A Bênção de Ser Bisavô

Meditação do dia: 31/08/2021

“E viu José os filhos de Efraim, da terceira geração; também os filhos de Maquir, filho de Manassés, nasceram sobre os joelhos de José.” (Gn 50.22)

A Bênção de Ser Bisavô – Desde que me entendo por gente sempre gostei de crianças e certamente fez parte das minhas expectativas um dia ter meus próprios filhos. Conheci a Cristo como Senhor e Salvador ainda em plena adolescência, minha decisão pública para servi-lo foi numa noite de quarta-feira, 21 de Julho de 1976, o último dia dos meus dezesseis anos. Isso impactou minha vida e os planos de vida assumiram uma outra dimensão e logo fui descobrindo os planos de Deus para minha vida e comecei a caminhar em direção ao preparo para vir a ser o que hoje sou, um Ministro do Evangelho, agora com uma trajetória razoável e muito satisfeito com o favor de Deus. Sou realizado até aqui e continuo investindo pois ainda tem muita terra para conquistar e o desenvolvimento e crescimento não pode parar. Concordo com a nova versão do dizer: “Vamos em frente porque atrás vem gente!” agora é “Vamos em frente porque já tem muita gente na nossa frente!” Não se aborreçam se esta meditação ganhar uma conotação de um testemunho pessoal, mas de qualquer forma sempre que escrevemos ou comunicamos, deixamos marcas e impressões pessoais, que personalizam diante dos leitores, (no meu caso não são tantos, mas os quatro leitores mais assíduos entendem bem o que tento dizer. Fui muito feliz na minha infância depois de superar dificuldades na saúde na chamada primeira infância; comecei a trabalhar antes dos dez anos de idade, o que era comum naquela época e só me fez bem e aprendi a importância do valor das coisas mais do que o preço delas. Fui um adolescente e um jovem de muitos amigos, o que era muito incentivado em família e nossos amigos eram muito bem-vindos em casa e nunca faltaram bons companheiros e alguns deles ainda estão presentes e fazemos contatos até hoje. Os goianos costumam casar-se muito jovens, mas a ida para o seminário interno por quatro anos e posteriormente o início do ministério de tempo integral, adiou o casamento para depois dos trinta anos, pra o desespero da dona Alice, vendo um filho solteiro, fora de casa e como disseram anos mais tarde os colegas de seminário, até que a Tania veio me salvar. Fomos presenteados com duas filhas, a Grace e a Hellen, cujos significados dos nomes são “graça e força,” como testemunho do que estava se passando em nossas vidas quando do nascimento delas. Agora já somos avós do Dom, chegando aos nove meses de vida, o primogênito da Grace e do Leandro. Olho e leio o Salmo 128 como que olhando num espelho: “Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos. Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem. A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos como plantas de oliveira à roda da tua mesa. Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor. O Senhor te abençoará desde Sião, e tu verás o bem de Jerusalém em todos os dias da tua vida. E verás os filhos de teus filhos, e a paz sobre Israel.” Vejo tudo aquilo descrito ali, presente na minha trajetória como também foi descrito por José, sobre o privilégio de ver os bisnetos inclusive nascendo sob seus cuidados e sua presença. Envelhecer é muito bom e é um privilégio de quem viveu, experimentou e venceu. Ainda não cheguei até onde José esteve, talvez você também não, mas estamos no caminho e servimos ao mesmo Senhor, que promete estar conosco todos os dias. Isso é o conta!

Senhor, agradeço pela trajetória da minha vida e das experiencias que me trouxeram até aqui. Sou muito grato por tudo, incluindo os tempos difíceis e a esperança de que haveria bênçãos e crescimento e de fato aconteceu e está acontecendo. Agradeço pelas vidas que tornaram a minha jornada mais plena de significado. Pelos companheiros de vida e ministério, os colegas de caminhada nas horas difíceis e nas alegrias e obrigado por manifestar a tua graça e a tua força quando mais precisávamos. É uma bênção viver muitos anos e eles serem marcados pela presença e a comunhão com o Eterno, o Altíssimo e pela redenção em Cristo Jesus, que fez e faz toda a diferença. Receba a minha gratidão e o meu louvor, em nome do Senhor Jesus, amém.

Pr Jason

Habitar e Viver

Meditação do dia: 30/08/2021

“José, pois, habitou no Egito, ele e a casa de seu pai; e viveu José cento e dez anos.” (Gn 50.22)

Habitar e Viver – Quando pensamos nos princípios espirituais que regem nossas vidas, a priori, olhamos como se fosse uma teoria possível, depois experimentamos de forma rasa, superficial e só com o amadurecimento e a prática é que de fato tornamos aquilo uma verdade fundamental e passamos a respeitar seu curso. Estou pensando agora, nas palavra escritas por São Paulo aos cristão Romanos, onde ele ensina: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28). O texto em apreço inicia com “E sabemos” – eu sei, você sabe, ele sabe, nós sabemos… não é hipótese, é fato; isso já era consumado na vida do apóstolo e dos cristãos maduros, mas era de conhecimento dos demais, que também teriam suas oportunidades de experimentarem. Outro detalhe que pode ser curioso, mas é uma verdade subjacente do texto é “que todas as coisas contribuem juntamente…” Esse juntamente anexa outras coisas, situações e possibilidades, que somando-se formam um conjunto abençoador, mas não podemos prescindir de uma coisa em detrimento de outras, isto é, escolhermos o que queremos que aconteça, ou como aconteça e evitarmos aquilo que julgarmos que não queremos. O pacote todo é que produz a bênção toda. José não escolheu de livre vontade ir para o Egito quando adolescente, largando a família e os irmãos chatos e briguentos. Ele não escolheu servir até como escravo para ali aprender habilidades. Mesmo quando alcançou condições que poderiam utilizar para seu benefício próprio e assim alcançar a liberdade ele escolheu outra alternativa. Ainda quando foi a Canaã para sepultar seu pai, ele não escolheu ficar, ele voltou para o Egito. Era lá que ele vivia, que ele morava e era lá que Deus lhe havia prosperado e sua vida alcançara o seu propósito. Onde moramos pode ser muito bem onde vivemos ou vice-versa. Passar pela vida amaldiçoando, praguejando, infamando e difamando tudo e todos, sem nunca ter paz e não estar satisfeito em lugar nenhum significa que se está longe dos propósitos divinos para a vida. Acredito muito em ser útil e ser bênção onde estamos e enquanto estamos. Não devemos sair ou ficar só por conveniência ou insatisfação, mas orar, buscar e receber orientação clara de Deus sobre essas questões. Me incomoda ver pessoas que não param em lugar nenhum porque não estão felizes e por mais que mudem, transfiram, troquem de opções elas continuam infelizes e até afetam familiares e outras pessoas próximas. José afetou não só a si mesmo positivamente, mas sua família, sua tribo, o Egito inteiro e nações vizinhas, ele investiu sua vida toda ali e ali estava o significado que ele tanto procurou entender quando tinha sonhos na infância e adolescência.
Sendo que a nossa vida é para louvor, glória e honra do Senhor nosso Deus, então não é questão de ONDE, mas de COMO vivemos. “Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade” (Jo 4.24).

Pai amado, Senhor nosso e Deus glorioso. Reconhecemos a tua boa vontade para conosco e desejamos servir de todo o nosso coração e compreendermos os caminhos que nos levam para a vida amadurecida, produtiva e abundante que há em Cristo Jesus. Todos os nossos dias nos foram dados para viver, servir e honrar ao Criador e podemos fazer isso sendo tudo aquilo para o qual fomos criados e preparados por ti. Oramos em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

O Consolo Que o Coração Espera

Meditação do dia: 29/08/2021

“Agora, pois, não temais; eu vos sustentarei a vós e a vossos filhos. Assim os consolou, e falou segundo o coração deles.” (Gn 50.21)

O Consolo Que o Coração Espera – Coração e mente ou até coração e espírito, são termos muito utilizados nas Escrituras Sagradas e em grande parte dos contextos elas são intercambiáveis nos seus sentidos. Na Nova Aliança temos mais firme a convicção de que o coração e o espírito ou o homem interior são exatamente a mesma coisa. Há corroborações nas páginas do Velho Testamento, que indicam essa direção; Um desses é: “E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis (Ez 36.26,27). Aqui, o sentido da palavra “carne” não é o mesmo é utilizado nas Cartas de Paulo no Novo Testamento; aqui está no sentido de “sensível ou maleável, tratável” em oposição a um coração de “pedra” que seria o endurecimento, resistência e difícil de quebrantar. Paulo faz uso do termo “carne” para expressar oposição a “espírito” aludindo aos instintos e tendências ao pecado e aos maus hábitos que agem contra a vida de santidade e comunhão com Deus. Falar ao coração, como na experiencia de José no diálogo com os irmãos, significa alcançar um consenso e pacificar uma condição de estresse e ansiedade. Os irmãos de José estavam preocupados com o possível novo rumo que suas relações poderiam tomar, agora que a presença física do pai deles não se fazia mais, José poderia mudar os rumos e isso afetaria suas vidas e até mesmo uma possível revanche ou punição sobre eles poderia acontecer. Mas José ao falar produziu consolo e conforto, alcançando o desejo de seus corações, o que era bom para todos. A Bíblia NVT nesse texto diz: “Não tenham medo. Continuarei a cuidar de vocês e de seus filhos”. Desse modo, ele os tranquilizou ao tratá-los com bondade” (Gn 50.21). Tratar com bondade. No avivamento dos tempos do Rei Ezequias, a uma citação interessante, que desejo mostrar e comparar com outras versões. “Ezequias falou ao coração de todos os levitas que revelavam bom entendimento no serviço do Senhor; e comeram, por sete dias, as ofertas da festa, trouxeram ofertas pacíficas e renderam graças ao Senhor, Deus de seus pais” (2 Cr 30.22 ARA). Na NVT diz: “Ezequias elogiou todos os levitas pela aptidão que demonstraram no serviço ao Senhor.” Na versão Corrigida e Fiel da Bíblia On Line diz: “E Ezequias falou benignamente a todos os levitas, que tinham bom entendimento no conhecimento do Senhor.” Numa aplicação bem mais simples, o que José fez para com seus irmãos e todos devemos praticar nos nossos círculos de relacionamentos é o princípio básico resumido por Salomão: “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira” (Pv 15.1 ACF). “A resposta gentil desvia o furor, mas a palavra ríspida desperta a ira.” (NVT). Espero, sinceramente e com muito amor e fé, que eu tenho consigo de alguma forma falar aos seus corações nessa meditação.

Senhor, obrigado por falar muitas vezes e de muitas maneiras aos nossos corações e produzir conforto e consolo de forma muito genuína. Agradecemos pela sabedoria espiritual que nos é concedia pela tua Palavra e pela presença constante do Espírito Santo. Buscamos manter os nossos corações sensíveis e disponíveis à tua voz. Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Sustento Garantido

Meditação do dia: 28/08/2021

“Agora, pois, não temais; eu vos sustentarei a vós e a vossos filhos. Assim os consolou, e falou segundo o coração deles.” (Gn 50.21)

Sustento Garantido – Qual a primeira idéia vem à sua mente quando houve a expressão “sustento?” Quanto mais prolixo a pessoa for, maior será a quantidade e diversidade de acepções de respostas. Com nossas mentes afiadas em meditação bíblica, não vamos nos ater de pronto só com o sentido e a aplicação espiritual da palavra em si, mas sempre consideração os contextos do próprio texto, do assunto ou tema e histórica, levando em conta o tempo, local, povo e cultura onde foi dito e ouvido ou escrito tal palavra. Vamos isso quase que automaticamente, que só mesmo quando alguém nos chama a atenção para um detalhe ou nova acepção, que voltamos e procuramos lançar nova e mais luz para uma verdadeira compreensão. Podemos assegurar que lendo o texto eu sei que se trata de provisão alimentar e os cuidados básicos de vida, como moradia, vestimenta, trabalho, segurança e saúde. Como servos e mordomos dos bens de Deus, como prescinde a nossa fé, trabalhar e prover o próprio sustento e de sua família é parte natural das obrigações de qualquer pessoa. O trabalho nunca foi um castigo ou efeito do pecado e da maldição que veio sobre a terra e a criação pelo pecado humano. Povo de Deus sempre foi trabalhador, criativo, empreendedor e dado a fazer tudo com excelência, pois tudo isso deriva da natureza de nossa origem – que é Deus! A noção de provisão abundante e suficiente está até implícita no nome pelo qual o Altíssimo se revelara a Abraão desde o começo das alianças de bênçãos. “Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o SENHOR a Abrão, e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso, anda em minha presença e sê perfeito” (Gn 17.1). Todo-Poderoso, nessa tradução em português veio de “El-Shaddai” que em linguagem simples podemos dizer que é “Aquele que é mais do que suficiente.” Pensando especificamente no quadro proposto pelo texto, José era um homem adulto, trabalhador,  com recursos em todos os sentidos prover para sua esposa e dois filhos e ainda mais que isso sem prejuízo algum. Seus irmãos, que também eram adultos e exceto Benjamim, todos eram mais velhos que José, sendo todos saudáveis, trabalhadores, com bens e propriedades suficientes para suas provisões familiares e todos, herdeiros das mesmas bênçãos e promessas contidas nas alianças entre Deus e os patriarcas, levando em conta que eles acabaram de ascender à condição de patriarcas com o falecimento de Jacó. Então porque José estava assumindo essa responsabilidade sozinho. Vamos por partes: José não estava tirando a autonomia e nem a responsabilidade de nenhum de seus irmãos, nem sendo paternalista, muito menos querendo se ostentar e depois “jogar cara deles” que viveram às suas custas. Representando o estado egípcio, José providenciava condições de trabalho, alimento e segurança e o que mais fosse necessário, mas eles trabalhavam e cuidavam de suas vidas e famílias. A bênção recebida de alguma fonte não isenta e nem anula a condição primária de responsabilidade de ninguém. Não se deve cultivar a mentalidade de que se trabalha porque a boca exige; o dia que não precisar mais, nunca mais vai trabalhar. A razão primária do trabalho é a expressão dos dons e talentos, a ocupação produtiva e responsável do tempo e capacidades e glorificar a multiforme sabedoria de Deus que ao criar cada um, diversificou com excelência a individualidade das pessoas para que empreendessem de forma que abençoariam uns aos outros para a vida em comunidade. Quem cultiva uma mentalidade contrária a isso, ou seja, trabalha porque precisa, na verdade não conheceu ou entendeu como expressar a imagem e semelhança do seu Criador e como glorifica-lo com sua vida. Veja uma expressão de Jesus: “E Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (Jo 5.17). Já te passou pela cabeça por que Deus, o Criador, ainda trabalha? Por que Jesus também trabalha? Será que é por necessidade? Ou por amor e expressão de sua glória e abençoar quem eles amam? Vou parar por aqui, mas não antes de deixar uma indagação: Por que você trabalha?

Senhor Deus meu e Rei meu! Glorificado seja o teu santo e poderoso nome! Com uma palavra podes criar tudo e qualquer coisa, mesmo não tendo necessidades, porque tu és bastante e suficiente par si próprio, ainda assim trabalha para nosso bem e nossa provisão abundante e contínua. Obrigado, por ensinar pelo exemplo e pratica em compartilhar tua vida conosco através de Jesus Cristo, por obra e graça do Espírito Santo. Te adoramos, em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Meu Bem Meu Mal

Meditação do dia: 27/08/2021

“Vós bem intentastes mal contra mim; porém Deus o intentou para bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida.” (Gn 50.20)

Meu Bem Meu Mal –Nossa versão brasileira é que “há males que vem para o bem!” Como já escrevi outras vezes, não sou fatalista, daqueles que acreditam que o que tem que ser, será;  também não acho que minha vida esteja nas mãos do destino, acredito sim que ela está nas mãos de Deus, o Criador, aquele que em santo amor, cria, sustenta e governa todas as coisas. Também me firmo sem problemas nos fatos da Palavra de Deus, a Bíblia, que coloca tudo numa perspectiva de que alguém infinitamente sábio e Todo-Poderoso está no controle de tudo e de todos. Claro, que não somos simplistas à ponto de imaginar que o governo de Deus é como um teatro de marionetes, onde alguém controla todos os movimentos dos bonecos, estando atrás das cortinas e manipulando as cordinhas. O nosso criador, fez tudo perfeito e assim como as leis que regem todos os aspectos da criação; ele não descuidou de nada, e nada é insignificante demais para merecer sua atenção e cuidado. Ao olharmos o cosmos, essa imensidão acima das nossas cabeças com céus, estrelas, planetas, galáxias, tudo funcionando precisamente, com exatidão matemática e com uma vastidão de leis próprias e características individualizando quase sem repetição. Podemos também observar realidades micros que exigem instrumentos muito sofisticados e potentes para perceber que ali há também realidades próprias que são surpreendentes e com potenciais enormes. Pois bem, tudo que vemos não é de fato tudo que existe, ou se não vemos não quer dizer que não exista. Após essa digressão, voltemos aos fatos e realidades da nossa proposta de meditar e nos alimentar espiritualmente, aprendendo ao máximo, mesmo das pequenas porções e fragmentos de experiencias das pessoas, que somadas às nossas, se tornam úteis e produtivas na construção de nossa vida de comunhão e experiencias com Deus. Tal como José, uma hora a “nossa ficha cai,” e percebemos que tudo que estava acontecendo, e até num contexto mais remoto, faz parte de um algo maior, bem maior do que nós e nosso campo de visão natural. É uma trama, mas não uma conspiração, está mais para uma confecção de um artigo, uma peça de arte, que durante o processo de criação, eventos diversos se justificam para o bem do todo. Se pensarmos num bordado, ou trama de tecido, como um tapete; o artista, utiliza apertos, ajustes, cortes, interrupções que para ele estão programadas e dependendo da necessidade, vem cortes, queimas, sombra, luz, calor e pressão. No final fica muito lindo e útil. Foi assim que José disse aos irmãos que ele entendera que o seu “mal” viera com um propósito que criou tanto bem e salvou tantas vidas, que supera o incômodo daqueles momentos. Seus irmãos tinham a intenção de fazer o mal, sem saber que aos cuidados de Deus, era necessário para produzir transformações poderosas em José e neles para o bem de todos e de gerações por vir, até à eternidade. Sendo assim, procurar ver os eventos do dia a dia com uma visão de fé e piedade, não é conformismo, ou inércia, à menos que seja resultado de ações preguiçosas e de falta de diligencia. Paulo, pensava e ensinava que pode-se ver por outros ângulos: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28). “Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco” (1 Ts 5.18).

Agradecemos pelas vitórias que temos conseguido em meio às lutas e provas. Reconhecemos que a tua bondade e misericórdia tem sido a razão de estarmos de pé e perseverando a cada dia. Somos gratos, oh! Senhor nosso Deus, por teu amor constante e generoso. Estamos buscando crescer em sabedoria e graça diante de Ti, para que nossa vida possa ser um instrumento de abençoar muitas outras, como foi a vida de José e dos patriarcas dos tempos antigos. Louvado seja o Senhor, Criador e sustentador de todas as coisas. Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

No Lugar de Deus

Meditação do dia: 26/08/2021

“E José lhes disse: Não temais; porventura estou eu em lugar de Deus?” (Gn 50.19)

No Lugar de Deus – Aceitamos pacificamente que a vida acontece em ciclos que se sucedem e muita coisa se repete em ciclos sucessivos. Aqui está José numa conversa franca e sincera com seus irmãos e faz uso de uma expressão, que existe e ainda se utiliza, tanto posicional quando figuradamente nas culturas. Jacó, o pai deles utilizou essa expressão numa situação de pressão de sua esposa sobre ele pelo fato dela ser estéril e ainda não ter gerado um filho; ela cobrou providencias dele e foi nesse contexto que ele falou essa mesma frase. “Vendo Raquel que não dava filhos a Jacó, teve inveja de sua irmã, e disse a Jacó: Dá-me filhos, se não morro. Então se acendeu a ira de Jacó contra Raquel, e disse: Estou eu no lugar de Deus, que te impediu o fruto de teu ventre? (Gn 30.1,2). Interessante dessa história que quando ela conseguiu ter um filho, foi exatamente José. Aqui agora está ele, utilizando a expressão com seus irmãos, num contexto diferente, porque aqui ele se referia à capacidade de Deus dirigir todas as coisas e fazer bom uso das oportunidades à sua disposição. Também José entendia que a capacidade de perdoar era algo de fato divino, mas ele não via essa condição ali, porque na verdade eles foram instrumentos nas mãos de Deus, para conduzir o plano de treinamento dele, para que quando chegasse a hora, estivesse devidamente preparado para cumprir sua missão. Nesse sentido, as ações deles, se encaixavam perfeitamente bem em algo maior e que a melhor forma de levar tal plano à execução, seria de alguma forma traumática e dolorosa para muita gente, e assim foi mesmo. Uma das aplicações desse princípio, que Jacó e José recusaram serem participantes, se colocando em lugar de Deus, é uma realidade no mundo espiritual e em se tratando de cristãos e servos de Deus, é uma verdadeira armadilha de destruição para a vida espiritual e emocional da pessoa. Vou expor aqui, em breve relato, mas a verdadeira compreensão se faz necessário por revelação e inspiração do Espírito Santo. Quando alguém é ofendido ou magoado de forma profunda e ela se ressente e se fecha emocionalmente e espiritualmente para a solução, que é a liberação do perdão, a pessoa entra num processo doloroso de cuidar de si mesma, quando na verdade está fragilizada e destruída por dentro. Lembrando que o cristão “NÃO TEM A OPÇÃO DE NÃO PERDOAR.” Isso não existe na prática da fé cristã. Não existe mal, pecado, mágoa, dor, dano em quantidade e profundidade que não possa e não deva ser perdoado. “Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também.” (Cl 3.13). Preste atenção na parte que sublinhei do texto. Só para efeito de potencialização: Como foi que Cristo nos perdoou? Totalmente, gratuitamente e incondicionalmente. Ao ensinar os discípulos a orarem, no que chamamos de “Pai Nosso.” Dizemos a Deus: “…perdoai as nossas ofensas ASSIM COMO nós temos perdoado os que nos tem ofendido.” Então vamos completar o raciocínio inicial – Deus pode perdoar qualquer pecado e ofensa e o de fato perdoa. Quando uma pessoa se recusa a perdoar, ela está se colocando “ACIMA” de Deus, porque nem Deus faz isso. Ao se colocar nessa condição, ela perde a condição de receber ajuda de Deus porque ela está acima dele. Se alguém está agindo como se fosse maior e acima de Deus, como ela pode ser ajudada por Deus? Só se ela “baixar a bola!” isto é, reconhecer o erro, se humilhar e se colocar na posição verdadeira sua, que é humana, falha e necessitada e pedir ajuda. Assim virá socorro. “Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Rm 10.13). Está sendo desafiado sobre perdão e reconciliação? Amém!

Pai, obrigado pela graça salvadora revelada a nós, em Jesus Cristo, o teu amado filho, nosso Deus e Salvador. Agradecemos a obra perfeita da cruz, suficiente e capaz de nos restaurar à comunhão e à paz com Deus em uma nova vida. Te louvamos em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Não Temer

Meditação do dia: 25/08/2021

“E José lhes disse: Não temais; porventura estou eu em lugar de Deus?” (Gn 50.19)

Não Temer – “Não temais” e seus correspondentes é uma expressão abundante nas Escrituras Sagradas. Essa é uma preferencia quase que unânime dos cristãos e adoradores do Deus criador. Mas não me espantaria se em outras matrizes religiosas houver uma forma de expressão essa mesma necessidade e garantia espiritual. Alguns até afirmam, não posso comprovar, que de fato ela aparece por trezentos e sessenta e cinco vezes nas páginas da Bíblia, correspondendo a uma para cada dia do no e os mais fervorosos da idéia, afirmam que além disso, caso haja receios por acontecer um dia extra a cada quatro anos, pode se recorrer a mais poderosa de todas as promessas de Jesus: “…e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém” (Mt 28.20b). Como estamos meditando na Palavra de Deus buscando consolo, conforto, exortação e edificação para nos alimentarmos e crescermos na fé e na comunhão com Deus, isso também implica em relacionamento com pessoas próximas de nós e outras que fazem parte de um horizonte de possibilidades, mas que não se encontram no nosso radar diário. Mas ainda assim, elas podem influenciar nossas vidas, pelas posições e funções que ocupam e a cada movimento delas, isso pode refletir em nós, tal qual, o “Efeito Borboleta,” guardando-se as devidas proporções. São esses eventos que causam temores, medos angústias e preocupações. Teoricamente já sabemos que não deveríamos ceder à tais influencias à ponto de sermos arrastados para um poço de areia movediça emocional, que interfere na vida espiritual e porque não, na vida como um todo. Agora, vem a pergunta de valor médio: Que tipo de pessoa, precisa ouvir “Não temais?” É claro que se trata de alguém em perigo, em fraqueza, amedrontada, sem muita esperança. Também pode ser alguém em ótimas condições espirituais, emocionais e em boa situação, mas que está diante de uma grande decisão ou batalha. Mesmo os soldados mais bem preparados, equipados e em posição de vantagem, recebem incentivos e estimulados a manter a autoestima lá em cima, com brados e cânticos que inspiram e encorajam. Cristãos vivendo na bênção e plenitude da graça do Senhor, em ótimos momentos de suas vidas em família, serviços, ministérios e condições, precisam se manterem motivados, alertas e exortados a não temerem, por sabemos que à cada curva do caminho, novas situações podem aparecer. José não tinha a mínima intenção de retaliar ou vingar-se de seus irmãos e familiares, estava comprometido com amar e apoiar para que juntos chegassem a realidade das promessas de que eram herdeiros. Os irmãos dele, estavam vivendo sob seus cuidados e proteção por quase duas décadas e sabiam do compromisso e do caráter de José, mas ainda assim manifestaram preocupação e foram sanar essa inquietação do coração; então José lhes deu essa palavra, “não temais.” Olha a sabedoria de Provérbios: “O homem se alegra em responder bem, e quão boa é a palavra dita a seu tempo! (Pv 15.23). Na NVT diz: “Todos se alegram quando dão a resposta apropriada; como é bom dizer a coisa certa na hora certa!”

Graças te rendemos óh! Senhor, Deus Todo Poderoso. As tuas Palavras são Espírito e Vida e enche os nossos corações de alegria verdadeira, pois satisfaz a verdadeira necessidade humana, de comunhão e alimento espiritual. Obrigado, Senhor, por se revelar a nós em momentos e situações onde realmente a tua graça faz toda a diferença. Pedimos graça e sabedoria para lidar com as nossas fraquezas e limitações, mas reforçamos a nossa convicção de és o verdadeiro caminho, a verdadeira vida e não precisamos de nada mais além disso, ou seja, além de Ti. Oramos em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Prostraram-se Diante de José

Meditação do dia: 24/08/2021

“Depois vieram também seus irmãos, e prostraram-se diante dele, e disseram: Eis-nos aqui por teus servos.” (Gn 50.18)

Prostraram-se Diante de José – Há coisas que sabemos, como também há coisas que sabemos que não sabemos, além daquelas que não sabemos que não sabemos. Tá meio confuso? Pois é o futuro tá logo ali na nossa frente, sabemos que ele está lá, estamos certos que está, mas não sabemos o que ele mostrará e nem o que faremos em relação a esses eventos possíveis. Uma das maiores fraudes e manipulações da vida é alguém tentar agir como se soubesse o que virá e ainda induzir pessoas a agirem como se fosse absolutamente certa a sua posição. Agir em fé, não é desse jeito e nem passa por esses processos aleatórios de erros e acertos. A fé se baseia e se firma em verdades da Palavra de Deus, sobre a base do caráter do Autor e Consumador da nossa fé. É incerto e invisível para mim, para nós humanos, mas não para Deus. Então quando Ele está envolvido, não há o que temer. Estamos acompanhando a vida dos meninos de Jacó, que para evitar um futuro “desfavorável a eles” agiram como se pudessem antecipar os fatos e corrigir o erro antes que viesse a acontecer; um erro chamado “José.” Na ótica deles, se esse rapazinho crescesse poderia ser problema para eles e anteciparam: “Antes que o mal cresça, corte-lhe a cabeça.” Tudo o que fizeram foi só para evitar que um dia viessem a prostrarem-se diante dele, como ele vinha sonhando e contando para eles. Eles não pensaram no contexto das coisas, nas condições de vida e da história quando isso um dia viesse a acontecer. Acreditavam num plano maior de Deus para a vida deles, mas estavam agindo para que coisas que não lhes fossem agradáveis não viessem a acontecer. Todos queremos evitar a dor e o sofrimento, a derrota e a vergonha ou situações que nos expõe a humilhação; ninguém quer passar por provação e nem situação de aperto e escassez ou privação. Mas muitas dessas coisas acontecem dentro de um contexto de aprendizagem que exigem uma dose de disciplina que voluntariamente não se tomaria aquelas decisões. Abraão foi homem de fé, rico, famoso por promessa divina, amigo de Deus, ouvia a voz de Deus, andava por fé e mesmo assim não foi poupado de provas, dificuldades, apertos, tensão e conflitos, falhas e erros, e nem por isso também deixou de ser a pessoa que foi. Aqui estamos vendo uma cena que por muito tempo a gente torcia para ver acontecer: Aqueles dez homens, prostrados diante de José. Eles já haviam feito isso antes, até mesmo sem saberem diante de quem estavam e depois quando souberam pela primeira, se apressaram ainda mais a se curvarem e prostrarem porque José tinha poder suficiente sobre eles e estavam na desvantagem e sob acusações de conspiração contra o estado. Aí, até eu, que sou bobo me prostraria. Mas hoje, não; Eles enviaram mensageiros a José, com pedido de perdão em nome deles e de um pedido do pai, e quando José chegou, chorando, compassivo e compreensivo para com eles, tratando-os por igual – de irmão para irmão; eles voluntariamente se prostraram diante de José. Agora era José, o líder, mas o irmão que merecia deles o reconhecimento e a honra; que perseverara na fé e na proposta de ser uma bênção na vida deles, ainda que não merecessem. Eles agora sabiam que José era um grande homem, não só de agora, no Egito, mas desde garoto lá em Canaã, ele já era grande o suficiente para fazer sombra sobre eles e foi isso que incomodava. Ninguém naquela época sabia que não sabiam. Até mesmo José já sabia o que ainda não sabia, mas tinha o tempo certo das coisas acontecerem. Se eu fechar essa meditação te perguntando e a mim também: Como você estará daqui a dez anos? Vamos aproximar a lente e focar mais perto: Qual o seu sonho ou desafio para até 31 de Dezembro de 2021?

Senhor, graças te rendemos por estarmos nas tuas mãos e com certeza é um ótimo lugar para se estar, quando não sabemos de nada e nossas capacidades são muito limitadas, mas estamos em comunhão com um Deus Todo-Poderoso que sabe e pode todas as coisas, assim, pedimos sabedoria e compreensão para lidar com aquilo que está fora do nosso conhecimento no momento, mas que podemos confiar que não estarem sozinhos e nem desamparados da tua graça e bondade. Oramos em fé em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

O Choro Que Abençoa

Meditação do dia: 23/08/2021

“Portanto mandaram dizer a José: Teu pai ordenou, antes da sua morte, dizendo:
Assim direis a José: Perdoa, rogo-te, a transgressão de teus irmãos, e o seu pecado, porque te fizeram mal; agora, pois, rogamos-te que perdoes a transgressão dos servos do Deus de teu pai. E José chorou quando eles lhe falavam.”
(Gn 50.16,17)

O Choro Que Abençoa –Falando em choro, como é isso na sua experiencia de vida? Pelo que me lembro, lá pela minha adolescência, um tanto quanto afirmação, eu sufocava o choro e só admitia chorar “de raiva,” quando não podia reagir. Anos mais tarde, já convertido e me encaminhando no treinamento para o ministério, vim a descobrir que esse caminho escolhido, não era bom e não recomendado pela sabedoria divina. “Não sejas companheiro do homem briguento nem andes com o colérico, para que não aprendas as suas veredas, e tomes um laço para a tua alma (Pv 22.24,25). Tentei corrigir e trabalhei por isso, e vi bons resultados, mas fiquei num dilema, uma pessoa sem lágrimas, a não ser de alegria ou uma cena emocionante de um filme ou história dramática. Parecia que fui de um extremo para outro. Ganhei fama de durão e em algumas situações as pessoas mais próximas até apostavam: “dessa vez ele chora!” Hoje ainda estou lidando e trabalhando, nisso, mas quando acontece de chorar na oração e poder lavar a alma diante de Deus, eu aprecio muito e não inibo e não busco também o choro. Já desconfiei que Deus me conhece bem melhor do eu mesmo e que Ele sabe muito bem lidar com “o jeito da madeira.” Acredito que você também tenha a sua própria história e experiencia com o choro e as lágrimas e que de forma piedosa tenha experiencias de lidar com isso sem violentar a sua consciência e nem endurecer só para dar a aparência de que é “quebrantado” ou “durão.” Seja você mesmo, e lide com as emoções de forma saudável e acima de tudo como algo que faz parte da sua pessoa, não é um defeito, não é uma falta – Deus fez tudo certo e com propósitos bons. Se aceite! José ouviu os irmãos lhe pedirem perdão pelas atrocidades que cometeram contra ele, à muitos anos atrás. José entendeu, o presente pedido, como havia entendido o anterior e até o momento em que tudo aquilo acontecerá. Ele era um adolescente e muito protegido pelo pai, com certos privilégios acima e além dos demais irmãos, escudados pela desculpa de que era órfão de mãe, a esposa preferida do pai; havia ficado com um irmãozinho bebê, sem a mãe no dia do nascimento e esse contexto todo de ser criado só pelo pai e servas e criadas de serviços, enquanto os irmãos todos, tinham suas mães ali por perto o tempo todo. Quando surgiu a rivalidade e cresceu a animosidade, eram muito jovens, imaturos e alguns deles agiram pelo “efeito manada,” inflamados por Judá, um líder natural e capaz de se impor sobre os mais novos. Agora o contexto era outro. Todos eram adultos, homens trabalhadores, pais de famílias, com seus próprios filhos e até netos, podiam entender agora por experiencia o coração de Jacó e de José; o próprio Judá perdera dois filhos muito jovens e seu coração tinha cicatrizes e marcas que só mesmo Jacó e José talvez pudessem compreender. O pedido de perdão fora comovente para José, porque era sincero da parte dos irmãos, e era acolhido com apreço e honestidade por ele, que havia compreendido os propósitos do Senhor Deus Todo-Poderoso, que se valera daquilo para salvar a todos. Doze homens e um choro! Isso é mais que um dramalhão! É uma lição de vida e de fé, como se faz as coisas certas da maneira certa.

Senhor, meu Deus e nosso Deus, porque somos uma família, somos um corpo e precisamos muito de caminharmos juntos e estarmos afinados e unidos em propósitos de fé. Reconhecemos os teus planos para nossas vidas e agradecemos o privilégio de participarmos dele, podendo assim servir ao próximo enquanto rendemos graças e louvores a Ti como nosso pai e Deus Grande. Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Perdão em Família

Meditação do dia: 22/08/2021

“Portanto mandaram dizer a José: Teu pai ordenou, antes da sua morte, dizendo:
Assim direis a José: Perdoa, rogo-te, a transgressão de teus irmãos, e o seu pecado, porque te fizeram mal; agora, pois, rogamos-te que perdoes a transgressão dos servos do Deus de teu pai. E José chorou quando eles lhe falavam.”
(Gn 50.16,17)

Perdão em Família – Em família estão os laços mais fortes e mais próximos de uma pessoa. Ali acontecem os maiores e principais acontecimentos da vida, desde o nascimento até o funeral. Nas lápides dos cemitérios de culturas próximas ao cristianismo, sempre se pode ver uma estrela e uma data; ao lado, ou abaixo, uma cruz e uma data – esse conjunto identifica o dia do nascimento e o dia da morte da pessoa; começo e fim. O que há no meio, as vezes representado por um hífen (-) é o que chamamos de vida, o conjunto de experiencias, lutas, vitórias, derrotas, alegrias e tristezas, conquistas grandes e outras nem tanto. Nesse famoso intervalo, muitos relacionamentos acontecem, podem ser fortes e duradouros, ou podem ser quebrados e intermitentes, como foi o caso de José e sua família. Ele perdeu à mãe, ainda muito cedo na vida, quando do nascimento de seu irmão Benjamim. Ainda bem cedo, começou a sofrer pressão dos irmãos por ser considerado excessivamente protegido e preferido pelo pai. Seus problemas se agravaram quando ele começou a ter sonhos nos quais inferiam que ele exerceria um posição de domínio e autoridade sobre todos da família, incluindo os pais e os irmãos. No mais, todos já temos acompanhado a sua saga de onde houve uma ruptura completa e unilateral por parte de seus irmãos. Uma pergunta que me vem à mente, e se vem à mim, provavelmente já veio a muitos outros cristãos e leitores da Palavra de Deus: Entre aquele primeiro encontro dos dez irmãos com o governador do Egito, onde José se fez de desconhecido e criou uma situação de sondagem da vida deles, até agora, ao voltarem do sepultamento do pai, em Canaã, será que eles (os dez) não haviam pedido perdão a José? Pessoalmente acredito que tenham sim. Lá mesmo na casa de José, depois que ele revelou sua verdadeira identidade. Também posso acreditar que na chegada de Jacó com toda a família, eles devem ter conversado e quando José contou a versão oficial, do seu ponto de vista e de sua experiencia, desmontando toda a farsa dos irmãos, eles devem ter trabalhado nessa questão. Há muitas possibilidades, por isso, também muitas combinações de acertos. Mas quero sair da narrativa deles lá e trazer isso para o campo das nossas experiencias pessoais e familiares. Temos muitos irmãos magoados e feridos nos relacionamentos entre família. Assuntos que ficaram pendentes e nunca mais se voltou a eles e alguns nem se falam mais desde então. Outros seguem numa condição de “rebeldia muda,” onde não se fala, não toca e não se expressa nada, mas a inclinação é de distanciamento. Outro mal, perigoso é o de valorizar o orgulho e valer-se da intimidade familiar para não admitir os erros. Voltaram a se falar, frequentam socialmente os mesmos lugares e até compartilham de festas e confraternizações, fazem e prestam serviços e ajudas mutuamente, mas se toca mais naquilo. Nesse sentido acho construtiva a atitude dos irmãos de José, talvez falando mesmo a verdade sobre uma última recomendação do pai, para que eles passassem à limpo aquela história do passado. Então eles procuraram José para conversar. Não importa para nós, qual era a verdadeira motivação deles, a questão é que o acerto precisa existir e o perdão dado e recebido. A maturidade deve nos levar a buscar o caminho da paz e das boas relações. Muitos erros e pecados cometidos por nós no passado, foram feitos num contexto de maturidade ou imaturidade e que hoje não seriam provavelmente cometidos. Então, entendendo e aceitando a condição e o tempo das pessoas, vamos construir pontes e restabelecer laços quebrados e ralações estremecidas, para o bem de todos e felicidade geral da nação.

Pai, obrigado por cuidar de nós em todo tempo e situação. Nada esteve fora de teu olhar de bondade e misericórdia; também admitimos que erramos e tomamos atitudes que quebraram a confiança e os relacionamentos com pessoas que nos eram e são ainda muito queridas e queremos restabelecer tudo isso ao normal e aceitável para quem é filho de Deus. Agradecemos a ajuda do Espírito Santo para conduzir os nossos corações a uma atitude certa e boa, em perdão, amor e humildade para dar e receber perdão. Oramos em nome de Jesus, amém.

Pr Jason