Meditação do dia: 15/07/2023
“Não adore essas coisas, nem preste culto a elas, porque, eu, o Senhor, seu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam.” (Ex 20.5)
Três Ou Quatro Gerações – Repetindo para não cairmos na vala das discussões ou sermos tachados de qualquer coisa que não edifica: Nossas meditações não têm como foco ou propósito transitar nos campos doutrinários. Não pretendemos também disseminar heresias, ou ensinos duvidosos, mas primamos por uma ortodoxia bíblica e saudável, que promova a edificação e o crescimento espiritual de todos nós. sabemos que existem diversas escolas de pensamentos, correntes teológicas, crenças individuais e culturais que precisamos respeitar e conviver com dignidade e fraternidade cristã. Portanto, se abordarmos algum tema que não seja exatamente o que você acredita ou cultiva, não leve para o campo das discussões; desfrute daquilo que te abençoa e edifica e compare o que está escrito com o que você tem e acrescente o bom e descarte o que não lhe serve. Na meditação desses dias, incluindo a de hoje, temos passar pelas portas das questões das “bênçãos e maldições” – “juízos e justiça” de Deus – Questões hereditárias e etc. Li outro dia alguém que escreve e compartilha meditações e estudos bíblicos em larga escala a um bom tempo e ao que tudo indica tem muitos seguidores. Encontrei lá coisas muito interessante e edificantes, mas também um pouco de radicalismo sobre determinados temas, onde ele bate direto e classifica negativamente como heresias ou falsas doutrinas. Respeito, mas deve haver espaço para outros pensarem diferentes, desde que não fira a verdadeira interpretação bíblica. Nesse caso em particular ele “desceu a madeira” em “maldição hereditária” e em seguida citou com entusiasmo as “bênçãos hereditárias.” Pensei com meus botões, porque um sim e outro não? Por que pode herdar um e outro não? Como na meditação de ontem, eu, pastor Jason, separo na minha vida prática e pastoral, que seria uma maldição, de uma consequência de atitudes tomadas. Se um pai toma atitudes erradas (não morais, pecado etc.) mas de emprego, moradia, negócios e algo der errado, toda a família vai sofrer as consequências e isso não tem nada de culpa ou maldição. Como se tal decisão der tudo certo e aumentar a produtividade, os recursos e a prosperidade, todos serão beneficiados. No mandamento de Deus, a questão é atrelada a decisões morais e espirituais de obedecer ou desobedecer a verdade revelada, conhecida e clara, culto e na fé das pessoas. Culturalmente na atualidade quando nos referimos a alguma coisa feita de coração, a interpretação mais comum está ligado às emoções e sentimentos. Mas biblicamente, não é exatamente isso, quanto lemos por exemplo, na lei dada a Moisés e a Israel: “Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças. E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração” (Dt 6.5,6). Sublinhei as expressões que se referem ao coração para facilitar para nós. A principal função do coração é a reflexão, a decisão voluntária e consciente, o planejamento, a percepção, a compreensão. Nesse texto em particular, primeiro os pais precisam vivenciar o processo de ouvir, amar, ter estas palavras no seu coração para, então, repetir, falar, atar. É neste processo que o caráter das pessoas é transformado, visto que é diante da obediência ao Soberano Deus que a justiça e a Lei alcançarão todas as nações; então, será estabelecido o Reino. Pessoas que desafiam conscientemente a verdade de Deus, se colocam numa condição de maldição e uma condição cancela a outra. Não é possível ser um bendito amaldiçoado e nem um amaldiçoado bendito. Tiago e Jesus disseram que não é possível essa ambivalência: “De uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim. Porventura deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa? Meus irmãos, pode também a figueira produzir azeitonas, ou a videira figos? Assim tampouco pode uma fonte dar água salgada e doce” (3.10-12). “Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons” (Mt 7.16-18).
Te louvamos, querido Pai, somos gratos pela verdade revelada na tua Palavra que nos governa e nos encaminha pelas veredas direitas e boas para promover a verdadeira vida. Agradamos ao obedecermos àquilo que conhecemos e já fomos instruídos na revelação da tua vontade, em Cristo e na Palavra escrita. Em nome de Jesus, amém.
Pr Jason