Meditação do dia: 29/11/2023
“No dia seguinte, madrugaram, ofereceram holocaustos e trouxeram ofertas pacíficas. E o povo sentou-se para comer e beber e levantou-se para se divertir.” (Ex 32.6)
No Dia Seguinte – Nada como um dia após o outro! Mas nem sempre isso é poético e romântico a ponto de criar boas expectativas. Nessa meditação de hoje, estamos olhando para um dia na vida de uma comunidade de pessoas de bem, adoradoras de Deus e comprometidas por uma aliança feita com as gerações anteriores e cujo propósito principal de sua existência seria abençoar todas as famílias da terra, fazendo Deus conhecido e amado. Mesmo com todas as boas intenções eles se perderam em algum ponto do caminho e é isso que nos leva a refletir, pensar e repensar os caminhos e decisões que tomamos que podem levar a resultados diferentes daqueles que nós mesmos gostaríamos de ter. aprender com os erros dos outros é sábio e ganhamos tempo com isso, afinal a vida é muito curta para aprendermos tudo por tentativa e erro; afinal, pode acumular saberes e relatos das experiencias de modo que cada nova geração não tenha que aprender tudo desde o início. Quero observar algumas citações do versículo e trazê-las para o nosso contexto e assim produzir um conhecimento e crescimento intencional para nossa edificação. Começamos pelo dia seguinte à fabricação do bezerro de ouro fabricado por Arão e apresentado à congregação como sendo a representação “dos deuses” que os tiraram do Egito. Eles madrugaram – isso me chama a atenção, porque as pessoas quase sempre reclamam de terem que levantar bem cedo para iniciar a jornada diária de trabalhos e afazeres; todos parecem desejar poder ficar um pouquinho à mais de tempo na cama. Eles não tinham tantas preocupações com trabalho para produzir sustento de suas necessidades, porque eles o tinham de forma milagrosa e sobrenatural através do Maná que Deus enviava todas as manhãs; era só levantar e colher a porção de cada dia, isso tinha que acontecer antes do nascer do sol, evitando o derretimento do Maná. Fora isso, atividades de trabalho estavam ligadas à manutenção da ordem doméstica e reparos e cuidados com os animais domésticos que eles levavam consigo para a nova terra, que lhes seria a possessão definitiva. Mas nesse dia, eles madrugaram para algo do interesse deles, que seria cultuar aquele ídolo, reverenciá-lo com sacrifícios e cultos como se realmente estivessem cultuando a Deus, o Deus criador. Depois sentaram-se para comer e beber e depois da “pança” cheia, se levantaram para se divertir. Esse “divertir” foi bem mais do que podemos supor em termos de entretenimento. A idolatria e os cultos pagãos como os denominamos, sempre estiveram associados ao baixo nível de decência e moralidade, incluindo muito sensualidade e luxúria, já que comida e bebida à vontade num ambiente de festa e celebração, os limites inexistem e os exageros logo se iniciam. Isso produz uma ira santa em Deus, por razões que diríamos até mesmo óbvias e lógicas: Vocês conseguem imaginar uma multidão de milhares e milhares de pessoas, num lugar inóspito, sem fontes de suprimentos básicos e todos sendo abençoados por Deus com pão que cai do céu todos os dias antes do nascer do sol; água abundante mesmo estando no deserto; proteção contra frio, calor, animais peçonhentos e ferozes; saqueadores e outros perigos. Essas mesmas pessoas desfrutam de tudo isso, pegam a comida e a bebida, bênçãos de Deus e fazem uma festança em homenagem a ídolos? Dá para imaginar como Deus se sente? Nos sentimos profundamente enganados quando alguém abusa da nossa generosidade e hospitalidade, agradecendo e honrando depois alguém que não fez nada por elas. O profeta Oséias foi símbolo desse relacionamento entre Israel e Deus, representado pelo seu casamento com uma mulher infiel. “⁸Ela não reconheceu que fui eu que lhe dei o trigo, o vinho e o azeite; fui eu que lhe multipliquei a prata e o ouro, que eles usaram para Baal. ⁹Portanto, farei com que, no devido tempo, ela devolva o meu trigo e o meu vinho. Tirarei dela a minha lã e o meu linho, que deviam cobrir a sua nudez” (Os 2.8,9). Tudo o que temos e desfrutamos é graça de Deus e vem de suas mãos como bênçãos, utilizar isso para a idolatria é terrível e ultrajante.
Senhor, nós te adoramos como sendo o Deus Criador e sustentador de todas as coisas; tudo provém de ti e devemos faz uso disso com gratidão, louvor e reconhecimento de quem nos supre a cada dia. Agradecemos pelo pão de cada dia e as demais necessidades que são cuidadas e nada tem nos faltado. Seja bendito o teu santo nome, em nome de Jesus, amém.
Pr Jason