Meditação do dia: 11/04/2023
“Então disse o Senhor a Moisés: Escreve isto para memória num livro, e relata-o aos ouvidos de Josué; que eu totalmente hei de riscar a memória de Amaleque de debaixo dos céus.” (Ex 17.14)
Riscado da Memória – Houve muitos povos e nações que se levantaram e se ergueram no cenário mundial e outros apenas tiveram influência localizada, mas de repente desapareceram definitivamente e nunca mais é mencionado. Eu amo história e as demais ciências próximas dela, como geografia, arqueologia e etc. Olhando dessa ótica humana, é sempre um grande prejuízo para a humanidade a perda de um grupo significativo de seres que formavam uma identidade e habitavam um determinado território e fazia fronteiras, negociava, influenciava e eram influenciados. Quais seriam os legados que eles poderiam ter deixado ou que contribuições marcaram a presença deles entre nós? Mas como tudo mais nessa vida, há ligações espirituais que conectam e desconectam as pessoas e os grupos. Aqui, temos uma descrição muito triste nesse sentido, mas foi a realidade e sabendo da justiça e retidão do Criador, entendemos que esta foi a medida necessária. Mas Deus decreta definitivamente o fim daquele grupo ou tribo nômade, dos amalequitas. Certamente isso não aconteceu porque eles atacaram a Israel ali no deserto; jamais seria por um único ato bárbaro, que seriam sentenciados de forma tão radical. Observando a própria história de Israel que estava se formando e estavam à caminho de sua terra, lá no começo da história dele, na conversa com Abraão, o patriarca, Deus disse que ainda levaria um tempo para que a promessa se cumprir, porque o povo de Abrão teria que se formar, se tornando uma nação e por outro lado a medida da iniquidade dos cananeus ainda não chegara num limite que precisaria serem freados em definitivo. “Então disse a Abrão: Saibas, de certo, que peregrina será a tua descendência em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos, mas também eu julgarei a nação, à qual ela tem de servir, e depois sairá com grande riqueza. E tu irás a teus pais em paz; em boa velhice serás sepultado. E a quarta geração tornará para cá; porque a medida da injustiça dos amorreus não está ainda cheia” (Gn 15.13-16). A capacidade do amor, misericórdia e braço forte, capaz de sustentar promessas por centenas de anos e sem que nada se perca. Abraão ainda não tinha filhos e Deus lhe falou sobre descendes como vivendo dentro de outra nação propositadamente e que tal nação também receberia seu julgamento pela condição como tratou seu povo. E falou sobre a medida de injustiça dos amorreus que era grande, mas continuava em ascendência até atingir um limite de juízo definitivo. Muito do que aconteceu na conquista de Canaã, foi juízo de Deus por práticas abomináveis que exigiam da justiça divina uma ação. Deus não mudou e não mudará nunca, e veremos isso com a igreja, que faz parte da nova aliança. “Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres” (Ap 2.5). Quantas igrejas perderam o seu brilho, a sua unção e tudo que restou foi prédios e estruturas físicas e humanas, uma mera sociedade ou associação que se reúne, mas não tem nada com adoração, missão ou espiritualidade. Deus riscar algo ou alguém da memória é muito triste, mas pode acontecer.
Senhor, agradecemos a tua justiça e o teu juízo que justo e verdadeiro. Em Cristo, somos amados, aceitos, acolhidos e temos uma missão e uma oportunidade de sermos diferentes e fazermos a diferença. Abraçamos a fé como o caminho de andarmos contigo em novidade de vida, todos os dias. Oramos em fé, em nome de Jesus, amém.
Pr Jason