Aquele que Busca, Encontra

Meditação do dia 15/12/2016

Ct 3.1 “De noite no meu leito, busquei o amado de minha alma, busquei-o e não o achei.”

Aquele que busca, encontra – Seguindo a linha de pensamento da trama idealizada pelo Poeta, em dado momento do relacionamento algo acontece e os dois se separam e por alguma razão ela permanece no seu sono sem nada perceber. Quando descobriu que estava faltando alguma coisa, ou uma pessoa e não somente uma pessoa, mas a principal, o amado de sua alma, ela se põe a busca-lo desesperadamente e não para, até reencontrá-lo. Vendo ela como a igreja e ele como Cristo, percebe-se que existe razão para sentirmos um certo grau de solidão e desespero quando percebemos que d alguma forma a presença de Cristo não está tão próxima e real, como sossegadamente supunha a nossa vá filosofia. É extremamente ruim e perigoso viver um relacionamento com Deus, sem que sua presença seja real experimentalmente. Uma igreja sem a presença de Cristo é meramente um clube social de pessoas religiosas, cheias de boas intenções mas vivendo suas vidas à seu modo e nem percebem que a presença da única pessoa que faz a verdadeira diferença se faz presente. Se isso é desesperador coletivamente, o quanto não deve ser individualmente? De repente você acorda, desperta, cai a ficha, tem uma revelação de que sua está vivendo um relacionamento que deveria ser à dois, e na verdade, na intimidade (mostrado ali pela figura do quarto de dormir, do leito) você se vê só e pior ainda, é de noite… é num momento de trevas, de sombras e de perigos; sem dúvida alguma, o momento menos apropriado para se perceber que Cristo não está presente. O lado bom da narrativa é que ela não se acomodou, ou não ficou se lamentando ou chorando suas mágoas e caçando culpados, procurando justificativas e se autocondenando; ela levantou-se, e foi buscar, sem medir esforços ou pesar os riscos de sair àquela hora da noite. E foi recompensada. A pergunta que não pode calar é a seguinte: Você, eu, já descobrimos ou percebemos ausência de Cristo na intimidade do nosso relacionamento com ele? O que fizemos com essa constatação? Estamos dispostos a correr riscos nessa busca, mas persistirmos até encontra-lo?

Pai, graças te damos pela iniciativa de buscar a proximidade no relacionamento conosco, mesmo quando ainda estávamos distantes e em condições de indignidade diante da tua santidade. Obrigado por fazer o suficiente em Cristo para nos resgatar da vida sem a tua presença. Graças, Senhor, pela possibilidade da comunhão e da intimidade contigo; desperta-me e desperta-nos para a verdadeira realidade da nossa condição constante diante de ti. Que a tua graça nos mantenha sempre próximos e jamais nos acostumemos ou aceitemos viver fora da tua presença. Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

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