Meditação do dia: 28/07/2019
“Então disse Raquel: Julgou-me Deus, e também ouviu a minha voz, e me deu um filho; por isso chamou-lhe Dã.” (Gn 30.6)
Dã – Este foi o quinto filho de Jacó, desta vez com a concubina de Raquel, chamada Bila. Raquel denominou-o com esse nome que significa “JULGAMENTO” ou “ELE JULGOU.” Estamos percebendo que o embate entre as duas irmãs, esposas de Jacó, permanecia firme e a disputa era acirrada. Lia entendeu que os filhos que ela tivera, eram uma forma de compensação que Deus a estava dando, por ser a primeira esposa e ser desprezada, ou não ter a devida atenção, porque o casamento de romance verdadeiro era entre Jacó e Raquel, mas que por arranjos do seu pai, ela acabou se tornando uma esposa e ao dar quatro filhos, certamente Jacó se afeiçoaria a ela. Vendo que não gerava filhos, Raquel lançou mão de recursos disponíveis em sua cultura para obter filhos por meio de sua serva, uma concubina para Jacó. Ao nasceu a criança, Raquel o acolheu como seu, o que era permitido, pois os servos ou escravos eram apenas uma propriedade pessoal, sem direitos. Ela entendeu que Deus a julgou merecedora de clemencia, pois ela amava Jacó, desde que se avistaram no dia da chegada dele à Harã, na borda daquele poço no campo entre os pastores de ovelhas. Assim, ela entendia que embora a irmã também fosse uma esposa, mas não era necessariamente a preferencial, ou exclusiva do marido. Mas também ela se sentia desprestigiada por não gerar filhos, que certamente seriam muito mais amados e acolhidos pelo pai. Então Dã, o quinto filho de Jacó, seria uma veredito de Deus para ela, na disputa com a irmã e com ela mesma, pois ser mãe de filhos, que se tornariam uma grande nação, era um desejo ambicioso e muito promissor, além de entrar para dentro de uma aliança com Deus, pois sem os filhos, essa oportunidade seria totalmente de Lia. Para Jacó, é verdade que um filho ou mais de um com Raquel seria uma bênção e uma coroação dos esforços de ambos para viverem juntos, pois estavam sendo impedidos inicialmente de se casarem, por ela ser mais nova que a irmã e em sua cultura, segundo Labão, isso não era permitido, a filha mais nova se casar primeiro que a mais velha. Aqui, entre nós, brasileiros, brincamos chamando essa situação de “ficar para titia,” pois a mais nova casou-se primeiro. Também não lutamos por estabelecer famílias visando construir um reino, ou uma tribo ou mesmo dominar um território; isso ficou para trás, nos tempos das colonizações territoriais. Como cristãos, entendemos que os filhos são herança do Senhor e que nos são dados como presentes e com a responsabilidade de criá-los no temor de Deus, incutindo neles os ensinamentos bíblicos e o compromisso com a fé e os propósitos divinos, pois o reino já está destinado aos filhos de Deus. “Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão. Como flechas na mão de um homem poderoso, assim são os filhos da mocidade. Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava…” (Sl 127.3-5)
Senhor, obrigado por nos proporcionar a alegria de sermos participantes do teu Reino e poder criar nossos filhos sob as bênçãos da Nova Aliança. Cristo é o cabeça e o Rei do Reino já estabelecido e consumado, onde os teus propósitos se cumprirão na totalidade. Estamos construindo um projeto que fizestes desde a eternidade e as pessoas chamadas por ti, deram a sua contribuição e hoje, como igreja, estamos realizando em nosso tempo, a nossa etapa do grande plano da redenção em Cristo Jesus, obrigado, por contar conosco, em nome de Jesus, amém.
Pr Jason