Quando a Reputação Precede

Meditação do dia: 31/05/2021

“E esta notícia ouviu-se na casa de Faraó: Os irmãos de José são vindos; e pareceu bem aos olhos de Faraó, e aos olhos de seus servos.” (Gn 45.16)

Quando a Reputação Precede – “Fazemos o certo porque é certo!” Os três leitores mais assíduos dessas meditações já leram isso várias vezes nessas páginas. Não é um mantra, mas é uma verdade que perseguimos obstinadamente. Valorizamos as boas práticas e incentivamos muito que todos, indistintamente, façam boas escolhas no dia a dia, porque somando-se gradativamente, tornam-se meses e anos e enraízam em nossas entranhas se tornando parte de nós, estilo de vida. Quando nossas mentes se voltam para o termo “reputação,” majoritariamente nos pegamos sobre valores, pensando no que se perde ou se ganha e quais os riscos que corremos. Mas ao falar sobre José, esse peso cai e só esperamos coisas boas. Não só nós, mas todos que conviveram com ele nos seus dias e a quem ele serviu, ou que serviram com ele ou para ele, talvez excetuando a esposa de Potifar, na primeira casa onde ele serviu, todos são unanimidade sobre o caráter e a integridade de José. Ele construiu uma reputação, daquelas que lhe precediam onde quer que ele fosse. Faraó após poucos minutos de conversa e ser ajudado na interpretação dos sonhos, apostou nele, como se fizesse com um velho conhecido, alguém que fora preparado, talhado para assumir um posto, provavelmente nunca existente antes na administração pública do Império Egípcio. Pelas narrativas, já iam se passando no mínimo, nove anos e ele só se consolidava mais e mais no posto, na confiança e no agrado de todos. É esse tipo de pessoas que nos serve de modelo, porque elas viveram uma vida real, como nós, sob as mesas pressões de trabalho, resultados, chefes, autoridades, expectativas e frustações, mas não passaram por tudo isso reclamando, lamentando ou resignados – eles eram proativos, para fazer uso de uma palavra muito atualizado hoje. José fez história, viveu, amou, sofreu, mas seu olhar estava muito dele mesmo e de suas capacidades. Quando aquela celeuma toda, de visitantes canaanitas sendo recebidos pessoalmente pelo governador, que se propôs investigar suas ações e intenções, se revelou no que até então só ele sabia, que eram seus irmãos, se tornou uma boa notícia para todos, e o fato correu mais rápido do que as bigas reais, em questão de instantes o palácio real já sabia:  José tem irmãos e estão na casa dele sendo recebido por ele. Até Faraó se alegrou e claro que amigos de amigos são nossos amigos! Se José tem mais irmãos e sejam do mesmo naipe dele, todos só tem à ganhar. Portas se abriram lá e até hoje elas se abrem, pela vida de serviço e zelo de quem se propõe ser conhecido por fazer o bem e o certo. Eu sempre me faço essas perguntas, não porque espero elogios ou medir aceitação ou rejeição; mas são conversas íntimas com minh’alma, sobre o tipo de  legado e de participação estou fazendo e como isso pode ser melhorado e mais pessoas abençoadas.

Senhor, obrigado pela vida de pessoas que tens colocado perto de nós e servem de bons modelos. Podemos ver nelas e através de suas vidas, o mover e o agir do Senhor, de maneira amorosa e cuidadora. Graças pela oportunidade de juntar forças para construir um reino maior e muito além de nós. Oramos agradecidos em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Quando Foi a Última Vez?

Meditação do dia: 30/05/2021

“E beijou a todos os seus irmãos, e chorou sobre eles; e depois seus irmãos falaram com ele.” (Gn 45.15)

Quando Foi a Última Vez? – Entre tanta euforia, celebração e sustos, presenciamos uma cena de rara beleza e clima familiar, de irmãos que se dão bem e se amam. Daí procede a minha pergunta título: Quando foi a última vez que essa cena acontecera? É muito provável que ela nunca ocorrera antes. De onde pegamos o bonde da história, vimos muita rivalidade, muitas cenas de ciúmes e provocações. Não que uma ou outra deveria ser o normal daqueles irmãos. É preferível a paz e harmonia, à guerra e aos conflitos de interesses, que acabaram por produzir muitas dores para ambos os lados. Tentando trazer isso para dentro das nossas realidades, temporais ou familiares, vamos encontrar muitos paralelos em comum, como também iremos encontrar versões melhores e não seria uma raridade, se alguma bem mais acirrada e com final não tão feliz como foi com José. Afetividade familiar é maravilhoso e todos admiramos aquelas famílias que se dão bem, trabalham juntos e há um clima de cumplicidade entre todos. Mas temos que voltar à realidade da vida real, onde as coisas são como elas são e não como gostaríamos que fossem, ou como esperamos que sejam. Cada grupo familiar tem suas peculiaridades e são essas pequenas coisas que personalizam cada uma e as diferenciam umas das outras. Já procedi uma espécie de enquete, sobre famílias e suas virtudes e defeitos. Numa das perguntas, se a pessoa pudesse escolher sua família, na quase unanimidade das respostas era que ainda assim, escolheriam a mesma novamente. “Não te aguento, mas não te largo!” Como no jargão do deficiente com sua muleta. Na caminhada que empreendemos, vamos percebendo que de todas as pessoas no mundo todo, a única que temos poder, autoridade e capacidade de obriga-la a mudar de postura e comportamento, somos nós mesmos. Ninguém pode pretender que outras pessoas mudem, para que sua vida fique mais fácil, agradável ou feliz! Só temos controle sobre nós mesmos e ponto final. Mas é emocionante presenciar doze irmãos reunidos, depois de muitos anos separados em três blocos, com versões diferentes para um mesmo evento produzido para prejudicar um deles, mas na verdade afetou a todos e aos demais familiares. Dez dos irmãos se tornaram uma confraria sob segredos que arruinariam suas vidas, porque eles fizeram um ato de maldade para se livrarem de um deles, e tiveram que criador um fato falso para justificar o que fizeram, deixando o mais novo deles, isolado ao lado do pai, com a versão plausível que acomodava temporariamente as coisas. A vida, o destino, ou melhor, para nós, cristãos, a presença e o poder de Deus, se encarregaram de corrigir os rumos do enredo daquela história, para o bem de todos e felicidade geral da nação. Quaisquer que sejam os fatos que nos levaram ao ponto em que nos encontramos hoje, ainda podemos crer na boa mão do Senhor em guiar e conduzir-nos na direção que ele planeja e tem estabelecido para nós. Nossa vida está nas mãos de Deus! Isso muda tudo, sempre e eternamente. Nosso desafio hoje é facilitar o relacionamento com familiares, especialmente irmãos, aqueles que estão vivendo relacionamentos quebrados, por feridas e mágoas por ações e práticas que provocaram dores e marcas. O que já aconteceu, já aconteceu! Não podemos mudar o passado, mas pode tomar medidas e atitudes que modifiquem o presente e melhore o futuro. Não tem à ver com merecimento, ou se eles irão mudar de posição, se farão o certo ou não! Você e eu precisamos fazer o que é certo e o que Deus espera de nós. só e tudo isso.

Pai, em tem imenso poder e graça pedimos que guie os nossos corações aos caminhos da reconciliação, perdão e restauração de relacionamentos familiares que hoje estão quebrados e produzindo dores e sofrimentos. Aqueles dos teus filhos que já alcançaram mais luz espiritual e conhecimento da tua verdade, podem dar passos maiores e se aproximarem mais daqueles que precisam de uma mão estendida e um coração aberto para cruzarem esses rios de mágoas, dores e sentimentos ruins. Pedimos forças e unção do Espírito Santo, para curar essas mágoas e promover reconciliação e libertação. Oramos agradecidos, em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Aquele Abraço

Meditação do dia: 29/05/2021

“E lançou-se ao pescoço de Benjamim seu irmão, e chorou; e Benjamim chorou também ao seu pescoço.” (Gn 45.14)

Aquele Abraço – Separações são dolorosas e reencontros são entusiasmantes. Aqui também aparece a ambivalência da vida; sem a dor de um dificilmente haveria a alegria do outro. Quem nunca se separou de pessoas queridas, não pode mensurar quão bom e eufórico é um reencontro. O estado de consciência do que ocorreu, torna mais promissor a expectativa de se retornar ao convívio e à amizade de quem se gosta. Tenho algumas cicatrizes que a vida me permitiu ter e são muito preciosas. Por muitas e boas razões tive que deixar a casa dos meus pais dias antes de completar vinte anos de idade e não voltei mais para ficar em definitivo, isso está aproximando de mais de quatro décadas. Perdi o crescimento e desenvolvimento das minhas irmãs mais novas que eu, não vi alguns sobrinhos nascerem e não pude brincar com eles. Amigos mais chegados que irmãos também entram nessa conta; as festas, as comidas deliciosas da minha cultura e assim também com eles em relação à mim. Por esse Brasil à fora, muitos e novos amigos e irmãos se apresentaram e fixaram em mim e ganhei milhares de novos contatos que levarei para sempre. A todos eles, e alguns são leitores dessas meditações, meu muito obrigado por fazer parte da melhor fase da minha vida e que bom que só tem melhorado e sem sinais de desvanecimento. Sem mídias socias ou meios de comunicação que permitisse buscas mais restritas, José passou mais de vinte anos de sua vida, trabalhando para construir o caminho de volta para casa. Mas o bom disso tudo, é que ele não endureceu o coração e nem se obstinou, ficando amargo e rancoroso, lançando maldições e rogando pragas, que aquelas que sobreveio ao Egito nos dias de Moisés e do êxodo israelita, pudessem ser atribuídas a José, que ali sofrera muito e profetizara tragédias e desgraças contra aquele povo, a terra e o próprio Faraó. José foi bênção do começo ao fim. Sem os irmãos saberem quem ele era, foram forçados a trazerem Benjamim, o seu irmão mais novo, que por razões estratégicas não pode saber logo de início de que estava na casa e sob os cuidados do querido irmão. Mas José já estava caprichando nos mimos e cuidados para com ele acima e além dos demais. “E apresentou-lhes as porções que estavam diante dele; porém a porção de Benjamim era cinco vezes maior do que as porções deles todos. E eles beberam, e se regalaram com ele” (Gn 43.34). Agora foi a vez daquele abraço, abraço de irmãos, amigos, reencontro tão esperado por um e nunca alimentado por outro, que fora vítima de informações falsas sobre o destino de José. A salvação em Cristo é tão preciosa para a pessoa que entendeu o estado em que sua alma se encontrava diante de Deus e a multidão de suas culpas e dores, marcas que o pecado e a ignorância produziram. Se o pecado é terrível, a salvação então é preciosa e almejada. Se o pecado nada mais é senão pequenos desvios de conduta e sem peso para a eternidade, a salvação não é atraente e a oferta de amor e graça da parte de Deus é mera formalidade religiosa. Se o pecado incomoda, o perdão e a redenção é muito aprazível. “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lc 19.10). Hoje é um dia apropriado para reencontros felizes, à começar pelo mais importante: Com Deus!

Senhor Jesus, acolhe-nos em teu infinito amor e graça. Não somos nem um pouco merecedores de qualquer favor da tua parte. Nossos pecados feriram a tua santidade e ofenderam a tua majestade. Mas nos arrependemos e voltamos atrás; queremos recomeçar e reatar os laços de fé e comunhão contigo. Obrigado por sacrificar-se em resgate de muitos. Louvamos a Deus e Pai, por fazer um plano tão grande e perfeito para nos buscar de volta à comunhão. Agradecemos ao Espírito Santo por fazer o trabalho de levar os nossos corações à fé na bondade e no amor de Deus. Somos gratos, e te adoramos, como o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo. Recebe-nos em tua família e nos conserve firmes, até o dia do resgate final. Oramos em fé, agradecidos, amém.

Pr Jason

A Glória do e no Egito

Meditação do dia: 28/05/2021

“E fazei saber a meu pai toda a minha glória no Egito, e tudo o que tendes visto, e apressai-vos a fazer descer meu pai para cá.” (Gn 45.13)

A Glória do e no Egito – Voltando a refrescar a memória dos nossos três leitores mais assíduos dessas meditações diárias; as palavras são objetos muito exatas e precisas para serem desconsideradas no seu verdadeiro valor. Não podemos exagerar na espiritualização das palavras ou verdades ensinadas, mas também não podemos nos tornar tão liberais e superficiais de forma que venhamos à cair na vala da profanação do sagrado. Minha expressão preferida é que o equilíbrio é o grande segredo da vida. Sem mais delongas, vamos ao que interessa de fato: Literalmente o texto sagrada conta a história de um jovem hebreu, que foi sacado de sua família e vendido à mercadores que o venderam como escravo no mercado egípcio. Ele superou as adversidades e as perdas, aprendendo muito em cada situação e achou mercê diante de seus senhores, tornando-se um servo de muito valor até chegar a interpretar um sonho profético de Faraó e por oferecer as soluções que as medidas demandavam, foi alçado ao posto de primeiro ministro, o segundo em poder e autoridade no velho Egito. Vinte e dois anos depois de seu desaparecimento, ele reconheceu e se deu a conhecer a seus irmãos que desceram ao Egito para comprar comida e ele ordenou que buscassem o seu pai e os demais familiares para viverem sob sua proteção, claro, com a permissão do monarca. Metaforicamente aplica-se aos caminhos da vida, dos peregrinos da fé, que são guiados pela fé numa jornada de aprendizagem e crescimento rumo a realizarem a missão de suas vidas. Todas as adversidades e males que se encontram pelo caminho, são oportunidades para testar a fé e a criatividade da pessoa. As diversas autoridades que surgem e passam pelas vidas nesse percurso, são passos necessários para se aprender a agir em obediência e fé, mesmo quando não se tem o controle das situações. Na verdade, na vida inteira, ninguém detém de fato qualquer governo absoluto sobre si e sobre o que acontece ao seu redor. Dependendo da fonte e da direção da fé de cada pessoa, alguém fica no comando, ou não! Alguns acreditam no “destino,” um ser inanimado, imprevisível e cheio de malevolência, que vive a pregar peças e fazer retaliações. Para outros, ninguém comanda nada e tudo é obra do acaso. No caso dos adoradores do Deus criador, tudo está dentro de um projeto maior do que todos e tudo se encaixa perfeitamente nos propósitos daquele que trabalha para a redenção de toda a humanidade. Essa é a nossa linha e maneira de crer e agir. Nas aplicações práticas da Palavra de Deus, tudo é útil e abençoador, porque entendemos que Ele é perfeito e está no controle de todas as coisas. Simbolicamente o Egito representa um padrão e estilo de vida sem Deus no comando; é terra estranha com seu próprio governo, que se faz de Deus para seus súditos. A riqueza e a glória do Egito, nessa forma de ver, é tudo transitória e fugaz, uma forma mística de ilusão e misticismo. José, aqui estava falando literalmente e mostrando aos irmãos onde fora que Deus levara sua pessoa no propósito maior de prover proteção e cuidados ao seu povo. Ele era famoso, bem sucedido e com influencia tal que possibilitava acolher a família num tempo delicado. Não é estranho pensar que José foi enviado na frente para construir um ninho ou abrigo que acolhesse um pequeno povo para iniciar a multiplicação prometida. Para nós hoje, a realização daquilo que é espiritual, profundo e misterioso, também precisa de um suporte material e de recursos transitórias, pois todas as coisas terminam em gente, em pessoas. A história da redenção é a história do amor de Deus por gente, que perde e precisa ser encontrada, liberta, transformada. O trabalho da igreja no mundo é lidar com gente, com pessoas que são alvos do amor de Deus. O que você faz, o que eu faço, termina em pessoas, ou termina em nada! Uma vida sem propósitos definidos e alcançáveis parece uma ponte ligando nada a lugar nenhum. Isso não é o padrão de Deus!

Senhor, obrigado por ter um propósito e um plano para cada um de todos os teus filhos. Somos parte de algo maior que nós e muito abrangente; podemos ser realizados ao servir aquele que nos serviu e ainda nos serve. Obrigado por nos chamar para fazer parte de algo tão grande e importante, algo pelo qual vale a pena viver, se entregar e se consumir no cumprimento dessa missão. Oramos agradecidos em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

A Boca de José

Meditação do dia: 27/05/2021

E eis que vossos olhos, e os olhos de meu irmão Benjamim, vêem que é minha boca que vos fala. (Gn 45.12)

A Boca de José – À muitos anos atrás, quando ainda era novo na fé, li um artigo num periódico cristão com o título “a face e as mãos de Deus.” Foi muito impactante pela perspectiva devocional, onde a Palavra de Deus lança mão do antropomorfismo, para descrever as ações de Deus, que é Espírito, Todo-Poderoso, sem forma física ou aparência visível, de forma que a mente humana possa compreender a sua ação e intervenção divina. Quando falamos das mãos de Deus, estamos nos referindo na verdade ao seu poder de agir, de fazer e realizar – por que nossas mãos representam nossa capacidade de fazer as coisas. Quando falamos da face de Deus, exprimimos as suas afeições de carinho, aceitação, aprovação e agrado, ou o inverso disso; porque nossas feições revelam nossas expressões interiores e comunicam as possíveis intenções da pessoa. Por isso, ao cultivarmos uma boa vida devocional, de apreciação ao nosso Deus, incentivamos a nós mesmos e aos irmãos a buscarem mais a face de Deus do que as suas mãos. Na verdade, queremos que agrademos e sejamos gratos ao Senhor por tudo que nos tem feito, acima de pedir coisas e apresentar listas de necessidades intermináveis, caindo numa vida de extremos, quando orar significa pedir, ou dar ordens a Deus para que nos sirva e faça nossas vontades. Na oração do “Pai Nosso” Jesus ensinou a idéia da gratidão e satisfação em Deus: “Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mt 6.10). Nos salmos, a gratidão e o prazer em Deus enriquece as orações e cânticos de adoração do servo de Deus, que faz da comunhão íntima, uma fonte de constante crescimento e aprendizado. “Deleita-te também no Senhor, e te concederá os desejos do teu coração” (Sl 37.4). No texto de nossa meditação de hoje, José está dando as últimas instruções a seus irmãos antes deles partirem para casa e convidarem o pai em nome de José para virem morar no Egito. Como José não estaria com eles durante a viagem e as relações entre eles estavam sendo reconstruídas, ele queria ter garantias de que suas palavras não fossem transformadas em versões dos dez irmãos, para acomodar suas situações. O trunfo de José era sua autoridade e Benjamim como sua testemunha e avalista. Os olhos de Benjamim, como escrevemos ontem, eram garantias de que eles não estavam iludidos ou deslumbrados com as riquezas e o poder Egito. Mas que tudo era muito real e aquele governador que os haviam pressionados era de fato José, que eles haviam exposto à possibilidade de morte direta ou indiretamente. Ele sobrevivera ao cativeiro e era o homem forte de Faraó e todas as medidas e imposições que ele os fizera passar, era sua maneira de certificar-se de que eram seus irmãos e sua família e que mudanças significativas para o bem fazia parte de suas vidas. Agora ele afirma, que eles sabiam que era a sua boca que lhes falava. Como no adágio popular brasileiro, “para quem sabe ler, um pingo é letra.” Agora, a fala, a palavra de José era tão sustentável quando a palavra do rei do Egito. Ele tinha condições de honrar e fazer acontecer o que fosse necessário. Era para eles saberem que não poderiam falsear suas palavras ao seu pai; nem diluir sua autoridade sobre eles e sobre qualquer outra coisa. O sol, a lua e as estrelas dos sonhos de adolescência estavam de fato se curvando diante dele. Os molhos de trigo de cada um deles na colheita se inclinavam para o molho dele.

Senhor, Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor de tudo e de todos. Graças te damos pela vida e pelo dia que ganhamos hoje, para nele servir e adorar ao nosso criador e sustentador. Obrigado por cada suprimento, por cada dádiva e generosidade para com todos que confiam em ti. Renovamos nossa disposição de continuar andando contido e servindo de coração e alma. Agradar ao Senhor nos importa muito e fará nossa alegria também. Agradecemos pela maior dádiva, que a vida de Jesus em nossas vidas. Em nome dele agradecemos, amém.

Pr Jason

Os Olhos de Benjamin

Meditação do dia: 26/05/2021

E eis que vossos olhos, e os olhos de meu irmão Benjamim, vêem que é minha boca que vos fala. (Gn 45.12)

Os olhos de Benjamim – Há uma diferença entre a vida ideal e a vida real – já notaram que vivemos na vida real e que por mais que se proteste ou discorde, ainda continuaremos caindo na real. Na vida ideal são aceitas narrativas, respostas prontas e resultados esperados; ali todos os cálculos são friamente calculados e ainda mais do que os movimentos desastrados do Chapolin Colorado, mas no final, voltamos à estaca zero e como dizem os cientistas: “Voltar à prancheta e recalcular tudo novamente!” Isso tudo não é licença poética ou imaginação de escritor, tá na Bíblia também: “Eia agora vós, que dizeis: Hoje, ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos; Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece (Tg 4.13,14). Na vida ideal não existem problemas e se surge algum, é fácil e prático resolver: É só fazer o certo e pronto. José conhecia seus irmãos e fora vítima deles numa situação insólita e agora descobriu que durante todos esses anos de ausência, eles mantiveram uma versão apropriada para eles mesmos sobre os fatos acontecidos naqueles campos de pastoreio. Ele percebeu que embora tivesse amadurecidos e que o sofrimento cobrara o seu preço e sinais de mudanças eram até perceptíveis neles, mas ainda eram uma facção familiar que negócios escusos e não dava para confiar totalmente sem garantias. Que bom que ele tivera a idéia de requisitar a presença de Benjamin, o irmão mais novo deles, que agora era a boa e grande avalista para as próximas etapas. Posso me dar o direito de imaginar que além das conversas registradas aqui no texto sagrado, eles conversaram mais sobre as coisas acontecidas nesse intervalo de tempo e com certeza, José descobriu que a verdade sobre o seu desaparecimento e possível morte tinha três versões distintas: A dele própria, sem saber as razões porque os irmãos fizeram aquilo. Havia a versão que dada como oficial, que era o relato deles para o pai e a família, sendo essa a que prevalecia para todos excetuando José e os dez irmãos que tinham a versão verdadeira, com motivação, modus operandi, ocultação de provas e ludibrio criado para despistar quaisquer possibilidades de rastreio. Além de mim, mais pessoas acreditam que duas meias verdades não formam uma verdadeira inteira; antes podem se confirmar como uma grande mentira. As três possíveis versões da saga de José e seus irmãos, caíram por terra naquela manhã, porque José estava vivo e diante deles como autoridade e no controle da situação. Acrescente-se que Benjamin ficou sabendo da farsa que eles criaram e sustentaram por todos esses anos e mesmo vendo o sofrimento do pai, não cederam. Agora eles não podiam negar o crime e nem justificar as mentiras e condutas diante de Benjamim e de José, pois além de saberem as duas outras versões, estavam em posição de vantagem sobre eles. Para engrossar mais ainda o caldo desse caldeirão fervente, eles não tinham como contestar e nem chantagear qualquer dos dois, ainda que Benjamim fosse retornar com eles para Canaã; ele era agora mais intocável do nunca. A melhor coisa que eles poderiam imaginar agora, era como dar a boa notícia sobre José estar vivo e patrocinando a ida deles para o Egito, tendo que desfazer as mentiras, agora tendo o pequeno Bem como “olhos de José” para nada sair da linha. Meus pais sempre insistiram em nos dizer que “a mentira tem pernas curtas!” Mais cedo ou mais tarde, a verdade vai alcança-la. Essa reflexão é um convite e um desafio a procurarmos meios de fazer restituição espiritual, isto é, acertar coisas do passado que ficaram pendentes e nunca esclarecido de todo e em alguns casos, nunca se soube do autor ou autores e de nossa participação naquilo. Esse tipo de questão, sempre deixa a pessoa como refém de alguém ou de alguma coisa; ela passa a controlar a situação e embora as pessoas façam perguntas e suposições, sabemos que um dia a casa vai cair. Isso não é um bom estilo de vida para adoradores de Deus. Peça ou busque ajuda de pessoas maduras e amorosas, com autoridade para ajudar.

Obrigado Pai, porque a verdade sempre prevalece e andar na luz é sempre a melhor escolha para quem optou por seguir ao Senhor Jesus. Precisamos de toda a ajuda e apoio do Espírito Santo para detectar coisas e situações erradas que precisam ser acertadas no nosso passado e também evitarmos novas recaídas no presente. Obrigado, em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Tudo o Que Tens

Meditação do dia: 25/05/2021

“E ali te sustentarei, porque ainda haverá cinco anos de fome, para que não pereças de pobreza, tu e tua casa, e tudo o que tens.” (Gn 45.11)

Tudo o que Tens – “A casa de um homem é o seu castelo.” Tudo o que alguém possui é evidentemente todo o seu tesouro. O tesouro de cada um depende do que sua escala de valores nomeia como precioso. Na minha cabeça e no meu coração hoje, gostaria de conseguir tirar lições boas e edificantes dessa citação. Estou direcionando minha atenção para a satisfação pessoal, não necessariamente a abundancia do que se possui. Jesus disse que “ter” não deve ser a métrica da vida. “E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui” (Lc 12.15). O dilema ter e não dar valor ou não ter muito mais valorizar o que se tem, está presente na vida e na mentalidade do seu humano desde muito cedo. O livro de provérbios faz uma citação interessante: “Há alguns que se fazem de ricos, e não têm coisa nenhuma, e outros que se fazem de pobres e têm muitas riquezas” (Pv 13.7). Quando a fonte de satisfação pessoal está em Deus, significa que o sistema de valores da pessoa é bíblico e suas prioridades são designadas por aquilo que sua fé e sua mordomia lhe aponta. Essa pessoa tem em Deus a sua fonte de recursos e entende que tudo o que ela tem, na verdade pertence a Deus, que lhe confiou a administração desses bens e valores. Sua fidelidade é seu maior capital. Nessa opção de fé, Deus sendo o dono e Senhor das posses, faz com que a pessoa não se estresse e nem se desgaste pelo aumento ou diminuição desses bens; ele entende que Deus é responsável por cuidar de tudo. Quando não se consegue praticar esse tipo de mordomia administrativa, a pessoa se vê e se torna responsável por adquirir, guardar, proteger e administrar o que possui. Isso a expõe a um fator de estresse muito grande, porque tudo conspira contra, e quanto mais se tem, mais precisa ter e esse ciclo vicioso consume muita energia. Cabe ao servo de Deus descansar na capacidade de seu Senhor suprir-lhe tudo o que necessita, pois ele está à serviço de Deus. É responsabilidade do Senhor, prover o necessário para que seus servos executem as ordens recebidas. Deus é fiel em cumprir a sua parte, disso estamos muito seguros. Também, quando não se está no controle das coisas, isso permite que Deus possa agir e operar maravilhas à partir daquilo que temos em mãos. Pensemos nas muitas coisas simples que servos de Deus tinham em mãos e que foram disponibilizadas para que Deus fizesse coisas grandiosas: Moisés tinha uma vara; as viúvos nos tempos de Elias e Eliseu, tinham um pouco de farinha e azeite; aquele garoto nos dias de Jesus tinha poucos pães e peixes e com eles o Mestre alimentou milhares de pessoas. Todas essas pessoas abriram mão do pouco que tinham e colocaram à disposição de Deus. O que eu tenho em mãos? O que você tem em mãos, que possa disponibilizar? Duas verdades muitos sábias e transformadoras: A primeira, se você quer que aconteça coisas diferentes em sua vida, então faça algo diferente. A segunda, tudo o que você precisa para mudar sua vida (incluindo finanças) já está com você. Deus fará a bênção através de algo já presente na sua vida. Medite nessas coisas e ore sobre suas próximas ações em fé.

Senhor obrigado pelo dia de hoje e os desafios para sermos mais do que vencedores, em tudo que nos vier à mão para realizarmos. Somos gratos por sermos mordomos dos bens e valores a nós confiados, para a realização de teus propósitos bons, santos e justos. Te louvamos com muita gratidão, em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Para Que Não Pereças

Meditação do dia: 24/05/2021

“E ali te sustentarei, porque ainda haverá cinco anos de fome, para que não pereças de pobreza, tu e tua casa, e tudo o que tens.” (Gn 45.11)

Para Que Não Pereças – Nossa mente faz associações muito rápidas com aquilo que ela tem armazenado em seus arquivos. As informações mais acessadas ou mais recentes estão prontinhas para conexão. As que não são de uso tão frequente, estão ali, à mão, mas é preciso procurar. Aquelas de pouquíssimas consultas, precisamos revirar os arquivos e muitas lembrar de outras coisas que nos levam a conseguir a conexão. Lembrando de uma coisa, lembramos de outra e assim vai. Uma das promessas do Senhor Jesus para quando ele voltasse ao Pai, após seu ministério terrestre, é que ele enviaria o Espírito Santo que nos ajudaria entre outras coisas, a lembrar o que ele nos ensinou e certamente outras verdades que aprendemos na sua Palavra. “Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito” (Jo 14.26). Ao fazer afirmações como essas acima, estou contando com a conexão quase que imediata que praticamente todos, ao verem o título da meditação de hoje, já se ligou em Jo 3.16. Acertei? “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Obviamente falamos de duas coisas diferentes, mas em qualquer sentido, “perecer” não é boa coisa ou desejável. No texto de João, pelo contexto imediato, se trata de eternidade, ganha-se a vida eterna ou perece (eternamente). O contexto de José, falando para os irmãos que ainda haveria cinco anos de fome e escassez, com risco de muitas vidas perecerem, ele estava aludindo a vida física, biológica; morrer de fome, de inanição ou de doenças causadas pela falta de recursos e etc. Podemos também ver uma ilação plausível nas duas verdades, porque alguém prestes ou em risco de perecer de fome, com toda certeza será afetado na sua sanidade mental, emocional e porque não, em sua espiritualidade? O que torna alguém mais resiliente do que outros numa mesma situação ou condição? Entre as muitas prováveis causas, está a base de fé e o nível de sua comunhão espiritual. Chamamos isso de vida devocional. Quando mais perto de Deus, mais longe do naufrágio nas crises. Quanto melhor o nível de intimidade e desenvolvimento na alimentação espiritual, melhores as chances de se resistir nas adversidades. Eu, Jason, nunca passei fome, já passei da hora de comer por uma razão ou outra e é muito dolorido e quando a fome aperta, o organismo trabalha para prover sua sobrevivência e a lei da sobrevivência é forte. Quando a vida está em risco, a coisa fica feia e pode acontecer das pessoas descerem para um nível animalesco de barbárie completa. Até o diabo sabe que pela sobrevivência pessoas se dispõe a pactos estranhos, ele apostava nisso contra Jó: “Então Satanás respondeu ao Senhor, e disse: Pele por pele, e tudo quanto o homem tem dará pela sua vida. Porém estende a tua mão, e toca-lhe nos ossos, e na carne, e verás se não blasfema contra ti na tua face!” (Jó 2.4,5). Ao ler ou tomar conhecimento de relatos de acontecimentos de períodos de guerras, cercos e extremas calamidades, qualquer um pode perceber a seriedade do que estou afirmando aqui. Jesus, após a entrevista com aquela mulher samaritana, junto ao posso, respondeu a uma indagação dos discípulos e mostrou seu sistema de prioridades; se valia para ele, pode ser bom e ideal para todos nós, em todos os tempos. “E entretanto os seus discípulos lhe rogaram, dizendo: Rabi, come. Ele, porém, lhes disse: Uma comida tenho para comer, que vós não conheceis. Então os discípulos diziam uns aos outros: Trouxe-lhe, porventura, alguém algo de comer? Jesus disse-lhes: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra” (Jo 4.31-34). Noutra passagem, quando se discutia a importância das duas vidas e suas comidas, o Mestre foi firme: “Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; porque a este o Pai, Deus, o selou” (Jo 6.27). Hoje, estou nos desafiando a uma busca mais firme e consistente sobre a verdade que alimenta nossa verdadeira vida em detrimento dos cuidados com a vida física e natural. Não podemos colocar a nossa integridade eterna em risco, preocupados apenas com uma vida terrena, passageira e fugaz. José sabia, que sua tribo precisava primeiro sobreviver, para então alcançar todos os demais propósitos, que lhes estavam destinados. Essa era a sua parte no legado e a sua missão de vida. Qual é sua e minha parte no legado de vida? Estamos trabalhando para o cumprimento das razões pelas quais nascemos e existimos? Pensemos nisso!

Deus eterno e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, também nosso Pai! Te agradecemos pela vida e pelo propósito que tens para conosco; queremos servir com alegria e eficiência para as demais etapas do teu plano eterno aconteça e milhares de vidas entrem em tuas moradas eternas, porque alguém se importou com elas. Obrigado pelo dia de hoje e os desafios que ele nos trará, somos abençoados e queremos ser abençoadores. Em nome de Jesus, oramos agradecidos. Amém!

Pr Jason

Te Sustentarei

Meditação do dia: 23/05/2021

“E ali te sustentarei, porque ainda haverá cinco anos de fome, para que não pereças de pobreza, tu e tua casa, e tudo o que tens.” (Gn 45.11)

Te Sustentarei – Sempre que vejo um ancião ou anciã, mesmo sem conhecer a pessoa ou sua história, eu gosto de pensar positivamente, dizendo a mim mesmo, que aquela deve ser uma pessoa que honrou muito a seus pais. Isso é bíblico, profético e é o primeiro mandamento com promessa. “Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa; Para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra” (Ef 6.1-3). José amava muito o seu pai e seu irmão mais novo e era muito amado por eles; mas as estradas da vida o levaram deles por muitos anos, mas José não perdeu suas origens, suas raízes e nem sua fé. O discipulado que recebera nos anos em campanhia paterna e familiar o acompanharam e fizeram dele a pessoa especial que conhecemos e admiramos tanto. Quem hoje, ao ler e meditar na Palavra de Deus à luz da história de José, não lembra o bordão da Escolinha do Professor Raimundo e não suspira e diz: “Eu queria ter um filho assim!” A nossa fé se fundamenta totalmente em modelos familiares onde a boa ordem de famílias sustenta e alavanca as nossas gerações, para o progresso, o crescimento e devido retorno em honrar bem os pais. “Ouve teu pai, que te gerou, e não desprezes tua mãe, quando vier a envelhecer” (Pv 23.22). “Diante das cãs te levantarás, e honrarás a face do ancião; e temerás o teu Deus. Eu sou o Senhor” (Lv 19.32). José não estava levando seu pai e irmãos para dividirem as despesas e facilitarem a sua vida. Ele não estava de olho na sua parte da herança ou em qualquer posse material, ainda que legítima. A promessa contida na aliança celebrada por Deus com seus antepassados, estava produzindo em suas vidas todas as bênçãos prometidas e a construção de uma nação soberana, sacerdotal e comprometida em fazer Deus conhecido em todas as nações e a sua bênção se estender a todas as famílias da terra. Estamos no século vinte e um, depois de Cristo que é praticamente o meio do caminho de onde essas alianças foram feitas. O povo de Deus, como nação descendente biológica de Abraão, resiste firme e não há como negar que ela é líder na maioria dos quesitos de povo bem sucedido. Somos herdeiros da fé e das promessas. Não precisamos ser nacionalistas ou judaizantes nas práticas e rituais de culto, mas ali estão nossas raízes e um dia todos nós serviremos juntos sob o comando de Jesus, o Leão de Judá, a Raíz de Davi e aquele que se assenta no trono para sempre.

Obrigado, pai amado por nos possibilitar uma militância na fé de Abraão e a certeza de que as tuas Palavras se hão de cumprir no devido tempo. Jesus é o tudo de que precisamos e nele foram criadas todas as coisas e nele tudo subsiste; então a ele seja a glória, a honra e o louvor para todo sempre, amém.

Pr Jason

Ovelhas, Vacas e o Que Tens

Meditação do dia: 22/05/2021

“E habitarás na terra de Gósen, e estarás perto de mim, tu e os teus filhos, e os filhos dos teus filhos, e as tuas ovelhas, e as tuas vacas, e tudo o que tens.” (Gn 45.10)

Ovelhas, Vacas e o Que Tens – Escambo – já ouviu essa palavra? Como decorrência das necessidades individuais, surgiu as trocas, um sistema de troca direta, que durou por vários séculos, dando origem so surgimento de vocábulos como “Salário,” o pagamento feito através de certa quantidade de sal; “pecúnia,” do latim PECUS,  que significa rebanho (gado), ou peculium, relativo ao gado miúdo (ovelha ou cabrito). As primeiras moedas, tais como conhecemos hoje, peças que representavam valores, geralmente em metal, surgiram na Lídia (atual Turquia), no século VII a.C. As características que desejava ressaltar eram transportadas para as peças através da pancada de um objeto pesado (martelo) em cunhos primitivos. Esse foi o surgimento da cunhagem a martelo, na qual os signos monetários eram valorizados também pela nobreza dos metais empregados, tais como o ouro e a prata. (Acredito que pode haver diferenças nos relatos históricos sobre a história do dinheiro, mas por horas ficamos com isso). Quando José ordenou a vinda de Jacó e toda a tribo para o Egito, ele fez questão de exigir que trouxessem tudo, sem deixar nada ou sem se desfazer de qualquer bem ou posse. Sabemos pelos relatos bíblicos que Abraão foi um homem muito rico e próspero, com uma fazenda e propriedades de grandes proporções. Ele deu presentes aos filhos Ismael e os demais que tivera, quando se casou após a morte de Sara. Mas Isaque foi o herdeiro de tudo e também temos registros que este prosperou grandemente e mesmo em períodos difíceis, foi divinamente abençoado com acréscimo de patrimônio, servos e rebanhos. “E semeou Isaque naquela mesma terra, e colheu naquele mesmo ano cem medidas, porque o Senhor o abençoava. E engrandeceu-se o homem, e ia enriquecendo-se, até que se tornou mui poderoso. E tinha possessão de ovelhas, e possessão de vacas, e muita gente de serviço, de maneira que os filisteus o invejavam” (Gn 26.12-14). Ele teve dois filhos, Esaú e Jacó, que comprou a primogenitura do irmão e ficou com o direito de ter o dobro da porção da herança dos bens do pai. Ele saiu de casa solteiro, só com a mala e a cuia e foi morar com o tio materno, que fez de tudo para trapaceá-lo, só não teve êxito porque Jacó tinha uma aliança com Deus que o protegeu e prosperou. Quando voltou de Harã, tinha sua própria fortuna em gado, bens e servos e gente de serviço. Evidentemente que quando recebeu sua parte da herança, deve ter se tornado o “o rei do gado,” do oriente. José foi para o Egito e fez seu próprio pé de meia nas terras do Faraó e sozinho se mostrou capaz de sustentar toda a tribo, com comida e víveres para os rebanhos e pessoas. No bom sentido, era um projeto faraônico! “As ovelhas, vacas e tudo o que tens,” era o meio de sustento de Jacó e sua família. Era a bênção de prosperidade que Deus havia lhe dado, e que ele administrava com muita responsabilidade. Uma pessoa pode nascer rica e herdeira de muitos bens e propriedades, mas certamente não nasce preguiçosa, isso é traço de caráter e sinal evidente da velha vida, sem Deus, sem Jesus e sem salvação. Trabalhar não pode ser uma obrigação que a boca e as necessidades impõem; mas a realização do potencial, capacidades e exercício de boa mordomia. Citei aqui hoje, Abraão, Isaque, Jacó e José, todos trabalharam muito e construíram riquezas e fortunas, mesmo tendo heranças e direitos a receber. Acredito e ensino que há três formas naturais se primárias de Deus nos abençoar e suprir nossas necessidades. Primeiro – através do nosso próprio trabalho; segundo – através de doações, presentes recebidos e terceiro – milagrosamente, de forma sobrenatural. Sempre nessa ordem, invariavelmente. Um lembrete, para quem não produz muito e fica de olho em direito de heranças: “A herança obtida antes da hora acaba não sendo bênção no final” (Pv 20.21 NVT).

Senhor, agradecemos o privilégio de sermos agraciados com a bênção de ter a ti como nossa maior herança e nossa fonte de satisfação plena. Obrigado por suprir em Cristo, todas as nossas necessidades, muito além do nosso merecimento ou capacidade de fazermos. Graças te rendemos, por sabermos que a vida de uma pessoa não consiste na abundancia do que ela possui; pois pode ser rica em coisas e sem nenhuma riqueza de valor eterno. Agradecemos por suprir o pão nosso de cada dia e permitir que possamos ser solidários que outros menos afortunados e assim fazermos bom uso dos bens e das oportunidades que se nos apresentam. Muito obrigado, em nome de Jesus, amém.

Pr Jason