Filhos, Filhos & Netos de Judá

Meditação do dia: 31/05/2020

 “E os filhos de Judá: Er, Onã, Selá, Perez e Zerá; Er e Onã, porém, morreram na terra de Canaã; e os filhos de Perez foram Hezrom e Hamul.” (Gn 46.12)

Filhos, Filhos & Netos de Judá – Quando da migração dos hebreus de Canaã para o Egito à convite de José, o Poderoso Chefão do Egito, temos uma relação nominal dos filhos de Israel que desceram de mudança. Judá aparece com Selá, o sobrevivente do seu casamento com a Cananeia que veio a falecer antes dele retornar para casa. É citado que os dois mais velhos morreram na terra de Canaã. Nesse momento da vida ele já era avô de dois meninos, Hezrom e Hamul, como nessas genealogias não se contam as mulheres (por favor nada de agitação de bandeiras: Abaixo o maxismo e etc). A Bíblia foi escrita por Orientais, contanto a saga de pessoas orientais, com descrição da cultura e costumes orientais, à mais de quatro milênios; então não me venham com chorumelas dos anos cinquenta e sessenta dos século XX no OCIDENTE tão tão tão tão distante! Também somos cristãos e amadurecidos, já passamos da fase de discutir essas coisas. Voltando ao fio da meada, por exemplo, não encontramos mais nenhum registro sobre Diná, a filha de Jacó. Estou dizendo que poderia ser que a Judá e a seus irmãos tenham nascidos filhas, pois no verso sete descreve: Os seus filhos e os filhos de seus filhos com ele, as filhas, e as filhas de seus filhos, e toda a sua descendência levou consigo ao Egito. O vovô Judá com Selá e seus dois filhos e os dois outros garotos que ainda eram meninos, Perez e Zerá, filhos de Tamar, que fora sua nora no casamento dos filhos Er e Onã que faleceram em decorrência de suas vidas pregressas. Não vamos meditar aqui em genealogia, mas isso deve ser levado em consideração, porque faz parte da narrativa completa e inspirada das Escrituras Sagradas. A essa altura, Judá já estava aliviado, bem aliviado de toda aquela pressão que a última viagem lhe causara. Hoje, até ele tinha motivas de louvar a Deus e celebrar com júbilo, por tudo que passara nos últimos tempos. Ele voltara para casa do pai para somar junto com os irmãos e superarem as crises de suprimentos, porque a fome era grave em toda a terra, exceto no Egito, pelo estoque de alimentos, que preventivamente o país fizera. Fizera porque um certo garoto hebreu/canaanita, saíra da condição de escravo e presidiário, para literalmente “salvar a pátria.” Quem mandou ele para lá? Quem foi, quem foi? Podemos dizer: Judá teve esse brilhante idéia maldosa! Mas minha principal reflexão e na qual gostaria de leva-los, pelo menos os quatro leitores mais assíduos dessas meditações a me acompanharem, é sobre uma visão mais global da situação. Primeiro, José despachado para o Egito; isso faz parte da cena principal. Segundo, treze anos depois, Deus avisa a Faraó de algo importante à frente, com duração de quatorze anos. Ele não entende e ninguém consegue ajudar. De onde vem a solução? Quem estava apto a ser o instrumento de interpretar a vontade de Deus? Isso mesmo, José; agora já ambientado com a cultura, costumes e a vida no Egito. Terceiro, quero que vejam que Deus antecipara os acontecimentos e os preparativos para isso à treze anos atrás; já vinha falando isso com José. Quarto, a fome veio para toda a terra, indiscriminadamente, sem acepção de raça, credo, cultura e etc. fora essas cinco proposições principais do quadro, tem as pequenas e intermediárias, como o que José passou para ser treinado. Como Deus segurou sem deixar Israel saber. Como a tecnologia e a capacidade administrativa eficiente do Egito foi utilizada para bênção de todos. Como Deus trabalhou através de Faraó. Ufa! São tantas emoções! Deus cuida de nós, agindo mesmo quando nem sonhamos com aquilo. Ele antecipa os fatos para que nada aconteça de improviso. Pode imaginar o Senhor nos dando ciência de algo que vamos passar daqui a quinze anos? Isso acabaria com a gente! Então, não tem nada de errado e nem de estranho no que está acontecendo agora com a Pandemia, e nem na sua e na vinha vida pessoal e ministerial. Tem alguém sentado no trono governando e Ele sabe o que faz, pode acreditar!

Senhor, nas tuas mãos nos colocamos e confiamos. Não sabemos de nada e nem desconfiamos de como começar a saber. O Senhor, sim, está no controle e tem todo direito de estar. Nós declaramos submissão aos teus propósitos e no devido tempo o que precisarmos saber, o nosso nos mostrará e fará bom uso dos teus filhos e servos já preparados à muito tempo e os tem colocado em lugares estratégicos dentro da tua visão maior e perfeita. Obrigado por cuidar de nós, em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Não Quero Nem Ver

Meditação do dia: 30/05/2020

 “Porque, como subirei eu a meu pai, se o moço não for comigo? para que não veja eu o mal que sobrevirá a meu pai.” (Gn 44.34)

Não Quero Nem Ver – Instantes antes do sol emitir seus primeiros raios, é um dos momentos mais escuros da noite; também antes dele começar a aquecer, é o momento mais frio da manhã. Pode até não serem dados científicos comprovados, mas que vivencia essas experiencias afirmam serem fatos. Nada mais é então do que a confirmação da tese de que antes de melhorar, piora! Na saga que estamos acompanhando, as circunstancias vão caminhando para um desfecho feliz; feliz para nós, especialmente que estamos apenas acompanhando a história e já sabemos o final. Para Judá e seus irmãos, vivendo ao vivo e à cores, correndo os riscos com suas próprias peles em jogo e a pressão exercida de forma tão organizada, que até para parecer uma conspiração, estava organizada demais. Precisamos lembrar o contexto remoto, para entender o imediato: Eles já vinham sofrendo interiormente à muitos anos, vinte e dois mais precisamente. Desde que deram um sumiço em José, eles sofriam culpa interior pelo ato em si, por terem mentido e dissimulado para o pai, pelo que fizeram Benjamim passar; mas eles mesmos conviverem com aquilo sem poder mudar nem a versão, tornava as coisas mais difíceis. Eles não esperavam José era uma parte deles também e sumir com o irmão, consumiram com uma pedaço deles próprios. Por outro lado, segredos que mais de uma pessoa sabe, não é segredo! Isso os levara à viverem com os nervos à flor da pele, porque um dos dez poderia fraquejar a qualquer momento ou se descuidar. O sofrimento que atinge igualmente dez pessoas, produz reações diferentes em cada uma delas. Assim como o mesmo sol que amolece a cera, também endurece o barro, assim cada pessoa tem uma consistência diferente para reagir à dor e ao sofrimento. Uns sofrem calado e resignados; outros externam de alguma forma, ficando defensivos ou agressivos; uns se introvertem e se deprimem, enquanto alguns disfarçam e seguem em frente, dizendo para si mesmos: “Foi feito, está feito, o que não tem remédio irremediado está!” Acreditem, todos esses fatores são clinicamente diagnosticáveis pelas ciências comportamentais e até tratáveis; mas a cura e a libertação autêntica, precisa de algo mais profundo: A VERDADE! O conjunto completo da obra precisa ser encarado pela pessoa. Admitir os fatos e as responsabilidades; confessar integralmente, pedir e receber o perdão e a purificação de Deus pela redenção que há em Cristo Jesus; se dispor a fazer as restituições necessárias e reparar os danos que for possíveis. Todos esses passos precisam ser feitos com , para apropriação dos recursos disponíveis em Deus; caso contrário a pessoa mesmo dando os passos certos, continuará sob culpa e condenação (falsos), presos pelas armadilhas emocionais e as fortalezas mentais do inimigo para manter a pessoa em cativeiro e sofrimento. A vida se torna uma tortura contínua e é um fardo pesado demais para levar, mesmo sendo cristão e estando firme na fé. É preciso mais do que frequentar igreja e receber orações; busque ajuda de cristãos e conselheiros mais maduros e experientes. Judá estava tendo o seu calvário e seu mundo estava todo desabando sobre sua cabeça e todos os seus boletos chegaram de uma única vez. Veja, seus irmãos estavam ao seu lado fisicamente, mas não havia nada que eles pudessem fazer. Ele estava solitário, sozinho no meio da multidão, anestesiado e combalido à cada novo golpe que lhe era desferido; não tinha nem tempo de reação e recuperação. Entre todas as possibilidades de males, escolheu não ver o novo sofrimento do pai, se Benjamim não pudesse voltar. Ele não queria ver de novo o efeito nos outros de suas escolhas, que até agora o pai e Benjamim ainda não sabiam a verdadeira origem das tempestades de suas vidas. Desafio de hoje: Lidar com as culpas, mas do modo certo e com a ajuda correta. Chega de escravidão e remorsos.

Pai, somos homens dotados de forte carga emocional e quando elas assumem condições exageradas e são potencializadas por erros e pecados, então se tornam fardos muito pesados para se carregar por muito tempo. Olhamos para o Calvário, lá existe uma cruz, vazia, ali por perto há também um túmulo, vazia com certeza, porque o ocupante desses lugares foi embora, após vencer o sofrimento, a dor e a morte; ele ressuscitou e está vivo para todo o sempre. Ganhou para todos nós, a liberdade que vem pela verdade e pela fé no seu amor e seu sacrifício. Conceda discernimento para cada um que está cansado e sobrecarregado, vir e depositar ali ao pé da cruz o seu fardo e encontrar descanso para sua alma, refrigério, perdão e paz. Jesus de Nazaré, salva-nos de nós mesmos e dos nossos pecados e liberta-nos para tua glória. Te invocamos, no poder do teu nome, amém.

Pr Jason

Substituição

Meditação do dia: 29/05/2020

 Agora, pois, fique teu servo em lugar deste moço por escravo de meu senhor, e que suba o moço com os seus irmãos. (Gn 44.33)

Substituição – Para o cristão raiz, aquele com base bíblica, é difícil pensar na palavra “substituição” sem associá-la ao sacrifício de Cristo. Esse termo vem do latim “vicarius” que significa, substituto. Daí o evangeliquês “morte vicária, sacrifício vicário de Cristo na cruz.” Ao prestarmos atenção nos fatos que se desenrolam na história de Judá e seus irmãos, ali no Egito, vemos alguém inocente,  no caso o próprio Judá (que não roubara a taça do governador), se oferecendo para substituir Benjamim, até então culpado (pela taça), mas que é alguém muito especial e precioso aos olhos do pai, que está em Canaã, aguardando a volta do filho (Judá) enviado para trazer de volta os seus filhos. Lá no Egito (mundo) estão presos dois tipos de pecadores, o do tipo Benjamim, a quem lhe é atribuído graves acusações com provas de delito específico; mas também tem o pecador tipo Simeão, que está preso por representar a todos os demais, onde o conjunto da obra é suficiente para manter preso. Judá, se apresenta como alguém com autoridade para mediar porque entende a necessidade do pai e seu amor pelos filhos, mas também entende a justiça que o governador exige e não há nenhuma medida que outra que justifica e livra a qualquer deles. Judá então tem que sacrificar-se, abrindo mão de sua vida, de sua família, seu pai, seus filhos, sonhos e promessas, para salvar os outros. Quando Judá tomou essa decisão, ele morreu; sua vida acabou ali. Sua vida agora pertence ao governador, caso ele aceite, porque não depende só da entrega, mas tem a aceitação do outro lado a ser confirmada. Quando leio e estudo os sacrifícios substitutivos da antiga aliança, os detalhes são impressionantes, espirituais e cheios de significados que na Nova Aliança ficam muito claros. Vejamos o holocausto pelos pecados: “Se a sua oferta for holocausto de gado, oferecerá macho sem defeito; à porta da tenda da congregação a oferecerá, de sua própria vontade, perante o Senhor. E porá a sua mão sobre a cabeça do holocausto, para que seja aceito a favor dele, para a sua expiação (Lv 1.3,4). As partes sublinhadas é indicação pessoal dos aspectos que destaco, que quando bem compreendido, a obra da redenção toma novo sentido. Holocausto significa “totalmente consumido,” queimado, sem sobrar nada. Macho sem defeito, aponta para a perfeição de Cristo. De sua própria vontade, significa que a pessoa tem que estar rendida, consciente, é uma decisão pessoal. Perante o Senhor, ao vivo, presencial. Porá a sua mão sobre a cabeça do animal, isso é identificação com a vítima, para sentir sua dor, sua agonia da morte, aquela angústia com a vida se esvaindo até o fim. Para que seja aceito a favor dele., se não for feito conforme Deus exige, não é aceito e perde-se a validade e o significado. Nas profecias de Isaías: Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados (Is 53.5). é muito importante a necessidade da compreensão do princípio espiritual do papel de morrer para se produzir uma nova vida. O Senhor é Deus de coisas novas, geradas de novo. O oposto ao projeto de Deus é poupar a vida miserável, destruída pelo pecado, corrompida pelo mal e ser apenas remendada, reformada e disfarçada de novo; mas é maquiagem, é engano não dá certo. Todos que tentaram sobreviver e fugir do processo morte, acaba por morrer definitivamente se perdendo e sem salvação. Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto. Quem ama a sua vida perdê-la-á, e quem neste mundo odeia a sua vida, guardá-la-á para a vida eterna (Jo 12.24,25). Foi nesse ponto que Judá chegou! Chegou e ficou, morto, bem morto, por isso que o Judá que conhecemos é diferente desse que vínhamos acompanhando. Te desejo uma boa morte, para uma nova vida ainda melhor e mais produtiva.

Pai, ensina-nos a arte de morrer! Os frutos de uma vida completamente rendida ao Senhor são inquestionáveis. Estamos buscando ajuda do Espírito Santo para compreender completamente a tua perfeita vontade, quando nos chama para te seguir, renunciando à vida todos os dias, tomando cada um a sua cruz e indo após o Senhor. Guia-nos por essas sendas do Calvário. Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

O Fiador do Moço

Meditação do dia: 28/05/2020

 “Porque teu servo se deu por fiador por este moço para com meu pai, dizendo: Se eu o não tornar para ti, serei culpado para com meu pai por todos os dias.” (Gn 44.32)

O Fiador do Moço – A sabedoria ensina a nunca assumir responsabilidade que não seja sua. Entrar em situações que levem a assumir responsabilidades desnecessárias, é prenúncio de tragédia, ou no mínimo, problemas para sua cabeça. No mundo dos negócios, não existe almoço grátis, e as garantias são exigidas para todos os lados. Na Palavra de Deus, a recomendação é fugir, correr de servir de fiador o mais longe que lhe for possível. Veja a gravidade com que Provérbios lida com isso: Meu filho, se você aceitou ser fiador de seu amigo ou se concordou em garantir a dívida de um estranho, se caiu numa armadilha por causa do acordo feito e se está preso por suas palavras, siga meu conselho e livre-se dessa obrigação, pois você se colocou nas mãos de seu amigo. Procure-o, humilhe-se e insista com ele. Não deixe para amanhã; não descanse enquanto não resolver essa situação (Pv 6.1-4). Por mais que as pessoas leiam isso na Bíblia, eles não levam isso tão à sério, ou por não entender ou pelo envolvimento emocional com a pessoa. Isso nos nossos dias aparece como pedir cheque; fazer compra no seu cartão de crédito; comprar no seu crediário ou fiador de aluguel e etc.  Não é um bom negócio. Dificilmente acaba bem; você perde o amigo e arca com o prejuízo. Então seja sábio e prática a Palavra de Deus. Quando ensino Mordomia Cristã, nessa parte, em respostas aquelas perguntas inevitáveis, a situação mais aceitável é a seguinte: Você tem recursos suficientes desde já para garantir o cumprimento do tal compromisso em nome dessa pessoa, sem que isso te cause dano financeiro? Se tem e está disposto, então seja fiador; caso ela não venha a honrar parte ou o todo, você já preparado e consciente desse risco. Judá está numa situação muito crítica, em luta interior com suas conveniências, suas palavras empenhadas junto ao pai e ao irmão mais novo; sem falar no acordo (se podemos assim chamar) com o governador, para a vinda do irmão mais novo, como garantia de probidade e retidão em nome de toda a família. Entre os muitos conflitos, ele e os irmãos nem tinham tempo ou reação diante da veracidade ou não de crime ou delito praticado por Benjamim, de furtar objetos da casa do governador. Suas preocupações eram maiores que isso. Judá tinha, tal como Rúben, sensação de responsabilidade pelo desaparecimento de José e provocado aquele abismo emocional na vida do pai, mas que agora esse brecha crescia a cada dia e a cada movimento, ameaçando tragar a todos. O que fora algo pequeno e apenas travessura que deu errado entre irmãos, agora ameaçava ruir e ninguém estava mais seguro. Como ele fora irresponsável na guarda e proteção de um irmão e escondera do pai, agora ele se pôs como fiador pelo irmão e não haveria condição que ele não estaria disposto a cumprir e ser penalizado, para proteger desta vez, o seu irmão. Era aquele grito desesperado: “Já fiz uma bobagem uma vez e não tenho como reparar, mas não vou permitir acontecer de novo e ainda mais com Benjamim!” Judá estava sendo depurado, cada gota de suor ruim estava sendo extraído sem piedade! Os planos e propósitos de Deus para ele eram grandes e duradouros demais para entregar a um homem cheio de dúvidas com relação a si mesmo; com fantasmas do passado lhe seguindo de perto. Em termos psicológicos, é quase impossível precisar o nível de estresse a que ele estava submetido naquele momento. Líderes são forjados em níveis de pressão muito grandes! Não é sem motivo que muitos sucumbem e se esgotam ainda na fase de preparação. Olha o conselho de Tiago: Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria sempre que passarem por qualquer tipo de provação, pois sabem que, quando sua fé é provada, a perseverança tem a oportunidade de crescer. E é necessário que ela cresça, pois quando estiver plenamente desenvolvida vocês serão maduros e completos, sem que nada lhes falte (Tg 1.2-4). Deixa eu te dar uma força: a teoria do que Tiago fala é linda e maravilhosa! Mas isso, ao vivo e à cores, meu irmão, só Jesus na causa! Mas quem viver e sobreviver, sairá diferente e pronto!

Senhor, Jesus se colocou entre Deus e os homens – de um lado um Deus santo e justo, e de outro, homens pecadores e corrompidos pelo mal. No Getsêmani foi tétrico e muito estressante; “se possível, passa de mim este cálice! Mas faça-se a tua vontade!” onde Adão fracassara, renunciando a vontade de Deus e abraçando a sua própria; aqui, Jesus renuncia a sua vontade e abraça a vontade de Deus. Foi ali, que ele quebrou as cadeias da escravidão sobre a vontade humana. Tudo o que perdemos em Adão, recuperamos em Cristo; Tudo que perdemos no Jardim do Éden, Jesus recuperou para nós no Jardim do Getsêmani. Tão grande amor assim, só Deus mesmo; só Jesus mesmo. A ele seja a honra e a glória para todo sempre, amém.

Pr Jason

Alma Ligada Com Alma

Meditação do dia: 27/05/2020

 “Agora, pois, indo eu a teu servo, meu pai, e o moço não indo conosco, como a sua alma está ligada com a alma dele, acontecerá que, vendo ele que o moço ali não está, morrerá; e teus servos farão descer as cãs de teu servo, nosso pai, com tristeza à sepultura.” (Gn 44.30-31)

Alma Ligada Com Alma – Naturalmente há ligações muito fortes entre pais e filhos. Laços de sangue, pela genética, uma ligação biológica natural. Há também laços afetivos, os chamados “laços de alma” que podem ser tanto bons, quanto ruins; saudáveis ou pecaminosos. Amizades fortes também produzem ligações de alma e alguns casos até superam laços biológicos. Desde Abraão, vinha sendo construído uma linhagem de ligações muito fortes, diria extremamente fortes, devido a quase todos terem sido gerados por promessas devido a dificuldades de geração de filhos, como foi o caso de Sara, depois Rebeca e depois Raquel e Lia. Todos esses casais baralharam muito em oração e se firmaram em promessas de Deus para virem a conceber e terem seus filhos. Diretamente ligado a isso, vinha o forte laço de amor dos pais por esses filhos e acrescente-se as promessas de Deus e as alianças celebradas entre esses pais e o Senhor Deus Altíssimo. Eram pactos com validade eterna, com compromissos de serem passados de geração em geração sob condições de bênçãos ou maldições. Todos os fatores levavam a grandes e fortes ligações entre esses pais e esses filhos. Apimentando esses relacionamentos, acrescentamos uma pitada de laços familiares afetivos, quando por exemplo Jacó fora apaixonado por Raquel e obrigado a cumprir uma tradição e se casar com Lia e ele teve que contornar a situação para seguir o seu coração e casar-se também com a amada de sua alma. Ela, lhe deu dois filhos e digamos, com extrema dificuldade e lutas; sendo assim não é nenhuma novidade ver Jacó/Israel ter uma queda preferencial por José e Benjamim. José por ser o primogênito de Raquel e Benjamim por circunstancias excepcionais, pois com o seu nascimento veio a morte de sua mãe. Então o pai ganhou um e perdeu outro no mesmo instante. Como não nos identificarmos com um pai numa situação dessas. Com o passar dos tempos a dor, a saudade e as lembranças marcantes ficaram apenas para Israel e José, um por ter perdido a mãe quando ainda era muito criança e o outro por ter perdido a esposa que era o encanto de sua vida, amor à primeira vista. O pequena Benjamim não conhecer a mãe e as lembranças certamente não pesavam tanto sobre ele porque a vida que conheceu, era essa que viveu, sob os cuidados do pai e o carinho do irmão. Pensando em laços familiares fortes, não podemos deixar de incluir aqui o que deve ter sido para José e Benjamim, quando do desaparecimento dele; podemos ligar as peças vendo o que seria quase uma obsessão do governador do Egito pelo irmão mais novo daqueles dez irmãos diante dele. Também vemos fragmentos emocionais fortes, pistas deixadas no banquete oferecido por José a eles: E ele levantou os seus olhos, e viu a Benjamim, seu irmão, filho de sua mãe, e disse: Este é vosso irmão mais novo de quem falastes? Depois ele disse: Deus te dê a sua graça, meu filho. E José apressou-se, porque as suas entranhas comoveram-se por causa do seu irmão, e procurou onde chorar; e entrou na câmara, e chorou ali. E apresentou-lhes as porções que estavam diante dele; porém a porção de Benjamim era cinco vezes maior do que as porções deles todos. E eles beberam, e se regalaram com ele(Gn 43.29,30,34). Há quarenta e cinco anos eu leio essa história e sempre mais de uma vez por ano e sempre foi difícil conter a vontade de chorar; as lágrimas as vezes eu consigo conter, mas as emoções não! Eu me envolvo emocionalmente e parece que é sempre a primeira vez que estou lendo. Judá confessou essa ligação entre seu pai e Benjamim e ele a admitia como legítima e que deveria ser respeitada; ele até se prontificava a sacrificar-se por esse irmão, até como uma medida de compensação pelo sofrimento e a quebra dos laços entre o Pai, José e Benjamim e ele vira que o pai nunca se recuperara. Com as devidas proporções, o que levou Judá a tamanha identificação e consciência da dor e sofrimento do pai, foi porque ele perdera dois filhos e isso arrasa qualquer pai. Judá sabia que a dor da perda do pai não se comparava com a dele, e a do pai fora provocada especialmente por ele e era algo que poderia no mínimo ser afagada com a verdade, que eles nunca estiveram dispostos a admitir. O tempo levou aqueles irmãos a perceberem que o mal que eles produziram atingira também a eles igualmente como ao pai e a Benjamim. A nossa lição de hoje é sobre o valor e a importância da verdade! A verdade liberta e previne novos males.

Senhor Deus e Pai, queremos aprender com o Senhor sobre o valor da verdade. Ela sempre prevalecerá sobre o engano e a mentira. Deus é a verdade! Jesus é a verdade que liberta! O Espírito Santo é o Espírito da verdade. Queremos permanecer expostos a tua verdade, para andarmos em liberdade e verdadeira justiça. Pedimos ajuda e cremos que a receberemos para que o Senhor seja honrado e glorificado em tudo o que fizermos. Oramos em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Fragmentos de Confissões

Meditação do dia: 26/05/2020

 “Então disse-nos teu servo, meu pai: Vós sabeis que minha mulher me deu dois filhos; E um ausentou-se de mim, e eu disse: Certamente foi despedaçado, e não o tenho visto até agora;” (Gn 44.27-28)

Fragmentos de Confissões – Confessar faz muito bem para a alma, para a saúde emocional e mental das pessoas. Guardar erros, pecados, segredos e problemas, faz com que a a pessoa viva como se andasse no fio da navalha! Ela sabe, que à qualquer momento tudo pode vir à tona! Uma pisada em falso, uma palavra fora do lugar ou alguém cavar no lugar errado e a coisa toda vai aparecer. Não vale a pena! Conta-se a história de um fiel que procurou seu confessor pois sentia uma culpa e condenação, sem qualquer razão; o confessor lhe ditou uma penitencia leve e ele se foi. Na semana seguinte ele voltou e disse que nada tinha mudado, se sentia mal e o confessor lhe apertou, então ele disse que a única coisa insignificante que lembrava era de ter achado uma corda e trazido para casa. Nova penitencia e lá se foi. Próxima sema, tudo de novo; não me sinto livre e perdoado. Outro aperto e então ele disse que na verdade achou a corda, mas ela estava amarrada a uma árvore e ele a desamarrara. Tudo certo, então e nova penitencia. Nova semana e lá vem ele novamente. Dessa vez, ele disse na outra ponta da corda, havia um cabrito e que ele também o levara consigo. Embora isso não passe de uma anedota, mas ilustra uma tentativa religiosa de aliviar a consciência sem de fato tratar do pecado. No íntimo da pessoa, a meia verdade, não é uma verdade! Duas meias verdades podem não constituir uma verdade, antes, uma grande mentira. Isso não funciona diante de Deus, meus irmãos. Deus é luz e nele não há trevas alguma n(I Jo 1.5). Estou sempre de olho em Hb 4.13 – E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar.José, o Governador, foi dando corda para eles irem falando e a cada fala, novas revelações; parecia escavação arqueológica, pequenos fragmentos ia se revelando sob cada camada de poeira do tempo. Antes ele haviam dito que “um já não existia” – depois “estava morto” e agora, seguindo as narrativas da tradição oral, Judá está repetindo as falas deles com o pai e então reproduziu o que o pai lhes dissera sobre uma situação: “Então disse-nos teu servo, meu pai: Vós sabeis que minha mulher me deu dois filhos; E um ausentou-se de mim, e eu disse: Certamente foi despedaçado, e não o tenho visto até agora;” Opa!! Aqui o pai revela que José saíra de casa e desapareceu, “certamente despedaçado por feras…” Como o pai soubera disso ou chegara a essa conclusão? Aí tinha coisa nova! Ou coisa velha, empoeirada, mofada e cheirando mal. O que Benjamim saberia? Acredito que até então, os filhos de Israel estavam pensando apenas nas questões momentâneas que se apresentavam. Eles estavam tendo problemas com um governador exigente com relação a honestidade de clientes numa época de escassez severa. Apenas estava sendo muito severo nas averiguações, pois não havia nada de errado com eles ou os fatos que estavam descrevendo, sendo inclusive comprovados com a chegada do irmão mais novo. Coisas da burocracia de estado. José estava sondando os corações deles e vendo suas intenções e que mudanças haviam neles depois de tantos anos e o efeito que seu desaparecimento provocara em toda a família. Deus estava lidando com o caráter de pessoas que levariam o seu nome e à sua glória ao conhecimento de todas as nações, para abençoarem todas as famílias da terra. Como um Deus justo, íntegro e amoroso, seria representado por embaixadores trapaceiros, dispostos a esconder seus erros e pecados e seguir em frente como se nada tivesse acontecido? Gente, o pregador do Calvário, precisa ser alguém crucificado! “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Rm 14.17). Encobrir pecados e crimes não é fazer justiça – ausência de conflitos não é paz – alegria do Espírito Santo é diferente de “risadas, entretenimento e euforia emocional.” Se você não sabe ou percebe a diferença, Deus sim! E isso importa muito!

Senhor, nós estamos vivendo dias onde a verdade é contestada e adaptada à conveniência e gosto do cliente. Mas a tua Palavra é a verdade que nos serve de referencia e fundamento. Aceitamos sim, pela fé, a ação do Espírito Santo em nos sondar e iluminar nosso interior e reprovar aquilo que o Senhor reprova. Queremos andar na luz, mas na tua luz e sob o teu olhar de misericórdia e compaixão. Não somos reprovados ou desprezados por seus fracos e pecadores, mas por sermos apegados ao mal e ao pecado. O Senhor nos ama e nos acolhe; nos aceita e nos perdoa, linda e purifica no sangue de Jesus. A tua graça é suficiente para acolher a todos e trazer para a comunhão dos filhos de Deus. Converte-nos Senhor a ti, todos os dias e a cada dia renova a tua misericórdia. Pedimos em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

O Valor Das Pequenas Coisas

Meditação do dia: 25/05/2020

 E nós dissemos: Não poderemos descer; mas, se nosso irmão menor for conosco, desceremos; pois não poderemos ver a face do homem se este nosso irmão menor não estiver conosco. (Gn 44.26)

O Valor das Pequenas Coisas – Apertar o parafuso certo, esse é o segredo! O pessoal de RH, Administração e da Área Motivacional, fazem uso da história do profissional altamente qualificado que foi contratado para consertar um problema numa plataforma em alto mar, bem distante da costa e por elevadíssimo custo porque nenhum tecno ou engenheiro local conseguir sanar o referido problema que paralisava as operações todas daquela indústria. Ele só levou uma minúscula chave no bolso e em lá chegando, se dirigiu diretamente a um determinado local e com um pequeno toque, sem esforço nenhum, colocou tudo funcionando novamente com precisão exata. Ninguém dos demais se conformava que apenas aquilo, tão insignificante resolveria o que eles não resolveram em dias. Em retaliação exigiram que ele emitisse uma nota fiscal de serviço detalhando minimamente o custo elevado do seu serviço. Foi então que ele surpreendeu novamente: Ajustar um pequeno parafuso = 1,00 dólar. Ajustar o parafuso CERTO = 999,00 dólares. Em nossas meditações dos últimos dias temos girado em torno de um único eixo, que tem mexido com muitas gente e de muitas maneiras: Benjamim. O pequeno Benjamim, o caçula, o mais novo. A raspa do tacho, como dizemos no interior do Brasil. Na primeira viagem dos irmãos para comprar alimentos, o pai já não o deixou ir. Quando apertados e pressionados pelo governador, disseram que tinham um irmão menor, que ficara em casa, que era o xodó do papai – o governador/José, achou o pequeno parafuso certo, que com uma leve torção produzira resultados na máquina toda. Sem ele, Simeão estaria em maus lençóis; quando veio, foi o centro das atenções e quando a “taça sumiu” como num passe de mágica (pare eles) ela apareceu na bagarem de Benjamim. Todos se prontificaram a serem escravos, mas o governador só se interessava por um deles, o menor. José estava certo, ali estava a fraqueza e a força deles. Ao eliminarem José de suas vidas, parece que o centro de gravidade em torno de onde tudo girava naquela família passou a ser o pequeno Benjamim. Não só Israel queria, mas eles mesmos se viram obrigados a amar demais e proteger demais um centelha que ficará, porque a promessa de Deus e a aliança, era com doze filhos de Israel e eles fizeram por conta própria, por ódio, rancor e insensatez a eliminação de uma das tribos e agora não conseguiam equilibrar essa balança! Quando nosso corpo está ferido ou doente, todas as atenções dos demais órgãos são para aquela parte, para suprir a necessidade da sua operação ou para reparar o quanto antes o seu funcionamento. Uma roda feita com doze peças, não rodava bem só com onze, por mais que se esforçassem, a cada volta, ela denunciava que a falta de uma peça. O profeta Zacarias fez a pergunta: Porque, quem despreza o dia das coisas pequenas (Zc 4.10). Paulo descrevendo as funções do corpo para ensinar sobre os dons espirituais escreveu: Antes, os membros do corpo que parecem ser os mais fracos são necessários; E os que reputamos serem menos honrosos no corpo, a esses honramos muito mais; e aos que em nós são menos decorosos damos muito mais honra (I Co 12.22,23). No Milênio, quando tudo estiver no lugar certo, sob o domínio de Cristo: E morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo com o cabrito se deitará, e o bezerro, e o filho de leão e o animal cevado andarão juntos, e um menino pequeno os guiará (Is 11.6). Tiago falando sob o controle da língua: Assim também a língua é um pequeno membro, e gloria-se de grandes coisas (Tg 3.5). No contexto imediato ele cita três coisas pequenas que comandam e produzem grandes resultados: O freio para os cavalos, o leme para os navios e uma fagulha para um incêndio. Não é sem razão que diz o nosso ditado, que os melhores perfumes e os priores venenos, vem em pequenos frascos. Há coisas pequenas emperrando sua vida com Deus ou com a igreja ou família? Há pequenas atitudes bloqueando o seu crescimento espiritual? Há pequenos pecados impedindo um grande mover do Espírito ao seu redor? O Deus quer nos mostrar sobre pequenas coisas que produzem grandes resultados?

Senhor, obrigado, porque podemos estar procurando grandes vazamentos, grandes estragos e pecados enormes que arruinaram nossas relações e nossa comunhão e não os encontramos; pode ser que de fato não existam; mas pequenos desvios de conduta, pequenos arranjos para acomodar o erro e o pecado; pequenos, pequenos e insignificantes furos que estão minando toda a nossa resistência e vazando todo o poder e energia espiritual que ainda conseguimos produzir. Revela-nos, Senhor, a nossa real condição e guia-nos pelos teus caminhos eternos. Queremos e precisamos nos arrepender e sair dessa condição para andarmos em vitória, como é a tua perfeita vontade para cada um de nós, em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Tu Disseste, Nós Dissemos

Meditação do dia: 24/05/2020

 “Então tu disseste a teus servos: Trazei-mo a mim, e porei os meus olhos sobre ele.
E nós dissemos a meu senhor: Aquele moço não poderá deixar a seu pai; se deixar a seu pai, este morrerá. Então tu disseste a teus servos: Se vosso irmão mais novo não descer convosco, nunca mais vereis a minha face.”
 (Gn 44.21-23)

Tu Disseste, Nós Dissemos – Há pessoas que possuem uma capacidade de argumentação muito grande, capaz de reverterem situações difíceis só na lábia, no poder da fala. Isso bem utilizado se torna uma arte e algumas pessoas proporciona muito prazer em ouvi-los. Esse mesmo talento pode ser utilizado para o mal, ou o pecado e assim é profundamente lesivo para que lhe der atenção. Algumas crianças na fase de crescimento se tornam contestadoras e ficam muito boas em argumentarem especialmente contra ordens ou situações que devem ser suas responsabilidades; para evitar, elas argumentam veementemente e pode até se tornar “bate-boca,” e se não forem bem orientadas e disciplinadas, isso poderá se tornar um traço negativo na sua vida de adulto e nas relações sociais e familiares. Nos tempos bíblicos antigos, os ensinamentos e as verdades eram perpetuadas em sua maioria pela tradição oral, ou seja, as histórias e ensinamentos eram contados e repetidos até que os novos aprendessem e contassem fielmente a mesma coisa, passando assim para frente; isso produzia uma boa utilização da memória e da capacidade de contar e relatar fatos. Um mal dos nossos dias, porque desde que surgiu a calculadora portátil, ninguém mais sabe tabuada de memória; depois dos aparelhos de projeção de textos e imagens, não memorizamos mais os cânticos e textos bíblicos; desde o advento da internet, não se precisa mais saber nada de memória, é só consultar o doutor Google e tá na mão!!!! Você já percebeu o quanto os personagens bíblicos contavam e repetiam as história s e argumentos de suas experiencias espirituais? Como era o sistema cultural usual entre as pessoas, foi também o sistema que Deus fez uso para que sua Palavra e seus ensinamentos fossem transmitidos. Gosto de encontrar essas preciosidades e ver quão efetivos eram. Um dos meus preferidos é uma fala de Deus à respeito de Abraão: Porque eu o tenho conhecido, e sei que ele há de ordenar a seus filhos e à sua casa depois dele, para que guardem o caminho do Senhor, para agir com justiça e juízo; para que o Senhor faça vir sobre Abraão o que acerca dele tem falado (Gn 18.19). Abraão irá ordenar bem a seus filhos, sua casa depois dele, para guardarem o caminho do Senhor, agir com justiça e juízo! No ritual da páscoa e outras festas, isso também é reafirmado: Portanto guardai isto por estatuto para vós, e para vossos filhos para sempre. E acontecerá que, quando entrardes na terra que o Senhor vos dará, como tem dito, guardareis este culto. E acontecerá que, quando vossos filhos vos disserem: Que culto é este? Então direis: Este é o sacrifício da páscoa ao Senhor, que passou as casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu aos egípcios, e livrou as nossas casas (Êx 12.24-27). Eles nem tinham saído ainda do Egito e Deus já falava de quando eles estivessem na Terra Prometida e os filhos lhes perguntassem sobre esse ritual que faziam anualmente. Aqui, no texto da nossa meditação, vemos Judá repetindo e repetindo os diálogos que já tiveram e ainda que pareça repetitivos, era assim que se desenvolviam as argumentações. Diante do Governador que lhe concedeu uma audiência, Judá pediu permissão para apresentar sua argumentação final. Ele apresentou que tudo poderia ter sido mais simples e sem complicações, pois eles vieram para adquirir suprimentos e o governador os interpelou, sobre quem eram e exigiu atestado de idoneidade para comprovar que não eram espiões e sim homens de bem e que o pai estava em Canaã com o irmão mais novo, sendo um dos doze já era morto. Veja que eles tentavam levar a vida suprimindo a pessoa de José. Judá lhe afirma, que foram e voltaram e trouxeram o irmão mais novo, sem o qual o pai não suportaria o sofrimento, caso algo ruim lhe acontecesse. Judá subiu o tom, o senhor mesmo disse que sem o garoto não nos receberia e nem veríamos mais a sua face. Nós dissemos, o senhor disse, no dissemos novamente… José sabia de tudo aquilo e não estava preocupado com retórica, lógica e poder argumentativo, ele procurava atitude interior de mudança de vida de seus irmãos e ver alguém disposto a se responsabilizar por seus atos. O que José fez com seus irmãos, Deus faz conosco, para levar-nos a assumir posições e demonstrar vida transformadas, serviços com excelência e rendição autentica diante de seus pés.

Senhor, obrigado pelo argumento do Calvário, onde sem palavras, o Senhor ensinou o que é o amor e como se resgata algo precioso. Mais do que palavras, a obra inteira da redenção é um agir contínuo e bem planejado para alcançar cada um dos milhares de pecadores. Obrigado, porque entre esses tantos, estou eu! Graças, por tão grande salvação. Oramos e louvamos com gratidão em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Falta o Atestado de Óbito

Meditação do dia: 23/05/2020

 “E dissemos a meu senhor: Temos um velho pai, e um filho da sua velhice, o mais novo, cujo irmão é morto; e só ele ficou de sua mãe, e seu pai o ama.” (Gn 44.20)

Falta o Atestado de óbito – O Brasil é o país do futuro. Conheci essa frase quando era garoto ainda. E o Brasil continua sendo o mesmo país do futuro de muitos anos atrás; mas nessa semana li uma citação que se não fosse trágica, seria bem cômica: O Brasil é o país que não perde uma oportunidade de perder oportunidade. Sem nenhuma conotação político-partidária, fico na oração para que os propósitos de Deus se estabeleçam sobre essa nação. Mas esse gancho eu peguei porque os irmãos de José parecem não perder uma oportunidade de perder oportunidades. Desde o primeiro encontro com o governador do Egito, eles se apresentaram como homens de bem, filhos de um ancião da Terra de Canaã, doze filhos, um não existia mais e o mais novo ficara em casa com o pai. E eles disseram: Nós, teus servos, somos doze irmãos, filhos de um homem na terra de Canaã; e eis que o mais novo está com nosso pai hoje; mas um já não existe (Gn 42.13). José fez de conta que não acreditou e trancou todos eles em prisão por três dias e depois propôs que um ficasse detido e os outros voltassem com alimentos para os familiares. Só aqui, já havia aparecido mais de uma oportunidade de dizerem a verdade sobre o irmão desaparecido. Admitiram internamente, mas ainda dispostos a manter o segredo. Então disseram uns aos outros: Na verdade, somos culpados acerca de nosso irmão, pois vimos a angústia da sua alma, quando nos rogava; nós porém não ouvimos, por isso vem sobre nós esta angústia. E Rúben respondeu-lhes, dizendo: Não vo-lo dizia eu: Não pequeis contra o menino; mas não ouvistes; e vedes aqui, o seu sangue também é requerido (42.21,22). Vocês sabiam que há uma diferença entre confessarmos os nossos pecados e fazermos um relatório sobre os mesmos pecados? O fato de admitir um erro, um pecado e contá-lo, seja a Deus em oração ou a alguém, não necessariamente significa que se está fazendo uma confissão. Em relação aos pecados e erros, é necessário uma atitude de arrependimento e o sincero desejo de não voltar a cometer novamente e assim, se faz uma confissão genuína. Os irmãos de José, admitiam que erraram com José, viram a angústia da sua alma e não o socorreram e agora sua vida era requerida de suas mãos. Mas fico nisso! Era como se dissessem: José já está morto a muitos anos, não podemos fazer mais nada, e se escondemos isso até hoje, não há motivo para abrir a boca agora e trazer à tona tudo isso e ter que dar explicações em casa para o papai. Ausência de evidencia não significa evidencia de ausência. Por que José não voltara para casa, não dera notícia e ninguém mais ouviu falar dele, concluíram que evidentemente estava morto; passaram a agir como se de fato ele estive morto. Em poucos dias, José ouvira dos seus irmãos por duas vezes que ele estava morto. Assim ele percebeu que embora se esforçassem para viverem de forma honesta e correta, havia algo no passado deles que lhes prendia e eles não queriam tocar naquele tema. Só queriam seguir com suas vidas. Eles eram uma família que se tornaria uma nação, que se tornaria o instrumento da obra da redenção abençoar todas as famílias da terra, em caráter definitivo e permanente. Tudo que se edifica, precisa ter alicerces sólidos; sem um bom fundamento a ruína é só uma questão de tempo, mais cedo ou mais tarde ela virá acontecer. Deus precisava ajuda-los a construir sobre fundamentos melhores, e a mentira, o engano não podem servir de fundamento. A hipótese de que “ninguém sabia de nada”, era muito frágil, pois eles foram falar isso, exatamente para o suposto morto. Fundamentos são importantes! Sobre que bases estamos construindo nossa vida, família, ministério ou riquezas?

Senhor, a tua sabedoria nos orienta a deixar o futuro para o futuro e o passado no passado; mas não podemos seguir pela vida arrastando cadáveres de problemas que não sepultamos devidamente e com as honras necessárias. Pecados precisam ser confessados e abandonados, erros precisam ser reparados e as restituições devidas feitas e tudo ficar às claras. Obrigado por nos guiar a uma vida de legítima honra e sem deixar marcas ruins ou que deponham contra o nosso testemunho de vida. Pedimos sabedoria e ajuda para viver e andarmos na luz, em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

A Incômoda Pergunta de José!

Meditação do dia: 22/05/2020

 “Meu senhor perguntou a seus servos, dizendo: Tendes vós pai, ou irmão?” (Gn 44.19)

A Incômoda Pergunta de José – Fazer boas perguntas é uma arte, chega a ser quase uma ciência. Alguns chegam a dizer que na verdade o que move o mundo não são as respostas, mas perguntas. Num tribunal, normalmente os inquiridores são experientes na arte de perguntar e para isso se preparam com muito esmero, para que possam antecipar o raciocínio do outro lado da questão e assim preparar as perguntas certas no momento certo, onde elas vão produzir os resultados esperados. Por vezes até os mais astutos são surpreendidos e são obrigados a admitir que foram apanhados. Nas Escrituras Sagradas encontramos muitas perguntas sobre muitos assuntos, e até mesmo o Senhor Deus faz perguntas; já escrevi em ocasiões anteriores que quando Deus faz uma pergunta, ele não espera uma resposta, mas uma atitude. Por que o Todo Poderoso, onisciente, perguntaria algo a um mortal que não sabe nada? José sabia fazer as perguntas certas que lhe permitia extrair mais do que palavras e dados, ele estava pescando atitudes dos corações dos seus irmãos. As pessoas costumas dizer que o tempo resolve determinados problemas. Na verdade, o tempo não resolve, o que ele faz é dar a oportunidade das pessoas mudarem de atitudes e tomarem decisões melhores, que resolvam seus conflitos. Faziam mais de vinte anos que eles se separaram naquele dia em Dotã, quando eles o venderam e José sabia que eles não teriam dito a verdade ao pai, porque se o fizessem ele teria ido em sua procura. A conclusão era que todos estavam envolvidos no acobertamento dos fatos. Judá estava se esforçando para ser honesto e transparente diante de todas as perguntas do governador desde a primeira visita. A questão estava pendente no fato de que José os reconhecera, mas eles não o reconheceram, e lidavam com ele como se fosse um verdadeiro estranho, portanto o passado deles não lhe importava e não teria como saber como fora que um dos seus irmãos morrera! Como eu disse acima, saber fazer as perguntas certas na hora certa é muito importante; José em nenhum momento contra argumentou com eles sobre como fora que morrera o outro irmão. Tal pergunta seria embaraçosa para eles, mas também anteciparia o roteiro do final da história. Aqui, novamente Judá reafirma que José era morto! Eles mentiram e enganaram muita gente por tanto tempo que eles mesmos já acreditavam na própria mentira. É fato que alguém pode enganar muita gente, por muito tempo; mas não dá para enganar a todo mundo o tempo todo! Com tantas pessoas no mundo, eles foram falar exatamente para José que o José irmão deles estava morto a muitos anos. Judá e seus irmãos odiavam tanto a José, que o queriam morto, para eu eles não se dobrassem diante dele. Criaram a situação e forjaram o seu sumiço e contando com as probabilidades das chances de um garoto não sobreviver sob escravidão, cravaram que ele já estava morto; dando isso como fato consumado. Você já incorreu em declarar um fato, quando não o era? Já acreditou em uma informação dada como verídica e depois se comprovou falsa? Saulo de Tarso também acreditava que Jesus estava morto e sepultado e era assunto liquidado, até no caminho de Damasco teve um encontro com ninguém mais do que o próprio Jesus! No filme Ben Hur, o governador romano da Judeia, prendeu o príncipe Judeu, seu amigo e o condenou às galés, certo de que ninguém sobreviveria naquelas condições; para surpresa sua ele não só sobreviveu, como salvou um Consul romano que o adotou como filho e quando ele voltou a Jerusalém era autoridade maior que o próprio governador. Quem planeja o mal se torna conhecido como criador de problemas (Pv 24.8 NVT). O problema que Judá e seus irmãos enterraram vivo, e nunca mais olharam para ele, não só não morrera, como crescera e se agigantara agora diante deles. O garoto mimado e sonhador que foi suplantado para não se tornar nada importante, estava agora sendo chamado pelo próprio Judá como alguém “…porque tu és como Faraó..” Em termos atuais, numa contextualização só para entendermos o significado disso, Faraó era mais poderoso e tinha mais prestígio do que tem hoje Donald Trump, Xi Jinping ou Vladmir Putin. José só não era maior que o Faraó no Trono. Lição do dia: Resolva seus problemas e conflitos interiores, não os enterre e declare mortos se resolvidos, porque eles irão crescer e quando aparecerem diante de você, será grande demais para enfrenta-los. José, não se tornara um problema não solucionado para eles, mas uma solução não reconhecida e por ignorância, temido antecipadamente. Errar nunca é bom, mas errar tomando o bom por mal é preferível do que errar tomando o mal por bom. O bem e o bom sempre retribuirão com bondade; mas o mal é vingativo e altamente destrutivo.

Senhor, Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, a Ti seja o louvor, honra e glória para todo o sempre. Graças te rendemos pela tua precisão em cuidar das nossas vidas e prover o bem e as bênçãos para nos alcançar nos momentos certos da vida. Os filhos de Israel tentaram se livrarem da salvação providenciada por ti, para que no devido tempo eles fossem ajudados, mas agiram como se tivessem controle de tudo e do próprio tempo. Queremos aprender com humildade as lições de cada dia, e nos conformarmos com as tuas sábias decisões, que possamos crescer em sabedoria e acharmos graça diante de Ti. O Senhor é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente no tempo das angústias; por isso não temeremos, a despeito de todas as convulsões ao nosso redor. Nossa fé é para ti, nosso louvor e nossa adoração sempre serão somente para ti, em nome de Jesus, amém.

Pr Jason