Meditação do dia 06/07/2017
Jl 1.14 – “Santificai um jejum, convocai uma assembléia solene, congregai os anciãos, e todos os moradores desta terra, na casa do Senhor vosso Deus, e clamai ao Senhor.”
Convocação solene – Situações extremas requerem decisões extremas; se isso é válido para outras áreas da relações humanas, por que não, também nas questões da fé? Já ouvi de pessoas cristãs e gente séria no viver e na comunhão com Deus, sobre oração e jejum, algumas posturas que não seriam legítimas. Algumas pessoas alegam que jejum é sacrifício e que portanto na Nova Aliança, isso não é mais necessário, pois Jesus já se sacrificou por nós. São suas verdades distintas aqui: Uma sobre a prática do Jejum e outra sobre a doutrina da salvação. Sobre essa última, não há qualquer contestação de que a salvação é graça através da fé e sem participação de obra alguma. Em todas as páginas das Escrituras, a salvação sempre foi pela graça através da fé em Jesus; mesmo no Velho Testamento. Lá os fiéis olhavam para o futuro, onde o Messias haveria de vir e ofereceria o sacrifício definitivo, personificado para eles num cordeiro ou novilho imolado com derramamento de sangue e oferecido como holocausto, para remissão dos pecados. Na Nova Aliança, os fiéis olham para um Cristo que já veio e sacrificou-se a si mesmo, como sacerdote e vítima lá na cruz do Calvário. Tanto os antigos, quanto os atuais candidatos à remissão de pecados olham para um só ponto de referencia – Jesus crucificado. Quanto a prática do jejum, isso faz parte das disciplinas espirituais na vida cristã, cujo propósito é alcançar um nível melhor e mais elevado de comunhão com Deus e aperfeiçoar a sensibilidade espiritual e quebrantamento. Jejum não é moeda de troca, nem serve para barganhas com Deus e nem tão pouco é meio de se “pressionar a Deus” para realizar algo. Não se trata de acumular créditos, como se fossem milhas ou pontos de bônus que a pessoa acumula à medida que usa seu cartão de crédito ou gasta até valor “X” para concorrer a prémios. Isso equivaleria a trocas de horas e rigidez de jejum por benefícios, que seriam automáticos. Doze horas de Jejum equivale a uma benção pequena, dezoito horas, já vale uma bênção média e assim por diante…. imagina o que valeria quarenta dias de jejum? Queridos, isso até contraria o significado e propósito, que é produzir humildade, quebrantamento e submissão à vontade de Deus e maior percepção das realidades espirituais. Quando jejuamos, isso é, abstemos de comidas e itens de ordem vital para o bem estar físico e mental, o organismo humano, o corpo, a carne, perde energia e forças; consequentemente favorece a parte espiritual, que não depende de comida e conforto, pois o que fortalece o espírito é alimento espiritual e claro, aqui entra a leitura e o estudo da Palavra de Deus, a oração, o louvor e a adoração. Abre-se mão de um lado para fortalecer o outro. Quanto mais alimentado e beneficiado for a parte espiritual, melhor será sua performance e capacidade de assimilar a Palavra de Deus, discernir verdades espirituais e compreender os propósitos divinos. Passar fome, não é jejuar! Ficar sem comida por um espaço de tempo, pode ser até terapêutico e até os médicos e fisiologistas recomendam, sem nenhuma conotação espiritual. O povo de Deus sempre utilizou essas disciplinas em tempos de busca da vontade de Deus, desde os patriarcas, até a congregação toda da nação hebraica, por muitas vezes foram convocadas para orar, clamar, jejuar e suplicar o favor de Deus em tempos de dificuldades. Certamente é uma prática que a igreja cristã atual está perdendo e desconhecendo, porque quanto mais nos aproximamos da volta de Cristo, mas parecida ela se torna com a típica Igreja de Laodicéia, de Apocalipse 3. Ela é rica, abastada e sem necessidades, pois ela tem tudo…. tudo material, físico, administrativo, grana e luxo, mas é pobre, cega, miserável e nua, cada vez mais sem poder espiritual. Talvez tenhamos que fazer uma convocação solene de jejum e oração para iniciarmos e aprendermos a jejuar e orar. Fazer uma campanha de jejum em favor de jejuar e orar!
Senhor, tenha misericórdia de nós e nos ajude a sermos e permanecermos como igreja, pura e simples, que crê em tua Palavra e no teu poder. Preciso ser quebrantado para entender quebrantamento e aprender sobre humildade, oração, consagração e o que é receber graça divina para viver um dia após outro, pela fé, inteiramente pela fé. Em nome de Jesus, amém.
Pr Jason