Rebeca, a Promessa e a Graça

Meditação do dia 31/03/2019 

E não somente esta, mas também Rebeca, quando concebeu de um, de Isaque, nosso pai; Porque, não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama), foi-lhe dito a ela: O maior servirá ao menor. (Rm 9.10-12)

 Rebeca, a Promessa e a Graça – Pesquisando um pouco mais, encontrei essa referencia sobre Rebeca no Novo Testamento, que parece ser a única citação sobre ela, na Nova Aliança, e justamente tratando de um tema muito bonito, importante e alegre, que é a obra da graça de Deus em eleger que ele em sua infinita sabedoria e propósito resolve eleger, sem discriminar e sem ser injusto ou errado, mas dentro dos limites de sua soberania legítima e cumprindo sua aliança estabelecida com Abraão e Sara, que sendo estéril veio ser mãe por um ato de fé nas promessas divinas, tal qual Rebeca, que sendo herdeira das promessas, como consorte de Isaque, também era estéril e concebeu em resposta as orações de Isaque, para igualmente gerar os herdeiros da Aliança. Ela fora agraciada para que através dela a fidelidade das promessas se mantivessem intactas, pois não se cogita pensar que Deus não daria conta de cumprir o que prometera, por estar limitado pela circunstancia de seu herdeiro ter se casado com uma mulher impossibilitada de gerar os filhos da promessa. Nossa teologia sustenta que não há impossível para Deus, nada pode limitar as suas intenções e sua perfeita vontade. Como criador, ele faz, cria, transforma, restaura, corrige, muda, ordena soberanamente. Nas vidas de seus filhos e adoradores, os obstáculos aparecem para ainda mais magnificar o seu poder e sua glória. Aquilo que humanamente é impossível, não é suficiente para impedir o agir de Deus, ainda que haja forças sobrenaturais e espirituais poderosas se opondo, contudo não são páreos para aquele que é simplesmente “O Todo-Poderoso!” “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes” (Ef 6.11-13). O caráter do Diabo é mau. Ele é ruim por natureza, por essência e nunca irá mudar, regenerar ou melhorar. O caráter de é bom. É perfeito, é santo, justo e nunca irá mudar, para mais ou para menos; Deus é o que é, pronto! Paulo demonstra que os dois fetos no ventre de Rebeca, não tinham feito nenhuma escolha moral de bem ou de mal, para merecer ou desmerecer qualquer coisa e mesmo assim O Senhor já determinara a eleição de Jacó, que sempre prevaleceria sobre Esaú. Qualquer que seja a corrente teológica, ideológica que se acolha, até que ponto a predestinação envolve isso ou aquilo, a verdade é que Rebeca foi buscar em Deus as respostas não para sua curiosidade teológica, mas da inquietação materna, pois ela estava consciente de que era um instrumento da graça maravilhosa de Jeová e que concebera para herança espiritual dentro do contexto de uma aliança eterna entre Deus e Abraão, seu marido Isaque e seus filhos e os filhos de seus filhos para sempre e sempre. Ela recebeu a promessa de Deus, que estava tudo bem com sua gestação e aqueles bebês se tornariam nações que se rivalizariam por todos os tempos e o menor prevaleceria sobre o maior. Ela não recebeu explicações de Deus do por que e nem Deus o fez. Ela guardou isso no coração e trabalhou por tornar isso uma realidade, até mesmo quando teve que agir na questão da bênção que Isaque queria dar a Esaú, ela entendeu que a verdade revelada por Deus no passado deveria prevalecer sobre as preferencias individuais do marido que lhe pareciam equivocadas. Me deixe dar o meu pitaco pessoal, mesmo sabendo que deveria me recolher na minha insignificância, mas faltou fé a ela. Não estou dizendo de fé salvadora, ou presença de incredulidade; me refiro a saber esperar em Deus e ver como ele faria para que as coisas se mantivessem dentro da perspectiva das promessas. Pensando com meus botões: se a promessa diria que SEMPRE o menor prevaleceria, será que o fato de Isaque impetrar sua bênção sobre Esaú, invalidaria a promessa para Jacó? Não é uma boa pergunta?

 

Pai, ainda somos humanos e com muitas falhas, por isso mesmo precisamos tanto da tua graça e misericórdia. Nem sempre nossa lógica ou argumentos justificam nossas ações, especialmente quando elas violam a tua Palavra. Cremos na graça, na eleição, e em tudo que o Evangelho ensina e principalmente no teu caráter santo e justo. Nenhuma de tuas promessas jamais foi quebrada e nenhuma deixará de se cumprir ao seu tempo e ao seu modo. Que a perseverança cristã permaneça em nossos corações alimentadas pela verdade que liberta. Em nome de Jesus, amém.

 

Pr Jason

Quando Rebeca Morreu?

Meditação do dia 30/03/2019 

Ali sepultaram a Abraão e a Sara sua mulher; ali sepultaram a Isaque e a Rebeca sua mulher; e ali eu sepultei a Lia.”  (Gn 49.31)

 Quando Rebeca Morreu? – A vida e a história de amor de Rebeca é belíssima, mas também cercada de mistérios. Algumas coisas dá para ler nas entrelinhas e outras, no máximo temos fragmentos históricos tradicionais que dão algumas informações. Mas fico muito honrado em ter passado esses tempos meditando diariamente na saga dessa matriarca, corajosa, talentosa e que escreveu definitivamente seu nome na história da humanidade e em especial do povo hebreu, então a igreja tem nela também uma referencia. Num desses escritos seculares sobre ela diz que foi um dos dotes de casamentos mais elevados pagas na antiguidade. O mordomo de Abraão, levou dez camelos carregados de ouro, joias, roupas e etc. No encontro lá perto do poço onde ela se encontrou com Eliézer e depois já em casa ela recebeu presentes; “E aconteceu que, acabando os camelos de beber, tomou o homem um pendente de ouro de meio siclo de peso, e duas pulseiras para as suas mãos, do peso de dez siclos de ouro; E tirou o servo jóias de prata e jóias de ouro, e vestidos, e deu-os a Rebeca; também deu coisas preciosas a seu irmão e à sua mãe” (Gn 24.22,53). Os presentes foram para Rebeca, Labão e a mãe, mas o dote sempre era pago ao pai da moça, por isso nem é citado pois era costume aceito por todos. O ultimo relato que temos dela em vida, foi quando ela acertou com Isaque a viagem de Jacó para Harã e cessa completamente qualquer registro, que se ocupa da saga de Jacó até sua volta para Canaã. Essa mesma tradição, registra que ela morreu quando Jacó já estava à caminho de casa; por certo ela adoeceu e vivenciou o luto de filhos vivos e sendo impotente para reaproxima-los e trazer o seu filho de volta, morreu sem ver a Jacó, que se casara com duas sobrinhas dela e tinha uma família numerosa, que certamente lhe traria imensa alegria de ver o sucesso do filho, que abençoado por seus pais, andara em obediência e sob os cuidados do senhor Deus de Abraão e Isaque, materializara as promessas. Tem se o registro da morte de Débora, sua ama que cuidara dela até o fim de sua vida e fora sepultada num local chamado Alom Bacute, que pode significar “lugar de duplo sofrimento,” possivelmente por marcar as mortes de Rebeca e sua ama em pequeno espaço de tempo e isso foi muito dolorido para Isaque. E morreu Débora, a ama de Rebeca, e foi sepultada ao pé de Betel, debaixo do carvalho cujo nome chamou Alom-Bacute” (Gm 35.8). A próxima citação sobre Raquel, é esse texto base de hoje, quando Jacó em seu leito de morte, ordena que seus filhos após sua morte, levem seu corpo para ser sepultado juntamente com os demais patriarcas Abraão e Sara, Isaque e Rebeca e onde já estava Lia, sua falecida esposa que ele mesmo sepultara lá, antes de vir para o Egito. Nos moldes dos romances dos famosos escritores, os personagens vivem suas histórias de alegrias, tristezas, encontros e desencontros e nem sempre terminam com um “e viveram felizes para sempre…” como nos contos de princesas. Mesmo tendo o final cercado de mistério e até cercado de melancolia por se tratar de uma mãe apaixonada por seus filhos, se viu privado de um deles e isso persistiu até seu falecimento. Nisso, tem lições preciosos para nós, que em muitas circunstancias não aceitamos o sofrimento e a dor que consideramos injusto ou que poderia ser contornado, uma vez eu somos pessoas de fé e andamos em estreita relação com o Senhor. Acredito que muitas mães e pais, se identificam e empaticamente com Rebeca. Com vocês, vai nossas orações e o consolo do Senhor através do Espírito Santo, bem acima de nossas possibilidades de entendimento.

 

Senhor, obrigado pela vida e ensinamentos que a meditação na tua Palavra sobre a vida e a história de Rebeca trouxe a mim e aos teus servos, que se identificaram com circunstancias semelhantes. Temos a ti como Senhor e confiamos na tua sabedoria e governo perfeito em todos os sentidos. Em breve, nos veremos face a face e não pairará mais dúvidas e inseguranças, pelo pleno conhecimento e consolo que teremos na casa do Pai. Em nome de Jesus, amém.

 

Pr Jason

Enfadada

Meditação do dia 29/03/2019 

E disse Rebeca a Isaque: Enfadada estou da minha vida, por causa das filhas de Hete; se Jacó tomar mulher das filhas de Hete, como estas são, das filhas desta terra, para que me servirá a vida?”  (Gn 27.46)

 Enfadada – Se formos pensar em conformidade com as sequencias de fatos, certamente iremos encontrar uma mulher muito estressada, desgastada e nas palavras dela mesma, “enfadada desta vida.” Ela chegou a reclamar com Isaque de que não via perspectivas de vida, se tudo se resumisse em mais um casamento na família com moças nativas da região, descendentes dos heteus. O nome disso é pressão! Os acontecimentos dos últimos dias mexeu com os nervos de todos da família de hebreus. Cada um devia estar remoendo à sós a tragédia que de uma hora para outra sobreveio ao clã. Não deveria ser tão profundo, mas de fato as consequências daquele jantar pedido por Isaque, não caiu bem e estava sendo indigesto para todos. O símbolo de amizade, comunhão, compartilhar e da riqueza da graça de Deus, se tornara um tormento sem fim, pois agora os dois irmãos não se falavam e um estava ameaçado de morte. A figura da mãe que é sempre conciliadora e a que assume a mediação de conflitos, desta vez estava na lista lista negra de Esaú, por ter se aliado com Jacó para surrupiar-lhe a bênção, puxando o tapete. Isaque que amava a esposa, também amava aos filhos e não era segredo que tinha uma grande predileção por Esaú e foi daí que partiu a idéia de tudo; provavelmente ele também se perguntava, se não faltara com a devida precaução, preferindo um ao outro, quando tanto ele, quanto a mãe, sabiam da palavra profética desde a gravidez dos meninos, que eles se rivalizariam na vida e que o menor sempre prevaleceria. Jacó, de seu lado, agora assombrado com as ameaças de morte por parte do irmão, por algo que ele entrou quase que de gaiato, em obediência à mãe e com certeza, ele lutava por algo que legitimamente era seu, pois comprara do irmão, que agora não reconhecia, nem uma coisa e nem outra; no seu íntimo não lhe faltavam perguntas e entre elas: “Vale a pena morrer por isso?” ou “o que vale uma herança maravilhosa, se o herdeiro estiver morto?” Perguntas, muitas perguntas e mais perguntas e todas sem respostas que realmente satisfazem. Rebeca, que já estava articulando meios de ter o menor prejuízo possível, uma vez que ficar sem danos a esta altura era impossível, apelava para a razão e o coração da família, que era preservar as promessas e as alianças de Deus com Abraão e Isaque e agora que estava chegando a vez dos filhos assumirem as rédeas de suas vidas e do sacerdócio familiar, era quase incompreensível que tudo se perdesse por uma má aventura. Esaú já estava casado, contra a vontade de seus pais e em confronto direto com a tradição espiritual de preservar em família os direitos de sucessão, sem se misturar com os povos da terra. Ele não ligava muito para isso, que desgostava seu pai e sua mãe; e com o evento do jantar, onde fora trapaceado pelo sagaz Jacó e a mãe, em detrimento da ingenuidade do pai que caíra na cena do teatro da dupla; tudo isso fortalecia a dureza de coração de Esaú. Rebeca, apela para o marido concordar em enviar Jacó para Harã, terra natal dela e onde poderia se abrigar com o tio materno e trabalhar por lá enquanto eles aqui costuravam um acordo de paz com o irmão mais velho. Nos colocando dentro, vemos que de fato era desgastante. Uma das táticas do inimigo para destruir o maior possível numa batalha é dividir para conquistar, quanto mais gente contra mais gente, melhor. Pais e filhos em lados opostos, é tudo que uma Aliança de bênção não precisa para se enfraquecer. Por outro lado, quando não se tem muito sucesso nos ataques externos, se conseguir infiltrar e atacar de dentro, isso é letal. Era o que acontecia, fogo amigo disparado para todas as bandas e as autoridades que poderiam impor respeito e limites, estavam envolvidos até o pescoço nas causas que aparentemente alimentavam aquele fogo. Quem nunca viu isso numa família, numa igreja, denominação, empresa etc. Jesus vai direto sem rodeios: “Jesus, porém, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: Todo o reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda a cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá. E, se Satanás expulsa a Satanás, está dividido contra si mesmo; como subsistirá, pois, o seu reino?” (Mt 12.25,26). É preciso priorizar a unidade e abrir mão em nome do perdão e da reconciliação – minha sugestão é que alguém tem que tomar a iniciativa, não é hora para descobrir quem tem mais razão ou quem foi que começou, o importante é quem e quando termina o efeito destrutivo da amargura e rancor. Ceder é a palavra chave!

 

Senhor, obrigado por tomar a iniciativa de reconciliação com a humanidade e prover os meios necessários e suficientes para redimir os pecadores e remir a dívida. Jesus fez isso, abrindo mão de sua vida, de sua glória e seus direitos, para hoje ser o primogênito de muitos irmãos e o Pai ter uma grande família com muitos filhos, aceitos, amados e parecidos com Cristo. Graças e glórias a quem merece!! Jesus! Amém.

 

Pr Jason

Assumindo Responsabilidades

Meditação do dia 28/03/2019 

Até que se desvie de ti a ira de teu irmão, e se esqueça do que lhe fizeste; então mandarei trazer-te de lá; por que seria eu desfilhada também de vós ambos num mesmo dia?”  (Gn 27.45)

 Assumindo Responsabilidades – Como em muitas outras situações eu desejo esclarecer que não sou absolutamente em nada contra a pessoa ou a personagem de Rebeca e muito menos estou trabalhando com a idéia de reprovação de sua vida ou conduta. A idéia aqui, é meditar e perscrutar o que nos for possível sobre os fatos que aconteceram e ficaram registrados para nosso ensino e edificação. Sou bastante consciente da minha pequenez diante da história e da importância dela na vida de uma nação inteira como povo escolhido de Deus e claro, tiro o chapéu para ela numa boa e a reverencio com satisfação e gratidão no meu coração. Meu raciocínio é no sentido de fazer perguntas, incitar a criatividade e adaptar aquela realidade primária para a nossa condição atual e tirar lições que abençoam a nossa vida. Quero chegar no céu e conhece-la pessoalmente e ganhar um grande abraço e não ser chamado no escritório dela para me explicar! Nossa matriarca na sua conversa com Jacó, justificado a necessidade dele viajar para viver um tempo com o tio, em Hará, ela fala que isso daria tempo para esfriar os ânimos do seu ofendido, e ele “esquecesse” o que Jacó lhe fizera. Com a minha cabeça de ocidental e vivendo na era dos direitos adquiridos e da centralidade do indivíduo e com as teses de ninguém ser molestado e tudo mais que todos vocês também já conhecem; sabemos que a conversa dela vai bem até a pagina 3, depois é preciso dividir as responsabilidades e cada um assumir o seu papel e sua importância na trama toda. O fato é que Esaú estava bravo e com planos de vingança contra Jacó, por ter lhe enganado diante do pai e apropriado da bênção, que a seu modo de ver era dele e ninguém deveria usurpar. Ele que nunca valorizara isso, pois desde que vendera seu direito de primogenitura, abandonou-o por completo, só voltando a isso, no momento que seu pai lhe fez a proposta de dar-lhe a bênção. Mesmo não sendo uma pessoa lá muito espiritual e chegado nas coisas divinas, agora isso não interessava, pois ele reivindicava para si, o que a letra da lei lhe dava, se ele havia vendido, trocado, abandonado ou só estava dando um tempo, para ele, era irrelevante. Isso me trás a memória aqueles tempos de assembleias agitadas nas igrejas com regime democrático congregacional; quando em dia de sessão, membros que estavam fora a muito tempo, sem compromissos, sem participação ativa, agora apareciam aos montes e exigindo direitos e brigando por superfluidades, muitas vezes incitados por outros que só queriam vero circo pegar fogo. Aqui está Esaú, disposto até a homicídio, para garantir a bênção de Deus que lhe fora prometida pelo pai. “Não importa quem perca, desde que seja eu que ganhe!” Também a mamãe, que na ocasião dissera a Jacó que assumiria qualquer maldição que viesse em decorrência da cena montada, agora a ele que o irmão estava bravo “pelo que você fez!” Graças a Deus, que na Nova Aliança, passar a bola para frente, já ficou esclarecido que não funciona: “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal” (2 Co 5.10).

 

Pai, obrigado pelas responsabilidades que a vida cristã nos concede. Elas nos fazem crescer e nos conformarmos mais e mais ao teu caráter santo e justo. Estamos cientes de que nossas ações tem consequências e que precisamos de ajuda do Espírito Santo para agirmos dentro da legalidade e da espiritualidade que engrandece a tua santidade e o testemunho da nossa fé, em nome de Jesus, amém.

 

Pr Jason

Conselho de Mãe

Meditação do dia 27/03/2019 

Agora, pois, meu filho, ouve a minha voz, e levanta-te; acolhe-te a Labão meu irmão, em Harã, e mora com ele alguns dias, até que passe o furor de teu irmão;”  (Gn 27.43,44)

 Conselho de Mãe – Rebeca se prevenia daquilo que anos mais tarde um seu descendente famoso viria a dizer: “O irmão ofendido é mais difícil de conquistar do que uma cidade forte; e as contendas são como os ferrolhos de um palácio” (Pv 18.19). Ela sabia o tamanho da encrenca em que se metera com Jacó. Não se tratava de brigas de adolescentes, pois já tinham quarente anos e Esaú já estava casado e com família constituída. Ela com certeza conhecia o temperamento do filho que estava irado  e transtornado pelo fato de ter sido passado para trás, pela mãe e o irmão, na questão da bênção paternal, e como ninguém bate na mãe, sobrou tudo para Jacó, que se viu jurado de morte, com prazo de validade a se cumprir, assim que o pai viesse a falecer. O gosto pela vingança de Esaú, o levava a pensar em cometer um desatino sem tamanho, na própria família, assim que o pai fosse sepultado. Levando em conta que o pai deles havia pedido a caça para comer um prato especial, justamente porque pensava que estaria perto de morrer e então estaria colocando a casa em ordem. Rebeca entendeu que um exilio forçado, teria lados bons e positivos, pois assim o filho teria a oportunidade de encontrar uma pessoa dentro da própria linhagem materna, tal qual seu pai fizera, na linhagem paterna dele. Por outro lado, uma permanecia mais demorada, produziria uma mudança nos ânimos de Esaú, que acabaria por ceder-se a reconciliação com o irmão. Aquela típica filosofia de “o tempo cuidará do caso!” Os brasileiros defendem que coração de mãe não se engana, e que ela certamente iria trabalhar o coração do filho que ficasse, talvez apelando para a saudade que ela sentiria e que no fundo ele também iria sentir. O que percebemos e a história confirma é que uma pessoa amargurada, ressentida e irada, pode resistir por muito tempo. A ausência de perdão é um ácido terrível que corrói a pessoa por dentro, aos poucos até não restar muito da sua originalidade. Deus sempre pode ajudar e restaurar um coração ferido, mas é preciso disposição de levar a ele esse coração despedaçado, para que pela graça divina na atuação do Espírito Santo se processe uma libertação e uma cura de forma sobrenatural. Não compensa viver amargurado e irreconciliado, pois na verdade a pessoa fica presa à outra e limitada em seus movimentos pela presença ou proximidade daquela. É como se prendesse uma algema em ambas; só a graça do perdão para romper esses grilhões e permitir a liberdade. Vemos isso na história de Esaú e Jacó, até o tempo da reconciliação final. Certamente, Esaú na Palestina e Jacó em Harã na Mesopotamia, nunca se desligaram e Rebeca, apenas adiou para o tempo indeterminado, ficando ela mesma privado dos filhos, porque um estava distante geograficamente e o outro emocionalmente, porque sempre via na figura da mãe a arquiteta da sua dor. Acabou sobrando culpa e condenação para uma existência difícil até o fim para ela.

 

Senhor, podemos aprender com as atitudes e ações dos outros ao nosso redor, bem como com as pessoas que viveram experiências difíceis em seus tempos. Obrigado pela graça do perdão e da cura, que fica disponível em Cristo Jesus. Amém.

 

Pr Jason

Um Filho em Risco

Meditação do dia 26/03/2019 

E foram denunciadas a Rebeca estas palavras de Esaú, seu filho mais velho; e ela mandou chamar a Jacó, seu filho menor, e disse-lhe: Eis que Esaú teu irmão se consola a teu respeito, propondo matar-te.”  (Gn 27.42)

 Um Filho em Risco – Nossos dias há coleções de mães que tem filhos em risco de violência e ou já os perderam nessa condição. Mães cristãs também passam por isso e famílias boas, estruturadas, com raízes profundas de vida espiritual e comunhão com
Deus também passam por tais situações. Sabemos que não faltam justificativas e explicações querendo trazer consolo ou ao menos dar uma justificativa para que as respostas sejam no mínimo aceitáveis. A primeira mãe a passar por uma situação difícil de perder um filho para a violência e ainda praticada por alguém de dentro do círculo de confiança, foi Eva. Caim impiedosamente vitimou seu irmão Abel. Onde Eva foi buscar respostas? Nem havia o pessoal dos direitos humanos ainda, nem psicólogos; mesmo assim ela enfrentou o luto, a dor a solidão que restou e a dura missão de continuar a vida. Agora estamos com Rebeca, que sendo uma mãe zelosa, consciente de seu papel e dos valores das alianças com Deus, se vê numa condição de ter que tomar uma nova atitude para preservar os filhos. Sim, ela não queria perder nenhum deles e ainda mais por ação de um contra o outro. Para quem está de fora, pode parecer uma questão muito simples, pois se trata de uma pessoa com índole má atentando contra uma boa pessoa e que merece ser protegida. Para uma mãe, se trata de dois filhos, igualmente amados e é inadmissível perder o controle e não salvar ambos; ela não queria que Jacó morresse, e também não queria que Esaú se tornasse fratricida e nesse caso, seria como perder os dois filhos no mesmo dia. Todos sabemos que nossas decisões tem consequências e como o futuro é sempre opaco e não temos como antecipar prevenindo-nos do que virá após uma decisão, então os ajustes sempre serão necessários. Rebeca articulou com Jacó, conseguir a bênção paternal e assegurou os direitos das alianças divinas já confirmadas à Abraão e Isaque e que na transição para seus filhos, ela entendia que deveria ser Jacó o favorecido. Os meios que mãe e filho utilizaram para atingir seus fins foi questionável e as consequências foram arrasadoras para as relações familiares. O preço da bênção acabou sendo alto e medidas improvisadas se fizeram necessárias. Muitas situações acontecem no meio cristão e entre famílias boas, que não são necessariamente perseguição ou ação maligna direta, mas fruto de escolhas questionáveis ou fora da vontade e do tempo de Deus. A expressão bíblica para isso é o chamado princípio da semeadura: Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna” (Gl 6.6,7). Na impossibilidade de antecipar o futuro, sabendo o que virá, administremos sabiamente o presente e tomemos boas decisões, calculando antes e moderadamente o peso de nossas ações. A única pessoa em todo esse mundo sobre a qual eu tenho controle e posso decidir, sou eu mesmo; todas as demais ao meu redor, não estão sob meu controle e não posso dizer-lhes como devem fazer; elas, tal qual eu e você, temos liberdade de expressão e isso precisa ser respeitado e levado em conta antes de agir.

 

Senhor, somos chamados para sermos pacificadores e promotores da paz e do bem; isso envolve escolhas e obediência a tua Palavra e conhecimento da tua vontade. Pedimos sabedoria para agirmos pela fé e de forma justa e correta, seguindo o teu exemplo e modelo. Oramos pelos pais que passam ou passaram por momentos difíceis com a violência entrando nos seus lares e produzindo vítimas. Conceda-lhes graça e força para se fortalecerem na fé e não enveredarem pelos caminhos das emoções descontroladas e com princípios mundanos e amargurados. Mantenha-nos sob as tuas asas de amor e proteção, em nome de Jesus, amém.

 

Pr Jason

A Grande Encenação

Meditação do dia 25/03/2019 

Depois tomou Rebeca os vestidos de gala de Esaú, seu filho mais velho, que tinha consigo em casa, e vestiu a Jacó, seu filho menor; e com as peles dos cabritos cobriu as suas mãos e a lisura do seu pescoço;”  (Gn 27.15,16)

 A Grande Encenação – Representar é uma arte, que se tornou profissão e os mais excelentes são premiados e as categorias vão se evoluindo cada vez mais; com advento das tecnologias e novas potencialidades, tudo se tornou um show digno mesmo de aplausos. Mesmo os menos focados, acaba torcendo anualmente para saber quem será o ganhador do Oscar, o premio da Academia de Cinema americano; e Oscar se tornou o paradigma de melhor encenação; até nos esportes e na vida real, quando alguém faz uma cena (dá um chilique bem dado) quem assiste, diz: “Isso é digno de um Oscar.” Mas fazer teatro e representar é algo tão antigo quanto a própria humanidade. Isso começa em casa, alguém imitando alguém e os pequeninos amam imitar e aprendem e desenvolvem habilidades e até coordenações físicas e motoras por imitar o que veem no seu dia a dia. No final, a vida tem muitos cenários e todos nos tornamos atores num grande nesse grande palco. Ali são encenados as nossas tragédias, conquistas, perdas e buscas, realizações e fracassos; de vem em quando somos mocinhos e noutras somos vilões ou meros coadjuvantes, e o certo é que o show não pode parar. Rebeca deveria ter praticado muita arte cénica na sua infância e juventude e quem sabe até mesmo brincado muito com os filhos e se divertido encenando cenas do cotidiano deles. Verdade ou não, o dia que ele precisou quebrar a perna (termo utilizado no teatro, que significa se dar, bem, arrasar na atuação); lá estava ela montando o figurino, invertendo os papeis entre os atores, pegando o Jacó, e o travestindo de Esaú de tal forma que pudesse se passar pelo irmão na percepção o pai Isaque. Deu certo! Ainda que com desconfiança e varias verificações, o velho pai, com vistas nubladas, não conseguir ver e nem utilizando o tato e tentando sentir o cheiro do filho, ainda assim ele foi aprovado. Claro, não era uma brincadeira e muito menos uma peça de teatro, era vida real, envolvia responsabilidade com a herança financeira e espiritual do legado patriarcal e o fim de tudo seria receber uma bênção de Deus. Aqui vem a nossa pergunta: O fim justifica os meios? Para obter resultados espirituais e eternos, pode se lançar mão de artifícios ilícitos, antiéticos e que contrariam os valores da nossa fé? Vale trapacear nos argumentos em assembleias, manipular regras administrativas e estatutos para que as coisas saiam de determinado modo preferencial? Manipular as emoções dos fiéis para atingir metas? Estou levantando questões para reflexão. A vida cristã não é apenas administração e relatórios, números e prestação de contas contábeis. Ser igreja ou ser cristão é bem mais do que um religião ou pertencer a um sistema; a fé cristã se trata de um relacionamento com Deus e à partir disso, todas as demais relações humanos se derivam. Se estivéssemos avaliando um festival de teatro, claro, daríamos com louvor o Oscar para Rebeca como melhor diretora e Jacó levaria o prémio de ator coadjuvante, pois os outros dois que contracenavam com ele, nem sabiam que participavam da montagem. Amados, estamos falando da importância das motivações de nossas ações e atitudes. Não é só fazer que importa, mas também as razões porque fazemos. “Verdade é que também alguns pregam a Cristo por inveja e porfia, mas outros de boa vontade; Uns, na verdade, anunciam a Cristo por contenção, não puramente, julgando acrescentar aflição às minhas prisões. Mas outros, por amor, sabendo que fui posto para defesa do evangelho.” (Fp 1.15-17). Todos sabemos que haverá um dia para julgamento e premiação de nossas atuações, e que isso é sério. “E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, A obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um” (I Co 3.12,13). Vamos refletir e atuar bem e da maneira certa e bíblica.

 

Senhor, obrigado por ser absolutamente sincero e fiel nas tuas intenções para conosco. Jesus é a verdade que liberta e é recompensador dos trabalhadores que ele convoca e coloca na sua seara. Mais que resultados em números, o Senhor nos salvou para sermos filhos, servos fiéis e adoradores, limpos de mãos e puros de coração. Isso nos interessa muito. Agradarmos ao Senhor ao mesmo tempo que nos satisfazemos com a tua pessoa. Em nome de Jesus, amém.

 

Pr Jason

Pego pelo Estômago

Meditação do dia 24/03/2019 

E foi, e tomou-os, e trouxe-os a sua mãe; e sua mãe fez um guisado saboroso, como seu pai gostava.”  (Gn 27.14)

 Pego pelo Estômago – Quem não gosta de uma boa comida? Mas também quem espera ser vítima de uma armação via comida e na sua própria casa pelos seus próprios familiares? Estamos aprendendo nessas meditações sobre a vida de Rebeca e a sua contribuição para o reino de Deus. É inegável o que ela fez e o que representa na história do povo de Deus. Igualmente a ela, podemos pensar nas muitas oportunidades que temos de fazer coisas significativas para Deus e seus planos eternos e em meio as bênçãos e atividades edificantes, também agimos por conta própria, pisamos na bola de vez em quanto, e como dizia os antigos, “passamos os pés pelas mãos,” de forma até vergonhosa. O ser humano, é humano é humano mesmo! Estamos sujeitos a grandes feitos e a grandes vacilos. Ainda assim, Deus nos ama e não desiste de nenhum de nós e nos incentiva a continuarmos porque o que está sendo construído é muito maior do que nós mesmos e durará eternamente. Como nenhum de nós “é perfeito” podemos lidar com as falhas dos outros e acolher apenas aquilo que soma e acrescenta no nosso aprendizado. Rebeca não se torna reprovável e fora dos planos por ter agido de forma não ortodoxa e moralmente isenta. Ela viu uma oportunidade se perdendo por descuido ou por segundos interesses do marido e do filho mais velho e entendeu que deveria agir e tomar as rédeas da situação e foi à luta. Ela lançou mãos dos seus dons e talentos para atingir suas finalidades e com essa astúcia, conseguiu seu intento e reverteu a situação para aquilo que deveria ser a normalidade. Isaque se viu pego pelo prazer de comer e apreciar uma boa comida e os prazeres que alimentamos podem ser fatais para nossa capacidade de discernimento. Eu gosto muito de levar a sério a citação de Oséias: A sensualidadeo vinho e o mosto tiram o entendimento (4.11). Isaque não deixou de ser quem era e o valor que tem nos propósitos eternos de Deus, como também Rebeca, mas podemos aprender com a experiência deles  e quando chegarmos em situações em que há um dever de fé a ser realizado e o nosso prazer ou nossas escolhas, precisamos estar sensíveis a Deus e sua palavra para construirmos solidamente. Tenho telhado de vidro com toda certeza e não me atreveria a jogar pedras no telhado de Isaque ou Rebeca; mas tudo quanto foi escrito no passado, para nosso ensino e aprendizado aquilo foi registrado. Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança (Rm 15.4).

 

Senhor, graças de rendemos pela capacidade que tens de reverter situações nas quais tomamos decisões à revelia sem consultar ou sem nos basear nos teus princípios e com o teu amor consegues evitar danos maiores para os propósitos eternos dos quais somos parceiros na construção do reino eterno. Obrigado por nos dar novas oportunidades para fazer bem feito e de forma que o teu nome seja glorificado. Em nome de Jesus, amém!

 

Pr Jason

Bênção ou Maldição?

Meditação do dia 23/03/2019 

 E disse-lhe sua mãe: Meu filho, sobre mim seja a tua maldição; somente obedece à minha voz, e vai, traze-mos.”  (Gn 27.13)

 Bênção ou maldição? – Já existem muitos estudos, livros, vídeos e conferencias sobre esse tema, e já passamos por esse tema e aqui hoje não será esse o roteiro principal dessa meditação; talvez até porque ela nem chegou a acontecer, mas o peso da palavra de Rebeca teve suas consequências. Normalmente as pessoas lutam com unhas e dentes por uma causa que verdadeiramente acreditam. Até dizem que “Se não há uma causa pela qual valha a pena morrer, então na verdade não há motivo para viver!” ou seja, para viver com intensidade é preciso paixão por uma causa. Rebeca tinha uma causa: seu filho Jacó. Ela se colocou em condição de risco para defender uma causa que para ela seria mais do que justa, pois Jacó deveria na sua opinião ser o verdadeiro e legítimo herdeiro da bênção paternal e das alianças entre Deus e a linhagem dos hebreus. Sabemos que Isaque ficou bem decepcionado ao perceber que fora enganado pelo filho menor, que astutamente infiltrou-se com a ajuda da mãe e trapaceou para receber a benção. Ele sentiu o drama de ver Esaú desolado por ter sido trapaceado pelo irmão e levado a herança que ele já tinha como certa. Por minha própria conta, entendo que Isaque refletiu sobre sua postura e por não ter trabalhado bem com discernimento aquela situação que de fato tinha muito significado e peso espiritual. Ele deve ter lembrado a palavra de Deus para Rebeca, quando ela consultara ao Senhor sobre a luta dos meninos no seu ventre e ela fora informada de que havia duas nações ali e que o maior serviria ao menor. Ela carregou em seu coração isso, mas parece que Isaque estava levando mais nas emoções e tentando recuperar a espiritualidade de Esaú que nunca dera muita importância para as verdades da fé de seus pais. Mesmo decepcionado, Isaque não amaldiçoou a Jacó e nem impôs um  peso sobre quem arquitetara aquela encenação. Mas só para fechar esse assunto, pouco tempo depois Jacó foi abençoado livremente pelo pai e recomendado a ir para Hará, na terra da sua mãe, para buscar lá uma esposa, mas com a necessidade de permanecer lá por algum, até que se acalmasse os ânimos de Esaú. Pois, bem, os anos se passaram e quando Jacó voltou próspero e amadurecido, com família constituída, sua mãe, Rebeca, já era falecida. Ambos, mãe e filho, não se viram mais. Palavras tem peso!

 

Senhor nós te adoramos por seu o Deus da nossa salvação. Em Jesus está reservado todas as bênçãos e recursos que tens para nós. Queremos pesar com sabedoria nossas palavras e compromissos. Queremos fazer uso sábio das oportunidades que nos vier à mão. Em nome de Jesus, amém.

 

Pr Jason

Master Chef

Meditação do dia 22/03/2019 

 Agora, pois, filho meu, ouve a minha voz naquilo que eu te mando:”  (Gn 27.8)

 Master Chef – Para os meus três leitores mais assíduos destas meditações do dia, eu gostaria de dizer que como muitos outros leitores da Bíblia e especialmente os amantes da boa mesa, como um amigo nosso de Cuiabá, todos os textos que falam de comida são de fato fascinantes. Todos os cristãos possuem um apelo muito especial pela comida, pois ela se tornou mais que alimento nos ensinos e convivência de Jesus Cristo nos seus dias aqui na terra. Frequentemente o vemos nos textos sagrados com seus discípulos comendo alguma coisa e outras tantas, ele ensinou e ilustrou ensinos com banquetes reais e até prometeu preparar um para nós ao chegarmos lá nas mansões celestiais. Nossas reuniões e confraternizações de aniversário, células e até mesmo reunião de líderes, sempre termina em comes e bebes, mas comes é claro! Nosso texto de hoje, se trata de uma experiência interessante, pois o contexto dessa família mostra Jacó mais caseiro do que Esaú e muito próximo de sua mãe e Esaú ao contrário era homem do campo, caçador e parça do pai. Mas o que não sabíamos era que Esaú era bom em fazer pratos de carne de caça, tanto é que ele e o pai tinham um gosto em comum sobre isso e foi isso que Isaque pediu para ele fazer e depois receber a bênção. Rebeca ouviu a conversa e chamou Jacó de lado e contudo tudo e disse que tinha uma carta na manga (figura de linguagem), que se a concorrência era para forno e fogão, então ela era uma boa candidata e e não iria fazer feio, porque além de saber cozinhar, também ela conhecia o prato preferido do marido e conseguiria substituir caça por cabrito e ele comeria tudinho e não perceberia a diferença! Vamos tirar o chapéu para Rebeca, pois foi “dito e feito!” ela garantira para Jacó, se para ele conseguir a bênção dependesse só do prato especial, então “você já está abençoado.” Estamos meditando aqui no uso dos dotes especiais ou talentos que as pessoas tem, que lhes foram dados por Deus para cumprirem um papel relevantes aqui nas suas vidas e Rebeca, lançou mão de uma de suas especialidades, mesmo a meio contragosto de Jacó, para legitimar o que para ela seria um direito natural de Jacó e não de Esaú. Do outro lado da ponta está Isaque, traído pelo apetite e bom gosto de comer, e ao fazer a escolha do prato principal do banquete de cerimonia da bênção paternal ao filho, permitiu que Rebeca replicasse o prato, ainda que por um genérico, mas muito parecido com o original e assim que Esaú chegou com o menu pedido pelo pai, este já se encontrava satisfeito por antecipação e só então percebeu que caíra em dois golpes ou dois contos de uma só vez. Fica o meu estímulo aos amados, que continuem a boa obra de utilização de seus dotes e talentos naturais e incluindo os culinários, mas façam um uso mais construtivo de relacionamentos e que as bênçãos venham pela amizade e comunhão produzida, nunca pelo engano e ou omissão da verdade sobre o que de fato comeram ou provaram. Como irmãos, não vale passar gato por lebre, essa já é velha!

 

Pai, obrigado por nos presentear com dons e talentos, que expressam a tua graciosidade e permite que irmãos expressem coisas boas e gerem amizade e comunhão à roda da mesa. Que valorizemos o bem e o correto, como fontes exprimir o caráter do Pai que está em nós, em Cristo Jesus, amém.

 

Pr Jason