A Grande Pergunda

Meditação do dia: 17/12/2023

“Depois, Moisés perguntou a Arão: O que foi que esse povo fez a você, para que você trouxesse sobre ele tão grande pecado?” (Ex 32.21)

A Grande Pergunta – Nossa herança cultural vem de tempos variados, remotos, distantes, não tão distantes, regionalizados, nacionalizados, etmologicamente radical e até mesmo derivando de expressões descontextualizados. Exemplo disso são expressões brasileiras e suas origens: “Pé-de-Moleque” – um doce de amendoim caramelizado muito apreciado. Tem duas possibilidades: A primeira é que os moleques (meninos) andavam descalço e os pés ficavam grossos e duros; isso até parecia com o doce. A segunda é que a mulher fazia o doce é colocava na janela para esfriar e o moleque vinha e roubava pelo lado de fora; quando flagrado, ela gritava com ele: “Pede, moleque!” Outra expressão das antigas é distorção de quem ouviu e reproduziu. Alguém disse: “Corro, de burro quando foge.” (pela dificuldade de captura-lo). Alguém reproduziu dizendo: “Cor de burro quando foge.” (Aspecto que denuncia que fez algo errado). Estou escrevendo isso, para fazer uso de uma expressão dos velhos tempos dos “goianos brabos,” onde se dizia: “Atira primeiro, pergunta depois!” Foi esse o primeiro sentido do texto e contexto dessas ações, lá no arraial dos israelitas ao pé do Monte Sinai. Moisés desceu do monte e ao ver aquelas cenas aviltantes e pecaminosas do povo em orgias cerimoniais em volta de um bezerro de ouro fundido e sendo adorado, ele ficou muito bravo e despedaçou o objeto de veneração, derreteu o no fogo, transformou em pó, espalhou isso nas águas e fê-los beber. Só então ele falou alguma coisa como alguém, no caso com Arão, o cabeça do movimento. Arão certamente ao ver o irmão, manso como um cordeiro, completamente ensandecido, quebrando tudo e fuzilando qualquer um com um olhar implacável – deve ter ficado em estado catatônico e paralisado, sem ação, sem resposta e nem mesmo condição de reagir e tentar salvar alguma coisa ou explicar qualquer coisa que fizesse algum sentido. A pergunta de Moisés o apanhou de surpresa, de modo que a sua resposta nem faz muito sentido, nem mesmo como uma desculpa ou justificativa. “O que foi que esse povo fez a você, para que você trouxesse sobre ele tão grande pecado?” Claro que não iremos desculpar Arão por sua conduta, mas não podemos deixa-lo sozinho nessa fogueira, porque de vez em quando cometemos erros grotescos que nos envergonhamos depois só de lembrar: “Como é que fiz uma coisa dessas!?” Vez ou outra somos surpreendidos pela mídia mostrando um absurdo cometido por alguém com luz suficiente para estar longe daquele tipo de situação. Então percebemos que de fato somos humanos e isso precisa ser levado em conta, tanto pela fragilidade, como pela capacidade de superação. O homem pode ir de um extremo a outro em um espaço pequeno de tempo. Espiritualmente, isso nos alerta, a ficarmos espertos, alertas e vigiar, porque ninguém está isento.

Senhor, pedimos graça e misericórdia! A vitória conquistada ontem foi uma bênção, mas já ficou no passado; hoje é um novo dia e uma nova oportunidade, tanto para consolidar a posição de bênção, quando para caírmos em abismos de insensatez e ter que recomeçar tudo de novo. Obrigado pelo perdão e restauração que há disponível em Cristo Jesus, em nome de quem oramos, amém.

Pr Jason

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