Meditação do dia: 09/11/2023
“Ponha também no peitoral do juízo o Urim e o Tumim, para que estejam sobre o coração de Arão, quando entrar diante do Senhor; assim, Arão levará o juízo dos filhos de Israel sobre o seu coração diante do Senhor continuamente. (Ex 28.30)
Urim e Tumim – Estamos diante um grande mistério ou segredo do qual muito pouco se sabe e não há nenhuma deliberação ou regulamentação do seu uso entre os filhos de Israel. Mas pela posição ocupada entre os itens das vestes cerimoniais do Sumo Sacerdote, e que fora ordenado por Deus, visto por Moisés durante sua estadia na presença de Deus lá no cume do Monte Sinai, sabemos que tinha elevada importância. Uma busca por informações e outros detalhes, não ajuda muito. Aqui vou adicionar umas poucas linhas de explicações mais equilibradas que podemos encontrar. “O Urim e Tumim era um instrumento que possibilitava que os sacerdotes conseguissem interpretar a vontade de Deus a respeito de um determinado assunto. Basicamente era um lançar de sortes que apontava o conselho de Deus no juízo de uma causa. Mas a verdade é que a definição do Urim e Tumim é muito misteriosa, pois a Bíblia não descreve como isso funcionava; nem mesmo dá detalhes a respeito das ocasiões em que o Urim e Tumim era usado. Os significados dos nomes “Urim e Tumim” também são desconhecidos. Alguns sugerem que essas palavras venham de raízes que significam “luzes e perfeição.” (https://estiloadoracao.com/o-que-e-urim-e-tumim/) Tudo indica que eram duas pedras, uma branca e uma preta, e serviam para designar em sorteio “SIM e NÃO” – ou “CERTO e ERRADO” – “CULPADO e INOCENTE.” Também é corrente entre entendidos, que isso é muito anterior ao sacerdócio levítico. Possivelmente, por ser uma prática tão comum entre aqueles povos, em suas culturas, que nenhuma explicação era necessário ser dada. Um paralelo nosso é “Cara ou Coroa” com uma moeda, ou “Par ou Ímpar,” por ser tão comum e popular, não precisa explicar o que é e para quê. Como as Escrituras extrapolaram a cultura e a comunidade hebraica e oriental, chegando até nós no presente, algumas dessas questões ficam um tanto incógnitas para nós. Mas de certa forma aparecem citações em outros trechos das Escrituras, Esse sistema foi utilizado no caso conhecido do pecado de Acã: “¹⁴Pela manhã, pois, vocês se apresentarão, segundo as suas tribos; e a tribo que o Senhor designar por sorteio se apresentará, segundo as famílias; e a família que o Senhor designar se apresentará por casas; e a casa que o Senhor designar se apresentará homem por homem. ¹⁵Aquele que for achado com a coisa condenada será queimado, ele e tudo o que tiver, porque quebrou a aliança do Senhor e cometeu um ato infame em Israel. ²⁰Acã respondeu a Josué: – É verdade, eu pequei contra o Senhor, Deus de Israel, e fiz assim e assim” (Js 7.14,15,20). O profeta Samuel utilizou para designar Saul como rei. “²⁰Samuel fez com que todas as tribos se aproximassem, e a tribo sorteada foi a de Benjamim. ²¹Então Samuel chamou a tribo de Benjamim pelas suas famílias, e foi indicada a família de Matri. E da família de Matri foi indicado Saul, filho de Quis. Mas, quando o procuraram, não puderam encontrá-lo” (1 Sm 10.20,21). No Novo Testamento encontramos o caso, onde os onze apóstolos escolheram o substituto de Judas para compor o grupo apostólico. Eles utilizaram um sorteio, mas provavelmente não foi Urim e Tumim, porque eles não eram aceitos pelos líderes e sacerdotes e o Sumo Sacerdote fora um dos que conspiraram contra a vida de Jesus. “²³Então propuseram dois: José, chamado Barsabás, também conhecido como Justo, e Matias. ²⁴E, orando, disseram: – Tu, Senhor, que conheces o coração de todos, revela-nos qual dos dois escolheste ²⁵para preencher a vaga neste ministério e apostolado, do qual Judas se desviou, indo para o seu próprio lugar. ²⁶Depois fizeram um sorteio, e a sorte caiu sobre Matias, que foi acrescentado ao grupo dos onze apóstolos” (At 1.23-26). Entre os cristãos brasileiros existe uma aversão a sorteios e sortilégios, mas eles têm suas próprias criações, como fechar a Bíblia, abrir aleatoriamente, apontar com o dedo um versículo e aceita-lo como a revelação da vontade de Deus. Tem denominação que até utiliza esse sistema para designar que ministra nos cultos e ofícios regularmente. A “Caixinha de Promessas” também foi muito popular entre os pentecostais alguns anos atrás. Ainda tem também aqueles que pedem “Sinais ou Confirmações” através de situações e circunstancias inusitadas, para tomarem decisões de questões que estão em dúvidas. Você prática ou acredita em alguma dessas práticas ou tem a sua própria? De qualquer modo, te desejo boa sorte!
Pai, obrigado por tua fidelidade e capacidade de comunicar a tua boa, agradável e perfeita vontade. Somos gratos pela direção do Espírito Santo que nos guia pela paz interior e fala aos nossos corações e mentes através da Palavra escrita e também pelos dons carismáticos. Te louvamos e agradecemos por nos orientar diariamente para os caminhos da verdade, justiça, retidão e humildade. Em nome de Jesus, amém.
Pr Jason