Vem Para as Águas

Meditação do dia 08/06/2017

 Ez 47.1 – Depois disto me fez voltar à porta da casa, e eis que saíam águas por debaixo do umbral da casa para o oriente; porque a face da casa dava para o oriente, e as águas desciam de debaixo, desde o lado direito da casa, ao sul do altar.”

Vem Para as Águas – Esse é um texto bíblico, onde quase que literalmente, dá pra se nadar de braçada! Tem uma aplicabilidade muito boa e edificante, porque a visão do profeta, deixa muito claro o propósito dessas águas e assim, não tem como não ver ali o valor da experiência pessoal com o mover de Deus através do Espírito Santo. Tal qual em tantos outros aspectos da vida, o Senhor trata individualmente e de forma personalizada com cada um de seus filhos; assim, a minha experiência difere da sua e as nossas diferem de outros, mas são todas autenticas e abençoadoras. Um amigo aplicou a experiência de Moisés ao subir o Monte Sinai e experimentar a presença gloriosa de Deus e receber as revelações da Lei e demais estatutos – para quem ficou cá em baixo, via nuvens, relâmpagos e trovões, mas para Moisés, era a real presença de Deus, de tal forma que ao descer ele refletia a glória divina no rosto. Cada um vê e relata o que viu, mas quem experimenta, tem outra versão e essa é a verdadeira. Não vou delongar tanto nos muitos aspectos e aplicações possíveis, pois daria tema para diversas meditações, então vamos direto ao ponto. De onde vinham as águas? Do INTERIOR do templo, mais precisamente, de perto do Altar, isso por sí só já é muito significativo. As experiências com o Espírito Santo flui sempre do íntimo, do coração, ou como os ensinos da Nova Aliança, do homem interior, o nosso espírito. “…Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem… (Jo 7.37-39). As águas nascem debaixo do altar e saem, correm, fluem para fora, para formar rios, irrigar, embelezar, produzir vida, alimentos e frutos. Ninguém é cheio do Espírito, para ser cheio para si mesmo, isso não é um enfeite, um adorno, para se exibir e ostentar – isso tem propósitos redentores. Eu gosto da sucessão de experiências e suas aplicações tais quais foram medidos e mostrados, pois Ezequiel não apenas via no seu espírito, mas ele interagiu na visão, andando por essas águas. Primeiro elas cobriam os artelhos, eram rasas, dava para andar e nesse nível, qualquer um pode experimentar; andar no Espirito é para todos. Depois o nível se eleva e as águas cobrem os joelhos; aqui á entramos para a vida de oração e já se exige um nível maior de consagração e compromisso – já viu como é a frequência das reuniões de oração nas igrejas? Compare com as confraternizações! Depois vem as águas que davam nos lombos, aqui vem a figura da maturidade e capacidade de reprodução, gerar filhos e descendência espiritual. Não é só ser grande, adulto, para gerar filhos há outras qualidades que habilitam a pessoa. A bênção geracional é citada nas Escrituras de ponta a ponta, incluindo os pactos com Abraão, Isaque e Israel e todos os filhos de Deus. Depois vem as águas profundas, onde não se pode mais andar, mas é preciso nadar. Entrar em águas até o nível em que estamos de pé, no controle da situação e nesse nível, podem recuar a qualquer momento ou sob qualquer ameaça à segurança e estabilidade. Mas ir em águas profundas, sem apoio dos pés no solo, é para quem aprendeu a depender das próprias águas e desfrutar do que elas oferecem. O que assusta e mete medo em uns, é deleite e prazer para outros, que podem nadar, flutuar, mergulhar e com ou sem correnteza ele se sente à vontade, pois não é ele que controla as águas, mas elas oferecem quebra de peso e resistência. Esse é um nível bem elevado de comunhão e vida com Deus, que depende inteiramente da fé e o mover do Espírito Santo na pessoa. São para pessoa que operam em níveis mais estratégicos, aos quais já podem compartilhar de coisas mais profundas com Deus. O segredo do Senhor é com aqueles que o temem; e ele lhes mostrará a sua aliança” (Sl 25.14). Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes que não sabes (Jr 33.3). Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido (I Co 2.14,15). Farei da letra desse cântico, a minha oração para esse dia.

 

“Eu navegarei no oceano do Espírito e ali adorarei ao Deus do meu amor; Eu adorarei ao Deus da minha vida, que me compreendeu sem nenhuma explicação. Espírito, Espírito, que desce como fogo, vem como em Pentecostes e encha-me de novo”

 

Pr Jason

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