Meditação do dia: 25/06/2023
“E Moisés disse ao povo: — Estejam prontos no terceiro dia. Que até lá ninguém tenha relações com a sua mulher.” (Ex 19.15)
Intimidade Sexual e Consagração – Viver a vida cristã como discípulos de Jesus e adoradores de Deus, nos leva a vivenciar a experiencia de fé em todas as instancias da vida e nesse caso a intimidade física, ou vida sexual não fica de fora do cotidiano de todos nós. Pode ser que a maneira que abordarei o assunto aqui não caia nas graças de muitos leitores, mas preciso ser e manter a minha coerência naquilo que creio, prego, ensino e vivo, para que realmente me sinta confortável, sem faltar com a verdade. Entendemos que fomos criados por Deus com propósitos muito elevados e com potenciais maravilhosos e tudo isso deve glorificar a Deus. Sexo, não ser tabu, mas também não se pode ignorar ou exagerar em extremos porque todo extremo está fora do centro. Sexo não é pecado, quando vivenciado dentro dos padrões divinos e naturais; não é sujo, nem abominável, mas também não é banal e objeto de abuso. Como tudo na vida, o equilíbrio é o melhor em todas as práticas. O ser humano foi criado para reproduzir e povoar a terra, mas nem por isso a única finalidade da intimidade sexual é a reprodução. Podemos entender como também uma fonte de prazer e satisfação, ao alcance de todos, resguardando os preceitos estabelecidos por Deus. Temos um livro inteiro na Bíblia, que é uma obra prima em termo ode romance e descrição do verdadeiro amor entre um marido e uma esposa e que personifica o amor de Deus pelo seu povo e de Cristo pela igreja. Cantares de Salomão é lindo e maravilhoso, embora muita gente boa, se passando por “espirituais demais” até torcem o nariz para esse livro. Quando o cronista descreve a sabedoria recebida por Salomão e seus resultados práticos na vida dele descreve sua obra literária também: “Compôs três mil provérbios, e os seus cânticos foram mil e cinco” (1 Rs 4.32). Na abertura do Livro de Cantares lemos o seguinte: “Cântico dos cânticos de Salomão” (Ct 1.1). Das mil e cinco composições de Salmão, esse foi o mais notável, que é até tratado como o Cântico dos cânticos de Salomão. Voltemos ao nosso tema; quando veio as instruções de Moisés ao povo para se santificarem, se consagrando e preparando para um grande encontro com Deus, eles deveriam lavar suas roupas, se purificarem por dentro e por fora e entre as recomendações estava a abstenção sexual naqueles três dias. Entendemos que abster não é negar, fugir, ou tratar aquilo como algo indigno e talvez seja até pecado. Não há pecado na vida sexual de um casal, exceto quando se caminha para as práticas lascivas e abomináveis que sempre estiveram presentes na vida pagã dos povos idólatras e alguns até em rituais de cultos com práticas sexuais, que sempre foram condenáveis em todas as Escrituras Sagradas. Tudo o que lemos no Antigo Testamento, também foi ratificado, como práticas condenáveis no Novo Testamento: “Pois pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não impor a vocês maior encargo além destas coisas essenciais: que vocês se abstenham das coisas sacrificadas a ídolos, bem como do sangue, da carne de animais sufocados e da imoralidade sexual; se evitarem essas coisas, farão bem. Passem bem” (At 15.28,29). Quatro práticas da Velha Aliança que foram incorporadas na vida crista da igreja. Também quando O Apóstolo Paulo instruía aos irmãos de Corinto, sobre assuntos de família e incluindo vida sexual e vida de consagração a Deus, ele citou o seguinte conselho: “Não se privem um ao outro, a não ser talvez por mútuo consentimento, por algum tempo, para se dedicarem à oração. Depois, retomem a vida conjugal, para que Satanás não tente vocês por não terem domínio próprio. E digo isto como concessão e não como mandamento” (1 Co 7.5,6). Paulo seguiu os preceitos do judaísmo, tal qual lemos na orientação dada por Moisés naquela ocasião, para se absterem sexualmente, naqueles dias de consagração. Aqui, Paulo faz semelhante, dizendo que se o casal ou um deles pretende separar uns dias para se dedicar a oração, jejum, consagração de vida e busca da presença de Deus com maior intensidade e foco, pode sim, se abster sexualmente, com o consentimento do cônjuge. Sem colocar nossos próprios pontos de vistas, que em muitos casos estão contaminados pela cultura desenvolvida, ou hábitos adquiridos durante uma etapa de nossa existência e pode ser que se aprendeu como não cristão, na vida de luxúria e desmedidas atitudes, quando veio a conversão a Cristo e a vida de discipulado e santidade, as práticas errada são confrontadas e devem ser eliminadas da vida do servo de Deus. Mas como ensina a lição do cuidado com o jogar a água da banheira fora e cuidar para não jogar o bebê junto, assim também vale para esse ensinamento. Precisamos abolir toda e qualquer prática errada, nociva a fé e a santidade de Deus em nossas vidas, mas não se deve jogar fora a própria dádiva. Vida sexual é uma coisa, imoralidade sexual é outra e bem diferente!
Pai, amado, graças te damos pela beleza da vida em família, pela vida de fé e comunhão e a alegria e satisfação da vivencia de tudo que foi criado por ti e dada à humanidade como presentes. Reconhecemos que precisamos manter a justiça e a verdade em equilíbrio em nossas vidas para não cairmos em extremos e assim deixarmos de glorificar ao Senhor adotando práticas não saudáveis em nossas vidas. Agradecemos a presença do Espírito Santo que habita em cada de nós, tendo nossos corpos como templos, onde o teu Espírito habita, por habitar no nosso espirito. Santificado seja o teu nome e santificado é tudo quando tem a tua presença e isso é bênção para nossas vidas e nos aproximam mais de ti. Rejeitamos o pecado em todas as suas formas e nos propomos a viver a tua vontade, em nome de Jesus, amém.
Pr Jason