De Volta ao Arraial

Meditação do dia: 12/01/2024

“O Senhor falava com Moisés face a face, como quem fala com o seu amigo. Depois Moisés voltava para o arraial. Porém o moço Josué, seu auxiliar, filho de Num, não se afastava da tenda.” (Ex 33.11)

De Volta ao Arraial – Quando ensino ou prego sobre dons espirituais, gosto de estimular as pessoas a acreditarem neles e na importância deles para a obra de Deus através de nós, seres humanos com muitas fraquezas e deficiências, mas incumbidos de responsabilidades muito especiais que só podem ser concluídas com sucesso, com a participação especial do poder de Deus. Tudo o que Deus faz tem propósitos definidos e na sua economia, nada pode ser desperdiçado. Assim, os dons, que são presentes, nos são dados para alcançarmos objetivos. Não recebemos dons para servir de enfeites, ou decoração, eles não podem ser moeda de troca e muito menos para ostentação, orgulho e vaidade pessoal ou denominacional. Aqueles enfeites de natal, as bolas, frutos e outros mais, são lindos, brilhantes, luminosos, mas não servem para comer ou utilidade prática, só mesmo para enfeite. Os dons não podem ser assim! Alguém cheios dos dons, pendurados, brilhando, iluminando, piscando, mas sem uso para glória de Deus ou edificação da igreja e avanço da causa do evangelho. Estamos falando sobre as experiencias da vida de oração, das vigílias, das conferencias e oportunidades onde somos ministrados por Deus, quer diretamente ou por instrumentalidade de outros servos, dotados de dons e habilidades ministeriais que nos abençoam. Essas coisas acontecem com um propósito, o de abençoarmos as outras pessoas perto de nós. Gosto muito da expressão do Salmo 23. 5 – “…unges a minha cabeça com óleo; o meu cálice transborda.” Aqui fala de uma unção dada por Deus, sobre a nossa cabeça, fazendo com que o nosso cálice transborde. O cálice cheio é para o meu uso pessoal, é minha bênção particular, mas quando ele transborda, esse “excesso” deve ser uma bênção para quem está por perto, é a minha porção a ser distribuída e se não o for, ela se perde, desperdiça e é uma pena, pois é graça de Deus. No nosso texto de hoje, vemos que diariamente Moisés saia de casa e ia para a tenda do encontro, aos olhos de todos do arraial, que ficavam admirados e considerando abençoados por terem um líder de grande intimidade com Deus. Ali, ele passava tempo com Deus, aprendendo, sendo instruído, tendo comunhão e se alimentando espiritualmente e se capacitando para servir. Servir a quem? Ao povo – a quem ele voltava todos os dias. Por mais atrativo que seja permanecer na presença de Deus, no monte em oração, numa conferencia de alto nível, ainda assim, precisamos voltar ao nosso “arraial.” Ali é o nosso campo de trabalho, nossa seara e o lugar onde Deus nos coloca e espera resultados. Depois do monte da visão, existe o vale do serviço. Como foi com os discípulos de Jesus: “⁹Ao descerem do monte, Jesus lhes ordenou: Não contem a ninguém o que vocês viram, até que o Filho do Homem ressuscite dentre os mortos. ¹⁴Quando eles chegaram para junto da multidão, um homem se aproximou de Jesus, ajoelhou-se e disse: ¹⁵Senhor, tenha pena do meu filho, porque ele tem convulsões e sofre muito; pois muitas vezes cai no fogo e outras tantas cai na água” (Mt 17.9,14,15). Existe o banquete dominical, mas também tem o avental do serviço semanal. Não se esqueçam!

Senhor, agradecemos de todo o nosso coração, por nos presentear com experiencias transformadoras e gratificantes com o teu Espírito Santo e as maravilhas sobrenaturais presentes na caminhada de fé. Obrigado por nos presentear com isso, para depois voltarmos às bases onde serviços ao Senhor, servindo as pessoas. Louvado seja o teu santo e poderoso nome. Em Cristo, oramos em fé! Amém.

Pr Jason

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