Barulho não é Poder

Meditação do dia 08/10/2015

I Sm 4.5E sucedeu que, vindo a arca da aliança do Senhor ao arraial, todo o Israel gritou com grande júbilo, até que a terra estremeceu.”

Barulho não é poder! – “Barulho não é poder, sonoridade não é espiritualidade.” Essa frase, foi dita em sala de aula, quando eu ainda era um seminarista, no segundo ano, em 82, citada pela professor Pastor Eduardo Dudek; ela nunca fugiu de minha mente e nem  do meu coração em todos esses anos. Sendo membro e pastor de uma igreja e uma denominação de Renovação Espiritual, é esperado que valorizemos a busca do poder de Deus para manter uma vida de contínua renovação espiritual; nessa caminhada, somos ladeados por companheiros de caminhada e igrejas co-irmãs se contar os inúmeros movimentos evangélicos que gravitam em torno das mesmas expectativas. Contudo os meios para se chegar ao fim desejado tem variado muito e muito mais tem sido as fórmulas e métodos e arranjos – produzindo muito barulho, mas efetivamente pouco resultado. Hoje, estamos no segundo dia de uma campanha nacional de 40 dias de oração e jejum por um avivamento, em termos de Brasil e Convenção Batista Nacional – então minha reflexão nesse dia não é coincidência, mas um privilégio de ter esse texto para hoje. Os contextos são muito semelhantes em diversos aspectos, tanto de Israel nos dias finais do governo dos juízes, como do Brasil atual, e por que não também do nosso contexto CBN. Problemas demandam soluções! Quanto maiores os problemas, maiores precisam ser os meios para se alcançar um resultado satisfatório. Além de todas as situações de crises, Israel ainda estava em estado de guerra com povos vizinhos. A espiritualidade e o culto estavam em baixa; os sacerdotes eram declaradamente e conhecidos como corruptos e imorais (os dois filhos de Eli); Havia juízo divino anunciado contra eles e seus descendentes, como sobre a nação. Ao perderem uma batalha militar para os filisteus, alguém sugeriu que a causa dos fracassos militares eram espirituais, e a solução buscar a presença de Deus. Metade disso era verdade; então concluíram que trazerem a arca da aliança para o meio do campo de combate era a solução, porque acreditavam que a arca da aliança e a presença de Deus, eram a mesma coisa; outra meia verdade. Duas meias verdades necessariamente não formam uma verdade, antes pode se tornar uma grande mentira. Por que? No caso deles: Primeiro, colocaram a fé em um objeto material fabricado, embora sagrado, que simbolizava a presença de Deus, em vez de colocarem sua confiança NO DEUS DA ARCA! Subestimaram a santidade de Deus, não se arrependeram, não confessaram seus pecados, não se importaram com suas vidas erradas e profanas. Eram religiosos demais e espirituais de menos. Quando a arca chegou, sem nenhum discernimento espiritual, de que Deus não estava lá, e isso não fazia diferença, porque a fé deles estava na arca e não em Deus, ficaram tão felizes, tão eufóricos, fizeram tanto barulho que a terra tremeu. A terra tremeu porque pularam, vibraram como em qualquer show! Mas não foi o poder de Deus que fez estremecer o lugar, porque o poder de Deus primeiro estremece os corações que amolecem, derretem, sangram e sentem o seu estado e se dispõe ao arrependimento e à confissão, para então se ver a manifestação do poder de Deus que é tremendo! Resultado, tremeram mais ainda diante do inimigo e perderam não só a próxima batalha, mas a guerra, os sacerdotes morreram e a própria arca foi capturada pela inimigo. Alguém aí, com um pouco de bom senso, já ouviu falar que Deus foi capturado, preso e arrastado para as covas do inimigo? Entendem, mesmo o objeto mais sagrado, do povo separado, ainda assim, é um objeto e Deus não é objeto, nem é manipulável e muito menos pode ser contido numa caixinha revestido de ouro e carregado aos ombros, Ele é bem maior que isso, e está muito além disso! Você pode torcer sua teologia, mas não vai mudar a verdade de Deus!

Pr Jason

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