Armadura de Saul

Meditação do dia: 09/12/2023

“Saul vestiu Davi com a sua própria armadura, pôs um capacete de bronze na cabeça dele, e o vestiu com uma couraça.” (1 Sm 17.38)

Armadura do Rei Saul – Nessa mini série de meditações, estamos trabalhando com situações onde alguém deixou de depender de Deus e fez uso de seus próprios meios para servir a Deus ou resolver suas situações complicadas. Nosso propósito é ver os paralelos da história bíblica com as quais podemos nos identificar e assim fazendo uso da sabedoria bíblica, corrigir nossas ações e perspectivas. Hoje vamos estudar e meditar numa situação de batalha, o que é bastante comum na vida cristã; todos nós estamos numa batalha espiritual onde ao escolher servir a Deus, nos colocamos no campo de visão do inimigo, que procura atacar os filhos de Deus e derrota-los ou no mínimo deixar o máximo de baixa possível. Toda batalha necessita de estratégia para luta-la. Como soldados do exército do Senhor, devemos receber dele as instruções e segui-las à risca para então lograr êxito. Nosso contexto bíblico, foi no reinado do rei Saul, quando ele já havia se apostatado dos caminhos de Deus e tomado suas próprias iniciativas. Ele fora confrontado pelo exército dos filisteus, que vieram para o seu território e com uma provocação desafiadora. Eles tinham um trunfo nas mãos; um gigante de mais de três metros de altura, bem treinado e muito bem equipado com armas e armaduras. Era inédito o que eles estavam propondo para os israelitas que representam o povo de Deus, ou os interesses do reino de Deus. Eles queriam evitar um confronto sangrento e propunham um duelo entre apenas dois guerreiros, um de cada lado da contenda. O melhor israelita contra o melhor filisteu. Eles apostavam tudo em Golias. Saul não encontrou ninguém disposto a aceitar o desafio. Ele, o rei, era o maior homem em termos de estatura em todo o seu exército, mas ainda assim não se habilitou. Experimentou uma proposta onde o desafiante que vencesse o gigante ganharia um prêmio generoso em termos financeiros e poderia se casar coma princesa. Nem assim deu certo. Por quarenta dias eles foram desafiados pela gigante. Foi então que apareceu um rapazinho, que viera ao acampamento trazer suprimentos para seus irmãos e levar notícias deles para a família. Ele ouviu o desafio e achou um absurdo ninguém reagir e enfrentar a situação. Ele foi ao rei e se apresentou como voluntário para enfrentar o gigante filisteu. O rei Saul se viu pressionado, pois não poderia aceitar um adolescente sem idade militar aceitar um desafio que nenhum soldado treinado aceitara, nem os generais, nem o rei. Com a insistência de Davi, baseando unicamente na fé em Deus e no histórico de vitórias já obtidas em situações também desafiadoras como quando teve que enfrentar um leão e um urso para defender suas ovelhas e vencera em ambos os casos. Não vamos nos ater aos detalhes, porque essa história faz parte da cultura cristã, pois desde bebezinhos somos ensinados e ensinamos aos nossos pequeninos sobre essa história. A que queremos aqui, é que o rei Saul acabou cedendo aos apelos do menino prodígio e para aliviar sua consciência resolveu “ajudar” a Davi, fornecendo-lhe o seu próprio equipamento de proteção militar. É incrível o que o ser humano é capaz de fazer para cobrir sua incapacidade e substituir a fé em Deus através de artifícios mentais, emocionais e materiais em busca de conforto ilusório. Imagina só, a armadura de Saul, um homem de quase dois metros de altura, corpo forte, bem treinado, musculoso, com equipamento personalizado, feito exclusivamente para ele, como rei; tirar isso de si e vestir num adolescente de pequena estatura imaginando que estaria ajudando!! Davi nem conseguiu andar, mal podia se mexer ou movimentar! Como aquilo iria ajuda-lo a enfrentar um gigante, bem treinado, acostumado a lutar? Prestem bem atenção: Não importa de quem é a luta, se minha, se de alguém familiar, se de outra pessoa… mas se vamos entrar nela, não podemos entrar com equipamento alheio. Não se lutar com armas de outras pessoas; cada guerreiro deve lutar com suas próprias armas, sua própria armadura e ter a agilidade necessária para o combate. O rei Saul aqui, é uma figura que simboliza alguém em autoridade, mas incapaz de discernir a verdadeira causa e o verdadeiro sentido da luta. Ele está disposto a aceitar a oferta de qualquer um que o possa substituir naquele que seria sua responsabilidade. Você não pode confiar nele! Você não pode aceitar a ajuda dele, nem os equipamentos que ele diz que será para sua proteção. Davi se protegia em Deus, na sua fé e lutaria aquela batalha como sendo uma batalha de Deus! A verdade contra a mentira, o espiritual contra o carnal; a luz contra as trevas! “⁴ Porque as armas da nossa luta não são carnais, mas poderosas em Deus, para destruir fortalezas. Destruímos raciocínios falaciosos ⁵e toda arrogância que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento à obediência de Cristo” (2 Co 10.4,5). Não lute suas batalhas com as armas de Saul. Use as suas. Confie em Deus, porque ele te dará a vitória.

Senhor, nós te rendemos graças pela vida e pelas vitórias que conquistamos a cada dia com a sua bênção. Somos gratos porque a cada batalha, podemos receber novas instruções e estratégias para prevalecermos. Pedimos sabedoria e fé para confiarmos naquilo que já conquistamos com a tua ajuda até hoje. Não estaremos sozinhos e nem enfrentaremos um inimigo que não poderá ser vencido pela fé e obediência à tua Palavra. Em nome de Jesus, amém.

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