Meditação do dia 17/05/2016
Jó 26.14 “Eis que isto são apenas as orlas dos seus caminhos; e quão pouco é o que temos ouvido dele! Quem, pois, entenderia o trovão do seu poder?”
A criação revela Deus – Conhecer a Deus implica num relacionamento com ele. Fora disso, não é conhecimento, é informação sobre Ele. O principal motivo de se conhecer a Deus é a redenção; o homem se encontra perdido nos seus pecados e numa condição ruim de rebeldia e tentativa de viver independente do criador e com isso sua história não é nada favorável a ter um final feliz. A iniciativa de melhorar as relações, não apenas melhorar, mas acertar definitivamente, restaurando-as, foi de Deus e continua sendo, através da vida, obra, morte e ressurreição de Jesus Cristo e agora aplicada pelo Espírito Santo em nossas vidas. Há duas formas básicas nas quais Deus se revela ao homem, ou seja, se permite conhecer e ser conhecido; as chamamos de revelação natural e revelação especial. A revelação natural acontece atrás da obra criada por Deus, a natureza, o mundo, os mundos, etc. A revelação especial se dá através das Escrituras Sagradas, que é a Palavra de Deus, revelada e transmitida à humanidade. O ápice da revelação especial é através de Jesus Cristo, que nada mais é do que a Palavra, o Verbo de Deus encarnado, como diz o próprio Evangelho de João: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14). O propósito dessa revelação especial, é claro, é a salvação do homem mediante a obra redentora de Jesus na cruz. Mas o nosso tema de hoje, trata-se da revelação natural, muito bem descrita no discurso de Jó aos seus amigos. Lendo o capítulo todo, encontramos diversas alusões à obra da criação e até mesmo sobre suas leis e mecanismos de funcionamento. Pode-se perceber que Jó fala de fatos científicos, que só a pouco tempo, os instrumentos científicos vieram a determinar a veracidade dos fatos, que em muitos casos, ficaram ao sabor dos medos, crendices e mitos da imaginação da sociedade por muitos e muitos anos. Jó no verso final desse capítulo 26 fala que todos esses conhecimentos sobre a grandiosidade da criação e sobre o imenso poder que certamente Deus detém, para formar um conjunto tão vasto e diverso com uma harmonia que é difícil explicar; mas que segundo ele, tudo isso não passa de fragmentos, são as orlas do conhecimento de Deus. Ainda há muito para se saber e a mente e competência do homem está muito aquém de exaurir suas possibilidades. Mas, o que quero trabalhar aqui, é o fato de que o conhecimento de Deus através da revelação natural, apesar de muito bom, interessante e esclarecedor, ele não é um conhecimento redentivo, ou seja, ele não leva a pessoa à experiência de salvação. Por mais que os estudos e pesquisas científicas e da mera observação comprovem e sanem as dúvidas das pessoas, isso não os leva a um relacionamento pessoal que conduza a pessoa a remissão de seus pecados. Isso pode ser claramente visto, por exemplo na experiencia dos sábios que descobriram a estrela que indicava o nascimento de um “rei dos judeus” e que aparecera a eles guiando até Jerusalém, ao palácio de Herodes, que não gostou nada da notícia, mas procurou um jeito de tirar proveito dela. A Estrela desapareceu ao chegar em Jerusalém e eles foram procurar respostas e elas vieram através da revelação especial. Os mestres e rabinos encontraram textos e citações que confirmavam a descoberta dos sábios e precisavam Belém da Judéia como o local exato do nascimento do Messias. Quando os sábios munidos dessa revelação saíram da cidade em direção a Belém, a estrela apareceu novamente e guiou-os diretamente até a manjedoura onde se encontravam o casal e o menino recém-nascido. A humanidade pode até se aproximar de Deus pelos seus caminhos, mas para salvação, só há um, e é o de Deus. “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” (Jo 14.6). Isso é o Evangelho, a boa noticia de Deus para todos nós.
Pai, graças te damos porque o Senhor se agradou de nós e revelaste a tua glória e os teus planos de salvação. Não há razão para não te conhecer, mas em Jesus está a bênção e a palavra da salvação. Reconhecemos nossa incapacidade de ajudar-nos a nós mesmos em termos de redenção e por isso aceitamos o teu plano e a obra completa e irretocável de Jesus lá na cruz. Confessamos o senhorio dele e sua entrega substitutiva em nosso lugar. Obrigado pelo perdão dos meus pecados e pela proteção que encontro hoje, no sangue de Jesus. No nome de quem oramos agradecidos. Amém!
Pr Jason