Meditação do dia 13/05/2016
Jó 22.16 “Aceita, peço-te, a lei da sua boca, e põe as suas palavras no teu coração.”
Está certo, mas tá errado! – Ao meditar diariamente no livro de Jó e escrever uma resenha sobre um trecho de capítulo, está me proporcionando a possibilidade de separar os discursos e os pensamentos dos personagens principais, o próprio Jó, Elifaz, Bildade e Zofar, e mais para frente ainda aparecerá ainda Eliú e mais no final, o Senhor entra também nas argumentações. Hoje, a idéia principal do capítulo, discursado por Elifaz, aponta para um vertente da fé e do Evangelho que alguns seguimentos defendem e que poderíamos chamar de “Evangelho Social” com um pouco de mistura do que ficou conhecido no Brasil como “Teologia da Libertação.” Quero antes de mais nada fincar aqui uma estaca e amarrar nela a minha mulinha; porque em se tratando de “Evangelho” eu sou Paulino desde criança: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema” (Gl 1.8). Acredito no Evangelho para minha devoção, para minha salvação e para meu ministério; na declaração de visão da igreja local que pastoreio se afirma: “Pregar o Evangelho todo ao homem todo…” então acreditamos na necessidade cuidar da vida humana de forma integral. Sempre que um seguimento se afasta dos princípios básicos da boa hermenêutica, acabam criando distorções e às vezes verdadeiras arapucas ao enfatizarem um determinado ponto em detrimento do todo da verdade bíblica. É claro que as pessoas precisam de alimento, moradia, saneamento, saúde, trabalho, educação e cultura, proteção e dignidade etc. Também é verdade que o plano de Deus contempla todas essas coisas e muitas outras mais, que nem elas sabem, mas que em sua generosidade e misericórdia nos abençoa abundantemente. Não há preferencia por espíritos redimidos, com corpos doentes e almas sofridas, como também Deus não quer corpos sarados, malhados bronzeados com almas corruptas e espíritos separados da graça. A centralidade da mensagem da redenção aponta para “Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” (I Co 6.20). Elifaz, está exortando a Jó que mecanicamente admita-se culpado, renuncie coisas e bens materiais incluindo riquezas e faça coisas boas, porque assim ele será aceito por Deus e suas obras farão sua justiça aparecer e resplandecer a ponto de até justificar a outras pessoas. A frase que ele usou, em conjunto com outras é muito bonita, é verdade bíblica, mas está dissociado da verdade verdadeira do Evangelho de Cristo e pregado pelos Apóstolos. É claro que devemos aceitar as palavras da boca de Deus e coloca-las no nosso coração; mas o conjunto da obra de Elifaz não merece o Oscar. O que Elifaz faz, não faz bem, ele desfaz!
Senhor, graças te damos pela verdade da tua Palavra, que para sempre permanece no céu e também nas nossas vidas. Sabemos pelo teu ensino que um pouco de fermento leveda toda a massa e o registro que permitistes acontecer das palavras de pessoas que querem induzir a uma moral aparente, mas sem piedade verdadeira, induz as almas ao erro e por fim, os levam a perdição eterna. Obrigado pelo discernimento espiritual de Jó que rejeitou tais meias verdades e se firmou em ti e não em sabedoria humana receber instrução e conforto. Verdadeiramente a Lei do Senhor é perfeita e refrigera a alma. Oro por essa sabedoria, por mim e meus colegas pastores e ministros que receberam de ti a comissão de comunicar a mensagem de salvação pela graça através da fé em Cristo, que sejamos fiéis a isso, todos os dias e em todas as circunstancias, pois essa é uma palavra da salvação. Em nome de Jesus, amém.
Pr Jason