Meditação do dia 1º/12/2016

Ec 1.14 “Porque na muita sabedoria há muito enfado; e quem aumenta ciência aumenta tristeza.”

 Tudo o que é demais, passa – Em se tratando de literatura, ao lermos um autor lemos também a sua vida e as suas experiências. Artistas dos mais diversos seguimentos, revelam estágios em suas carreiras, com períodos que revelam sua condição física, mental, emocional, os relacionamentos, a felicidade, a tristeza, as perdas e tudo mais. É pacífico entre os estudiosos das Sagradas Escrituras judaico-cristãs, que esse livro foi escrito pelo rei Salomão, como um modo de se retratar, ou de reconciliar-se com sua fé e com Deus, após um período de vida bastante conturbada em todos os aspectos. Podemos perceber que apesar de ser muito sábio, o maior de todos os sábios que já pisou na terra, Salomão ainda continuava humano e como tal, sujeito aos mesmos dilemas de todos os mortais, incluindo o direito de errar e tomar decisões erradas, e como tudo na vida de Salomão foi exageradamente grande, nessa área também ele abusou do direito de fazer bobagens. Outra lição importante da vida dele, é que pessoas inteligentes e sábias, não são infalíveis; elas também erram, também experimentam para saber como é e nem sempre os resultados são felizes. Outra constatação da vida dele, é que a vida passa, tanto para sábios, como para os comuns e o que fazemos de bom nesse intervalo é que realmente conta e uma das mais preciosas lições que ele nos ensinou, é que o fim de tudo mesmo é temer a Deus e fazer o certo. Durante os anos de suas incursões pelos mundos das observações, experimentos, estudos e práticas nos mais diversos campos da vida, ele investiu seu tempo, talentos, dinheiro, poder, prestígio e ganhou muito, mas também perdeu bastante, como um pastor, eu diria que ele saiu bem amarrotado e quebrado, no final. Na introdução desse seu livro, ele apresenta toda a sua frustação consigo mesmo e com o penoso esforço que fez, talvez na expectativa de achar respostas e soluções e ser o herói que salvou o mundo; mas o foi melancólico o resultado de suas conclusões. No texto de hoje ela fala dessa frustração, pois quanto mais sábio e profundo, mais frustrante parece os resultados dos esforços de tais pessoas, porque ele se preocupa e se desgasta propondo soluções boas e as pessoas preferem lidar com o cotidiano do seu próprio jeito sem reconhecer novas alternativas. Também segundo ele quem aumenta seus conhecimentos, proporcionalmente aumentam suas tristezas; isso parece conferir com os resultados e exemplos que a história oferece de praticamente todos os homens bons e sábios que inventaram ou descobriram coisas muito boas, que ajudariam a humanidade e amenizaria muito sofrimento e viram suas criações e descobertas sendo utilizadas para o mal ou de forma destrutivas. Como tal podemos lembrar o nosso Santos Dumont, que segundo alguns findou seus dias muito triste ao ver o destino de sua invenção, utilizada para guerras e jogar bombas e produzir destruição em massa; e olha que hoje ele se reviraria no túmulo com o que se faz com aviões. Também se fala de Einstein, Nobel e etc. A vida humana tem um propósito como eixo central, caso isso não seja reconhecido e trabalhando, só vai sobrar a concordância com Salomão: “Tudo é vaidade e correr atrás do vento!”

Senhor, autor e consumador da nossa fé, nosso criador, obrigado pelos teus propósitos e caminhos delineados para conduzir cada pessoa a vida e ao sucesso, a realização e a satisfação. Em ti encontramos a razão de tudo e para tudo. Conceda-nos a humildade de aceitarmos o nosso papel principal de sermos participantes de teus planos eternos. Obrigado por enviar Jesus para nos salvar e redirecionar a nossa vida, para uma existência cheia de significado. Obrigado por tão grande amor, em nome de Jesus, amém.

Pr Jason