A Unção de Deus

Meditação do dia 14/10/2015

I Sm 10.17Então tomou Samuel um vaso de azeite, e lho derramou sobre a cabeça, e beijou-o, e disse: Porventura não te ungiu o SENHOR por capitão sobre a sua herança?”

A unção de Deus – No culto e no cerimonial bíblico antigo, a unção com azeite, era praticada em casos medicinais e ou em termos de consagração e separação para Deus, poderia ser objetos ou pessoas. Em termos de autoridades, a unção mais comum de acontecer era para os sacerdotes, os profetas e os reis. Aqui temos a unção de Saul como Rei de Israel. O sistema de governo era uma teocracia, ou seja, Deus era o supremo chefe de governo e os reis ou governadores, eram considerados como ministros de Deus, pessoas que exerciam uma função, representando Deus. O rei era um ministro. A unção era portanto, uma necessidade espiritual, que o habilitava diante do povo, que o via como investido de autoridade de Deus para cumprir aquele serviço. Em termos de capacitação, a pessoa que recebia a unção, recebia com ela o poder do Espírito de Deus, que passava a atuar nela e com ela para o exercício pleno de seu ministério. Esse poder e autoridade seria transferida de pessoa para pessoa, na sucessão hereditária da família real, ou quando houvesse quebra na linhagem, haveria nova autorização para se ungir um novo rei. O contexto mostra que após ser ungido, uma série de episódios se sucederam ao jovem Saul, confirmando as palavras proféticas do profeta Samuel. A pessoa ungida, no caso do rei Saul, ele precisava adquirir conhecimento e experiência para se beneficiar da autoridade da unção que possuía. Ela, claro, não o tornava um super homem, nem infalível como também não interferiria no seu caráter e nas suas escolhas. Ele ainda continuava sendo uma pessoa, com liberdade e capacidade de fazer escolhas e como tal, responsável pelas escolhas feitas. Hoje, o sistema é um tanto diferente, mas a autoridade da unção de Deus, ainda permanece na vida das pessoas que são chamadas e separadas para exercerem algum ministério. Todo privilégio, trás consigo suas responsabilidades; assim sendo, homens de Deus que são ungidos e legitimamente ordenados ou separados para o serviço sagrado, precisam conhecer e respeitar a autoridade da unção que pesa sobre sua cabeça. Como a toda autoridade, o abuso no exercício, é reprovável e danoso para a imagem do ministério. Exerça como de fato é, um sacerdócio para Deus e para o representar, servindo as pessoas e não para ser servido pelas pessoas. No final do capítulo, vemos que algumas pessoas quando tomaram conhecimento de que alguém tinha sido ungido rei, eles o desprezaram e nem mesmo se congratularam com ele; mas naquele tempo, Saul, era grande, e como um homem grande, agiu como tal, não buscou tirar satisfação ou exigir reconhecimento e respeito, ele se fez de surdo para com as críticas. Como é bom agir como gente grande!

Pr Jason

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