Meditação do dia 10/12/2015
1 Rs 12.8 “Porém ele deixou o conselho que os anciãos lhe tinham dado, e teve conselho com os jovens que haviam crescido com ele, que estavam diante dele.”
Conselhos e Conselheiros – Popularmente nós, brasileiros não gostamos de conselhos, encaramos culturalmente como se fosse intromissão ou “pitacos” nos negócios. Então se diz que se conselho fosse bom, não seriam dados, seriam vendidos. Biblicamente, conselhos são estimulados, tanto dar quanto receber e tem o prestígio de sabedoria ouvir o conselho de pessoas mais experientes e sábias. Somente pessoas de cabeça pequena não gosta de ouvir conselhos, pois certamente isso coloca em cheque suas idéias e projetos nem sempre viáveis. Aqui, temos uma história que teria tudo para ser um exemplo de sucesso e de experiência bem sucedida de um jovem que assume uma posição importante e que ainda é inexperiente e se vale da sabedoria de pessoas de bem que querem ajuda-lo, pois o seu sucesso fará bem a todos. Mas não deu certo. O Jovem Roboão, filho do grande rei Salomão, assentou-se no trono, com a morte do pai, depois de quarenta anos de governo. Na coroação, o povo apresentou uma petição por alívio fiscal e desoneração tributária, que tanto estava pesando nas receitas das famílias. Para manter toda a pompa e ostentação salomônica, os custos para a população foi muito grande. O jovem rei, sentiu-se numa encruzilhada, pois não tinha experiência e parece que não se preparou devidamente para assumir tamanha responsabilidade; mas agiu prudentemente, pedindo alguns dias de prazo para tomar uma decisão e buscou conselhos dos anciãos que foram assistentes de seu pai. Eles optaram por uma postura de humildade do rei em que ele conquistaria a amizade e a simpatia da população, para assim reinar com justiça e bondade. Ele resolveu ouvir uma segunda opinião e foi ouvir a galera da barulho, os jovens da nobreza que crescera com ele e que não tinham experiências práticas, mas apenas ideais de serem super astros e maiores que todos. Usando uma figura ilustrativa, os amigos de Roboão disseram para que ele mostrasse ao povo que “…Meu dedo mínimo é mais grosso do que os lombos de meu pai…” demonstrando uma mania de grandeza que iria para a história, mas também lhe custaria muito caro. Um pouco de sensatez faz bem a qualquer um, mesmo estando investido de autoridade. Ele não sabia que não é a coroa na cabeça ou o cetro na mão que lhe tornava um rei. Roboão não tinha noção de que estava ali para servir ao seu povo como um instrumento de Deus. Talvez por viver sem nunca ter precisado de nada, o levou a não ver a necessidade dos outros que nem sempre tiveram tanto, mas repartiram para que o reino tivesse tanto. Usar a posição para proveito próprio, pode produzir anomalias como essa. Cuidado! O poder pelo poder, não é bom! Ouça a voz das ruas, o clamor dos que estão em situação de desvantagem, pois dali, pode vir o caminho da justiça, do equilíbrio e da longevidade. Conselhos podem ser bons e conselheiros podem ser úteis, e pessoas que concordam com a gente, só para serem simpáticas ou por desejarem favores, pode levar à ruína.
Pr Jason