Negócio Fechado

Meditação do dia: 31/03/2021

E ele disse: Ora seja também assim conforme as vossas palavras; aquele com quem se achar será meu escravo, porém vós sereis desculpados.(Gn 44.10)

Negócio Fechado! – Negócio fechado e com desconto. É assim que os irmãos de José e seu mordomo encerraram aquela conversa naquela manhã ali na beira da estrada de saída da cidade. Eles, claro, não sabiam que negócio estavam fechando, mas fecharam assim mesmo. O servo de José era apenas um intermediário, falando em nome do seu senhor e como tal, bateu o martelo, sabendo o que procurar e até mesmo onde procurar, mas resolveu aumentar o drama elegendo uma maneira sistemática de proceder as buscas, começando pelo mais velho, até chegar no mais novo. Mas, para os rapazes, a cada abertura de pertences e nada encontrado, era um alívio, pois eles não contavam com uma prova plantada; até que restou somente um em doze, e com a honestidade deles, já se viam livres da acusação, ou do engano que estavam cometendo, e assim mesmo com a perda de tempo e um pedido de desculpas, a vida voltaria ao normal. Só que não! Benjamim foi pego! A casa caiu! Não deve ser uma cena boa de se ver, como em um filme de suspense; porque daqueles onze homens ali, até poderia ter suspeitas sobre dez deles, mas não sobre Benjamim. Provérbios, adverte que a pessoa não deve ser precipitada nas suas palavras, como em outras coisas. Tens visto um homem precipitado nas suas palavras? Maior esperança há para o insensato do que para ele (Pv 29.20). Me refiro aqui, ao fato deles terem tanta certeza de que nada seria encontrado com eles, que apostaram a vida do culpado e a liberdade dos demais. O mordomo aceitou a proposta deles, e ainda foi generoso, comutando um bom desconto; trocando a sentença de morte por escravidão e liberando todos os demais. Até que seria uma boa proposta, se o alvo não fosse justamente Benjamim. Situações difíceis exigem medidas fortes, mas o sábio é ser prudente e manter o equilíbrio e o bom senso. As escolhas sábias o guardarão, e o entendimento o protegerá (Pv 2.11 NVT). Quando não sabemos que vantagem a outra pessoa tem sobre nós, devemos agir com extrema cautela e quando se trata de temas sérios, nos quais o empenho da palavra é questão de honra, preciso orar e pedir discernimento ao Espírito Santo que habita em nós. Somos responsáveis por nossas escolhas, mas não podemos escolher as consequências das nossas escolhas. Cuidado para não fazer uma proposta e o outro lado se apreçar a estender a mão e dizer: “Negócio fechado!”

Pai amado, estamos agradecidos por sabermos que tens um plano perfeito de amor e bondade para cada um de nós, seus filhos. Podemos confiar no teu caráter e nas tuas intenções, mesmo que não vemos o quadro todo, podemos confiar em ti e andar pela fé, sabendo que o nosso Deus é santo e justo em tudo que faz. Conceda-nos graça para as grandes decisões, em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Cuidado Com o Que Você Fala

Meditação do dia: 30/03/2021

Aquele, com quem de teus servos for achado, morra; e ainda nós seremos escravos do meu senhor.(Gn 44.9)

Cuidado Com o Que Você Fala – Por que alguém abriria a boca e falaria uma insanidade dessas, se auto sentenciando a pena capital e escravidão? Como já escrevi em outras oportunidades, para a nossa melhor compreensão de uma literatura antiga, precisamos compreendê-la com a mentalidade daquela época, incluindo os aspectos culturais, morais, éticos e religiosos dos envolvidos na trama. Ao tentar entender e julgar com base na nossa experiencia atual, conforme os nossos costumes, cultura e tudo mais, certamente as coisas não vão se encaixar e consequentemente não haverá compreensão, nem histórica e muito menos espiritual; abre-se uma imensa brecha para a heresia e os descaminhos. Por exemplo, se eu dissesse essa mesma coisa para uma autoridade hoje que estivesse me inquirindo sobre suspeita de furto ou descaminho de qualquer natureza; é certo que ele não daria valor algum e nem registraria isso como aceitável como elemento de veracidade probatória. Mas para aquele tempo e cultura, isso era uma das formas mais fortes de expressar oficialmente que se era inocente e não estaria envolvido em nada ilegal. Aplicando os princípios que valem para a vida, em todo tempo e cultura, que nos foi ensinado por Jesus e os apóstolos, é que somos responsáveis pelo que dizemos e que tudo o que falamos tem peso sobre nossa vida. As palavras são sementes, poderosas sementes, como tal, vigiar e ser cuidadoso na utilização das nossas palavras é imperativo. Porque em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito (Mc 11.23). Sabendo do potencial extraordinário das palavras proferidas, e cientes de que tudo se origina no coração, elas então surgem eivadas de poder e intenção. Um coração cheio de paz, amor e compreensão, sempre irá proferir palavras construtivas, edificantes, abençoadoras que saram e curam vidas quebradas. Por outro lado, pessoas feridas, magoadas, com dificuldades em seus relacionamentos, claramente suas palavras refletirão suas condições interiores. Na Nova Aliança, Jesus propôs um padrão tão saudável e elevado de conduta que não seja necessário exageros e extremos para dar garantias do que falamos. Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna (Mt 5.37).

Obrigado Senhor, porque as tuas Palavras são a verdade fundamental de nossas ações e procedimentos. Cremos que podemos construir ou destruir com o uso de nossas capacidades de expressar. Obrigado por validar através de Jesus tudo o que precisamos para servir e abençoar as vidas que estão ao nosso redor. Oramos agradecidos em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Furtar do Senhor dos Outros

Meditação do dia: 29/03/2021

Eis que o dinheiro, que achamos nas bocas dos nossos sacos, to tornamos a trazer desde a terra de Canaã; como, pois, furtaríamos da casa do teu senhor prata ou ouro?(Gn 44.5)

Furtar do Senhor dos Outros – Vamos direto ao ponto. Furtar é apropriar de pertences de outrem de forma furtiva, às escondidas ou com sutilezas. Na vida ideal isso nunca aconteceria entre pessoas tementes a Deus e piedosas. Entre cristãos então, esse cuidado nem deveria existir porque todos são ensinados e conscientizados da mordomia que exercem sobre todos os bens a nós confiados por Deus. Estamos falando do respeito pela propriedade e pelo direito à propriedade, que está inserido em nossa fé. Os templos e propriedades das igrejas, eram livres de cercas e medidas de segurança, porque era tidos como lugares de oração e permaneciam sempre abertas. Hoje elas possuem todas as parafernálias de segurança e monitoramentos modernos e ainda são insuficientes contra furtos, roubos e vandalismo, sem falar nas profanações propriamente ditas. Temos nossas posses, mas as reconhecemos como sendo propriedades de Deus e concedida a nós para o exercício das funções e responsabilidades que o Senhor nos deu. Assim, não preciso cobiçar nada de ninguém, porque aquilo pertence ao mesmo Senhor e está sob responsabilidade de outro servo dele, meu conservo. Entre os mandamentos que a cultura judaico-cristã, consideram sagrados e importantes na observação, está um para não cobiçar nada, de ninguém, em tempo algum. “Não furtarás. Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem cousa alguma que pertença ao teu próximo” (Ex 20.15,17). Os rapazes afirmaram para o servo de José, que eles não furtariam coisas da casa do senhor dele. Aqui está minha linha de pensamento para hoje. Eles não haviam furtado e não tinham intenção de fazê-lo. A história contém inumeráveis registros de destruição de propriedade alheias, desde bens pessoais, como de coletividades, como cidades, estados e nações. Povos e culturas viveram, cresceram e tiveram prosperidades com base em atacar e saquear outros povos e nações. Conquistadores raramente demonstravam qualquer respeito por lugares sagrados e seus objetos de cultos e cerimonias. Até hoje, não engolimos a saga do General romano, Pompeo que invadiu e conquistou Jerusalém e entrou montado no seu cavalo no templo de Salomão e com seu punhal cortou de alto à baixo o véu que separava o lugar santo do Santo dos Santos. Por razões que a própria razão desconhece, ele não encontrou lá a Arca da Aliança, e depois disso, não se tem notícias oficiais dela. Só Indiana Jones a encontrou na ficção do cinema. Anos mais tarde, já na era cristã, escrevendo aos próprios cristãos romanos, o apóstolo São Paulo, faz uma advertência corretiva sobre a prática coerente da fé. “Tu, pois, que ensinas a outrem, não te ensinarás a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas? Dizes que não se deve cometer adultério, e o cometes? Abominas os ídolos, e lhes roubas os templos?” (Rm2.21,22). Além da discrepância entre o que crê, o que ensina e o que pratica, é ventilado a prática religiosa de abominar ídolo, mas saquear templos de ídolos. Interessante. A fé que leva a evitar a prática abominável da idolatria, não é a mesma sobre roubar, saquear e profanar elementos da fé de outras pessoas e crenças diferentes. A religiosidade vazia, leva o religioso a considerar e respeitar tudo o que é do seu lado e lhe “dá permissão” para praticar atos que sua fé condena. Roubar é pecado em qualquer credo! Mentir, maldizer, amaldiçoar, profanar, desrespeitar e faltar com bondade e misericórdia. Impor a sua fé a ferro e fogo em outros é errado em qualquer situação. Deus não compactua com isso. O que os “cristãos” fizeram e ainda fazem, está sendo replicado pelos islâmicos radicais, e radicais de todas as nuances e matizes de crença. Em nome de Deus, se cometeram barbaridades em todos os continentes e ainda se faz. Isso é religião, não fé e não é isso que representa a mensagem do amor de Deus.

Senhor, obrigado por sua bondade e misericórdia, todos os dias para com os teus filhos e para com todos os povos. Tu não és Deus dessa ou daquela fé ou religião, estás muito acima de todas essas conveniências humanas e convenções religiosas. Deus é Deus e é o Todo-Poderoso que criou todas as coisas e as colocou à disposição e deleite de suas criaturas. Para cuidarmos e zelar por aquilo que é bênção para todos. Dê-nos sabedoria e graça para nos aproximarmos de ti com corações íntegros e puros, em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Quando Muito é Insuficiente

Meditação do dia: 28/03/2021

Eis que o dinheiro, que achamos nas bocas dos nossos sacos, to tornamos a trazer desde a terra de Canaã; como, pois, furtaríamos da casa do teu senhor prata ou ouro?(Gn 44.5)

Quando Muito é Insuficiente – Um amigo de velha dada, ligada a área de segurança pública e professor de direito, costumava de dizer: “A esposa de César, não basta ser honesta, precisa também parecer honesta.” É quase uma versão reversa do que estamos costumeiramente vendo em termos de ações das pessoas nos diversos âmbitos da coisa pública. Uma outra frase célebre nos meios corporativos e de investimentos no Brasil, atribuída quase sempre à Pedro Malan, ex-Presidente do Banco Central e ex-Ministro da Fazenda, é “no Brasil, até o passado é incerto.” Que o diga nosso STF e nosso judiciário que acusa e condena meio mundo e depois de anos, anula tudo por alta de provas. Mas não é essa nossa linha, nem de vida, nem de fé e muito menos de interesses. Aqui, nossa motivação é alimento que abençoa e nos sustenta para a vida eterna; o pão do céu, a Palavra encarnada, viva e eficaz, lida, entendida, meditada e praticada sistematicamente, com corações e mentes piedosos. A vida cristã, exige um padrão de excelência que absorve atenção e intenção de tempo integral. Se para sustentar a família e seguir adiante, se diz que temos que matar um leão por dia; para manter uma vida espiritual equilibrada de santidade e bom testemunho, sendo frutífero e abençoador, errar e pecar não é uma opção aceita. Fazer bem feito hoje, melhor do que ontem e progredir amanhã e assim, seguimos como se espera de nós. No texto de hoje, os irmãos de José, através de um porta-voz do grupo, estão apresentando argumentos bons e justos em defesa de suas condutas para com governador e até mesmo diante de seu representante, o mordomo, que lhes veio interpelar. Era verdade, eles haviam agido com honestidade e transparência. Quando perceberam o dinheiro presente em suas cargas de alimentos da primeira viagem, trouxeram de volta e apresentaram imediatamente ao mordomo. É verdade que também trouxeram dinheiro em dobro na segunda viagem, para evitar quaisquer contratempos. Tudo isso era verdade e nenhum deles tinha qualquer intenção de subtrair objetos ou dinheiro da casa do governador. Eles não precisavam disso, não tinham essa prática e sabiam que estavam em observação de honestidade o todo tempo todo. Agiram com autenticidade. Mas não bastou, não foi suficiente. Alguém plantou uma prova irrefutável contra eles. E agora? Já vimos isso acontecer em nossos tempos atuais. Chamamos de “armações,” “provas plantadas, ou forjadas.” Judicialmente, precisa-se de comprovação em contrário e legalmente bem feito para anular alguma ação desse calibre. Espiritualmente, a fé precisa ser acionada e depender inteiramente da ação de Deus em fazer juízo e justiça. Nunca se aconselha um cristão fazer justiça com as próprias mãos, ou assumir um papel que não lhe compete. Não se faz justiça cometendo injustiça, assim como não evitamos ou corrigimos o mal produzindo outro mal. O fim, não justifica os meios, diante de Deus.

Senhor, queremos declarar a nossa confiança na tua capacidade de cuidar de nós e estamos cientes de que tens os meios e as ferramentas necessárias e suficientes para tal. Ainda quando os teus filhos estão em situações ruins como aconteceu com José, em grande  parte de sua vida, ainda assim, estás no controle e por ser perfeito em todas as tuas obras e santo em tudo que faz, podemos confiar em ti e descansar nas tuas providencias. Oramos em de Jesus, amém.

Pr Jason

Maus Procedimentos

Meditação do dia: 27/03/2021

Não é este o copo em que bebe meu senhor e pelo qual bem adivinha? Procedestes mal no que fizestes.(Gn 44.5)

Maus Procedimentos – É notadamente interessante vermos as coisas por prismas bem diferentes ou distantes, tanto em épocas quando em costumes e culturas, como estão sendo nossas oportunidades nesses trechos da vida de José e seus irmãos. Estamos olhando etiqueta social e ética sendo cobradas por um serviçal, a pessoas que ele nem sabia quem de fato eram. Por outro lado, ele só estava cumprindo ordens de seu senhor, que por sinal era um homem muito bom, respeitoso e poderoso no seu tempo, tendo certamente todo o respeito e reverencia de seus serviçais. Mas por outro lado, podemos olhar para isso com as lentes de quem vê além do visível natural. Quem eram aqueles onze homens estrangeiros, que foram convidados pelo senhor daquele mordomo e quem era aquele mordomo? Li um artigo certa vez, de cunho evangelístico, que trabalhava com a seguinte pergunta e linha de pensamento: “Que diferença fará, daqui a cem anos?” ali ponderava valores nesta vida que fazem diferença entre as pessoas, mas e daqui a cem anos? O CEO de uma Publisher de conteúdos sobre investimentos costuma citar em suas publicações que de certa forma “à longo prazo todos estaremos mortos.” Ele não está longe da verdade, do ponto de vista humano e vendo o homem em sua brevidade temporal de vida. Na conversa, à mando de José, o serve repreende duramente aqueles homens, e hoje não entraremos no mérito da questão, sobre ele ter razão ou não. Mas vou seguir a linha de pensamento que iniciamos, levando em conta é claro, que a narrativa bíblica se ocupa posteriormente com a descrição da história do povo escolhido, e não temos nenhum meio de dizer o que aconteceu com aquele servo de José e sua posteridade. Mas seguindo um raciocínio comum, diríamos que ele serviu a José por longos até se aposentar e morreu e foi muito honrado por toda a família pelos bons serviços prestados. Não nos assustemos, se o encontrarmos no céu, porque José influenciava com sua fé e certamente seus serviçais conheceram o verdadeiro e único Deus; ainda mais depois com a chegada de Jacó, fazendo com que o culto a Jeová prosperasse na terra dos faraós. Isso foi uma digressão, mas vamos ao que interessa. Aqueles onze homens (e muitos segredos, diga-se de passagem), se tornaram juntamente com José, os doze patriarcas de uma nação que se formou dentro do próprio Egito e posteriormente foram escravizados e depois saíram, para voltarem para a Terra de Canaã, e tomarem posse de sua herança territorial dada a eles pelo Senhor Deus deles, o Altíssimo, o Criador dos Céus e da Terra. Eles se tornaram os pilares de uma nação sacerdotal cuja missão era fazer Deus conhecido entre todas as famílias da terra. No curtíssimo prazo, aquele servo estava dando ordens e distribuindo broncas; mais tarde ainda naquele dia, deveria ele estar abraçando e celebrando com eles, o fato deles serem irmãos do seu senhor; e é claro, se desculpando: “Eu só estava fazendo o que o chefe mandou.” O resto, é história! O mau procedimento daqueles homens não alterou em nada o futuro deles e dos propósitos divinos. Claro, devemos celebrar cada momento e construir um bom legado com cada oportunidade que se nos apresenta nesta vida. Vou fechar com uma história mais perto de nós: Na cidade de Ponta Grossa, no Paraná, numa igreja Batista de Renovação Espiritual, havia um menino que estava sempre na companhia de um jovem, carregado na garupa da bicicleta indo para os cultos e trabalhos da igreja. Esse menino, foi meu colega de quarto no seminário e hoje é pastor no interior do Paraná; o jovem que o carregava é apenas o pastor Marcio Valadão, da igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte.

Senhor, graças te rendemos por tua fidelidade em levar adiante os teus planos e propósitos para com cada um dos seus filhos. Queremos ajuda do Espírito Santo para sermos eficientes em nosso testemunho e termos bons procedimentos, de forma que as pessoas ao nosso redor sejam influenciadas para o bem e venham a te conhecer e serem abençoados com a graça da salvação em Cristo Jesus. Fomos chamados para sermos bons modelos e testemunhas do teu amor. Em nome de Jesus, oramos em fé, amém.

Pr Jason

José, o Adivinhão

Meditação do dia: 26/03/2021

Não é este o copo em que bebe meu senhor e pelo qual bem adivinha? Procedestes mal no que fizestes.(Gn 44.5)

José o Adivinhão – A arte da mágica é uma capacidade de produzir uma ilusão no espectador, o que ele está presenciando é real, mas longe de ser fato. Quanto mais elaborada a apresentação, melhor. Isso encanta as pessoas e mesmo sabendo que não é real, não deixa de ser maravilhoso. Alguns truques são habilidades treinadas com as mãos e elementos auxiliares; outras os componentes estão no cenário preparado com antecedencia fora dos olhos curiosos. As luzes, ou falta delas, os sons e as distrações criadas para as pessoas focaram no que lhes é indicado e não no que está de fato acontecendo, também ajuda. Aqui cabe a máxima de que a ignorância é uma bênção, pois quanto mais distante da verdade, mais fácil se torna a ilusão criada. Outra coisa que está presente também são as informações privilegiadas ou habilidades de captá-las. O que tornou o detetive Sherlock Holmes um fenômeno, era o bom uso de seus muitos conhecimentos e uma mente brilhante. (Claro que ele é um personagem de ficção da literatura inglesa criado pelo médico e escritor Sir Arthur Conan Doyle). Num episódio mais atual do seriado, Maria, a esposa de Watson foge largando tudo e todos e viaja de moto, trem, avião navio, barco, bicicleta, carona e à pé, atravessando continentes até chegar a uma cidade de cultura em algum pais islâmico distante. Ao entrar no quarto do hotel, lá estavam Sherlock e Watson esperando por ela. Ela exigiu explicações de como fora localizada; e o detetive fez uma longa exposição de técnicas usadas, cruzamentos de dados, algoritmos cruzados e etc e tal. Ela disse que ainda era impossível! Ele então sorriu e confessou que apenas colocara uma escuta no celular dela. O que para ela era um mistério, na verdade não o era para ninguém, era apenas informação privilegiada. Estou fazendo um papel de “Mister M” genérico, apenas para facilitar minhas pretensões de discorrer o tema da meditação de hoje. Para que alguns de espiritualidade mais à flor da pele e radicais xiitas gospels, não entendam que acredito ou defendo métodos pagãos preditivos, como adivinhação, premonições e outras coisas do ramo. Muito menos que estou ensinando que José adivinhava. Permita-me fazer um parêntese aqui, para dizer que as fontes convencionais de se adquirir informações e conhecimentos entre os seres humanos são básicos: Estudos, pesquisas, experiencias, observações e transferencias de conhecimentos. Isso é lógico, racional e empírico. Fora do convencional, entra o espiritual (bom e ruim); a fé e cultura de raízes ética e moral judaico-cristã, admitem duas fontes, Deus e o Mal, cada um com seus muitos meios. Os dons os dons espirituais por exemplo são fontes de se adquirir conhecimentos e informações além da capacidade humana ou de seus recursos. Não vou aqui entrar na discussão sobre se o outro lado, (lado negro da luz de Star Wars), realmente acessam e transmitem conhecimentos espirituais e sobrenaturais. O certo é que Deus não dá ordens absurdos e não proibiria seu povo fazerem algo que na verdade não existe. Porque colocar uma placa de advertência de “curva perigosa,” numa reta? Entendo que a proibição seja devido a origem delas e a impossibilidade de aferição da verdade, o que abre a porta para a operação do erro. “Não vos virareis para os adivinhadores e encantadores; não os busqueis, contaminando-vos com eles. Eu sou o Senhor vosso Deus” (Lv 19.31). José estava se valendo do conhecimento e das informações privilegiadas que tinha em relação aos seus irmãos, porque eles não sabiam (ignorância) que ele era José, o seu irmão. isso conferiu a ele um poder que era deslumbrante para eles que estavam impressionados sobre como ele sabia tantas coisas sobre eles sem nunca terem se visto. Assim qualquer coisa que ele demonstrasse teria um peso e uma força sobre eles. Então o servo dele aparece com essa “lorota” que aquele ele era o copo particular que levava seu senhor a adivinhar. Como eu e você e os leitores da Bíblia temos conhecimentos dessa história em andamento que pela narrativa, nem José e nem seus irmãos sabiam, porque estamos acompanhando “em tempo real,” vendo o todo enquanto eles estão restritos a seu tempo e lugar, assim nós também temos informações privilegiadas. Isso não é mágica e nem somos adivinhos. Quando a fé nos ordena confiar em Deus e em suas promessas, evitando a ansiedade, nos leva a andar pela fé, ou seja, eu não sei o que me espera amanhã ou mesmo daqui à pouco, mas eu sei que alguém mais poderoso do eu, mais generoso e cuidador está no controle. Nesse caso, nossa informação privilegiada é a capacidade de Deus de cuidar de nós e honrar sua Palavra. Deus existe, Ele me ama, isso me basta!

Senhor Deus e Pai, graças te damos por não conhecemos muita coisa além dos limites de nossa experiencia, mas a nossa fé nos leva a dar passos firmados na tua graça e promessas e elas são muito firmes para nós. Somos conscientes de tua presença pela fé, porque a tua Palavra diz que estás conosco e estás no controle e governo de todas as coisas. Ainda quando não podemos entender, podemos crer e confiar que tudo irá bem. Em Jesus estão escondidos todos os tesouros do conhecimento e da sabedoria e Jesus nos pertence e nós pertencemos a ele pela redenção efetuada na cruz. Obrigado por tudo, sempre, em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Retribuição

Meditação do dia: 25/03/2021

Saindo eles da cidade, e não se havendo ainda distanciado, disse José ao que estava sobre a sua casa: Levanta-te, e persegue aqueles homens; e, alcançando-os, lhes dirás: Por que pagastes mal por bem?(Gn 44.4)

Retribuição – Qual é a resposta certa? A vida é na verdade um pouco mais complexa do que nossa vaidade gostaria de supor. Há uma lei invisível e natural nas relações sociais em que se espera um nível de correspondência mútua. Isso vai muito além da ética, do respeito, da honestidade, da generosidade e do reconhecimento de que tudo o que se faz, haverá correspondente de volta. O bem é sempre esperado em resposta ao bem ou útil e necessário feito. Nos níveis mais superiores, espera-se que o mal também seja respondido com o bem para eventualmente interromper um ciclo de maldade. Quando essas expectativas não são satisfeitas, aparecem as interrogações, como no caso do texto que estamos apreciando hoje. Por que vocês pagaram mal o bem que receberam do governador? A lista pode ser grande levantada dos muitos motivos para não terem feito nada de mal contra a pessoa e as propriedades do governador. Mas por que fizeram? Nesse caso em particular, sabemos que nada fizeram; eles estavam sendo levados ao extremo da resistência de suas capacidades interiores, para que José se certificasse que eles haviam aprendido algo com o passado de erros e violências em família. Então sabemos que a situação era proposital, havia uma finalidade a ser atingida e precisava de medidas extremas. A visão humana da realidade ao seu redor é por demais limitada, como escrevemos na meditação de ontem, a humanidade ainda não saiu da periferia de suas potencialidades. É exatamente por isso que a fé deve ter seu espaço e suas aplicações para que se possa ir além dos limites mensuráveis até então. Imaginemos a pessoa bíblica de Jó; tudo o que ele passou, mesmo tendo um curriculum superior a todos os demais homens seus contemporâneos. Por que? Deus tinha propósitos muito mais elevados para ele do que supostamente ele sabia, pois ao final ele declara livremente: Quem é este, que sem conhecimento encobre o conselho? Por isso relatei o que não entendia; coisas que para mim eram inescrutáveis, e que eu não entendia. Escuta-me, pois, e eu falarei; eu te perguntarei, e tu me ensinarás. Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te vêem os meus olhos. Por isso me abomino e me arrependo no pó e na cinza (Jo 42.3-6). Jó falou muito! Falou demais, sem conhecimento, mas achou que estava cheio de razão! Já li intencionalmente o trecho do Livro de Jó, onde Deus assume a conversa e o responde com perguntas – de todas as inúmeras questões propostas e levantadas, nem Jó e muito menos eu consegui responder uma sequer afirmativamente. Ali Deus atropela o homem na sua própria arena. Com Jeremias Deus já faz a afirmação: Porque eu bem sei os pensamentos que penso de vós, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que esperais (Jr 29.11). Nos Evangelhos, Jesus fez a pergunta de retribuição: Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?(Mt 16.26). Paulo também não ficou de fora do tema da retribuição:Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado? Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém (Rm 11.35,36). Por que? Fiz, faço, sofro, acontece ….

Senhor, a tua sabedoria nos ensina que podemos confiar em ti e nas tuas promessas, porque elas estão lastreadas pelo teu caráter santo e perfeito. Teus motivos e razões são justos e verdadeiros em todo tempo. Queremos ajuda do Espírito Santo para adquirirmos discernimento e capacidade de confiança plena na tua soberania e no teu governo. Tu és perfeito e assim também o são as tuas obras, todas elas. Nada do que está me acontecendo visa me destruir ou prejudicar, mas promover o meu crescimento e amadurecimento na fé e na produtividade. Agradecemos em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

A Luz da Manhã

Meditação do dia: 23/03/2021

Vinda a luz da manhã, despediram-se estes homens, eles com os seus jumentos.(Gn 44.3)

A Luz da Manhã – A expressão “luz da manhã” assume significados muito fortes para algumas pessoas devido a importância que ela assume. Costumo dizer que há certas coisas na vida que não temos como ensinar, só se pode aprender. Quem nunca passou uma noite inteira velando por alguém doente, por exemplo, numa situação crítica com riscos de agravamentos e num local insólito e sem recursos, somente quando a luz do novo dia chegar é que haverá alguma esperança de auxílio; esses envolvidos sabem o quão longa é uma noite e qual alvissareira é a luz de um novo dia. Podemos aqui também classificar situações de desastres da natureza, isolando pessoas; estar perdidos em matas e florestas ou mesmo sobreviventes de acidentes em lugares de difícil acesso e fora da vista de transeuntes. Tudo isso são fatos reais, literais e vivenciados por muitos. Fazendo um paralelo muito interessante, o escritor do Salmo 130, na coletânea de cânticos muito utilizados pelos peregrinos piedosos que visitavam o lugar de adoração nas peregrinações de fé, o poema leva o adorador a declarar a sua esperança e anseio pela presença de Deus em sua vida com uma determinação tal que se assemelha aos que por razões fortes precisam esperar pelo amanhecer. A minha alma anseia pelo Senhor, mais do que os guardas pela manhã, mais do que aqueles que guardam pela manhã” (Sl 130.6). literalmente, nosso texto base, trás uma dualidade incômoda, porque descrever o nascer de um dia é sempre motivo de alegria, poesia, beleza e esperanças. Os filhos de Jacó, estavam eufóricos por finalmente algo ter dado certo sem maiores preocupações; afinal foram bem sucedidos na viagem, trouxeram Benjamim, satisfizeram o exigido pelo governador, que cumpriu sua palavra e libertou Simeão que ficara detido em garantia; foram convidados para uma recepção amigável e um farto banquete no almoço na casa do governador. Tudo perfeito!!! Pois é; mas só até um novo dia nascer, pois sob a luz daquela manhã, começava uma nova etapa, inesperada e surpreendente. Isso já aconteceu comigo, contigo e conosco. Tudo vai bem demais até deixar de ir! Não é o caso aqui, mas bem que o Senhor Jesus avisou a seus seguidores: Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal” (Mt 6.34). ada dia tem sua própria cota de preocupações e para algumas delas não estamos devidamente preparados e somos surpreendidos. Mas o interessante é que mesmo assim, a graça de Deus se apresentará trazendo auxílio e socorro. Aos justos nasce luz nas trevas” (Sl 112.4). Então, antes da luz precisamos enfrentar as trevas, a sombra, a dificuldade, mas a vitória sempre virá.

Obrigado querido Espírito Santo por nos guiar aos caminhos da verdade sobre o cuidado de Deus para com cada um de nós. As situações podem se apresentar adversas, mas o amor e a tua proteção sempre estarão disponíveis aos que confiam. Somos gratos por Jesus nos ter amado de uma forma tão intensa e real, que sacrificou a si mesmo para nos dar a vitória e assim podermos firmar nossa confiança naquele que nunca falha. Somos adoradores e firmamos nossa confiança no teu poder de nos dirigir e abençoar. Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

O Copo de Prata

Meditação do dia: 22/03/2021

E o meu copo, o copo de prata, porás na boca do saco do mais novo, com o dinheiro do seu trigo. E fez conforme a palavra que José tinha dito.(Gn 44.2)

O Copo de Prata – Gostamos de olimpíadas, quase toda pessoa que gosta de esportes, aprecia os jogos olímpicos pela intensidade das competições e a rapidez com que se define os vencedores. Todos os atletas correndo atrás do ouro olímpico, preferencialmente, mas caso ele não venha, a medalha de prata já é muito bem vinda; enquanto a medalha de bronze em certas modalidades parece mais um prémio de consolação para os perdedores. Essa é uma maneira de se ver, mas levando em consideração o quanto cada um daqueles milhares de atletas se esforçam e se dedicam para chegar ao seleto grupo que alcançou o índice necessário para competir, só estar lá já é ser um vencedor. Por outro lado, alguns carregam um peso enorme de responsabilidade por representar altos investimentos e representar possibilidades reais de atingir o máximo de desempenho, sendo inaceitável não pontuar. Para alguns não conseguir uma medalha não é uma opção, enquanto outros são francos atiradores, não tendo nada a perder, mas estão ali para beliscar qualquer oportunidade que lhe ocorra até por um pequeno detalhe desfavorável dos favoritos. Então, ouro, prata e bronze, passam a ter uma representatividade muito grande. Na linguagem comercial e financeira de mercado, esses metais fazem parte das chamadas “Commodities,” e tem valore regulados levando em conta sua preciosidade, quantidade, utilidade e a facilidade ou não de mineração. O ouro é altamente reciclável e pode ser reaproveitado quase infinitamente. A prata existe em menor quantidade nas reservas minerais e de aplicações em muitas áreas, incluindo a farmacêutica, medicina e tem a tendência a ficar cada vez mais escassa no mundo, o que fará dela uma verdadeira preciosidade nos próximos anos. Na época do rei Salomão, que ostentava riquezas incalculáveis e explorava riquezas minerais em outras partes do mundo, a prata chegou a praticamente não ter valor algum no seu reino. Também todas as taças do rei Salomão eram de ouro, e todos os vasos da casa do bosque do Líbano, de ouro puro; a prata reputava-se por nada nos dias de Salomão. Também o rei fez que houvesse prata em Jerusalém como pedras, e cedros em tanta abundância como as figueiras bravas que há pelas campinas” (2 Cr 9.20,27). Mas voltando a nossa atenção para o final daquele almoço especial na casa do governador do Egito, com seus onze convidados especiais, ali, José pediu e especificou ao seu servo que colocasse o seu copo, O COPO DE PRATA, junto com o trigo no saco que pertencia a Benjamim. Usando minha criatividade imaginativa, é muito provável que durante a refeição e os inúmeros brindes, aquele bendito copo fora exibido e ostentado deliberadamente por José e mais diretamente com Benjamim, e quem sabe até deixado ele propositalmente em alguns momentos perto do irmão, para que assim pudesse criar um álibi perfeito, para uma futura ação que ele maquinava. Claro, sabemos que Benjamim não agiu de forma desonesta ou descuidada, apropriando-se de qualquer propriedade do anfitrião; também sabemos que José era honesto e generoso e que não estava criando uma situação que perderia o controle e ao invés de resolver um problema, criasse outros e assim poria seus irmãos em risco perante a justiça egípcia e o enredo tivesse outro tipo de final. Então, para todos efeitos, pensamos que todo aquele barulho provocado por José pelo copo que desapareceu, era apenas retórica, discurso inflamado, mas com um objetivo específico de gerar reação impactante em todos eles, porque o problema agora recairia sobre Benjamim, o filho recomendado pro Jacó, para que voltasse são e salvo. José mexeu intencionalmente no tesouro deles e isso todos sabemos o que acontece com qualquer pessoa em qualquer época: Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” (Mt 6.21).

Deus de amor e graça, podemos te agradecer pelo maior tesouro que compartilhastes conosco nesse mundo e nessa vida, que tem a possibilidade de transformar nossas vidas e destinos por toda a eternidade. Somos o teu tesouro particular, e comprados por um alto preço, a vida do teu único filho, sacrificado por nós lá na cruz do Calvário. Deste um tesouro para ter todos os tesouros que criaste e se perderam. A ti, seja a honra, a gloria, o poder e as riquezas, de eternidade em eternidade, para todo o sempre, amém.

Pr Jason

O Meu Copo

Meditação do dia: 21/03/2021

E o meu copo, o copo de prata, porás na boca do saco do mais novo, com o dinheiro do seu trigo. E fez conforme a palavra que José tinha dito.(Gn 44.2)

O Meu Copo – A industrialização em larga escala possibilitou o acesso de muita gente ao mercado de consumo. Produtos que só eram feitos artesanalmente além da demora para se produzir uma única peça, ainda tinha um alto custo, o que só se tornava viável para uns poucos privilegiados. Agora todos podem ter acesso porque tudo o é produzido aos milhares. Nos tempos de José e dos patriarcas, certamente estavam ainda no tempo onde havia diferença nos objetivos e utensílios de uso pessoal dos reis, nobres e plebeus. Certamente não estamos afirmando que Faraó, José e outros dignitários tinham um único copo, prato e similares; mas certamente o copo de um Faraó, não era exatamente encontrado na feira ou naqueles mercados na praça da cidade. Quando José interpretou o sonho do copeiro que estava preso com ele, na descrição ele reitera mais de uma vez a expressão “o copo de Faraó.” E o copo de Faraó estava na minha mão, e eu tomava as uvas, e as espremia no copo de Faraó, e dava o copo na mão de Faraó” (Gn 40.11). vamos admitir para efeito apenas de assimilação cultural, que eles tinham um copo preferencial, ou que gostavam mais, assim como muitos de nós também temos objetos que por alguma razão gostamos mais e assim podemos até nos tornar conhecidos por aquilo. No caso de José, deveria ser uma taça especial, confeccionada de prata e provavelmente utilizada em banquetes e ocasiões especiais, onde aquilo também representava o status social que o diferenciava de outras pessoas nobres. Literalmente, acredito que poderia ser um objeto personalizado, que fora utilizado por ele durante o almoço com os irmãos e feitos vários brindes e permitissem que eles observassem o objeto de perto, para o que num futuro próximo, José criasse uma encenação e com aquele copo, ficasse impossível a negação de um crime. Mas podemos pensar em mais do que um objeto cenográfico de que José lançou mão para atrair a atenção dos irmãos e fazê-los voltar. Meu copo, pode nos remeter a atitudes das quais utilizamos em nossa experiencia, que tem a finalidade de nos diferenciar dos demais e ostentar nossa posição. Poderíamos dizer que é a sacralização de algo profano, banal. Para quem está com sede, que diferença faz o tipo de copo em que lhe é servido a água? Para quem está faminto, faz diferença a cor do prato ou o material de que é feito? Estou convidando vocês a pensarem comigo e juntos corrigirmos atitudes, onde a ação está ficando em segundo plano por ser valorizado o meio, quem ou como está sendo feito. Situações em que o efeito ou créditos para quem faz a ação é infinitamente maior e mais compensador do que se produziu em quem foi beneficiado. O meu copo, pode ser aquilo que Jesus ensinou sobre o modo do cristão ser útil, ser importante sem ser importante em si. Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita; Para que a tua esmola seja dada em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, ele mesmo te recompensará publicamente” (Mt 6.3.4). O mestre repetiu o mesmo princípio para a oração e para o jejum (Mt 6.5,16). Não parece ser uma boa idéia um cristão ser conhecido mais por uma posse pessoal do que por ações e atitudes que expressem sua relação com Deus, de onde derivam suas beneficencias e caridades. O meu copo pode e deve ser comum, igual aos demais, porém o conteúdo deve fazer a diferença sempre.

Graças te rendemos, Senhor, o Todo-Poderoso, pelo privilégio de sermos servos do Criador de todas as coisas, estando aqui comissionados para abençoar outras pessoas que precisam de uma ação bondosa que ela receba e entenda como sendo a expressão do amor de Deus para com sua vida. Nosso Evangelho não pode ser expresso apenas em palavras e rituais, mas em atitudes de amor e compaixão que tornam vivas e verdadeiras a graça e a bondade do nosso Senhor Jesus. Pedimos essa graça para administrarmos bem as nossas relações com o próximo e isso venha a refletir o teu amor em nossos corações. Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason