Problemas Cardíacos

Meditação do dia 13/03/2017

 Jr 17.9 Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?

 Problemas Cardíacos – Como nosso propósito é devocional e não doutrinário teológico, não vamos entrar na discussão quase eterna, sobre o coração humano, ser ou não confiável, caso o dono dele já seja convertido. Pois há quem defenda que isso se refere somente aos não convertidos e outros que engloba a todos. A única certeza que sei, é que nada sei e que todo mundo que tem coração, tem que tomar muito cuidado com ele, pois de vez em quanto nos surpreendemos conosco mesmos. Todos também admitimos que somos mais complexos do que nossa vã filosofia quer admitir, mas ainda bem que Deus nos ama, sonda nossos corações e o Espírito Santo é poderoso como guia e assistente, para nos levar a uma vida de fé e piedade autênticas. Na verdade não pretendo fixar meu tema nesse verso, pois o vejo como a conclusão de duas premissas fortes que Deus estava falando ao seu povo e que não era novidade, pois é ensinamento básico da fé deles. Essas verdades estão no contexto acima e vou trabalhar com uma de cada vez. Primeiro – Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor!(17.5) A atitude de confiar em si mesmo em vez de confiar em Deus coloca a pessoa numa condição de maldição. A pessoa quer fazer do seu esforço pessoal e da força bruta aquilo que só a confiança em Deus pode produzir. Certamente o coração da pessoa se afasta de Deus, pois ela é seu próprio salvador. A condição dessa espécie de atitude produz o seguinte resultado na vida: Porque será como a tamargueira no deserto, e não verá quando vem o bem; antes morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável (17.6). Vida no deserto, esterilidade, ausência de bem, habitação em condições improdutivas e até impróprias. É fim de linha! A segunda premissa, que tem à ver com decisões do coração exatamente o contrário da primeira: Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja confiança é o Senhor (17.7). A condição de crer em Deus e ser o próprio Deus a razão da fé dessa pessoa, o coloca em condição de ser abençoado, ser bendito. Ser bendito, é o oposto de ser maldito, mas não é apenas não sofrer penas e males, a abrangência da bênção de Deus, alcança tamanha dimensão da vida, que não se compara com a situação oposta. Veja o efeito de se confiar em Deus: Porque será como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro, e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e no ano de sequidão não se afadiga, nem deixa de dar fruto (17.8). As duas pessoas são comparadas à árvores, pois o processo de produção da vida leva em conta as estações, o trabalho, o cultivo, o investimento, a confiança, a esperança. Nada acontece em passe de mágica. Ninguém fica rico do dia para a noite, ninguém amadurece de um dia para o outro; ninguém aprende tudo de uma única vez; ninguém recebe uma revelação para a vida inteira, ela vem passo a passo, uma decisão leva a outra, uma construção edifica solidamente demanda investimento, suor, habilidade e inteligência. Mesmo a pessoa tipo “árvore plantada junto às águas,” como na descrição do Salmo primeiro, ela estende suas raízes, ou seja, ela age, atua, investe no seu desenvolvimento, ela não é passiva. O calor também a atinge, como atinge aquela no deserto, mas ela investiu na preservação de suas folhas, que a embeleza, ajuda na respiração, conservação da umidade, floração e frutificação, enquanto a outra é “um pau pelado.” O ano de sequidão também vem para o cristão piedoso e de vida devocional bem estruturada. As crises e problemas não fazem acepção de pessoas, mas essa está bem preparada para encarar os desafios de tempos difíceis e recursos escassos; ela não se afadiga, não se desgasta a ponto de comprometer sua produtividade. Essa pessoa, não deixa de dar fruto, que é na verdade a razão de existência da árvore. O cristão, o filho de Deus, tem uma razão pela qual foi criado, nascido e colocado nesse lugar, nesse tempo e nessas condições para cumprir um papel e agindo pelos caminhos certos de Deus, ele produz fruto em todo tempo, isto é, nas estações de produção ele está ali firme e forte. O verso sobre coração enganoso, é a conclusão desse ensino de Deus. Há pessoas que entende que só pela fato de ser “evangélico, crente, ir a uma igreja” ele já é “árvores plantada junto às águas” e todos que não são como ele, são árvores no deserto. O coração dele o está enganando redondamente. Ser bem aventurado, ou ser maldito, como colocado aqui por Jeremias, é questão de escolha, de decisão de vida! Que tipo de pessoa eu quero ser e vou ser! Que investimentos farei na minha vida espiritual que me colocarão nessa ou naquela condição? Quantas pessoas nas igrejas que são até gente boa e fiéis, mas estão distantes daquilo que eles mesmo acreditam e veem nas Escrituras? A verdade teológica, não é a mesma da verdade prática da vida delas. O Deus da Bíblia é Todo-Poderoso, mas na prática da vida delas, não é do mesmo tamanho a ponto delas terem de “se virarem nos trinta” senão passam fome, vivem em crises constantes e problemas aos montes. Essas pessoas, certamente tem “problemas cardíacos espirituais.”

Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda a sorte de bênçãos em Cristo, nas regiões celestes. Graças te rendemos, por és Deus em cima nos céus, na terra e em todo e qualquer lugar, de eternidade em eternidade, para todo sempre, amém.

Pr Jason

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