Judá & Tamar – Um Acordo

Meditação do dia: 28/04/2020

 Então disse Judá a Tamar, sua nora: Permanece viúva em casa de teu pai, até que Selá, meu filho, venha a ser homem. Pois disse: Para que não morra também este, como seus irmãos. Assim, Tamar se foi, passando a residir em casa de seu pai.” (Gn 38.11)

Judá & Tamar – Um Acordo – Depois de perder dois Judá se vê obrigado a fazer um acordo com sua nora, para posteriormente remediar a situação para a geração de descendência através do seu terceiro filho, Selá ainda não tinha idade para se casar com a viúva de seus irmãos, então Judá fez um acordo, com ela para que permanecesse viúva até o garoto ter idade de assumir o compromisso e gerar descendência e perpetuar o nome dos irmãos. Ao que parece, ele temia que o jovem filho pudesse ter as mesmas atitudes dos outros irmãos, colocando em risco toda a sua família. Tivera três filhos e se morrem os três sem deixarem descendencia, era como anular uma das doze tribos. Ao olhar uma situação tal qual estava Judá, nossa cabeça ocidental e do século vinte e um, vivendo num contexto tão diferente e com nossos valores completamente distantes, não errados, mas o foco nosso é outro. Judá vinha de uma linhagem de pessoas com um pacto com Deus e cuja missão primordial era produzir uma nação. Ninguém de nós hoje, sequer pensa em tal coisa. Nem mesmo parece haver espaço para mais crescimento populacional e a terra está super povoada e os territórios estão politicamente distribuídos e imaginar criar uma nação, partindo de um núcleo familiar, nem pensar. Mas nosso compromisso com Deus e com o seu Reino, distribui oportunidade para todos e cada um individualmente para estar comprometidos com um ideal que demanda fidelidade e determinação. Para que a bênção de Abraão permanecesse fluindo de geração em geração, ela teria que ir se expandindo à medida que o círculo de pessoas ia aumentando. Começou com Isaque, passou para Jacó e agora passaria para os doze filhos e deles para quantos descendentes eles gerassem e no caso de Judá, eram três filhos. Através de Er, Onã e Selá, a bênção geracional permaneceria seguindo seu curso e Judá iria se realizar em ter feito a sua parte no que lhe tocava. Mas o comportamento dos dois filhos mais velhos, riscou essa possibilidade e quem tinha muita chance, se via agora na iminência de não ter nada e desperdiçado uma vida inteira. Você e eu fomos chamados por Deus para fazer parte de um projeto, que já sabemos vai além de nós e da nossa existência terrena; Jesus nos dias, comissionou aos seus discípulos para que inundassem o mundo com o conhecimento da mensagem salvadora, através do Evangelho. A começar pelos apóstolos, todos, em todas as gerações estiveram comprometidos com a Grande Comissão. Agora, é a nossa vez, a nossa hora, além da proclamação do Palavra de Deus, também estamos imbuídos de transmitir a bênção de Deus de geração em geração, isto tem a ver com famílias abençoadas, gerando filhos abençoados e todos comprometidos com a causa. Em certo sentido, a demanda dos filhos de Jacó, era por filhos biológicos, naturais, para juntar muita gente e se unirem e preencherem espaços físicos e geográficos numa herança da Terra Prometida e futuramente, no devido tempo viria o Messias. Nosso compromisso é gerar filhos espirituais, nascidos de novo pelo poder da Palavra de Deus, criando cidadãos do Reino, semelhantes a Cristo e preparados para a vinda do Messias, agora para separar definitivamente o povo de Deus, os filhos gerados de uma semente especial. Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como primícias das suas criaturas (Tg 1.18).

 

Senhor, obrigado por perpetuar a linhagem dos justos através da verdade do Evangelho e produzir uma geração de adoradores comprometidos com o Reino e não apenas com sua causa pessoal. Como igreja, estamos no mundo mas não somos do mundo e aguardamos a nossa hora, mas certos de que precisamos trabalhar na tua Seara, para vidas sejam geradas e assim, muitos povos, tribos, línguas e nações estarão diante do trono na eternidade para glorificarem aquele que Era, que É, e que Há de Vir, O Senhor Jesus, nosso Senhor. Em nome dele oramos, amém.

 

Pr Jason

Onã, o Segundo Filho de Judá Era Mau

Meditação do dia: 27/04/2020

 Então disse Judá a Onã: Toma a mulher do teu irmão, e casa-te com ela, e suscita descendência a teu irmão. E o que fazia era mau aos olhos do Senhor, pelo que também o matou.” (Gn 38.8,10)

Onã, o Segundo Filho de Judá Era Mau – Os Bad Boys da antiguidade! Sou leitor da Bíblia a mais de quarenta anos, e sempre li a Bíblia toda na sequencia e passei por essas histórias muitas e muitas vezes, e a princípio achei bizarro, depois fui encontrando razões culturais dos povos antigos que explicavam essa importância que eles davam a gerar descendência, utilizando até a chamada lei do Levirato, que era um costume antigo e que aparece aqui e depois na época de Moisés foi incorporado as Leis dadas a Moisés. Uma definição que encontramos de Levirato ou Levirado: Levirato é o costume, observado entre alguns povos, que obriga um homem a casar-se com a viúva de seu irmão quando este não deixa descendência masculina, sendo que o filho deste casamento é considerado descendente do morto. Este costume é mencionado no Antigo Testamento como uma das leis de Moisés. No nosso texto de hoje, encontramos Judá dizendo a Onã, seu segundo filho a se casar com Tamar para gerar descendência para o nome de Er, seu irmão falecido. No período do Êxodo, foi normatizado tal costume sendo então incorporado às leis e rituais dos israelitas, com alguns pormenores que se praticados, não eram mencionados, até então. Provavelmente temos aqui uma orientação de que somente um irmão solteiro pudesse, caso o irmão casado morresse sem filhos homens, casar com a viúva“Se irmãos morarem juntos, e um deles morrer sem filhos, então, a mulher do que morreu não se casará com outro estranho, fora da família; seu cunhado a tomará, e a receberá por mulher, e exercerá para com ela a obrigação de cunhado” (Dt 25.5). O primeiro filho desse casamento seria considerado como sendo do falecido: “O primogênito que ela lhe der será sucessor do nome do seu irmão falecido, para que o nome deste não se apague em Israel” (Dt 25.6). Esse irmão poderia recusar casar-se com a viúva, mas isso deveria ser informado aos líderes anciãos da cidade e representava um ato de grande vergonha para ele: “E o seu nome se chamará em Israel: A casa do descalçado” (Dt 25.10). Um das casos citados na Bíblia é na história de Rute, que casou com um “Parente Remidor” e que também se dispôs preservar o nome do falecido marido dela. Lendo o capítulo quatro de Rute, vê-se Boaz negociando com o primeiro na lista e ele aceitou comprar as terras, mas quanto foi informado que teria que se casar com a viúvo, ele elegantemente abriu mão do direito para Boaz que era o próximo na sucessão e ele pessoalmente tirou o calçado e o entregou a Boaz em público, demonstrando aceitar a responsabilidade de não cumprir o levirato. No Novo Testamento só temos uma menção desse costume, quando os saduceus quiseram testar a Jesus sobre a ressurreição, então vieram com uma suposta situação em que seis irmão sucederam a seu irmão casando-se com a viúva; eles queriam saber se na eternidade, qual dos sete seria de fato o marido da viúva negra que enterrou todos eles. Dizendo: Mestre, Moisés nos deixou escrito que, se o irmão de algum falecer, tendo mulher, e não deixar filhos, o irmão dele tome a mulher, e suscite posteridade a seu irmão. Houve, pois, sete irmãos, e o primeiro tomou mulher, e morreu sem filhos; Portanto, na ressurreição, de qual deles será a mulher, pois que os sete por mulher a tiveram? (Lc 20.28,29,33). Onã, o filho de Judá, era tão perverso e mau, quando seu irmão falecido e se propôs a sabotar o direito do seu falecido irmão ter o nome preservado e adotou uma atitude de querer o bônus, sem o peso do ônus, ter a parte que lhe satisfazia os prazeres, sem arcar com as responsabilidades. Existe a versão moderna, contemporânea dessa prática, onde buscam a pratica, o privilégio e o prazer da vida conjugal, mas sem qualquer aspecto que tenha responsabilidade e compromisso, pois a idéia é curtir a vida adoidado. Não vou hoje aqui entrar ou aprofundar no tema, mas vou deixar uma pergunta para provocar reflexão de quem desejar: Por que será que Deus reprovou a conduta de Onã e aplicou-lhe uma sentença tão pesada, pena capital?

 

Pai de amor e misericórdia, louvamos o teu nome e nos submetemos a tua sabedoria, porque entendemos pela fé, que os teus planos são melhores do que os nossos e nada está fora do teu governo e controle. Os homens podem enveredar por caminhos e práticas e declarar que são legítimas, corretas e aceitáveis, mas para os teus filhos, a Tua Palavra é o padrão, a regra e ela define nossa fé, nossa ética e nosso padrão de conduta. Buscamos vidas santas e condutas honrosas e dignas que expressam o valor e a dignidade que atribuis a cada uma das pessoas, criadas a tua imagem e semelhança. Oramos agradecidos em nome de Jesus, amém.

 

Pr Jason

O Primogênito de Judá Era Mau

Meditação do dia: 26/04/2020

 Er, porém, o primogênito de Judá, era mau aos olhos do Senhor, por isso o Senhor o matou.” (Gn 38.7)

O Primogênito de Judá Era Mau – Qualquer que seja a ótica em que olhemos esse texto, alguma errada ou ruim tem que ter acontecido para um registro tal como foi feito. Podemos apelar para a cultura literária antiga, ontem qualquer acontecimento de cunho espiritual se atribuía a Deus a ação ou a permissão para ser efetivado. Como os casos do endurecimento do coração de Faraó no Egito por ocasião do êxodo; o espirito mal que assombrava o Rei Saul e outros mais. Podemos pegar outras vertentes e assim apresentar uma justificativa, mas não vou nesse momento entrar por essas vias. Na ocasião da promessa e da aliança, Deus disse o seguinte para Abraão: E a quarta geração tornará para cá; porque a medida da injustiça dos amorreus não está ainda cheia (Gn 15.16). Os cananeu era maus e perversos diante de Deus, de forma que seriam extintos e a terra seria entregue a Abraão e sua descendência como herança. Muito antes disso, o trineto de Abraão, morreu por sua perversidade e maldade. Como isso pode acontecer? Por um lado temos as responsabilidades individuais, a pessoa tem o direito de fazer escolhas e viver com elas ou arcar com as consequências de suas escolhas. Toda pessoa é livre diante de Deus para decidir – mas não é livre para decidir as consequências de seus atos. Se escolho colocar a mão no fogo, essa escolha é minha, mas sou livre para escolher se o fogo vai queimar ou não; a consequência da minha escolha é determinada naturalmente. Judá se aliou com amizades com cananeus, se casou entre eles e criou seus filhos mais próximos dos cananeus do que de Israel seu pai e seus irmãos. A influencia cananeia foi mais forte e o seu filho enveredou pelos caminhos da perversidade a tal ponto de ser disciplinado por Deus com a morte. Esse jovem, Er, não seguiu os passos do pai, do avó e tios paternos. Veja que Simeão e Levi fizeram barbaridade com uma população inteira de uma cidade; o próprio Judá deu a idéia de vender José, seu irmão; todas essas coisas são ruins, são perversas e são pecaminosas, abomináveis – mas foram superados, por um jovem, que muito cedo já estava em tal grau de maldade, que foi necessário uma disciplina nele, no pai e na família. Posso acreditar e por conta própria, Judá estava experimentado na própria pele o sofrimento de um pai vendo os filhos agirem de forma tão reprovável diante de Deus e sem que ele pudesse fazer qualquer movimento, perdeu o filho e o coração agora podia identificar com o do seu pai. Como doía ficar sem seus filhos que eram a bênção de Deus e o cumprimento das promessas de um futuro próspero e de crescimento para se tornar uma nação. Quando nasce um filho, nasce uma esperança, é uma promessa de algo melhor acontecer do que foi nos dias dos pais. Quando nasceu o primeiro filho humano nesse mundo, Adão e Eva viram ali a promessa e a esperança da redenção, não só para eles, mas para um mundo estragado e corrompido pelo pecado. Todo filho, nascido dentro da aliança de benção é a alegria encarnada em gente. O que vem depois, é uma nova história escrita a várias mãos, pois o ambiente familiar, os pais, como ensinam e treinam seus filhos ou como não ensinam e não corrigem, são formas de fazer caminhos para as decisões dessa pessoinha mais tarde. Não fazer o certo é tão ruim quando fazer o errado! Não ensinar e instruir os filhos nos caminhos das veredas antigas de Deus é concordar que eles decidam por si mesmos qual o melhor caminho. Repito o que já disse em vezes anteriores: “Se filhos não precisassem dos pais para instruí-los e educa-los, eles nasceriam como as plantas largadas à própria sorte. Os pais são agentes de Deus para mostrar e guiar os filhos à vontade e aos propósitos de Deus. Er, foi responsável por sua vida e sua morte; mas Judá sofreu a perda e a dor de algo que poderia ter sido melhor trabalhado ou até evitado. Pais  piedosos, com filhos perversos e maus depõem contra o testemunho da fé. Precisamos de ajuda divina, e muita.

 

Senhor, não entendemos tudo e não temos todas as respostas, mas a tua vontade é sempre boa, agradável e perfeita e possível de ser experimentada. Pedimos ajuda e graça para sermos eficientes e responsáveis por transmitir a tua vontade e assim a aliança seguir de geração em geração; em nome de Jesus, amém.

 

Pr Jason

O Primogênito de Judá

Meditação do dia: 25/04/2020

 Judá, pois, tomou uma mulher para Er, o seu primogênito, e o seu nome era Tamar.” (Gn 38.6)

O Primogênito de Judá – Fico bem à vontade para meditar e escrever me baseando na vida e na história das pessoas da Bíblia, porque gosto muito da leitura e meditação nas Escrituras e sei que é possível aprender muito com os acontecimentos e as histórias das vidas das pessoas que viveram e passaram por experiências tão reais quanto as minhas e das pessoas com quem convivo. Temos citações, como de Tiago que afirma Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós, mas mesmo assim prevaleceu pela graça e na fé. Experiencias negativas, ou que foram de bom testemunho, se ficaram registradas é para nossa advertência e instrução. Nosso propósito nunca deve ser criticar maldosamente e nos colocar acima de qualquer um ou agir como se fôssemos melhores do que eles ou não cometêssemos erros na vida. Temos em mente, fazer observações e anotá-las e aprender com elas. A vida é muito curta para aprendermos só por experiência de tentativas e erros, precisamos ganhar tempo aprendendo com os erros dos outros, para que cheguemos a uma maturidade e prudência em tempo hábil de sermos úteis e produtivos por mais tempo. Juntando todas as peças do quebra-cabeças, todos os patriarcas estavam construindo uma nação, coisa que não se faz do dia para a noite e nem numa única geração; assim, uns foram construindo sobre as bases que os outros já haviam firmado e acumulando experiências, solucionando cada um no seu tempo os desafios que se lhes deparavam iam prosseguindo passo a passo. Judá procurou e tomou uma esposa para o seu filho primogênito, Er; até aí, nenhuma problema – Abraão buscou uma esposa para Isaque, que também na sua vez não se agradou das escolhas de Esaú e buscou instruir Jacó para que se casasse de maneira mais assertiva dentro dos vínculos familiares com uma base mais próxima da fé por eles praticada. Não tenho as explicações porque ou com quem todos os filhos de Jacó se casaram; temos muito pouco de informação, elas são bem fragmentadas e juntar essas peças é um exercício e tanto. José, sabemos que se casou com uma egípcia, filha de sacerdote, como presente de faraó. Judá estamos vendo que se casou com uma filha de um cidadão cananeu e agora ele buscou uma esposa para seu filho e o nome dela é registrado; então senta que vem história por aí. Culturalmente também naquela época eram os pais muito comprometidos com os arranjos casamenteiros dos filhos; mas aqui vemos Jacó fora disso e vemos Judá cuidando. Os pais tem certa sabedoria que deve ser levada em consideração, pela experiência de vida e a maturidade. Olhando a cultura ao longo dos tempos, por exemplo, no Brasil mais antigo, isso era praticado, como hábito trazido dos europeus e africanos e juntando com os povos indígenas nativos, deu um caldeirão cultural fervilhante. Filhos eram moeda de troca, benefícios possíveis e meios de conseguir riquezas e favores, à começar pela corte real e imperial, até os plebeus e escravos. Nossas histórias mais conhecidas passam por Escrava Isaura, Sinhá Moça e similares. Todos os filhos e filhas de todos os tempos onde esses acordos eram costurados pelos pais, lutavam e ansiavam por escolherem eles mesmos a quem amar e constituir uma família. Esse tempo chegou e hoje os velhos são proibidos de dar pitacos e nunca vimos tanta infelicidade conjugal e matrimônios desfeitos, infidelidades e novo casamentos para novas separações e juntar de novo; alguns nem saíram de uma condição e já estão dentro da outra. Isso também, infelizmente acontecendo dentro da igreja de Cristo. Não vou nem tocar no fato de que todos eles oram, buscam a vontade de Deus e essa é a pessoa de Deus com quem devem se casar… a próxima também, a outra também e alguns até depois velhos, com netos, descobrem que casaram errado e merecem ser felizes…. Vamos parar por aqui!! Nossas ações não mudam o projeto de Deus e não podem frustrar seus planos, isso é fato. Contudo, todavia, doravante, inibem o crescimento espiritual, afasta a pessoa da perfeita vontade de Deus para ela e algumas decisões tomadas, não tem como corrigir, e é claro que o boleto vem. Tudo que a pessoa semeia, um dia ele vai colher. A graça de Deus, o perdão de Deus, são reais e permanentes na redenção; mas agir inconsequentemente e irresponsavelmente em busca de satisfação pessoal e carnal, tem troco! Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, mas uma certa expectação horrível de juízo, e ardor de fogo, que há de devorar os adversários (Hb 10.26,27).

 

Senhor, te louvamos e apresentamos a nossa gratidão pela tua bondade. Podemos te obedecer e fazer a tua vontade e cumprir os propósitos eternos, cheios da graça e do Espírito Santo. Nossa família e nossos filhos fazem parte das alianças estabelecidas e precisamos viver a tua vontade em família. O temor do Senhor é o princípio da Sabedoria e com ele evitamos o pecado e suas consequências. Lava-nos e purifica-nos por completo, espírito, alma e corpo. Em nome de Jesus, amém.

 

PS: Nota de Correção: O texto na versão utilizada na meditação do dia 23/04/20, facilitou um registro equivocado. Judá conheceu a filha de um homem cananeu chamado Sua ou Suá, dependendo versão. Sua, não é o nome da filha e sim do pai dela. Peço desculpas.

 

Pr Jason

Os Tres Filhos de Judá

Meditação do dia: 24/04/2020

 E ela concebeu e deu à luz um filho, e chamou-lhe Er. E tornou a conceber e deu à luz um filho, e chamou-lhe Onã. E continuou ainda e deu à luz um filho, e chamou-lhe Selá; e Judá estava em Quezibe, quando ela o deu à luz.” (Gn 38.3-5)

Os Tres Filhos de Judá – Quando estudamos fatos históricos, quanto mais tempo atrás aconteceram os fatos, detalhes pormenorizados perdem alguma relevância e a sequencia de fatos pode incluir um tempo relativamente grande, ou as datas podem ser aproximadas, sem prejuízo para os fatos em si. Estou me referindo aqui, ao fator tempo dessa convivência de Judá com esses povos e a criação de sua família, que apenas cita a ordem dos nascimentos de seus filhos, três nascimentos sugere um intervalo de três anos no mínimo, mas logo em seguida já veremos ele casando o seu filho mais velho. Então estamos falando de décadas, ou algo próximo de vinte anos. Como Judá era um dos patriarcas de uma nação em formação, as promessas de Deus para ele eram decorrentes das alianças firmadas por Abraão, Isaque e seu pai Jacó e no devido tempo cada um dos doze filhos teriam que também ratificarem seus compromissos com Deus e com as promessas. Formar uma família seria uma parte importante da aliança e a forma correta de gerar uma corrente de sucessores, também aliançáveis pela fé e a prática de uma adoração ao Deus de Abraão e que se tornaria a cada geração, também o Deus daquela geração, reafirmando as mesmas promessas e acrescentando os novos detalhes que se iam tornando necessários. Abraão, por exemplo teve a primeira promessa da terra, e até foi estimulado por Deus a peregrinar nela em toda a sua extensão, mas ele não tomaria posse definitiva, primeiro porque ele era pequeno em quantidade e segundo, Deus disse que a medida de perversidade dos cananeus, moradores nativos, ainda não havia atingido um determinado nível, que exigiria a aplicação da disciplina divina, removendo-os dali e alguns deles até mesmo sendo levados à extinção pelos seus pecados contra Deus. Isaque, seguiu nessa mesma direção, sendo pouco povo e somente agora com Israel é que havia um esboço de nação embrionária por meio dos doze filhos, que se tornariam doze tribos e posteriormente uma nação peso e volume que exigia um território e também teria força para conquistar tal território. Podemos ver que tudo isso demanda tempo, muito tempo. Abraão sabia, e a promessa incluía essa profecia: Então disse a Abrão: Saibas, de certo, que peregrina será a tua descendência em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos, Mas também eu julgarei a nação, à qual ela tem de servir, e depois sairá com grande riqueza (Gn 15.13,14). Para quem vivia cento e poucos anos, quatrocentos era de fato, um bom período de espera. Mas voltando ao fio da meada, a nossa lição a ser aprendida e praticada é que Deus, o nosso Deus é o maior interessado no desenrolar da história e ele tem o tempo preciso de todas as coisas. Não precisamos ficar apavorados, ansiosos, como se fôssemos nós os que vão concluir a obra toda. É Deus quem chama, Ele é quem prepara e providencia tudo e tem o perfeito controle de tudo. Nossa ansiedade não irá acrescentar e nem melhorar nada; ao contrário podemos atrapalhar e atrasar alguma etapa. Relembrando as palavras de Jesus: Nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto. E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura? (Mt 5.36; 6.27). Nossa concentração deve estar em sermos fiéis e disponíveis e não em nos apressarmos em produzir resultados. O que somos é mais importante do que aquilo que fazemos ou podemos fazer. As etapas do plano de Deus passa por gerações, não começa e termina em uma única e muito menos será comigo e contigo.

 

Senhor, graças te rendemos por ser quem a tua Palavra diz e estar acima dos tempos e das estações e até ter o perfeito controle de todas elas. Nos submetemos à tua sabedoria e cuidado, para sermos tudo aquilo para o qual fomos criados, preparados e disponíveis para servir. Te louvamos, te agradecemos pela vida e pela oportunidade de viver a tua vontade em todos os nossos dias. Em nome de Jesus, amém.

 

Pr Jason

A Filha de Um Homem Cananeu

Meditação do dia: 23/04/2020

 E viu Judá ali a filha de um homem cananeu, cujo nome era Sua; e tomou-a por mulher, e a possuiu.” (Gn 38.2)

A Filha de Um Homem Cananeu – Gosto de meditar contando histórias, não só porque em termos de literatura facilita a compreensão, mas também porque todos nós nos engajamos melhor quando há uma boa história envolvida. Todos temos uma história e nem sempre a nossa tem um bom enredo, mas de um modo ou de outro nós vivenciamos a nossa própria história  e há tantos outros personagens em ação que podemos passar muito bem como coadjuvantes que ainda assim não estraga a história. Mas não podemos tirar olho do roteiro, afinal só escrevo a minha própria história, nela preciso ser protagonista e não coadjuvante. Nessa história em específico, estamos vendo as peças que vão se movimentar no tabuleiro: Judá, um do herdeiros da aliança eterna entre Deus e o povo escolhido; podemos destaca-lo de um homem de Deus, um ministro com um grande ministério pela frente e cujo testemunho de vida fará a diferença e também servirá de referencia para os seus irmãos mais novos. Vemos também a senhorita Sua, filha de um homem cananeu, que atraiu a sua atenção e acabou em casamento. O sogro de Judá, esse homem cananeu, que não é citado mais nada dele, mas como dizemos no mundo dos negócios e investimentos, “Ausencia de evidencias não significa evidencia de ausências.” Hoje sei que sou um pregador no deserto, falando ao vento e os poucos transeuntes, mal param para ao discernir de que será que aquele pregador está falando. Mas como embaixador do Reino de Deus, tal qual eu, a igreja do Senhor Jesus é também emissária de uma mensagem que não faz bem ao ouvido da plateia: Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino, Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes,  com toda a longanimidade e doutrina. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas (2 Tm 4.1-4). Não suportarão a sã doutrina e tendo comichão nos ouvidos – a verdade dá coceira nos ouvidos. Estamos falando sobre as exortações que a Palavra de Deus sempre manteve em foco para a vida das pessoas comprometidas com Deus e com a expansão do seu Reino. Casamento é coisa séria, maravilhosa e profundamente espiritual. À medida que a espiritualidade vai ficando rasa, supérflua e irrelevante, os demais aspectos que circundam a vida, também se tornam apenas adereços acessórios, que podem ser colocados, tirados, substituídos e modificados ao bel prazer. É certo, que em toda celebração de alianças, há duas partes envolvidas e ambas contribuem com elementos para manter e firmar os propósitos de tal aliança; o casamento é uma aliança e muito antes de ser um contrato civil sob os auspícios do governo humano, ele já era celebrado e o primeiro deles, foi o próprio Deus Criador que celebrou lá no Éden. Quando se casa, entra-se na e para a família do outro. A convivência e as necessidades de tais relações trazem para dentro desse lar, o que há de melhor e o de pior e forma uma nova realidade. Judá um adorador e tendo uma aliança eterna e geracional com o Deus verdadeiro, se colocando em aliança pelo casamento com uma moça cananeia, adoradora politeísta e muitos deles, eram agoureiros, supersticiosos e misturavam-se num sincretismo místico, que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, já havia condenado e dito para fugirem de tais alianças, haveria razões de sobra para evitar. Quando disse que sou um pregoeiro no deserto, me refiro a esse valor não ser mais relevante nos dias de hoje, mesmo nas igrejas mais denominacionais e conservadoras. As relações acabam enfraquecidas e como o melhor disso é a média, certamente a média é sempre abaixo do melhor e do ideal. Mas o alerta, também vai além de casamentos. O papel do povo de Deus é ser sal e luz para um mundo em trevas e se perdendo. Sempre que nossa influencia positiva não puder se efetivar e servir de bênçãos, alguma coisa não vai bem. Não estamos falando de cortar relações de amizade, serviços úteis e cooperação com pessoas de outra fé. Não! Amizades são preciosas e o respeito e o companheirismo e importante e todos tem algo a oferecer e a receber. Estamos falando de discernimentos espirituais, que determinam nossa vocação e testemunho.

 

Senhor Deus e Pai, queremos estar à postos, firmes em nossa fé em ti e nas tuas promessas, cientes de que temos um papel relevante à oferecer e contribuir para o teu nome seja conhecido, amado, reverenciado e adorado entre todos os povos. Jesus teve boas relações com todos e amou a todos, trazendo-os para perto da redenção e deu-nos uma missão para a vida e o trabalho. Graça, é o que precisamos e pedimos, em nome do Senhor Jesus, amém.

 

Pr Jason

A Saga de Judá

Meditação do dia: 22/04/2020

 E aconteceu no mesmo tempo que Judá desceu de entre seus irmãos e entrou na casa de um homem de Adulão, cujo nome era Hira,” (Gn 38.1)

A Saga de Judá – Na Bíblia encontramos algumas ilhas, textos ou capítulos inteiros que se destacam dos demais no contexto imediato, que são separados para descrever uma história ou um ensinamento em particular. Judá mereceu sozinho um capítulo de Gênesis, e vamos mergulhar nele e conhecer a vida desse homem e aprender como fazer e como evitar de fazer certas coisas. Nosso texto começa simultâneo ou paralelo ao episódio da venda de José por seus irmãos. Na lida com o rebanho e os negócios da família, os filhos de Jacó entraram em contato com as pessoas e os povos cananeus e  desenvolveram amizades e relacionamentos comerciais, porque todos precisavam negociar, oferecendo seus produtos e adquirindo aqueles que não podiam produzir; criando um círculo comercial e nessas relações nascem também as relações sociais, que enriquecem as vidas uns dos outros ou recebem influencias destrutivas. Não podemos tirar de vista que o povo escolhido, aqui representado por Israel e seus filhos, eram o povo da Aliança com Deus e com o papel principal de testemunhar de Deus, como o Criador de todas as coisas e que tinha uma aliança de bênçãos com eles. Difundir esse conhecimento através do culto ao Deus Eterno, que não se fazia representar por figuras físicas ou símbolos e que amava todos os povos. Eles eram a terceira geração do povo escolhido e de certa forma, já eram conhecidos pois Abraão e Isaque viveram e peregrinaram muitos anos, ultrapassando séculos de testemunho. Judá se separa de seus irmãos e estabelece relações com os cananeus e ali inicia sua história. Ao longo dos dias veremos muito do efeito dessa escolha e das consequências na sua experiência pessoal e no desenrolar do projetos da Aliança com Deus. Mas uma lição ou uma experiência que me gostaria de compartilhar aqui, se trata da questão geracional no reino de Deus. Queiramos ou não, as influencias na vida das pessoas acontecem e mesmo com o zelo e a dedicação espiritual, a situação tende a se repetir. Vi, um dia uma entrevista do cantor e compositor nordestino, Tom Zé, falando exatamente sobre isso, no contexto social e familiar brasileiro, expressando ele nas seguintes palavras: “Pais trabalhadores, filhos burgueses e netos degenerados.” Não vou nem comentar. Na Bíblia e na história da igreja, tanto bíblica e histórica, quanto contemporânea, a primeira geração é comprometida profundamente e fervorosa, zelosa e missionária. A segunda geração conhece a operação de Deus e viu a graça e a bondade de Deus em suas vidas e famílias, assistiram e presenciaram coisas tremendas. A terceira geração não sabe de nada, são meros assistentes, andando na sombra da segunda geração, quando não arrastada pela primeira, através dos avós. Em grande parte, a terceira geração precisa experimentar de novo o processo de conversão e consagração. Até isso acontecer, dão muito trabalho! Olha o início da história: Abraão tinha uma promessa de filho e lutou, esperou, fabricou resultado, deu errado, perseverou até o milagre acontecer, ali, firme, fiel, ou Deus fazia ou não tinha nada. Isaque veio na sombra, solteirão rico e bonitão, mas o pai se virou e impôs que ele Não casaria com cananeia e encarregou Eliézer de ir até Harâ para buscar uma moça da mesma linhagem e seguir com o pacto. Isaque teve dois filhos e um parece que já nasceu desviado e o outro era trapaceiro. O pai e a mãe o despacharam para Hará, por dois motivos básicos: evitar que fosse morto por Esaú em vingança e conseguir uma esposa da linhagem e seguir com a aliança de Deus. Ele teve sua experiência no caminho, acertou a vida e aprendeu ao longo da jornada. O filhos dele, é o que estamos vendo, povo da aliança mas sem compromisso com a aliança. Judá se afasta dos irmãos, se separa da família e entra em relações com o povo que suas gerações anteriores evitaram. Isso fala alguma coisa para você, sobre sua conversão, crescimento espiritual e as suas gerações posteriores? Nosso legado de fé! Qual é, como está sendo conduzido? Separar-se dos irmãos e descer…

 

Senhor Deus da história, misericordioso e fiel. Estamos conscientes de que nosso testemunho de vida e nossa fé é determinante para nossos filhos e netos e as próximas gerações. Cada é, de fato responsável por seus atos e suas escolhas e darão conta disso diante do trono da justiça divina; mas o exemplo é importante em nossa vida. Preciso de ajuda e creio que muitos dos teus filhos e servos também precisam, porque deixaram os filhos escolherem o que quisessem e muitos deles não escolheram nada e outros fizeram escolhas erradas. Pedimos misericórdia e graça, para influenciarmos melhor e construtivamente, em nome de Jesus, amém.

 

Pr Jason

A Argumentação de Judá

Meditação do dia: 21/04/2020

 Vinde e vendamo-lo a estes ismaelitas, e não seja nossa mão sobre ele; porque ele é nosso irmão, nossa carne. E seus irmãos obedeceram.” (Gn 37.27)

A Argumentação de Judá – Estamos estudando e meditando sobre a vida de uma pessoa que veio a ser um grande líder e que fez a diferença. O que temos de diferente aqui no início de sua caminhada, é que ele estava fazendo uso de suas habilidades para convencer as pessoas ao seu redor para serem parceiras em fazer o mal. Judá nem teve que se esforçar para conseguir a atenção e a participação deles. A equipe já tinha sua própria motivação, cada um a seu modo e do seu ponto de vista, juntos e misturados, todos eles queriam se ver livre do problema comum – José! Desde aqui, e quem sabe até antes disso, os homens procuram planos, planos melhores, argumentações melhores que convença os demais de que o caminho é por aqui. Bem antes desse tempo, Deus já procurava por homens melhores, homens cujos corações fossem quebrantados, focados em servir e abençoar. O mundo quer métodos melhores, maquinarias melhores, projetos melhores, sistemas melhores – Deus procura homens, pessoas melhores! Judá com sua inteligência aguçada, visão de águia que capta de longe, mostra para os outros garotos, a oportunidade que se lhes deparava; iremos matar dois coelhos com uma só cajadada: nos livraremos do Sonhador e não cometeremos um crime de sangue. Como efeito colateral, ganharemos umas moedas. A idéia de Judá apresentada aqui é um princípio, uma forma de fazer o mal e a responsabilidade ir para outra pessoa que não perceberá isso e o fará sem perceber. Vender José como escravo não seria difícil, pela prática daquela época; como escravo ele poderia ficar a serviço do comprador inicial ou ser passado adiante por melhor valor ou numa troca vantajosa; se tentasse escapar ou fazer alguma idiotice poderia ser morto ou inutilizado. Mas isso não era mais responsabilidade dos irmãos dele, porque o entregaram salvo e salvo, sem nenhum arranhão. Agora eu sei que a proteção de José não estava nas mãos dos mercadores Ismaelitas, mas de Deus, que estava transferindo José de Canaã para o Egito, de uma forma que o protegia do poderio de Jacó para evitar isso. Posso pensar no mover dos cuidados de Deus, a seu tempo e a seu modo para produzir disciplina nos pais e nos filhos, para preparar para algo melhor e maior. Sou pai e sei que estamos sempre prontos a nos esforçar para aliviar para nossos filhos, e assim pelo zelo sem entendimento, podemos atrapalhar ou retardar o andamento das coisas. Vimos Abraão entregando seu filho a Deus, abrindo mão completamente, crendo em esperança que o Senhor Altíssimo era poderoso para o ressuscitar e dar continuidade às promessas e na Aliança feita entre eles. Depois nós vimos Isaque, tendo dois filhos, ver se ausentar da linhagem da fé e ser ver obrigado a exilar Jacó, para que ele pudesse crescer e vir a cumprir os termos da promessa de Deus. Isaque ficou seu o filho, por um longo tempo. Agora estamos vendo Jacó, passando pelo mesmo vale, ainda que em cada caso mudam-se o método, mas a idéia é a mesma. Dar um para salvar todos os demais. Abraão semeou Isaque, que semeou Jacó, que semeou José. Tudo isso para nascer a nação de Israel. Quando olho ou ouço a proposta de Judá: “Vinde, vamos fazer assim e assim…” dentro do meu coração e vejo ou escuto Deus fazendo uma argumentação contrária a essa: Vinde então, e argüi-me, diz o Senhor: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã (Is 1.18). No Novo
Testamento, Jesus apareceu numa praia do Mar da Galileia, e fez uma convocação: E Jesus lhes disse: Vinde após mim, e eu farei que sejais pescadores de homens (Mc .17). Quando Deus chama, ou reúne pessoas é para trabalhar em suas vidas, perdoar os pecados e promover cura e restauração além das possibilidades delas. Depois ele se apresenta como tendo um plano, um projeto maravilhoso a ser executado e que ele mesmo se encarrega do treinamento e do aperfeiçoamento para tal serviço. Primeiro Deus trabalha em nós, para então trabalhar através de nós. A completa obra de Deus na vida cristã tem três etapas: A primeira é a obra que ele faz por nós, chamamos de Salvação. A segunda é a obra que ele faz em nós, que chamamos de Santificação. A terceira é a obra que ele faz através de nós, que chamamos de Serviço. A ordem é sempre essa!

 

Senhor, obrigado por ter planos melhores que os nossos e propósitos muito mais elevados e por tua sabedoria e recursos, nenhum deles será frustrado. Graças te redemos, por frustrar planos maus e torna-los úteis e transformadores, como fizeste com os planos de Judá e dos irmãos dele em relação à José. Consagramos ao Senhor os nossos corações e nossas mentes, para que possam produzir frutos como resultado da obra santificadora que operaste em nós, por Jesus Cristo, nosso Senhor, amém.

 

Pr Jason

A Liderança de Judá

Meditação do dia: 20/04/2020

 Então Judá disse aos seus irmãos: Que proveito haverá que matemos a nosso irmão e escondamos o seu sangue?” (Gn 37.26)

A Liderança de Judá – O quarto filho Jacó foi sem dúvida alguma o mais ilustre em termos de longo prazo entre os doze irmãos. Sua liderança foi sendo consolidada passo a passo numa jornada que iremos acompanhar de agora em diante. A primeira situação digamos em “carreira solo” dele foi esta aqui na conspiração contra José. Foi de Judá a idéia de venderem José ao invés de matarem e sumir com o corpo e as provas do crime. Foi Judá que vendo os mercadores, teve a brilhante idéia de não sujar as mãos com o sangue do irmão, mas lucrar com isso. Será que é daqui que vem o mito de que judeu faz qualquer negócio, desde que ele leve algum lucro? Poderíamos iniciar meditando sobre liderança, mas mesmo fazendo isso, temos que lembrar que tudo tem um começo, um meio e um fim. Judá começou sua vida de liderança, de forma muito negativa, exercendo sobre os irmãos, e ali na ausência de Ruben que lutava por devolver José ao pai em segurança; A minha história ainda está acontecendo, já estou rodando a alguns anos e ainda tem algum percurso pela frente (queira Deus). Vocês, meus irmãos de fé e companheiros de caminhada, também estão na batalha; com isso, ainda estamos no processo de aprendizagem, correção de rotas e fazermos a diferença. Judá, estava iniciando sua vida e sua jornada dentro de uma possibilidade que a Aliança com Deus, passaria futuramente de Jacó para ele e os irmãos. Num tempo de imaturidade e inexperiência vemos ele começando com o pé esquerdo! Assim como dizemos para não julgar um livro pela capa, e uma pessoa pela aparência ou pela primeira impressão; vemos que isso se aplicaria muito bem na pessoa de Judá. Como foi que você iniciou seu ministério ou sua carreira profissional? Como foi que começamos nossas vidas? Provavelmente como Judá, cometendo erros, sendo imaturos e claro, cometendo imaturidades e algumas com danos razoáveis. Uma das lições que tiro, da situação aqui, ver Judá induzir seus irmãos a cometerem juntos o crime perfeito, sem deixar pistas e se livrarem de um problema que afetava todos eles e que nenhum estava disposto a ver aquilo se realizar. Na cabeça de Judá e dos irmãos, José não poderia crescer e viver o suficiente para realizar ou ver realizado os seus sonhos. José era uma ameaça que deveria ser evitado a todo preço; o futuro com José, não seria nada bom para eles. Digamos que ele pensavam que se José estivesse errado e não se tornasse rei ou chefe sobre eles, no mínimo teria mania de grandeza e superioridade, que não seria bom eles suportarem. Se José estivesse certo e seus sonhos se cumprisse, aí sim, eles estariam de fato em maus lençóis. Solução: Matar no ninho! Evitar que isso aconteça. Mas, dando um spoiler, eles estavam fazendo exatamente a única coisa que possibilitaria a sobrevivência de José e seus sonhos e através disso, a deles mesmo. Conclusão: Não sabemos nada! Não sabemos de Nada! Não podemos controlar o futuro, nem o nosso, quanto mais o dos outros! Deus transformou a iniciativa maldosa deles, em instrumento de realizar a sua perfeita vontade. Quero concluir com uma pergunta simples, mas que você pode aprofundá-la na busca pela resposta; quando oramos o Pai nosso e dizemos aquela frase: “Seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu.” Como você imagina que isso funciona na prática, individualmente em cada pessoa, mas estou pensando só em duas pessoas, eu e você!

 

Senhor, nossa história está sendo escrita sob a tua supervisão. Cada detalhe está sob os teus cuidados. De fato, a tua vontade se realizar me interessa, porque sei que ela é bem melhor do que a minha e os resultados serão muito melhores do que se for feito do meu jeito. Peço disciplina para aprender e me tornar mais maduro, mas preciso e mais conformado à tua imagem, em Cristo Jesus. Que a tua vontade seja feita em nossas vidas, em nome de Jesus, amém.

 

Pr Jason

Os Anos da Vida de Levi

Meditação do dia: 19/04/2020

 E estes são os nomes dos filhos de Levi, segundo as suas gerações: Gérson, Coate e Merari; e os anos da vida de Levi foram cento e trinta e sete anos.” (Ex 6.16)

Os Anos da Vida de Levi – Ao meditar sobre a vida dos filhos de Jacó, inicialmente parece que estamos lidando com filhos de alguém importante, e de fato é; mas eles vão ganhando seus próprios espaços, de forma que acontece uma transição e eles chegam aos status de patriarcas também. Citei em mais de uma vez, que Deus tomou um homem (Abraão) e fez dele uma família (Jacó) e dele fez uma nação (Israel). Israel, a nação é composta por uma unidade federativa de doze tribos, cada um dos dez filhos (exceto José e Levi) e com o adendo de Manassés e Efraim, para que José recebesse o direito de porção dobrada no lugar da primogenitura que fora tirada de Ruben. Estávamos meditando sobre Simeão, depois de passarmos por Ruben, e agora será a vez de pensarmos e aprender com Levi; que teve parte de sua história anexada a Simeão, desde que eles se mancomunaram para vingar a irmã, Diná. Mas há elementos para extrairmos aprendizados que nos edifique e abençoe nossas vidas. Escolhi começar por esse texto, porque de alguma forma ela trás uma peculiaridade, que faz jus a destaque, pois é citado aqui, além de sua descendência, também registra seus anos de vida: Cento e trinta e sete anos. Apenas José e Levi entre os filhos de Jacó tem esse registro. Mas o meu foco não será isso, mas a sua pessoa e aquilo que não está escrito, que teremos que ler nas entrelinhas. Me refiro, ao começo atrapalhado da vida, com violência e vingança e depois desaparece citações dele ou de suas ações entre os filhos de Jacó. Sabemos que ele estava com os irmãos quando venderam José; também sabemos que ele estava presente nas duas caravanas que desceram ao Egito para comprar comida; ele estava presente quando Simeão foi detido e ficou até a volta deles com Benjamim; também sabemos que ele estava no momento em que José se deu a conhecer a eles. É fato que ele voltou para Canaã e retornou com o pai e os irmãos e familiares para o Egito, mas não se faz descrição alguma dele. Minha idéia é que ele assumia um papel mais contido e sem iniciativas entre eles. Provavelmente aquela experiência de genocídio, quem sabe, até influenciado por Simeão, que era mais ativo, e depois repreendido pelo pai, ele tenha assumido seu erro e vivido em função de não se envolver mais em coisas reprováveis; embora no meio da turma, concordando ou não vendeu José e guardou o segredo entre eles acordado. Até na hora da bênção aos filhos, que o pai deu a cada um, ele ainda foi vinculado a Simeão e citados juntos: Maldito seja o seu furor, pois era forte, e a sua ira, pois era dura; eu os dividirei em Jacó, e os espalharei em Israel” (Gn 49.7). Ambos, Simeão e Levi foram divididos e espalhados pelo pai na futura nação. É claro que eles não sabiam na época como isso aconteceria, mas veio a acontecer de fato. Levi se tornou a tribo sacerdotal e sem herança territorial e Simeão ficou no quinhão de Judá. Olha o peço de uma ação intempestiva, imatura, mas que afeta a vida todo da pessoa e de sua posteridade. Com nossa cabeça ocidental, fomos treinados para ler a Bíblia e pensar em ser salvo e ir para o céu onde só tem outros crentes da nossa mesma denominação; não fomos treinados a pensar nas Escrituras como Escrituras eternas, de um Deus eterno e com propósitos eternos para todos os povos e de todos os tempos. Para muitos de nós, tudo o que sabemos é tudo o que existe; aquilo que não sabemos, simplesmente não existe e não tem razão de ser. Mas a redenção vai muito além da nossa vaidade pessoal limitada. Essas verdades dentro da aliança entre Deus e seu povo, são pilares e fundamentos eternos. Mesmo no Velho Testamento, se manifesta a graça, a misericórdia, o perdão, a restauração de Deus para todos; A expiação pela fé representada em rituais e cerimonias apontavam para o Cristo que estava no futuro, à frente deles no tempo linear – para nós não é mais figurativo, porque se cumpriu em Cristo, sacerdote e vítima lá na cruz do Calvário, que está no nosso passado linear,
Cristo já veio. Eles olhavam para frente, nós olhamos para trás, mas o objeto a ser visto é o mesmo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Podemos compreender, por agora na Nova Aliança, nós temos a mente de Cristo. Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo (1 Co 2.16).

Senhor Deus e Pai, apresentamos a nossa gratidão, honra e louvor ao Senhor, que em amor e graça nos alcançou com uma tão grande salvação. A iniciativa sempre foi do Senhor; nós respondemos ao teu apelo de amor e agora somos filhos e herdeiros juntamente com Cristo, pela graça através da fé, sem nenhum merecimento nosso. A Ti seja a adoração verdadeira, de corações e lábios transformados, perdoados, aceitos e acolhidos na tua família, pelo teu próprio poder. Agradecemos, em nome de Jesus, amém.

Pr Jason