Meditação do dia 18/12/2015
1 Rs 20.11 “Porém o rei de Israel respondeu: Dizei-lhe: Não se gabe quem se cinge das armas, como aquele que as descinge.”
O direito de se gloriar – Nossa cultura e idioma são cheios de provérbios, adágios e como dizem lá no sertão, “ditados” que exprimem sabedoria, clássica ou popular, que exprimem conceitos que se deve levar em consideração. As Pessoas mais antigas, ainda preservam muitos dessa sabedoria e se valem dela para transmitirem seus conhecimentos ou suas observações da vida. Imagino que praticamente toda cultura também tem suas formas de expressarem dentro de seus próprios contextos e isso também aparece na Bíblia, afinal ela é também uma coletânea de literatura e sabedoria que transcende tempos e povos, culturas e línguas; suas verdades viram nascer, crescer, florescer e fenecer muitas reinos, reis, impérios e dinastias e para seus admiradores, ela é e continuará prevalecendo, pois sendo Palavra de Deus, permanece para sempre. Gloriar-se é uma forma de pessoas expressarem suas vitórias e conquistas; isso pode ser distorcido e tornar-se negativo, a vanglória. A sabedoria e a experiência de pessoas que merecem ser ouvidas, recomendam equilíbrio e bom senso para evitar prejuízos. Aqui o rei Acabe, se indignou com a arrogância do rei da Síria, que não se contentava com nada e queria mais e mais e demonstrava que faria o que quisesse com quem quisesse e não teria oponente à altura para tentar impedi-lo. Foi assim que Acabe respondeu a ele com esse provérbio militar de seus dias, que em termos simples significava: “Quem está vestindo a armadura para lutar não deve agir como aquele que já está tirando a armadura depois de ter lutado e vencido.” E essa sabedoria se comprovou logo em seguida, porque Acabe venceu seu oponente muito maior e mais bem equipado, porque Deus quis mostrar para Acabe, quem é que realmente tem poder e pode agir com garantia de resultados. O apóstolo São Paulo, é sem dúvida alguma, uma referencia em termos de grandeza humana dentro do contexto de fé e vida espiritual no cristianismo. Desde sua conversão até sua morte, por execução penal do imperador romano Nero Cesar, ele deixou um legado riquíssimo de escritos, ensinos e trabalho abnegado pela expansão do cristianismo e do reino de Deus. Mas também tinha seu conceito sobre isso, ele disse o seguinte: “Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo” (Gl 6.14). Em outra carta ele disse: “Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho!” (I Co 9.16). O profeta Jeremias, no Velho Testamento transmitiu uma palavra de Deus, muito interessante, na qual o Senhor não limita a possibilidade humana de se gloriar, desde que o faça pelas razões apropriadas. “Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas, Mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me entender e me conhecer, que eu sou o Senhor, que faço beneficência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor” (Jr 9.23,24). Conhecer a Deus e saber quem Ele é e o que Ele faz, isso sim, é justificável de se gloriar, mas quem atinge esse nível, atinge também o patamar ideal de humildade para não se gloriar de nada, absolutamente nada, porque é a graça e a bondade de Deus que permite chegar a tal nível. Então, voltamos à estaca zero, de novo!
Pr Jason