. Obrigado pela iniciativa de redenção, que a todos abençoa e o Senhor tem de volta a sua criação redimida e transformada. Obrigado, por tão grande salvação. Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Percepção Paterna

Meditação do dia: 24/11/2019

 “Seus irmãos, pois, o invejavam; seu pai porém guardava este negócio no seu coração.” (Gn 37.11)

Percepção Paterna – Embora muito novo convertido e com pouquíssima percepção espiritual, meu pai foi a primeira pessoa a falar comigo sobre chamada para o ministério. Eu mesmo, que o ajudara a entregar sua vida a Cristo, ainda novo na fé, percebi naquele dia e naquela conversa que Deus poderia estar falando comigo através de meu pai. Isso foi a mais de quarenta anos atrás; agora no presente, estou já em compasso de desaceleração no ministério, pois há tempo de entrar e tempo de sair, para que a renovação seja contínua e a nova geração tenha a sua oportunidade. Nos últimos anos, trabalhando intensamente com restauração dos princípios bíblicos nas famílias, alcancei muita compreensão sobre o papel dos pais e também o papel dos filhos nos propósitos eternos de Deus. Como se diz por aí, “filhos precisam de pais!” se assim não fosse, eles nasceriam como plantas nas matas; a própria natureza se encarregava de espalhar as sementes e tudo estaria acontecendo. Mas primeiro Deus criou uma estrutura chamada família e dentro dela, são concebidos os filhos e ali são criados num ambiente de segurança e responsabilidade. No lar é onde eles são treinados e capacitados para as próximas etapas de suas vidas. Gosto muito da figura bíblica que trata os filhos como flechas nas mãos do valente. Como flechas na mão de um homem poderoso, assim são os filhos da mocidade. Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, mas falarão com os seus inimigos à porta (Sl 127.4,5). A ideia é de uma pessoa valente, poderosa e habilidosa que se especializou em atirar com arco as suas flechas. Essa pessoa treina e pratica o tempo todo para que no momento que for necessário ele faça um bom trabalho, seja de caça ou de proteção pessoal ou da sua família. Os pais treinam e preparam-se para lançar suas flechas (os filhos) em direção a um alvo proposto. Se acertar o alvo a flecha fica lá, cravada; se errar, ela vai passar e seguir em frente e não volta mais para o arqueiro. Os filhos não são nossos para a vida toda, eles estão conosco para treinamento e preparo para a própria jornada deles. Mais cedo ou mais tarde, teremos que abrir mão deles em favor deles mesmos. Sem essa maturidade, os pais sofrem muito e expõem os seu filhos também ao sofrimento. Jacó não concordava muito com a direção dos sonhos de José, mas também não podia fugir de refletir sobre isso, porque não destoava das promessas de Deus. Ele sabia que algum ou até alguns dos seus descendentes se tornariam reis e nações se formariam deles. No seu coração, Jacó começou a guardar essas manifestações de como um futuro se apresentava e provavelmente, como ele poderia colaborar para torna-lo um fato viável. Eu ensino que os pais são os principais agentes de Deus para ajudar os filhos a encontrarem seus destinos. Os filhos devem conversar com os pais e pedir que eles orem e digam-lhe a direção do caminho da vida para eles. Por que Deus nos daria filhos e não nos daria autoridade espiritual e discernimento para guia-los em suas jornadas? Para mim, isso não faz sentido. Todos os pais piedosos que oram seriamente pelos filhos e buscam saber a vontade de Deus e agem com sabedoria, conseguem ajudar seus filhos com palavras proféticas e direção segurada da vontade de Deus para eles.

Senhor, graças te damos por ser o nosso Deus, aquele pastor que nada nos deixa faltar. Como pais, nós temos uma tarefa grande e abençoada de cuidar dos filhos que confiaste a nós para que sejam preparados para a vida com propósitos grandes e papeis importantes na história. Intercedo pelos pais que estão sendo despertados para ajudar na orientação dos filhos que estão chegando em momentos decisivos sobre o que fazerem e que caminho devem seguir na fase adulta. Derrama sobre uma unção de autoridade paterna centrados na tua Palavra e no poder que o Espírito Santo pode dar para uma vida de sucesso em Deus. A descendência do justo será poderosa na terra e nossos filhos serão reparadores de brechas e lugares anteriormente destruídos. Nossos filhos são herança bendita do Senhor, para serem cabeças e não caldas, estarem em cima e não em baixo, para liderarem e produzirem verdadeiras transformações. Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Jacó e os Sonhos de José

Meditação do dia: 23/11/2019

 “E contando-o a seu pai e a seus irmãos, repreendeu-o seu pai, e disse-lhe: Que sonho é este que tiveste? Porventura viremos, eu e tua mãe, e teus irmãos, a inclinar-nos perante ti em terra?” (Gn 37.10)

Jacó e o Sonho de José – Sonho que se sonha só É só um sonho que se sonha só. Mas sonho que se sonha junto é realidade.”(Raul Seixas) Até hoje falamos pouco sobre sonhos, mas eles já apareceram na vida de vários personagens dos quais já escrevemos algumas meditações. Jacó foi uma pessoa que teve muitas e variadas experiências com Deus através de sonhos. Ele foi instruído, aconselhado, advertido e abençoado em verdadeiros encontros com Deus através de sonhos. Agora ele é um ancião e vê seu filho adolescente tendo sonhos, e contando a ele e aos irmãos e está provocando separação e irritação de ânimo entre eles. A cada pessoa Deus se revela e manifesta de uma forma diferente, como se fosse uma audiência personalizada. Observe as experiências de várias pessoas ao longo das Escrituras, que praticamente são inéditas a cada vez que acontece. É claro que algumas coisas são quase que um padrão, ou assinatura, porque Deus é fiel, transparente e seu caráter é perfeito e não tendo nada a esconder, ele não faz muito mistério no já misterioso revelar de sua graça. Com Jacó, O Senhor se apresentava como sendo o Deus de Abraão e Isaque e afirmava também que era o seu Deus. Com José, não era assim, ele apenas sonhava com imagens que agiam e pelo simbologismo das peças, se podia fazer alguma interpretação. Até os irmãos deles, que não era lá muito espirituais percebiam que eles estavam incluídos no sonho de José, e não gostavam muito, porque dava a entender que eles se submeteriam a ele. Os irmãos já tinham rivalidade e desavenças pessoais que colocavam uns contra os outros, e agora aparece um dos mais novos, o queridinho do papai, sonhando que todos se curvariam para eles; é até razoável entender a revolta deles. Jacó não entendeu ou conseguiu um discernimento exato dos sonhos de José, por isso chamou-lhe a atenção, porque do ponto de vista natural, estava apontando uma subversão de valores, de um pai se submeter a um filho, ou um filho mais novo prevalecer sobre os mais velhos; naquela cultura, naquele tempo, isso era inaceitável. Agora vamos pensar nisso dentro do nosso contexto, cultura e costumes: Todos trabalhamos para preparar nossos filhos para a vida adulta e serem bem sucedidos; quanto mais prosperar, melhor para eles e para nós. Ficamos muito orgulhosos deles se darem bem na vida e nos negócios ou ministérios. Ao orarmos por eles, precisamos de um nível de discernimento espiritual, acompanhado de maturidade, para vermos o projeto de Deus para eles. Nem sempre iremos ver com tanta clareza, mas todo pai tem um grau de discernimento sobre isso, porque Deus lhe confiou uma criança para cuidar e preparar para cumprir um propósito nesta vida. Todo pai tem autoridade espiritual sobre os filhos e deve encaminhá-los em fé e no temor de Deus. Quando eles chegam a maturidade, farão suas escolhas, supervisionados pelos pais, até que alcancem a pela autoridade sobre suas vidas e então são liberados e abençoados pelos pais para cumprirem seus propósitos. Os antigos hebreus faziam até uma cerimonia de bênçãos e emancipação espiritual chamado “Bar Mitzvah;” Quando a criança se tornava “filho da Lei,” e responsável por sua espiritualidade e respondia por seus atos diante da lei e dos costumes da fé judaica. Mais recentemente, igrejas cristãs adaptaram uma cerimonia com bases na Nova Aliança, que leva o nome de Bar/Bat Barakah – “Filho/Filha da Bênção.” Jacó tinha palavra e promessa de Deus, já anteriormente vindas de Abraão, Isaque e reiterada a ele mesmo de que deles descenderiam reis e nações. Mas ele não tinha uma idéia clara de como isso aconteceria e os caminhos que estavam se descortinando não pareciam ser bons, pois os filhos estavam em conflitos. Mas fica o registro de que Jacó, não deixou de prestar atenção ao que acontecia. Vocês e eu, hoje, prestamos atenção ao que está acontecendo com nossos filhos e medimos as promessas e orações que fazemos e as vezes parece que não estão alinhados e então precisamos fazer uso da fé, porque o Deus a quem servimos é fiel e suas promessas são firmes e à seu tempo se hão de cumprir.

Pai, obrigado pela tarefa de criar filhos que serão a próxima geração a desfrutar as tuas promessas e bênçãos. É nossa tarefa prepara-los para o seu tempo e para o tipo de desafio que terão no tempo deles. A tua fidelidade nos faz acreditar que tudo dará certo e que como fizeste conosco e guiaste de forma maravilhosa, assim também fará com eles, porque a tua Palavra diz que a semente do justo será próspera. Ao olharmos para o mundo à nossa frente, ficamos preocupados, mas ao olharmos para o Deus a quem servimos, podemos descansar, que tudo dará certo e os teus planos se cumprirão. Em nome de Jesus, abençoamos a nova geração. Amém.

Pr Jason

A Túnica Colorida

Meditação do dia: 22/11/2019

 E Israel amava a José mais do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de várias cores. (Gn 37.3)

A Túnica Colorida! – Em que estão estamos? Qual a roupa para esta estação? Você acompanha a moda e segue as tendências das estações? Boa sorte, por eu e a maioria dos mortais não tem essa disposição e muito menos recursos para tal. O que fazemos, então? Seguimos a linha básica. Excetuando-se no Brasil quem vive nas regiões extremas em se tratado de clima, como o sul e o norte/nordeste, mantemos um padrão que pode ser utilizado em todo tempo e com alguma combinação quando há variação climática. Gosto, já sabemos, ninguém discute! Mas o bom senso prevalece em todas as ocasiões. Quem se lembra do smiliguido, aquela formiga que se tornou celebridade em desenhos infantis cristãos? Numa de suas aventuras, aconteceu aquele chamado “A Moda Amarela,” onde acabou virando a maior confusão no formigueiro, porque alguém quis sair do normal e se igualar a outros para ter mais atenção. José, o garoto de Jacó, ganhou uma peça de roupa que o distinguia de todos os demais filhos e parece que de muita gente do seu tempo. Assim como nos contos, Chapeuzinho Vermelho ficou conhecido pelo detalhe, José também ostentava uma túnica única de muitas cores que foi sua marca. Estou pensando em marcas que nos distinguem dos demais, e que característica dessa marca imprime traços do nosso caráter, de forma que a pessoa fica conhecida e distinguida por aquilo. O pai de José tinha a intenção de presentear o filho, de forma a expressar o amor e a distinção que ele apreciava naquele filho em relação aos demais. José, um adolescente, apenas curtiu presente e gostava de exibir-se em todo lugar que ia com aquela veste, que só ele tinha. Como aquilo produziu nos irmãos um sentimento de rejeição, ódio e desprezo, que mais tarde virou tragédia. Em relação a brincadeiras de mal gosto, costumo dizer, que qualquer brincadeira que não produza satisfação ou que ofenda, ela não tem graça. Qualquer traço em minha vida que afaste as pessoas de mim e especialmente de Deus e das coisas boas, não é legal. Os irmãos já não viam mais um irmão, um menino, mas uma túnica colorida, e ela simbolizava apenas rejeição e preferencia paternal por um em detrimento dos demais. As habilidades dos filhos, dos irmãos na igreja, são bênçãos de Deus, mas elas não podem servir para preterir ninguém. Mais para frente vamos meditar baseados na vida de José, e sabemos que ele ficou conhecido e deixou seu nome na história por outras qualidades, não pela roupa que vestia. Mas, e quando a pessoa não se importa em mudar e crescer para deixar outras marcas? Ainda bem que a Túnica de várias cores, foi apenas um presente que o pai lhe deu, não foi Deus, nem fazia parte das características do caráter dele. Como era algo humano e material, na tentativa de destruir José, só a capa se perdeu, rasgada e suja, levada enganosamente como prova para o pai, de que tudo havia acabado.

Senhor, queremos pedir sabedoria para lidarmos com o nosso testemunho, para que não coloquemos as nossas marcas, as nossas preferencias onde o teu nome e a tua gloria devem aparecer. Nossos filhos, são herança do Senhor e nos foram confiados para serem preparados para assumirem o lugar que lhes é devido no propósito eterno que tens para cada um deles. Nossos dons e talentos espirituais nos foram dados para fazermos a obra do Senhor e sermos embaixadores do Reino. Precisamos de fidelidade e maturidade para não usurparmos o que não é nosso e nem deve estar conosco. Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Tudo Que é Demais, Passa!

Meditação do dia: 21/11/2019

 E Israel amava a José mais do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de várias cores. (Gn 37.3)

Tudo Que é Demais, Passa! – Uma das coisas mais desiguais que os pais fazem em relação aos filhos é tratar todos iguais. Essa é uma afirmação de pessoas especializadas em família e criação de filhos. Eu tenho duas filhas e fui criado numa família de oito irmãos, então de certa forma tenho alguma experiência prática pessoal sobre convivência familiar. Sei que cada pessoa é única e foi criada assim por Deus para um propósito todo especial, personalizado para ela. Tratar os filhos com justiça e equilíbrio não é necessariamente trata-los por igual, com a mesma medida e com tudo padronizado. Além do respeito á individualidade, também precisa se pensar nas aptidões e estruturas de cada um. Já ouviram dizer que “o mesmo sol que amolece a cera, endurece o barro?” Pois é, o mesmo tratamento para duas pessoas diferentes pode produzir resultados ruins em um deles ou até em ambos. De agora em diante vamos meditar sobre a pessoa de Jacó, ou Israel, já numa fase onde os filhos já são adultos, José ainda é adolescente. Nada diferente da família de muitos de nós, que tem filhos em diferentes etapas. Relembrando que estamos meditando e escrevendo de um ponto de vista devocional e não doutrinário e teológico. Certamente me cuido para não incorrer em erros doutrinários e de interpretação, mas a razão aqui não é tratados teológicos e estudos bíblicos profundos. Estamos nos alimentando da Palavra de Deus, servindo-nos das experiências dos personagens bíblicos como pano de fundo para reflexão sobre temas que foram vividos por eles e por todos os servos de Deus em todos os tempos, pois são atividades e atitudes que fazem parte do cotidiano de vida em família, das lides profissionais e ministeriais, tão singular a todos nós na Nova Aliança. Onde eles foram bem sucedidos nos inspira a imitar; onde “deu mau,” a gente aprende com os erros e dificuldades deles e assim vamos nos aperfeiçoando na caminhada. Uma das coisas maravilhosas de se estudar as Escrituras e aprender com elas, é devido a sua fidelidade, pois narra todos os fatos, sem omitir as imperfeições e fraquezas das pessoas, para que isso nos sirva de modelo. Eles eram amados e aceitos por Deus, mesmo sendo e tendo suas falhas. Nós também somos aceitos e amados no corpo de Cristo e na família de Deus, como somos, exceto claro, o pecado, que esse tem que ficar fora. Jacó, privilegiava um filho em detrimento do outro. Pelo fato de José ser o mais jovem, não justificava diante dos irmãos ter privilégios e regalias acima dos demais. Por outro lado, ele ainda era um adolescente imaturo e andava em companhia dos meio irmãos que tinham maus hábitos e péssimos comportamentos; pela sua imaturidade juvenil, contava ao pai o que se passava. Isso para os irmãos era ser “dedo duro,” e como ele já era o preferido do pai, Jacó via nele uma fonte confiável de informações para manter as coisas em ordem, já que eles passavam muito tempo fora de casa cuidado dos rebanhos.  Podemos aprender com essa atitude de Jacó, porque podemos entender também suas razões e sua história. Ele só teve dois filhos com Raquel, a quem ele amava muito e foi um romance difícil de acontecer devido o caráter do pai dela. Demorou muito para nascer esse filho e agora que as coisas se encaminhavam e ele ganharia um irmãozinho, a esposa morre após o parto. Dois filhos da esposa amada, sem a amada para criar os filhos. Ponha-se no lugar de Jacó, imagina a luta para criar e educar em meio a vários irmãos mãos velhos, de mães diferentes e alguns deles com hábitos muito ruins. Claro, digo eu, tudo começa com as escolhas que fazemos. Somos livres para fazer escolhas, mas não somos livres para escolher as consequências de nossas escolhas; elas acontecem e temos que assumir e arcar com o preço. Você acertou todas, com suas família? Mesmo querendo acertar, errou? Querendo corrigir, errou de novo? Então, seja bem vindo à família dos perfeitamente imperfeitos, ou se preferir, dos imperfeitamente perfeitos. Estamos aprendendo, todos os dias!

Senhor, Deus e Pai, só o Senhor é Deus e só tu podes acertar todas, cem por cento das vezes. Mas podemos aprender contigo e com a experiências dos nossos irmãos e dos companheiros de caminhada. Todos nascemos em famílias e em todas elas houveram erros e acertos e formamos uma, desejando apenas acertar, mas erramos também. Estamos dispostos a andar na luz e melhorar a cada dia, com a graça e a bênção do Senhor. Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason