Apertem os Cintos

Meditação do dia 09/03/2017

 Jr 13.11Porque, como o cinto está pegado aos lombos do homem, assim eu liguei a mim toda a casa de Israel, e toda a casa de Judá, diz o Senhor, para me serem por povo, e por nome, e por louvor, e por glória; mas não deram ouvidos.

 Apertem os cintos – Didática, certamente já ouviu falar essa palavra. Duas definições: 1. Arte de transmitir conhecimentos; técnica de ensinar. 2. Parte da pedagogia que trata dos preceitos científicos que orientam a atividade educativa de modo a torná-la mais eficiente. Noto que Deus entende muito dessa arte de ensinar e utiliza meios e ilustrações as vezes nada convencional para ensinar algo que aos nossos olhos poderia ser feito de modo mais simples, prático e econômico. Lendo os versos iniciais desse texto me deparei com algo bastante curioso, mas não incomum, na forma como Deus trata com os homens. Inicialmente ele faz uso de elementos simples e ao mesmo tempo, sabendo o quadro todo, ele só vai revelando as coisas passo a passo. Nós, humanos, somos muito apressados e queremos muito antever o futuro e não valorizamos muito o aprender em compasso de crescimento, ou seja, gostamos muito de queimar ou pular etapas. O processo de crescimento e desenvolvimento exige experiências que só se adquire andando junto com o mestre ou mentor. Deus mandou Jeremias comprar um cinto e colocar na cintura, mas não lavá-lo ou molhá-lo e ele o fez, nada de estranho ou anormal nisso. Depois desse primeiro passo, o profeta é orientado novamente a fazer uma viagem internacional, até o Eufrates, (Hoje seria digamos de Jerusalém à Bagdá) em linha reta, cerca de 1.045 km. Para esconder o cinto entre algumas rochas. Ele foi e fez isso e voltou para casa. Algum tempo mais tarde, ele recebe nova palavra de Deus, vai lá onde escondeste o cinto e pega-o e lá vai o profeta e lá chegando encontra o cinto todo apodrecido pela umidade, sol, chuva e outros fatores. Foi então que Deus fez a aplicação moral de todo aquele processo didático que provavelmente até ali Jeremias não entendia nada; Todas aquelas viagens longas, cansativas, dispendiosas e um cinto apodrecido, para dizer que a soberba daquela nação seria destruída, apodrecida. Tudo isso não poderia ser dito em poucas palavras e ilustrado por enterrar o cinto no fundo do quintal, ou no barranco de um dos muitos riachos das proximidades? Isso me fez pensar, no porque Deus levou todo esse tempo e recursos para tão pouco. Tão pouco nada! O lugar do castigo e da disciplina da nação, também seria lá na babilônia, perto do Rio Eufrates. O povo faria aquela mesma rota e ali em terras estrangeiras, seriam disciplinados. Deus diz que assim como o cinto está ligado ao nosso corpo, cingindo, assim ele se apegou a nós, em aliança, para sermos exclusividade dele, glória e louvor para o seu nome. Mas o povo não queria saber disso, nada de comunhão, de intimidade e proximidade. E nós?

 

Senhor, mantenha-me com um coração ensinável e confiante de que tens o melhor para o reino e não necessariamente para minha satisfação. Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

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