Três Vezes Por Ano

Meditação do dia: 15/09/2023

“Três vezes por ano, todo homem deve comparecer diante do Senhor Deus.” (Ex 23.16)

Três Vezes Por Ano – Algum tempo atrás as pessoas se dividiam basicamente em grupos distintos: Evangélicos e não evangélicos – Praticantes e não praticantes. Agora está tudo junto e misturado; uma verdadeira torre de Babel. Havia até hábitos e práticas que se tornavam folclóricas e divertidas, como alguns que diziam que tinha ido à igreja quando fora batizado, quando criança, quando casou e a próxima não estava agendada ainda… na vida do povo de Deus, nos tempos bíblicos, algumas práticas religiosas ainda não haviam sido incorporadas nas rotinas das pessoas. Quando ainda no êxodo, Moisés sob as ordens do Senhor Deus, construiu o Tabernáculo, uma espécie de templo móvel, que podia ser montado e desmontado muitas vezes, porque eles estavam numa jornada saindo do Egito e à caminho da Palestina, ou Terra de Canaã. Esse Tabernáculo, após terminado e inaugurado, passou a ser o centro da vida espiritual e religiosa da nação. Também ocupava o centro geográfico daquele enorme acampamento de pessoas. Nele se adorava e servia a Deus com os sacrifícios, rituais, ofertas e tudo comandado por uma equipe de sacerdotes escolhidos de uma das doze tribos de Israel, a tribo de Levi. Arão foi separado por Deus como o primeiro Sumo Sacerdote do culto israelita e isso passaria de geração em geração dentro dessa linhagem. O povo em si, não tinha acesso ao interior do tabernáculo, apenas no pátio externo. Todas as demais ações eram mediadas pelos sacerdotes. Quando o rei Salomão ergueu o grande Templo em Jerusalém, embora com algumas diferenças na distribuição arquitetônica, o povo continuava adorando e servindo apenas no pátio exterior, de onde os sacerdotes assumiam a mediação entre o adorador e a presença de Deus. No íntimo do Tabernáculo e posteriormente do Templo, só o Sumo Sacerdote podia adentrar – no Santo dos Santos – uma vez por ano, no sétimo mês do ano, por ocasião da festa das expiações, quando ele fazia a expiação anual por toda a nação; só nesse dia com os devidos cuidados e preparos ele adentrava até a presença de Deus representada pela Arca da Aliança e ali no propiciatório, respingava o sangue que fazia a expiação dos pecados. Na rotina da vida, eles cumpriam os rituais de culto e adoração e em três grandes festas anuais, toda pessoa devia comparecer para adorar e tributar culto a Deus. É claro que isso exigia planejamento e agendamento para comparecer, porque havia distancias a serem percorridas e ofertas a serem levadas, ou adquiridas lá e necessitava de uma logística ideal para tudo dar certo. A adoração era o centro da vida daquelas pessoas. Nada mudou no propósito eterno de Deus, apenas aquelas simbologias todas foram substituídas pelo sacrifício único, perfeito e permanente de Jesus Cristo lá na cruz. “Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à direita de Deus, aguardando, daí em diante, até que os seus inimigos sejam postos por estrado dos seus pés. Porque, com uma única oferta, aperfeiçoou para sempre os que estão sendo santificados” (Hb 10.12-14). Agora na Nova Aliança, nós somos o santuário e Deus agora habita em nós, então não existe mais datas e agendas para comparecer diante de Deus para adoração e serviço; isso é feito dia a dia, todos os dias, para sempre e eternamente.

Senhor, aqui estamos como filhos e adoradores, para servir ao Senhor em Espírito e em verdade, em santidade e justiça procedentes da tua verdade implantada em nossos corações. Somos gratos pela bênção de sermos chamados teus filhos. Te louvamos e adoramos em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

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