Meditação do dia 03/02/2017
Is 45.3 “Ai daquele que contende com o seu Criador! E não passa de um caco de barro entre outros cacos. Acaso, dirá o barro ao que lhe dá forma: Que fazes? Ou: A tua obra não tem alça.”
Sem alça – Praticamente em todo o Brasil se conhece a expressão “mala sem alça,” aplicada para designar alguém inoportuno, difícil de lidar, inconveniente, chato mesmo. Se essa “mala” consegue se superar e ser mais complicado ainda, então se acrescenta mais adjetivos: “mala sem alça, de papelão em dia de chuva!” Ao ler o texto de hoje me deparei com uma citação que lembrou a expressão popular brasileira, porque também se trata de uma observação de inconveniência. Deus está transmitindo uma palavra de advertência, através do profeta, endereçada a pessoas que não sabem o seu lugar e se arrogam a falar do que não sabem, não entendem e não podem ver o quadro todo, mas mesmo assim, se dão ao luxo de criticar a criação e extensivamente o Criador; e é claro que isso está errado, completamente errado. O bom senso e a boa educação ensinam que não devemos falar do que não entendemos, ou criticar algo sem termos todas as informações a respeito, e ainda assim, há os termos adequados, o momento e o lugar certo de se dizer determinadas coisas. Mesmo quando se trata de dizer verdades, precisa-se medir as palavras e as intenções, porque em muitas situações, o silencio é tão abençoador, quanto as palavras certas ditas na hora certa. Entende-se que o Senhor está utilizando figuras comuns do dia a dia das pessoas para tornar-se mais compreensível ainda a sua fala. Quem não conhece cacos de barro? Seja de uma botija, um pote, um jarro ou vaso, depois de quebrado, é tudo caco e não é grande coisa um caco falar do outro caco, afinal juntos, é só uma cacaria. Na verdade, se trata dos valores que estão em vista, pois um vaso é infinitamente menos valioso do que quem o fez; seu artífice é quem tem a criatividade, a condição de fazer, desfazer e refazer segundo seu entendimento e não precisa de permissão ou a opinião do barro ou do vaso, ele é o criador. O mesmo se aplica a Deus e às pessoas. Para nós, cristãos, aceitamos pacificamente a idéia criacionista do mundo, pelas mãos poderosas de Deus e sua incrível capacidade de fazer todas as coisas como as fez e como as distribuiu pela vasta criação e Ele mesmo disse ao final que “era muito bom” o que tinha feito. Agora me diga: Um adorador, consciente de que é obra das mãos do seu Deus, feito à imagem e semelhança do seu Criador, dotado de habilidades, capacidades, oportunidades e talentos, tudo para proporcionar glória, honra e louvor a Deus; resolve por conta própria que não é grande coisa, não foi bem feito, veio com defeito de fábrica, não deveria ser assim, nem assado, sou um erro, não gosto de mim e por aí vai… Deus através do profeta, diz: “imagina o oleiro fazendo um vaso e de repente o vaso vira para ele e diz: ‘Tá sem alça, cara! Eu quero ter alça!’ Tem cabimento?” é muito importante que cada pessoa se aceite como pessoa, incluindo suas características físicas, personalidade, habilidades e tudo o que se é. Havendo alguma situação que precise ou que se possa corrigir, seja para estética ou para um melhor funcionamento, faça-se. A verdadeira felicidade não está em ser isso, ou aquilo, desse ou daquele jeito. Felicidade é um estado de espírito, um condição interior. Quem é infeliz por um pequeno detalhe, assim que superar aquilo, ela encontra outra razão e vai passar a vida infeliz. Quem se aceita como tal, já está à meio caminho de ser aceito pelos demais. Ser aceito pelos outros é importante, mas não determinante, pois eu sei quem sou e estou satisfeito!
Pai, obrigado por me criar à tua imagem e semelhança e eu concordo que realmente ficou muito bom. Tenho propósito e sou amado por ti e o meu valor é determinado pelo que Jesus investiu em mim. Sou grato e sou feliz como sou e por quem sou. Em nome de Jesus, amém.
Pr Jason