Não fazer Imagens de Escultura

Meditação do dia: 11/07/2023

“Não faça para você imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima no céu, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.” (Ex 20.4)

Não Fazer Imagens de Escultura – Essa verdade é um ponto crucial na fé hebraica e cristã, me parece que no islamismo também não é aceito. Se trata de um princípio da fé em Deus, como o Criador e Senhor de todas as coisas. Ele sempre se manifestou e esteve presente na vida do ser humano desde a criação. Adão e Eva tinham uma boa relação de amizade e comunhão com Deus no seu estado de perfeição quando viviam no Jardim do Éden, até à desobediência e o pecado. Com a morte espiritual em ação, isto é, a separação do homem em seu estreito  relacionamento com Deus, e o poder do pecado corrompendo suas faculdades dia após dia, provocando uma degeneração muito grande e profunda, de forma que em bem pouco tempo, o conceito de Deus passou a ser histórico, distante, teórico e com tudo isso acontecendo, sem compreensão, vieram a necessidade de representar esse Deus como se isso trouxesse aproximação verdadeira; mas produziu um vazio e um distanciamento cada vez maior e a porta se abriu para a prática da idolatria. Dos filhos de Adão vieram linhagens que se dividiram na prática de culto verdadeiro, nos moldes das instruções divinas recebidas pelo casal inicial, mas também vieram as inovações e a rebelião deliberada. Toda linhagem, desde então, que opta por acreditar e obedecer a Palavra de Deus e fazer a sua vontade, firmando-se somente na fé, conseguem se relacionar com a divindade, sem precisar de uma representação física e material. A isso chamamos de vida espiritual. Quando não se pode servir e cultuar sem uma representação visível e palpável, para inspirar e fazer sentido à razão e à necessidade de fazer uso dos sentidos físicos, essa relação se chama “religião.” Nem precisamos discorrer tanto sobre a religiosidade humana, que se acha presente em todas as culturas e ainda que haja variações e inovações, sempre há elementos comuns em todas elas e em todo lugar. Ainda que governos e autoridades trabalhem para suplantar a fé e a prática religiosa, ela ainda prevalece, se esconde, camufla e se dissimula, mas não se extingue. Em outras tantas experiencias as pessoas em posição de autoridade arrogam para si o lugar de divindade e forçam a uma veneração deles mesmos, mas nada elimina da essência humana a fome e a sede pela presença da divindade. Deus, o Criador, aquele que fez uma aliança com Abraão, o patriarca da nação israelita, optou por se revelar e se manifestar sem visível presença e representatividade. Quando na revelação das leis cerimoniais e nos rituais de culto e prática da fé, isso ficou contemplado. Era proibido ter outros deuses diante dele, como representa-lo de forma humana ou de seres ou imagens que o simbolizassem. Se Deus proibiu, é porque isso faz sentido e mesmo que não tenhamos uma total compreensão de tudo, mas podemos andar pela fé e obedecer em amor e aceitar sua vontade como boa, agradável e perfeita para nós.

Senhor, te louvamos e adoramos como a nossa fé nos ensina. O Senhor é Deus grande e digno de ser adorado, amado, experimentado pela fé e assim podemos andar nessa vida, numa jornada muito especial de comunhão, crescimento e aprendizado na tua perfeita vontade. Oramos agradecidos por satisfazer nossos corações sem precisarmos de uma forma aparente. O Senhor é Deus e isso nos satisfaz plenamente através de Jesus Cristo, o teu amado filho e nosso Senhor; no nome dele oramos, amém.

Pr Jason

Não Ter Outros Deuses

Meditação do dia: 10/07/2023

“Não tenha outros deuses diante de mim.” (Ex 20.3)

Não Ter Outros Deuses – Estamos diante de um texto verdadeiramente sagrado e reconhecido por todos os cristãos. O nosso texto é o que descreve os “Dez Mandamentos.” Vivendo numa cultura agora com mais de quinhentos anos, e formada em sua maioria por variantes do cristianismo, predominou em nossa formação a cosmovisão cristã, mais propriamente do seguimento católico europeu. Por onde andamos podemos perceber a marca dessa influência, pelos nomes de muitas cidades, muitos rios, montanhas e outros aspectos geográficos. Isso passa uma falsa sensação de espiritualidade e devoção fiel e piedosa de toda a população, que basicamente serve um só Deus e se mantém fiel a isso por séculos e séculos, amém. Na verdade, o monoteísmo vigente, é mais um artefato de fachada; sem muita consistência legítima de fidelidade ao verdadeiro Deus. Os israelitas receberam os mandamentos de Deus através de Moisés, naquela grande revelação quando Deus em pessoa, se manifestou lá no Monte Sinai. Esse mandamento inicial era uma prova de fidelidade para aquele povo, que conhecera a Deus, primeiro pela tradição familiar, patriarcal, passando de geração em geração, desde Abraão, o primeiro deles a receber a promessa e desenvolvido um estilo de vida de adorador do único e verdadeiro Deus e assim ele difundiu essa fé e a prática se consolidou entre os seus descendentes. Lá no Egito, vivendo como escravos e expostos a uma cultura exatamente oposta a tudo isso, eles se contaminaram e se envolveram em práticas de politeísmo e outras formas de culto. Agora estavam ganhando uma identidade nova, um propósito novo e a certeza de que pertenciam ao único e verdadeiro Deus, que fora capaz de amá-los e se envolver numa batalha épica contra Faraó e seus deuses para libertar os filhos de Israel. Até pensando em lógica, seria infidelidade, depois de todos os favores, bênçãos e milagres operados em favor deles, se eles se voltassem para o culto a qualquer outra divindade, que ainda que existisse nada fizera por eles. O dilema de nossos contemporâneos, persiste tal qual naquele tempo. Além do culto ao personalismo humano, a divinização de coisas e atividades, a adoração pagã de estilos de vida e consumo; a supervalorização e o endeusamento de atletas, atores, artistas e personagens humanos falíveis e incapazes de salvarem até a si mesmos. Muitos dos nossos contemporâneos ainda cultivam uma expressão que diz: “Todos os meus ídolos morreram de overdose!” Nós, os cristãos, somos chamados a ser diferentes, fazer diferente e viver de forma diferente, para legitimamente ser sal e luz ou como diz o escritor sagrado: “Façam tudo sem murmurações nem discussões, para que sejam irrepreensíveis e puros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual vocês brilham como luzeiros no mundo (Fp 2.14,15).

Pai amado, agradecemos pelo dia de hoje e pela oportunidade de viver de forma que sejas glorificado em nós e através de nós. Te reconhecemos como o nosso único e verdadeiro Deus, a quem amamos, adoramos e servimos. A tua graça é suficiente para nós e o teu amor nos guia pelos caminhos eternos. Somos agradecidos, em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

De Onde Fomos Tirados

Meditação do dia: 09/07/2023

“Eu sou o Senhor, seu Deus, que o tirei da terra do Egito, da casa da servidão.” (Ex 20.2)

De Onde Fomos Tirados – É muito forte o ensino bíblico sobre a identidade dos filhos de Deus. Cada um de nós precisamos saber e ter isso muito bem definido em nossos corações e mentes, porque disso depende as importantes decisões que iremos tomar durante toda a nossa vida. Essa verdade é repetida constantemente na história bíblica, onde as pessoas e a nação eram instados a estarem relembrando suas origens. Quem não reconhece o seu passado, dificilmente terá um futuro. Israel como nação, surgiu ao sair do Egito, porque até então, eram um grande povo, servindo como escravos e sem identidade própria, embora se mantivessem relativamente unidos pela fé no Deus de Abraão, Isaque e Jacó. A promessa que eles se apegavam era de que se tornariam uma grande nação e seriam numerosos e abençoados, em condições de influenciarem todas as nações da terra. O mundo ao redor deles, fez de tudo para que eles não acreditassem nisso e que eles não teriam futuro e nem competência para se emanciparem e realizarem qualquer coisa significante. O mesmo se dá com os cristãos no mundo de hoje. Tudo conspira contra e querem provar que não somos nada e nem realizarem nada de importante. Somos ridicularizados e menosprezados por todos os lados. Não há nenhuma novidade nisso! Não é para ninguém estranhar nada disso. “Amados, não estranhem o fogo que surge no meio de vocês, destinado a pô-los à prova, como se alguma coisa extraordinária estivesse acontecendo. Pelo contrário, alegrem-se na medida em que são coparticipantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vocês se alegrem, exultando (1 Pe 4.12,13). Deus disse ao povo, através de Moisés, que ele é o Deus deles, que os tirara do Egito e da casa da servidão. Isso valia para eles e vale para nós hoje. Deus os tirara do Egito; não fora eles que saíram ou se libertaram. Foi Deus que nos alcançou com a salvação em Cristo. Nenhum de nós se salvou ou se salva. No Egito eram escravos – Agora eram livres, seriam uma nação e teriam sua própria pátria. Na vida sem Deus estávamos perdidos, escravizados, condenados à destruição. Agora somos novas criaturas, filhos amados de Deus, temos uma família, formamos um só Corpo e temos uma missão de alcance global. Nossa vida agora tem sentido e propósito. Não abra mão disso; não perca isso de vista! Quando as lutas, provas e perseguições chegam a você, diga em voz alta a sua identidade, seu propósito e sua alegria de servir a Deus, o Deus que te livrou no tempo difícil.

Senhor, reconhecemos sem ti as nossas origens e nossa razão de ser e existir. Estávamos perdidos e fomos alcançados pela tua graça e bondade. Agora somos novas criaturas em Cristo e temos novos propósitos e razões para vivermos felizes e realizados. Agradecemos por tudo isso, em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Moisés Desceu ao Povo

Meditação do dia: 08/07/2023

“Então Moisés desceu ao povo e lhe disse tudo isso.” (Ex 19.25)

Moisés Desceu ao Povo – O que fazemos com nossas decisões pode ter diversas razões e motivações; porém nenhuma delas é mais significativa do que fazer por amor e obediência. Como Moisés era um líder influente e prestigiado, com traços fortes de homem decidido, capaz e experimentado; sobra pouca margem para discutir se ele foi de fato eficiente nas decisões que tomou. Ele foi modelo para os seus dias e para as gerações que puderam conviver com ele; ainda é uma liderança de categoria maior para nós e nossas gerações e o será para sempre e eternamente. Ele tem essa posição e nem ousamos contestar. Quando estamos também na posição de liderança, e constantemente estamos, temos que tomar decisões e estas irão afetar um certo número de pessoas, dependendo do tamanho do nosso círculo de influência. A grande questão não é o tamanho dos círculos de influência das pessoas; mas a eficácia e o poder transformador dessa presença. É a questão do sal e da luz, que Jesus se referiu: “Vocês são o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada no alto de um monte. Nem se acende uma lamparina para colocá-la debaixo de um cesto, mas num lugar adequado onde ilumina bem todos os que estão na casa. Assim brilhe também a luz de vocês diante dos outros, para que vejam as boas obras que vocês fazem e glorifiquem o Pai de vocês, que está nos céus” (Mt 5.13-16). O sal precisa salgar, temperar, preservar e não pode perder suas características, não importa a pressão. A quantidade de sal é proporcionalmente inferior à massa que ele influencia. A luz deve brilhar, iluminar, esclarecer, até aquecer e produzir segurança. Um sol só ilumina todo o nosso mundo; uma lâmpada é suficiente para um espaço grande e não importa a densidade das trevas, ela permanece influenciando. Para um adorador convicto, a melhor coisa é permanecer perto de Deus e desfrutar de tudo que isso significa; tudo o mais é superficial e secundário. Era essa a posição de Moisés lá no monte, na presença de Deus. Ele teve que deixar isso e voltar, descer para junto do povo, não por escolha pessoal, mas por obediência a Deus e ao seu crescimento espiritual. Cá em baixo, tinha problemas, murmurações, incredulidade, desobediência e muitas outras coisas. Mas era esse o seu povo, era essa a sua missão e estar ali e deixa-lo o mais seguro e prontos para receber mais de Deus e crescerem, era tudo que o próprio Deus queria para eles e para Moisés. O líder continuar crescendo, se desenvolvendo, sem que o seu povo o acompanhe, não faz muito sentido. Na jornada com Deus, não se faz nada sozinho e nem por si próprio. Somos o povo da comunidade, da comunhão, do fazer juntos.

Senhor, graças te rendemos e bendizemos o teu santo e poderoso nome! Somos o teu povo e temos trabalho a fazer, que inclui apoiar, ajudar e incentivar nossos irmãos e companheiros de caminhada, a seguirem firmes em direção ao alvo que nossa maturidade e semelhança com Cristo, o nosso Senhor. Te louvamos e agradecemos e engrandecemos, amém.

Pr Jason

Os Sacerdotes e o Povo

Meditação do dia: 07/07/2023

“E o Senhor respondeu: Vá, desça; depois você subirá, e Arão virá com você; porém os sacerdotes e o povo não devem ultrapassar o limite para subir ao Senhor, para que Deus não se volte contra eles.” (Ex 19.24)

Os Sacerdotes e o Povo – Estamos meditando na Palavra de Deus com vista ao nosso crescimento e também podemos encontrar apoio espiritual nas experiencias das pessoas que andaram com Deus bem antes de nós. Eles também tinham dilemas e dificuldades como todas as pessoas. Eles também tinham fé e buscavam uma vida de qualidade e desejavam ter sucesso na vida e no caso específico destes que estamos acompanhando, estavam caminhando numa mudança tão radical de suas vidas que tudo parecia novo e a cada dia surgia uma nova oportunidade de aprender e crescer. Utilizamos a vida real deles como metáfora para a nossa vida espiritual. Mas também temos uma vida física e material para cuidar e podemos aproveitar os ensinamentos bíblicos para lidar com as coisas diárias e viver de um modo que agrada a Deus. Para nós, hoje, servos de Deus tanto quanto aqueles israelitas, a fé é muito importante e não podemos separar a vida com Deus e a vida cotidiana. Chamamos de “mordomia cristã” a arte ou ciência da administração dos bens que Deus nos confiou e como tudo pertence a ele, um dia iremos prestar contas de tudo que passou em nossa vida; como administramos os dons e talentos com os quais fomos agraciados, as oportunidades, as possibilidades e isso também inclui nossa capacidade de realizar coisas. Como lidamos com o tempo, o dinheiro, os relacionamentos familiares e sociais. Tudo faz parte de um grande projeto. Naquele evento maravilhoso onde Deus se revelou a eles, descendo sobre o Monte Sinai, e Moisés foi o líder e interlocutor entre Deus e o seu povo, eles tiveram que permanecerem à certa distancia do monte enquanto aguardavam por mais instruções. Enquanto Moisés e Arão subiram ao encontro de Deus lá no monte, o povo e os sacerdotes ficaram cá em baixo e isso não era discriminação, ou classificação hierárquica para mostrar quem era quem; quem mandava e quem obedecia. Os sacerdotes tinham e tem como função a intermediação das pessoas para com Deus através dos rituais e atos de culto. Muito das práticas de fé deles, envolvia sacrifícios e oferendas, que tinham determinados simbolismos e para algumas coisas só os sacerdotes podiam oficiar diante de Deus, representando o povo. Agora na Nova Aliança, isto é, após a vinda de Jesus e o surgimento da igreja, os rituais do culto dos israelitas foi modificado pela abrangência da igreja e a sua penetração no mundo inteiro, incluindo os povos não hebreus. Assim, agora, todos nós somos sacerdotes e podemos e devemos servir a Deus e ao próximo, por aquilo que Cristo fez por nós lá na cruz. “Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamar as virtudes daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pe 2.9). Os sacerdotes e o povo precisam estar juntos, servindo e cuidando uns dos outros e juntos também servindo a Deus em obediência ao que ele determinou.

Senhor, nos aproximamos do teu trono de graça e misericórdia para agradecer pelas bênçãos recebidas, pelo cuidado demonstrado para conosco. Somos gratos por todo o seu amor e bondade. Agradecemos também pelos sacerdotes que tens levantado entre o povo do Senhor, para cuidar e ajudar cuidando de modo que todos possam te conhecer, te amar e te servir. Louvado seja o teu santo nome, oramos em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Desça, Depois Suba

Meditação do dia: 06/07/2023

“E o Senhor respondeu: Vá, desça; depois você subirá, e Arão virá com você; porém os sacerdotes e o povo não devem ultrapassar o limite para subir ao Senhor, para que Deus não se volte contra eles.” (Ex 19.24)

Desça, Depois Suba – Não se trata de altos se baixos, nem são oscilações da vida. Aqui são instruções divinas que uma pessoa muito madura e espiritualmente equilibrada tinha que colocar em prática. Escalar uma montanha, ainda que não seja num ponto tão radical, que exija materiais e equipamentos próprios para escalada e montanhismo, ainda assim é difícil, cansativo e exige esforço físico, mental e quando isso é para um senhor de oitenta anos, devemos levar mais coisas em consideração. Moisés era esse octagenário, mas ainda em muito boas condições físicas e de saúde, de modo que escalar esse monte não era propriamente o maior de seus desafios. Por outro lado, subir ali, seria um enorme privilégio, dado a poucas pessoas em tudo o mundo. No final da escalada, estava nada mais, nada menos do que um encontro face a face com o Deus Criador, o Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Mesmo para Moisés aquilo era um grande acontecimento, cercado não só de mistérios, mas de solenidade, reverencia e muito zelo pela santidade de Deus. À poucos meses atrás, naquela mesma região, eles tiveram outro encontro e agora o nível de conhecimento havia aumentado. “Quando o Senhor viu que ele se aproximava para ver, Deus, do meio da sarça, o chamou e disse: Moisés! Moisés! Ele respondeu: Eis-me aqui! Deus continuou: Não se aproxime! Tire as sandálias dos pés, porque o lugar em que você está é terra santa. Disse mais: Eu sou o Deus de seu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. Moisés escondeu o rosto, porque teve medo de olhar para Deus. Deus respondeu: Eu estarei com você. E este será o sinal de que eu o enviei: depois que você tiver tirado o povo do Egito, vocês adorarão a Deus neste monte” (Ex 3.4-6,12). Nesse primeiro encontro Moisés foi advertido para não se aproximar mais de Deus e tirar as sandálias respeitando a santidade de sua presença; e recebeu também o sinal de que eles sairiam do Egito sob sua liderança e se encontrariam ali naquele monte para adoração. Uma profecia, predizendo o futuro próximo e que em menos de noventa dias, tudo aquilo já seria realidade consumada. Agora nesse novo encontro, que na verdade, Deus já havia deixado agendado, Moisés foi convidado descer, depois subir e trazer Arão com ele, até onde lhe fosse possível se apresentar a Deus. A minha grande lição aqui é nos convidar a pensar em nossas primeiras experiencias com a presença de Deus. Como foi que Deus se revelou a você? Quantos anos tinha? O que você fazia exatamente? Quais eram os seus planos para a vida e o futuro? Me recordo do quanto me senti atraído por Deus para a salvação, algo que já vinha me incomodando a um bom tempo e que alívio foi quando recebi a Jesus no meu coração, como Senhor e salvador. Aquela quarta-feira à noite, vinte e um de Julho de 1976, antecedendo meu aniversário de dezessete anos no dia seguinte. Louvado seja o Senhor! Aquele adolescente, agora chegando aos sessenta e cinco anos, próximo de completar quarente anos de ministério pastoral; com a transição de ministério já encaminhada, me sinto grato e realizado. Mas qual é a sua experiencia? Isso é que conta, pois Moisés teve que descer, advertir novamente as pessoas para não ultrapassarem os limites demarcados e depois subir novamente. Agora é a nossa vez, talvez tenhamos que descer de onde já conseguimos chegar e encarar a descida de uma posição ou postura que Deus entende que precisa ser feito e depois recomeçar. Acredito que a sabedoria divina precisa ser reverenciada por nós e não devemos desejar economizar forças, não descendo e se descermos, acomodarmos novamente em baixo e desistir de subir. Acredite, a visão lá de cima é compensadora.

Senhor, quero obedecer a sua ordem de descer e depois subir novamente para a tua presença. Mesmo que eu não saiba o quê, ou por quê, eu sei que posso confiar em tua capacidade de dirigir a minha vida. Dá-me uma visão mais ampla, de um ponto mais elevado do que o atual e não permita que eu me acostume com a posição atual. Oro com sinceridade, em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

As Expectativas Humanas

Meditação do dia: 05/07/2023

“Então Moisés disse ao Senhor: O povo não poderá subir o monte Sinai, porque tu nos advertiste, dizendo: Marque limites ao redor do monte e consagre-o.” (Ex 19.23)

As Expectativas Humanas – Muitas coisas parecem óbvias até demais e ainda assim elas não se confirmam. Dentro da seara cristã, há uma grande e vasta lista de expectativas que necessariamente não se confiram como obviamente se espera. Por exemplo: Vida de oração – quem não sabe que orar é bom, é necessário e muito importante para todos. Mas… Missões – Qual cristão não está ciente do “Ide” de Jesus para seus seguidores e o quanto precisamos investir nisso em termos de tempo, talento, finanças, orações, mas na prática… Leitura da Bíblia – A centralidade da Palavra de Deus na experiencia cristã é inegável. Provavelmente no mundo ocidental não deva existir um evangélico que não tenha um exemplar da Bíblia. Quantos já leram ela inteira, de ponta a ponta? Aqui na Monte das Oliveiras isso é um desafio feito, cobrado e incentivado o tempo todo. Incentivamos ler toda a Bíblia pelo menos uma vez ao ano. Fornecemos calendário, promovemos isso. Estou aqui a 31 anos e tem gente já com quase 30 leituras; mas também ainda temos os resistentes. Evangelizar – Ser fiel – Santidade – Confissão – Crescer espiritualmente, e tantos outros temas, que temos expectativas e os meios estão disponíveis, mas os frutos não aparecem com a quantidade e periodicidade esperada. Foi esse o foco de Moisés falando com Deus lá no alto do Monte Sinai. O Senhor lhe disse para voltar, descer o monte e ir falar para o povo não ultrapassar os limites demarcados para serem respeitados por eles e todos estavam cientes disso. Essa era a expectativa de Moisés, que cada um, ciente de sua responsabilidade, conhecendo a parte que lhe competia, todos fariam o que se esperava deles. Ao que tudo indica, foi mostrado a ele que não é bem assim!! Existe um fator chamado “conveniência” que as pessoas se apegam muito. Sendo conveniente, se faz, não sendo, não se faz! Isso é o acontece de fato, mas para quem deseja estar em algum nível melhor e superior a isso, precisa também tomar decisões e atitudes diferentes dos demais. O nível a que Moisés tinha permissão e acesso na presença de Deus era diferente do que todos os demais tinham. Arão, o sumo sacerdote, teve acesso a níveis mais altos do que os demais sacerdotes e do povo. Josué também foi acima da média e alcançou níveis mais elevados. Você está confortável com o nível espiritual de sua vida e de seu crescimento até agora? Está acomodado? Está inquieto? Confesso que vivo o tempo todo insatisfeito com o trivial nesse sentido. Onde estou hoje, está muito bom para hoje! Se tem mais para ser conquistado, eu me mexo! Quero desafiar vocês a não se conformar só com as expectativas, mas apressar os passos para subir e chegar mais e mais perto. Lembrando que para nós hoje, o véu do templo já foi rasgado e se apresentar ao Santo dos Santos está acessível a todo filho de Deus. “Portanto, meus irmãos, tendo ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos abriu por meio do véu, isto é, pela sua carne, e tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, aproximemo-nos com um coração sincero, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e o corpo lavado com água pura” (Hb 10.19-22).

Senhor, agradecemos pela vida nova que ganhamos em Cristo Jesus e te louvamos por seu amor generoso e fiel para conosco. Somos gratos pela tua expectativa para com cada um de nós. aquilo que tens em mente, se cumprirá porque tu és fiel e poderoso para cumprir cada uma das tuas promessas. Oramos em nome  de Jesus, amém.

Pr Jason

Os Sacerdotes Também

Meditação do dia: 04/07/2023

“Também os sacerdotes, que se aproximam do Senhor, devem se consagrar, para que o Senhor não se volte contra eles.” (Ex 19.21)

Os Sacerdotes Também – Sempre que aparece uma situação em que se pede uma dose de dedicação, esforços ou sacrifício, logo aparece também aqueles que querem ficar fora da rodada. Quando é prêmio, mais gente quer participar. Hoje o nosso texto aponta para aquela ocasião muito especial em que Deus se revelou através de uma manifestação poderosa e tremenda, descendo sobre o Monte Sinai à vista de todos os israelitas que estavam acampados ali. Três dias antes Moisés os instruíra a se prepararem através de uma consagração de vida e santificação cuidadosa para que no terceiro dia estivem prontos. Quando Moisés subiu à presença de Deus, foi ordenado a voltar e reafirmar a eles a necessidade de observarem as demarcações feitas e exigidas para que não se aproximassem demais, por mera curiosidade e com isso viessem a ser punidos, pela irreverencia. Mas além da reafirmação disso, veio também uma palavra especial aos sacerdotes para fossem também consagrados e evitassem uma disciplina divina. Sou um sacerdote de confissão de fé, como pastor de uma igreja local, eu lido com muitos outros obreiros e colegas de ministério e como quase todas as categorias ou classes de trabalhadores e servidores, os pastores e obreiros também são corporativistas e se fecham entre eles para defenderem seus interesses. Pode haver situações em que até se posicionam de forma a contrariarem princípios importantes da vida e do ministério. Muitas pessoas se acostumam com o sagrado e cultivam uma intimidade perigosa, onde relativizam tudo e isso é muito perigoso. Na Bíblia nós vimos isso acontecer muitas vezes, mas uma delas e mais marcantes foram o procedimento dos filhos do sacerdote Eli. Eles foram longe demais! “Porque eu já disse a ele que julgarei a sua casa para sempre, pela iniquidade que ele bem conhecia, porque os seus filhos trouxeram maldição sobre si, e ele não os repreendeu. Portanto, jurei à casa de Eli que a sua iniquidade nunca será expiada, nem com sacrifício, nem com oferta de cereais (1 Sm 3.13,14). Vemos também que a liderança religiosa nos dias de Jesus, não era nada confiável e havia um misto de iniquidade e serviço sagrado, que em certa feita, Jesus classificou como uma “sepultura caiada.” Vejamos a descrição registrada por Marcos: “Dali a dois dias, era a Páscoa e a Festa dos Pães Asmos; e os principais sacerdotes e os escribas procuravam como o prenderiam, à traição, e o matariam.” (Mc 14.1). Nos preparativos para a festa da Páscoa, a maior e principal celebração espiritual da nação, eles estavam tramando como sequestrar, prender e matar uma pessoa inocente, que eles mesmos declararam inimiga da religião e da lei de Deus. Lá no Monte Sinai, todas as coisas estavam sendo formadas e organizadas naquela nação, pois eles estavam a menos de três meses de liberdade do cativeiro egípcio. As pessoas que estavam funcionando como sacerdotes, certamente já se julgavam estarem em melhores condições diante de Deus do que as pessoas “comuns.” Foi então que Deus mandou incluí-los no processo de santificação e consagração de vidas. Uma verdade muito importante para todos nós: A carne, não se converte, ela não melhora. É preciso um processo de disciplina rígida, de mortificação. Ora, as obras da carne são conhecidas e são: imoralidade sexual, impureza, libertinagem, idolatria, feitiçarias, inimizades, rixas, ciúmes, iras, discórdias, divisões, facções, invejas, bebedeiras, orgias e coisas semelhantes a estas. Declaro a vocês, como antes já os preveni, que os que praticam tais coisas não herdarão o Reino de Deus. E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e os seus desejos (Gl 5.19-21,24).

Pai, somos teus filhos e vocacionados para servir como sacerdotes e assim ministrar ao Senhor e também ao povo do Senhor. Agradecemos o privilégio de servir e pedimos graça e sabedoria para andarmos no temor do Senhor e não permitirmos que o pecado assuma o controle de nossas vidas e nos faça presas suas. Louvamos o nome poderoso de Jesus e a autoridade do seu sangue que pode nos purificar e nos manter à salvos do mal e do pecado. É em nome de Jesus que oramos, amém.

Pr Jason

Não Passe Dos Limites

Meditação do dia: 03/07/2023

“E o Senhor disse a Moisés: — Desça e avise ao povo que não ultrapasse o limite até o Senhor para vê-lo, para evitar que muitos deles sejam mortos.” (Ex 19.21)

Não Passe Dos Limites – Estamos meditando sobre experimentar a presença de Deus em profundidade. Estamos vendo uma nação inteira acampada diante do Monte Sinai e com uma manifestação real e poderosa de Deus ao alcance de todos. todos foram convidados a saírem para fora do arraial e irem ao encontro de Deus. Quando Moisés sobe ao monte para a audiência com Deus, a primeira medida de Deus é ordenar que ele volte, desça o monte e vá até o povo e reafirme a conversa de que ninguém deveria ultrapassar os limites estabelecidos antes. Deus se importa com limites? Sim! Ele é o autor e criador de todos os limites. Limites não precisam ser demonstração ou afirmação de fraqueza, restrição ou negativismo. Limites também são medidas de segurança, de proteção e de reafirmação da obediência e de se cumprir o que foi acordado. Ao criar o mundo e tudo que existe, Deus colocou limites e regras, leis naturais que mantém o equilíbrio e faz com que todas as coisas funcionem perfeitamente bem. A natureza tem os seus meios e recursos de fazer respeitar seus domínios. Cada esfera de domínio e poder tem seus limites e a vida espiritual também. Inclusive, observando as razões apontadas por Deus para fazer um ancião de oitenta anos de idade, que acabou de subir um monte, desça até embaixo e logo em seguida suba de novo, não é mero capricho. Muitos ali estava desejosos de conhecer a Deus, experimentar o seu poder e a sua graça; queriam desfrutar do seu favor e fariam daquela busca uma experiencia única em suas vidas. Outros, estavam ali, indiferentes, para verem o que aconteceria e como as coisas terminariam. Muitos outros estavam ali por curiosidade, para bisbilhotar e ver se não havia truques, mágicas ou engano por parte de Moisés e da liderança. Muitos queriam se aproximar, não para experimentar mais de Deus, mas para satisfazer uma curiosidade humana carnal e mercantil, aquele desejo de tirar proveito de tudo. Entre os cristãos evangélicos há uma expressão, que embora não seja bíblica, ela circula livremente entre muitos; diz-se que “quem não vem por amor, vem pela dor.” Esse conceito passa a idéia de que o modo como muitas pessoas chegam a Deus, não é resultado de uma busca ou desejo livre de seus corações, mas fruto de uma necessidade forçada, através de situações adversas como doenças, crises e problemas que deixam a pessoa sem alternativa senão buscar a Deus e se entregar a ele. Nossa vida espiritual é coisa séria! Relacionamento com Deus é premissa de primeira grandeza em termos de prioridades na vida. Para quem já está no caminho, o andar com Deus deve ser uma jornada gratificante e desafiadora, mas prazerosa. Nos dias de Jesus aqui em seu ministério terreno, muitas pessoas se aproximavam dele pelos motivos e razões os mais diversos possíveis e ele sempre os advertia a fazer as tomadas de decisões pela razão certa. “Uma grande multidão o seguia, porque tinham visto os sinais que ele fazia na cura dos enfermos” (Jo 6.2). Aqui eles queriam ver shows, milagres e novidades. “Jesus ficou sabendo que estavam para vir com a intenção de fazê-lo rei à força. Então ele se retirou outra vez, sozinho, para o monte” (Jo 6.15). Aqui eles tinham inteções políticas espúrias, querendo levar Jesus a um golpe de estado. “Jesus respondeu: — Em verdade, em verdade lhes digo que vocês estão me procurando não porque viram sinais, mas porque comeram os pães e ficaram satisfeitos” (Jo 6.26). Aqui eles o buscavam por satisfação física, encher suas barrigas de comida. Jesus disse que a razão verdadeira para se trabalhar e despender tempo e energia, devem ser em artigos duráveis, eternas, de preferência. “Trabalhem, não pela comida que se estraga, mas pela que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do Homem dará a vocês; porque Deus, o Pai, o confirmou com o seu selo” (Jo 6.27). Qual é a sua motivação principal e verdadeira de buscar a Deus?

Senhor Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, graças damos por investir em nossas vidas e o faz com o que há de melhor em toda a eternidade. O teu amor te levou a nos dar o mais precioso de tudo o que tens, o teu próprio filho. Obrigado por nos ajudar até mesma a fazer as escolhas certas e as motivações verdadeiras. Oramos agradecidos em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

O Senhor Desceu e Moisés Subiu

Meditação do dia: 02/07/2023

“O Senhor desceu sobre o monte Sinai, sobre o alto do monte. O Senhor chamou Moisés para o alto do monte e Moisés foi até lá.” (Ex 19.20)

O Senhor Desceu e Moisés Subiu – Parece os paradoxos da vida, mas estou apenas tirando proveito da oportunidade de aprender com vocês leitores, uma boa lição das experiencias que a vida com Deus nos permite e essa aprendizagem pode fazer a diferença para o prosseguimento na jornada. Para início de conversa, podemos deixar bem claro, que o fato de Deus descer até a terra, sobre o Monte Sinai e Moisés sair do arraial na planície e subir ao monte, não muda nada na essência dos dois. Deus continua sendo Deus, grande, poderoso, soberano e Senhor de tudo e de todos. Moisés continua sendo homem, falível, servo, dependente da graça e da bondade de Deus como sempre fora até ali e como seria dali em diante. Subir o monte e estar na presença de Deus, não faria o homem subir de nível e se colocar acima dos demais. Deus descer não o torna menor ou o desqualifica. Como escreveu Paulo: “Porque a loucura de Deus é mais sábia do que a sabedoria humana, e a fraqueza de Deus é mais forte do que a força humana. E Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são, a fim de que ninguém se glorie na presença de Deus” (1 Co 1.25,28,29). A religião e a religiosidade são coisas humanas, racionais e maquinais, que trabalham para fazer o homem encontrar Deus lá cima, com altos custos, sacrifícios,  penitências, custos elevados e esforços descomunais, o que leva todos a fracassarem e se sentirem desvalidos e indignos, até desistindo de tentar por nada muda, não melhora e a alma continua vazia. O Evangelho é a manifestação do amor de Deus, descendo, vindo até o homem, cá em baixo, ao rés do chão onde ele se encontra caído, derrotado, desiludido e perdido; Deus faz isso através da encarnação de Cristo, se tornando um de nós, um como nós e experimentando todas as fraquezas e limitações humanas, para se tornar o único capaz de levantar e restaurar o homem, permitindo-lhe a experiencia de vivenciar a graça de Deus e se tornar participante de sua santidade e sua natureza. “Pelo poder de Deus nos foram concedidas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo pleno conhecimento daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude. Por meio delas, ele nos concedeu as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vocês se tornem coparticipantes da natureza divina, tendo escapado da corrupção das paixões que há no mundo” (2 Pe 1.3,4). Subir ao Monte, ir na presença de Deus, nos torna servos melhores, capacitados a amar e servir e não nos dá status de “Grandes ou especiais…” Moisés continuou Moisés e Deus continuou sendo Deus!

Senhor Deus e Pai, obrigado por nos chamar para estar na tua presença, para reconhecermos verdadeiramente o que é grandeza, o que é poder e o que é ser especial, tudo isso se refere a Ti; nós voltamos transformados, mas moídos, quebrados, prontos para servir e ajudar. Tu és digno de todo o louvor, toda a honra e glória. Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason