Meditação do dia: 31/12/2023

“Vá, pois, agora, e conduza o povo para o lugar do qual falei a você. Eis que o meu Anjo irá adiante de você. Porém, no dia da minha visitação, eu os castigarei pelo pecado que cometeram.” (Ex 32.34)

O Dia da Visitação – Amados, graça e paz! Hoje é o último dia do ano e não tem como deixar de expressar gratidão a Deus por termos chegados até aqui. Como disse Samuel, depois de uma árdua peleja contra adversários terríveis: “Ebenézer, Até aqui no ajudou o Senhor!” (1 Sm 7.12). Também desejo expressar a minha gratidão a todos vocês que me acompanharam no decorrer desse ano e outros à mais tempo. Louvo a Deus pela vida de vocês, pois de alguma forma valorizaram o meu intento de escrever algo que fosse edificante e relevante para a caminhada de fé de cada um de todos nós. Que o Senhor nosso Deus os recompense grandemente e possamos andar juntos em 2024, por todo o tempo que sua graça e generosidade nos permitir. Que seja um novo tempo de experiencias novas e grandes, com conquistas de novos limites e subam mais um degrau de cada vez, sempre em direção à maturidade e crescimento em todos os setores da vida. Encerramos nosso ano, com uma mensagem que talvez seja mais severa ou não tão alvissareira para a data, mas ela está no roteiro para esse dia e vamos aprender com a verdade para o dia de hoje. O dia da visitação citado por Deus à Moisés, se refere a um determinado momento no futuro deles, onde o Senhor faria o devido ajuste de contas e exerceria o seu divino direito de punir o pecado e a desobediência. Na nossa linguagem atual, seria o dia que chegaria “o boleto, ou a fatura.” É uma ilusão o servo de Deus alimentar seu ego, que ficará impune de seus erros e pecados, sendo, que o conhece como justo e verdadeiro, que não faz acepção de pessoas; não tem o culpado por inocente e nem o inocente por culpado; antes, retribui a cada um segundo os seus feitos. O texto que mais aprecio observar sobre isso é de Paulo aos Gálatas: “Não se enganem: de Deus não se zomba. Pois aquilo que a pessoa semear, isso também colherá” (Gl 6.7). De Deus não zomba! Israel havia praticado algo muito grave, consciente e deliberado. Moisés fez a intercessão e aplacou a ira divina e alcançou o favor. Mas isso não significa que a responsabilidade não será exigida. Pedro exorta os cristãs a não esquecer as boas práticas tendo em vista esse dia. “tendo conduta exemplar no meio dos gentios, para que, quando eles os acusarem de malfeitores, observando as boas obras que vocês praticam, glorifiquem a Deus no dia da visitação” (1 Pe 2.12). Isaías utilizou a mesma expressão significando “dia ou tempo de acerco de contas.” “Mas o que vocês vão fazer no dia do castigo, na calamidade que vem de longe? A quem vão pedir socorro e onde deixarão a sua glória?” (Is 10.3). Vivemos no tempo da graça e isso não pode ser utilizado como desculpara para pecar, acreditando que os tempos são outros e que Deus não leva mais em conta, porque Jesus já sofreu todos os nossos castigos.  Isso é erro crasso de interpretação bíblica elementar. “¹Que diremos, então? Continuaremos no pecado, para que a graça aumente ainda mais? ²De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós, que já morremos para ele?” (Rm 6.1,2). Ou “²⁶ Porque, se continuarmos a pecar de propósito, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados. ²⁷Pelo contrário, resta apenas uma terrível expectativa de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários. ³¹Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hb 10.26,27,31). Por esse ano, chega!

Senhor, obrigado por sua graça e bondade revelada a nós em Cristo Jesus! Somos teus filhos e aceitamos a nossa condição de redimidos pelo sangue do sacrifício de seu filho amado. Reconhecemos a tua santidade, grandeza, poder e glória e somente a ti nos tememos e prestamos culto. Hoje, entregamos com alegria e gratidão esse ano que tivemos para experimentar a tua graça e bondade e obrigado pelo poder, a unção e a força para realizarmos tudo o que veio à nossas mãos. Para sempre seja exaltado o teu santo nome, por Cristo, em Cristo e para Cristo, amém!

Pr Jason

Meditação do dia: 30/12/2023

“Vá, pois, agora, e conduza o povo para o lugar do qual falei a você. Eis que o meu Anjo irá adiante de você. Porém, no dia da minha visitação, eu os castigarei pelo pecado que cometeram.” (Ex 32.34)

O Anjo que Acompanha – Anjos estão ligados à parte mística da nossa fé e não é uma prerrogativa unicamente judaico-cristã. Seres celestiais estão presentes no universo espiritual praticamente de todos os povos e credos. Mesmo sendo citados abundantemente e com participações muito especiais na vida de tantos personagens bíblicos, ainda assim, há grupos que não validam essa crença. “Pois os saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem espírito, ao passo que os fariseus admitem todas essas coisas” (At 23.8). Os evangélicos brasileiros quase na sua totalidade admitem a crença comum, sobre o tema e uma parte, os mais ligados ao movimento pentecostal mais extremados, chegam supervalorizar e alguns outros próximos ao catolicismo e alguns místicos, vão aos extremos e atribuem a eles tarefas e atividades que não encontramos respaldos bíblicos para tais. Mas a idéia principal da nossa meditação de hoje, não é desvendar o sexo dos anjos ou categorizá-los para isso ou aquilo. A centralidade dos ensinos bíblicos, os colocam na condição seres criados por Deus e colocados a serviço, tanto dos servos de Deus, quando de assuntos que ainda estão fora do nosso radar. O Escritor aos Hebreus afirma: “¹³Ora, a qual dos anjos Deus em algum momento disse: “Sente-se à minha direita, até que eu ponha os seus inimigos por estrado dos seus pés”? ¹⁴Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a salvação?” (Hb1.13,14). Sendo essa condição deles e nossa, trabalhamos por manter as coisas em simplicidade e cooperação para que a obra de Deus não sofra danos e nem tenhamos uma fé extremada e sem bases que a sustente. Embora a presença ou a ação de qualquer anjo, seja uma bênção e muito útil, pois em muitos casos é a maneira única de um servo de Deus ser socorrido e ajudado. Agora, pensando na situação de Moisés e o povo lá no deserto, o pecado do povo produziu uma situação nova, em que Deus escolheu se fazer representar por um anjo, na condução e companhia junto ao povo até a etapa final da peregrinação. Certamente, esse anjo do Senhor, quem quer que seja, qualquer que seja a sua patente ou classe celestial e até quem sabe a sua posição na hierarquia divina, ainda assim, era um anjo, uma criatura e não mais a pessoa de Deus, na pessoa de Cristo pré-encarnado. O próprio Moisés sabia que era diferente, a presença de Deus ou presença de um anjo de Deus. Um era um servo, uma criatura, de posição e autoridade tal que fora colocado ali pelo próprio Deus. O outro, era o Criador, o Possuidor dos céus e da terra. Isso é incomparável.

Senhor, obrigado pela tua sabedoria e responsabilidade com os teus projetos. Quando o Senhor delega, o faz a alguém que tem tua bênção, autoridade e a graça necessária. Somos teus servos e teus filhos, por obra e graça de Cristo lá na cruz; em nome de quem oramos agradecidos, amém.

Pr Jason

Meditação do dia: 29/12/2023

“Vá, pois, agora, e conduza o povo para o lugar do qual falei a você. Eis que o meu Anjo irá adiante de você. Porém, no dia da minha visitação, eu os castigarei pelo pecado que cometeram.” (Ex 32.34)

Conduzir o Povo para o Lugar – O título da meditação não está reticente e nem incompleto, apenas quero chamar a sua atenção e talvez ainda mais a minha própria atenção. Estou olhando a questão, como Moisés estava sendo instigado a agir e como eu, como pastor de igreja local tenho que me mover. Meus colegas de ministério, podem entender muito bem o “X” da questão. Muita coisa mudou e nada mudou ao mesmo tempo: O povo de Israel alterou o curso do relacionamento com Deus, através de uma conduta negligente e leviana. Moisés continuou sendo o líder, o pastor e a pessoa da confiança de Deus e também do povo. O itinerário continuou sendo o mesmo desde a saída do Egito, com vista a chegar a Canaã. O ministério de Moisés também permanecia o mesmo e foi exatamente isso que Deus acaba de lhe dizer; ele deveria conduzir o povo ao lugar para o qual ele havia sido chamado para conduzir. Ele fora chamado antes mesmo do seu nascimento, ou já nascera sob uma vocação de libertador e líder para aquele povo; assim, tudo o que aconteceu na sua vida, desde que saiu daquela cestinha nas margens do rio, até ser um homem formado, príncipe do Egito, com preparo e liderança, até se tornar um pastor de ovelhas que nem dele eram, até aquele encontro com Deus lá no Monte Horebe, no episódio da sarça que o fogo não consumia. Os acontecimentos no Egito, as lutas, as pragas, os sinais e maravilhas, a páscoa, a saída, o Mar Vermelho sendo atravessado à pé enxuto e as experiencias do deserto, tudo, tudo mesmo até ontem… nada mudo o propósito de Deus, nem o povo e nem para Moisés; porque também não mudou para mim e nem para você e a igreja e a eternidade… Deus seja louvado, para sempre e sempre, de eternidade a eternidade, antes de Moisés, antes de mim e de você e depois de tudo isso, o Senhor ainda será o mesmo e a sua Palavra ainda será a mesma, firme, permanente, fiel e confiável. O meu chamado, o seu chamado, o destino do povo, quer o de Israel, quer da igreja onde trabalhamos, tudo está dentro do programa de Deus e ele fará tudo o que foi projetado. Aleluia!! Nada mudou, Deus ainda cumprirá cada promessa e cada palavra! Quem viver, verá e fomos chamados para ver e participar disso.

Senhor, agradeço a cada dia por tua bondade e misericórdia para comigo e com tudo o que tens planejado para mim. Para sempre a tua Palavra permanece, porque é tua Palavra! Somos filhos e participantes das alianças e promessas e somos abençoados com o teu servo Abraão e como igreja, somos o Corpo de Cristo aqui na terra, para cumprir um propósito e uma missão, faremos isso, com a força e a graça de Cristo, no poder do Espírito Santo, amém.

Pr Jason

Meditação do dia: 28/12/2023

“Então o Senhor disse a Moisés: Riscarei do meu livro todo aquele que pecar contra mim.” (Ex 32.33)

A Responsabilidade é Pessoal – Lidamos com o que chamamos de “livre arbítrio” como sendo uma grande dádiva divina ao ser humano. Isso implica em liberdade para tomar decisões, mas responsabilidade pelas decisões tomadas. Sendo assim, a cada privilégio há uma responsabilidade correspondente. De lá do Éden para cá, muita coisa mudou e muita coisa foi mudada por decisões voluntárias e outras forçadas e algumas por meras consequências de outras já tomadas. Como todos estamos interligados de alguma forma, o que alguém faz, afeta muitos outros além de si mesmo. De todas as pessoas existentes nesse mundo, a única sobre a qual eu tenho autoridade e posso obrigar a tomar decisões, sou eu mesmo. Não posso decidir por mais ninguém e não posso deixar que mais ninguém decida por mim. As consequências de não se assumir responsabilidades e deixar para que outros decidam é profundamente danoso e lesivo para cada indivíduo que permite tal comportamento. Para que uns estejam folgados, existem outros sobrecarregados. Também isso produziu o que se convencionou como a “Teoria do Caos” ou o “Efeito Borboleta.” O efeito borboleta faz parte da teoria do caos, a qual encontra aplicações em qualquer área das ciências: exatas, médicas, biológicas ou humanas, na arte ou religião, entre outras aplicações, seja em áreas convencionais e não convencionais. Explicando: Um ato pequeno, insignificante praticado por alguém em algum lugar, desencadeia uma série de eventos mundo à fora. Você já jogou uma pequena pedra no lago? Aqueles círculos que vão se formando vão ganhando proporções cada vez maiores. No nosso texto, estamos vendo a resposta de Deus à Moisés que foi muito intenso e impetuoso em defesa daquele povo que pecara contra Deus e a possibilidade de um juízo terrível recair sobre eles, levou aquele homem manso a se tornar impulsivo e fazer declarações de relevância para toda a eternidade; pois ele colocou a sua salvação e esperança de eternidade em risco, como se fosse um jogo de trocas. Então ele recebeu esse ensinamento divino sobre a responsabilidade individual de cada pessoa pelos seus atos diante de Deus. O profeta Ezequiel profetizou sobre esse tema também, porque o povo havia criado um ditado, ou provérbio popular transferindo as responsabilidades: “¹A palavra do Senhor veio a mim, dizendo: ²O que vocês querem dizer, vocês que ficam repetindo este provérbio a respeito da terra de Israel: “Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos é que se embotaram”? ³Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus, vocês nunca mais repetirão esse provérbio em Israel. ⁴Eis que todas as pessoas são minhas. Assim como a pessoa do pai, também a pessoa do filho é minha. A pessoa que pecar, essa morrerá” (Ez 18.1-4). A graça de Deus está manifesta em Cristo Jesus, disponível a todos que nele crerem, não é automático e compulsório para todos que nasceram nesse mundo depois da nascimento e morte de Cristo. É privativo, personalizado, para todo aquele que crer. “¹¹E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna, e esta vida está no seu Filho. ¹²Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. ¹³Estas coisas escrevi a vocês que creem no nome do Filho de Deus para que saibam que têm a vida eterna” (I Jo 5.11-13).

Graças damos ao nosso Senhor e Deus, Pai, o Todo-Poderoso, que toma o justo pelo injusto e concede graça e misericórdia a todo aquele que invoca o nome de Jesus, que se tornou o caminho, a verdade e a vida para todo aquele que nele crer. Somos abençoados por seu amor e generosidade, por sua morte e ressurreição. Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Meditação do dia: 27/12/2023

“Agora, pois, perdoa-lhe o pecado; ou, se não, peço-te que me risques do livro que escreveste.” (Ex 32.32)

Riscar do Livro – Pensar sobre essa situação em que Moisés se coloca em intercessão por Israel, em busca de perdão, se colocando na condição de se perder caso não houvesse a graça divina para o povo é muito desafiador. Existem muitas possibilidades possíveis a serem consideradas, e alguns são até divertidas e outras extremamente sérias. Na revelação bíblica até então não havia menção de um livro no qual Deus faz anotações; embora o conceito não seja improvável, pois qualquer pessoa organizada, sabe que é preciso tomar notas de coisas importantes, para que não se perca ou se confunda. A idéia de que Deus tem tudo anotado para um dia chamar individualmente para prestação de contas é algo totalmente crível no conceito cristão. Também, como Moisés esteve por mais de quarenta dias na presença divina lá no monte, sabe-se lá o que ele viu e conheceu que está fora da nossa alçada. Para os cristãos, a disputa sempre foi acirrada, sobre a doutrina da salvação, onde uns grupos acreditam que uma vez que a pessoa é salva, isso é para sempre; outros acreditam que ela é algo muito firme e segura, mas é possível que se perca ainda. Aqui, buscamos alimento para edificar e então não discutiremos ou tomaremos partido de qualquer dos lados; se você não concordar comigo, como um bom batista, vou deixar o assunto sobre a mesa de discussão e lá na eternidade após o arrebatamento, aceito retomar o caso. Me procure lá e falaremos mais sobre isso. Por aqui, uma citação de Apocalipse mexe com os miolos dos grupos que gostam de argumentos bons e fortes: “O vencedor será assim vestido de branco, e de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida. Pelo contrário, confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos” (Ap 3.5). Na verdade o assunto central do texto da meditação, é o amor de Moisés, se colocando em risco diante de Deus, para conseguir o perdão e a reconciliação para o seu povo. Isso me faz lembrar os ensinos de Jesus, sobre pastoreio e cuidados pastorais: “¹¹Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas. ¹²O mercenário, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê o lobo chegando, abandona as ovelhas e foge; então o lobo as arrebata e dispersa. ¹³O mercenário foge, porque é mercenário e não se importa com as ovelhas” (Jo 10.11-13). Moisés se dispôs a dar a sua vida pela segurança daquele povo, mesmo depois de tudo que eles fizeram; interiormente, ele era o pastor deles e defenderia eles diante de Deus e do inimigo, porque cuidar deles, era a sua missão de vida. Como Jesus fez por nós.

Senhor, obrigado por nos amar e ser o nosso pastor cuidadoso, disposto a se sacrificar pelo bem de cada pessoa. Somos agradecidos pela oportunidade que recebemos de participar de uma vida melhor e eterna. Obrigado por ter desistido de nós. Oramos em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Meditação do dia: 26/12/2023

“Moisés voltou ao Senhor e disse: Ah! O povo cometeu grande pecado, fazendo para si deuses de ouro.” (Ex 32.31)

Confissão – Moisés esteve muitos dias lá no cume do Monte Sinai, na presença de Deus, recebendo instruções e revelações. Certamente é uma condição que ninguém gostaria de deixar e sair. Ele ainda tinha mais coisas para receber e absorver, mas foi interrompido por Deus, para que voltasse e descesse até o povo e lidasse com a situação. Podemos pensar nisso, como um paralelo com a obra redentora de Cristo? Acredito que sim! Jesus deixou a sua glória eterna, na companhia do Pai e do Espírito Santo para descer aqui neste mundo, para lidar com uma situação do povo; também por causa do pecado e da rebelião. Moisés não participou da baixaria e degradação do povo, mas se viu envolvido e teve que lidar com a sujeira, providenciar soluções e tomar medidas drásticas, impopulares e que certamente também não lhe era agradável. O mesmo foi com Jesus, ao lidar com pessoas de má índole, má vontade, corações endurecidos, dissimulados e lobos vestidos de cordeiros. Assim como as medidas tomadas por Moisés não agradaram a todos e não foram fáceis para ele; assim também a obra de Cristo, sua mensagem, suas pregações e interpretações da lei de Deus. A verdade incomoda, provoca e causa reações. Depois de um tempo de serviço, ambos, tanto Moisés, lá no deserto do Sinai, quanto Jesus, voltaram à presença de Deus. Moisés foi confessar os pecados do povo, admitir o pecado deles e pedir por perdão e graça. Jesus, ofereceu-se a si mesmo em sacrifício definitivo, perfeito, completo e suficiente, então compareceu diante de Deus Pai, onde se encontra até hoje e intercede por nós. “Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se aproximam de Deus, vivendo sempre para interceder por eles” (Hb 7.25). Precisamos compreender e refletir sobre a redenção que em Cristo está disponível a nós, todos os dias, mesmo que não saibamos tudo, mas alguém sofreu e pagou um preço elevado para nosso benefício.

Senhor, agradeço pelo teu amor demonstrado em vir a este mundo e sofrer tudo o que sofreste, para nos livrar dos nossos sofrimentos e dar a vida eterna. Agradecemos de coração e exercitamos a nossa fé e te oferecemos o nosso louvor e gratidão, reconhecendo o valor do teu sacrifício. No teu poderoso nome, oramos, amém.

Pr Jason

Meditação do dia: 25/12/2023

“No dia seguinte, Moisés disse ao povo: Vocês cometeram um grande pecado. Agora, porém, subirei ao Senhor; talvez eu possa fazer propiciação pelo pecado de vocês.” (Ex 32.30)

Propiciação – Sou muito grato a Deus pela minha vida e meu chamado ministerial, para ser pastor de sua igreja. Tão logo tomei consciência disso, me propus me preparar e buscar ser de fato um pastor segundo o coração de Deus e apascentar a igreja com inteligência e sabedoria. Se consegui, só a eternidade dirá, porque as nossas avaliações nem sempre são confiáveis, especialmente pelo viés emocional e humano que carregamos e por mais imparcial que queiramos ser, sempre queremos valorizar os feitos bons e diminuir os fracassos; o bom mesmo é deixar para quem de fato é imparcial e julga com justiça. Com um coração de pastor, não me apeguei muito a ser tão profundo em teologia e minúcias doutrinárias, pois o meu desejo sempre foi, dar ao rebanho um alimento palatável e nutritivo, prático e acessível, respeitando o nível de maturidade e necessidade de cada um. Preciso conhecer teologia, teorias, doutrinas e argumentos, mas não me atenho muito, a isso, embora de vem quando precisamos apresentar temas um tanto quanto mais complexos e ainda assim, procuro facilitar na didática para benefício de todos. Hoje, apareceu o termo “Propiciação” que é um fator maravilhoso da obra da redenção, e é algo essencial para nossa salvação e então vale a pena destrincha-lo, para saborear tudo que ele tem de bom para nós. A raiz da palavra já nos mostra que vem de propiciar, ou tornar propício, favorável, conseguir um favor. Olhando para o verso, Moisés disse que ia talvez conseguiria o favor de Deus, que ele aceitasse ser favorável a eles, mesmo depois de terem pecado tão gravemente. Se trata de oferecer algo que ganha esse favor, e se torna um ato materializado, comprovando que se buscou essa propiciação. Lembram que falamos disso em uma meditação quando Moisés estava construindo as peças do tabernáculo e ao fazer a Arca da Aliança, a tampa dela seria o propiciatório, onde o sumo sacerdote, uma vez no ano, no dia da expiação, respingaria ali o sangue do sacrifício anual por todo o povo. “Ali, virei a ti e, de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins que estão sobre a arca do Testemunho, falarei contigo acerca de tudo o que eu te ordenar para os filhos de Israel” (Ex 25.22). Propiciação é alguma coisa que leva alguém a perdoar uma ofensa recebida, ou a proceder misericordiosamente para com o ofensor. Duas vezes é Jesus chamado por São João ‘a propiciação pelos nossos pecados’ – “²e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro. ¹⁰ Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados” (1 Jo 2.2 e 4.10). Paulo fala da ‘redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs,… como propiciação’ (Rm 3.24,25). Deste modo, a propiciação requerida pela justiça de Deus é manifestada em Cristo Jesus pela misericórdia de Deus. Resumindo e simplificando: Jesus é a nossa propiciação, nele é que encontramos o perdão diante de Deus, por aquilo que ele ofereceu lá na cruz para alcançar o favor divino e acharmos graça diante dele, mesmo depois de todos os nossos pecados. Não é maravilhoso!?

Senhor, obrigado pela propiciação que há em Cristo Jesus e por causa disso, podemos receber o teu favor, sem nenhum merecimento da nossa parte. Te agradeço por providenciar isso para nós. Oramos com gratidão em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Meditação do dia: 24/12/2023

“Pois Moisés tinha dito: “Consagrem-se hoje ao Senhor, cada um contra o seu filho e contra o seu irmão, para que hoje Deus lhes conceda uma bênção.” (Ex 32.29)

O Preço da Benção – Inicio essa meditação, desejando a todos os amados irmãos e amigos leitores, um feliz natal e que celebrem com muita alegria as conquistas que conseguiram no Senhor Jesus. Ele é a nossa maior bênção e o melhor presente que poderíamos desejar e generosamente o Pai celestial nos concedeu. Talvez seja até apropriado estamos meditando sobre um assunto onde se fala de morte e de bênçãos também. Nossa redenção foi conseguida com a morte do nosso redentor. Um preço bastante elevado para uma bênção singular. Na situação lá no deserto, as pessoas haviam pecado e estavam sob o juízo divino. A justiça deveria ser exercida, o pecado deveria receber o devido tratamento e assim a expiação cobriria os danos e a bênção poderia voltar a acontecer na vida de todos. Foi o que aconteceu! Nessa semana, celebramos o natal, que é tudo de bom, boas novas, festas e tudo isso, porque a promessa se materializou, como nas palavras de João: “O verbo se fez carne e habitou entre nós…” (Jo 1.14). Mais à frente celebraremos a paixão, a dor, o sofrimento e a morte do “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.20). Como podemos ver, uma verdade se liga a outra, a vida nasce da morte. A bênção é precedida por sacrifício. Isaías chamou o sacrifício do Messias de “seu penoso trabalho…” (Is 53.11 ARA). Então está correto a idéia dos filósofos de plantão, que afirmam que o “único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário.”

Senhor, obrigado por esse tempo precioso de reflexão sobre a vida e os verdadeiros valores. Somos gratos por tudo que o Senhor nos concedeu e aqui estamos para testemunhar a tua fidelidade, justiça e bondade, em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Meditação do dia: 23/12/2023

“aos quais ele disse: Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: “Cada um ponha a espada na cintura. Passem e tornem a passar pelo arraial de porta em porta, e cada um mate o seu irmão, o seu amigo e o seu vizinho.” (Ex 32.27)

Execução – Falar de morte não é fácil, nunca foi e não será no futuro. Desde que houve a primeira morte aqui na terra, quando Caim usou e violência contra o seu irmão Abel, o que deve ter sido terrível para os pais deles, pois foi inédito e sem precedentes. Como cristãos, abençoados pela obra da redenção em Cristo, falamos e acreditamos muito no valor e nos benefícios da morte substitutiva dele lá na cruz. Lidar com ela, no entanto é um fardo pesado emocional e espiritualmente, para a maioria de nós. Como sempre estou me referindo ao modo cultural ocidental de ver as coisas, e com valores tão diluídos aqui no ocidente, onde os direitos humanos são tão apregoados, mas na prática os processos legais não estão disponíveis a todos com a mesma linearidade. Como se diz, “Todos são iguais perante a lei…” mas na vivencia diária sabemos que alguns são “mais iguais” do que os demais. Muitos povos e nações adotam ainda a pena de morte, como instrumento de coibir a violência e a criminalidade extrema, mas nem nesses lugares os índices são melhores do que em outros. Até em países onde se abusam do direito de executar pessoas por motivos banais, isso não inibe e nem diminui em quase nada, até parece que a sociedade se adapta ao mal e a injustiça tanto quanto anseia pela liberdade, verdade e justiça. Nos nossos princípios espirituais de fé, aceitamos verdades como ditas por Paulo: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 6.23). O profeta Ezequiel: “Eis que todas as pessoas são minhas. Assim como a pessoa do pai, também a pessoa do filho é minha. A pessoa que pecar, essa morrerá” (Ez 18.4). Tudo indica, que os cristãos olham para essas verdades, como sendo de aplicação espiritual e figuradamente, de modo que citar isso em suas práticas, não assustam e nem produzem temor. O mesmo não acontece quando deparam com uma situação literal, quando uma pessoa é morta perto delas; sendo por violência, doença, acidente ou mesmo por velhice.  Essa versão literal e presencial é aterrorizante para a maioria das pessoas. Outro aspecto  que temos que lidar é quando deparamos com situações de morte na Bíblia, por situações de guerras, dentro do povo de Deus ou por pessoas consagradas e que admiramos pela fé e relacionamento com Deus. Abraão teve que lançar mão da espada e lutar contra exércitos invasores que levaram seu sobrinho em cativeiro e ele foi à luta para libertá-lo. Davi, foi um guerreiro muito valente e começou a derramar sangue desde a sua adolescência quando matou Golias. Samuel executou o rei amalequita, chamado Agague, poupado pelo rei Saul. Elias, com os profetas de Baal e Aserá, cerca de oitocentos e cinquenta homens; Eliseu, amaldiçou uns garotos que zombavam dele e foram despedaçados por feras; também fez cair fogo do céu e destruiu dois pelotões de soldados de cinquenta homens cada um. Aqui, no texto ode hoje, a tribo de Levi que se apresentou em consagração a Deus, fugindo da idolatria e da baixaria moral em que o povo se encontrava, foram ordenados a executar parentes e amigos devassos, o que foi mais de três mil pessoas. Não podemos fugir disso, de lidar com esses textos e nem de responder a indagações de cristãos menos amadurecidos ou céticos e antagônicos à fé e à verdade bíblica. Confio na sabedoria divina e seu caráter santo e justo e isso não abala a minha fé e nem a credibilidade da Palavra de Deus. Tudo aquilo que não podemos racionalmente explicar ou socialmente adaptar à nossa realidade cultural atual, podemos ainda assim, ficar firmes que no devido tempo tudo será esclarecido e Deus tem razão e sua verdade dura para sempre.

Senhor, te agradeço e te louvo por sua fidelidade e bondade. Não há nada que o teu caráter santo faça, que contrarie as verdades reveladas em Cristo e sua Palavra. Te amamos e louvamos por sua justiça, misericórdia e verdade, de geração em geração. Amém.

Pr Jason

Meditação do dia: 22/12/2023

“pôs-se em pé à entrada do arraial e disse: Quem é do Senhor venha até mim. Então se juntaram a ele todos os filhos de Levi,” (Ex 32.26)

Tomada de Posição – Quando olhamos para muitos textos e passagens bíblicas, é quase natural observar apenas o aspecto histórico do ocorrido. Aquilo aconteceu lá no passado, naquele lugar, naquele tempo, naquela circunstância, com aquelas pessoas e ficou por lá mesmo. Literalmente está certo e historicamente também; mas espiritualmente aplicamos os princípios de vida e esses são eternos, perenes e imutáveis. Ética e moralmente podemos adotar todas as boas práticas que se revelam saudáveis e construtivas. É isso que levou Paulo a afirmar aos Romanos, no Novo Testamento: “Pois tudo o que no passado foi escrito, para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança” (Rm 15.4). Sendo assim, essas leituras e estudos rasos, supérfluos, descomprometidos com a prática, não leva ninguém a lugar nenhum. Nesse ponto de vista, a Bíblia não passa de um bom livro de sábios conselhos e boas histórias com fundos morais. Mas não é isso que acreditamos e nem é assim que acolhemos as Palavras da Bíblia. Para nós, os cristãos, adoradores e discípulos de Cristo, ministros da Nova Aliança, responsáveis pela Grande Comissão de anunciar as boas novas da salvação a todos os povos, em todos os lugares e fazer deles discípulos de Cristo. Para nós, a Bíblia é a Palavra de Deus! Ela é infalível, imutável, transcendente, viva, eficaz, poderosa, penetrante, transformadora, santificadora e o mais seguro mapa para a jornada da vida. Após toda aquela profanação, desvio de conduta de todo o povo de Israel, influenciados por Arão; Moisés fez o básico para a restauração e então apresentou o apelo para que quem desejasse tomar posição, ficar ao lado da verdade revelada e continuar seguindo a Deus e obedecer a sua Palavra, pudesse se manifestar. A vida com Deus, sempre foi oferecida pela graça através da fé e cada indivíduo precisa tomar sua decisão de que lado quer ficar. Como era o bom costume das igrejas, pregarem o Evangelho com verdade e integridade, desafiando no final da mensagem aos visitantes a tomarem uma decisão de seguirem a Cristo, crendo nele como SENHOR e SALVADOR, para se manifestarem, levantando uma das mãos, ficando de pé e vindo à frente uma demonstração de que estava arrependido e recebendo a Cristo em sua vida; então ele recebia ajuda, apoio e alguém orava com ele e era encaminhado ao discipulado para iniciar uma verdadeira vida cristã. Moisés fez o apelo e a tribo de Levi se manifestou inteira, se colocando à disposição para abraçar a fé e andar com Deus. Interessante, porque foi a tribo do próprio Arão, que se converteu primeiro e se consagrou a Deus. A lição para nós hoje, é que o desafio continua diante de nós, que vivemos numa sociedade que diz amar a Deus, mas também ama o mundo e faz de tudo para se parecer com o mundo e suas modas, inovações, adaptações, contextualizações, secularização; na verdade é mundanismo puro disfarçado de crença e vida cristã. Alguém disse, não sei quem, que um dos grandes erros da igreja atual, como noiva de Cristo, é querem viver uma eterna despedida de solteira. Isso é um risco, porque o noivo é pessoa séria. Precisamos aprender a tomar posição ainda que sozinhos. Ensinar nossa família e filhos a ficar firmes, tomando posição sozinhos contra tudo e todos em nome da fé.

Senhor, agradecemos a força que nos dá para resistirmos ao mal e abraçar o bem e ficar firmes na verdade, tal qual a conhecemos e cremos. Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason