Meditação do dia 20/12/2015
1 Rs 22.12 “Disse, porém, Jeosafá: Não há aqui ainda algum profeta do Senhor, ao qual possamos consultar?”
Ainda há algum profeta? Pergunta interessante para se fazer numa terra marcada pela presença de Deus e suas manifestações. Profetas eram homens escolhidos e separados pelo próprio Deus para receberem e transmitirem mensagens e revelações ao povo. A nação dos hebreus era governada por um sistema que modernamente designamos de “Teocracia” – Um sistema de governo baseado nas leis de Deus e revelações dadas por ele através de pessoas vocacionadas para isso. Com o passar dos tempos, hábitos e práticas estranhas a isso foram sendo introduzidas por meio de assimilação de culturas que orbitavam ao redor deles e também por introduzir pessoas da nobreza de outras nações na família real através de casamentos políticos para garantir alianças de paz nas fronteiras. Nesse época específica, a rainha de Israel era Jezabel, uma princesa fenícia que se casara com o rei Acabe e trouxera uma vasta idolatria e paganismo, contaminando todo o sistema vigente. O Pais havia se dividido em duas nações após a morte do rei Salomão; a parte norte, com dez tribos, ficou sendo chamado de Israel e a parte sul, com outras duas tribos, ficou conhecido como Judá, pois era a maior das 12 tribos e aliada de Benjamim. Essa parte sul, ficou fiel ao culto e a fé hebraica, enquanto o “Israel” afundou em paganismo crasso. O rei Josafá, de Judá foi fazer uma visita de estado em Israel e foi convidado a juntar forças com o norte para desocupar e reintegrar um território e ele aceitou, desde que se consultasse a Deus. Isso era um costume, antes de declarar guerra ou entrar em combate, os reis faziam isso, para certificar que teriam a bênção e a garantia de vitória. O rei de Israel, aceitou consultar e de imediato já compareceram diante deles um grupo de mais de quatrocentos “profetas chapa branca,” todos bajulando o rei e incentivando-o a fazer o que quisesse, que seria abençoado e vitorioso. Claro que ele gostou! Afinal era para isso que eles eram sustentados e bajulados pela corte. O rei Josafá não engoliu o engodo e fez a pergunta do nosso texto de hoje. No verso seguinte o rei Acabe diz que existia sim, um homem de Deus, mas que não contava com a simpatia real, “pois nunca profetizava coisas boas a respeito do rei…” – É esse homem que precisamos ouvir, disse Josafá! Só para variar, ele confirmou o sentimento do rei Acabe, contrariando a profetada que afirmava sucesso e volta triunfante, ele afirmou: “E disse Micaías: Se tu voltares em paz, o Senhor não tem falado por mim. Disse mais: Ouvi, povos todos!” (v.28). Como dizemos atualmente, o rei voltou dentro de um saco preto, para cadáveres. Hoje, estamos no finalzinho do ano de 2015, eu replico a pergunta do rei Josafá: “… Não há aqui ainda algum profeta do Senhor, ao qual possamos consultar?” Será que também estamos nas mãos de uma turba de bajuladores do poder e de mãos dadas com a corrupção institucionalizada, de onde tiram suas benesses e se mantém em evidencia com ares de piedade e espiritualidade, mas no fundo são todos farinha do mesmo saco? Nada mudou, desde os tempos de Acabe e Josafá? Pode acreditar que não mudou! Os dois lados continuam andando lado a lado! Um desses lados, sempre é minoria, constantemente sendo execrados e postos de lado. Mas a verdade de Deus continua livre, e homens e mulheres de Deus continuam pregando a mais pura verdade, doa a quem doer, seja rei, soberano, nobres e plebeus, ricos e pobres, grandes e pequenos. Abençoados sejam os que amam a verdade e a proclamam e não se vendem ao poder temporal, acreditando que a bênção que vale a pena, vem de Deus, e isso basta!
Pr Jason