Meditação do dia: 17/02/2024
“Três vezes por ano, todo homem deve aparecer diante do soberano Senhor, o Deus de Israel.” (Ex 34.23)
Três Vezes Por Ano – Certamente esta é uma verdade prescrita para um contexto que não se encaixa nos moldes do tipo de culto e adoração que praticamos na Nova Aliança. Os Israelitas estavam em peregrinação, indo em direção à terra de Canaã, que era a Terra Prometida deles. Deus a prometeu à Abraão, à mais de quatrocentos anos antes dessa situação vivida por eles no êxodo. Aqui eles estavam em jornada, habitando em tendas e sem residência física, mas a expectativa era de que logo estariam de posse do seu território e à medida que se estabelecessem como nação, a vida ganharia contornos de normalidade. Nessas prescrições que Deus estava dando ao povo através de Moisés, ficou regulamentado as festas e festivais, dentro de um calendário anual. Entre todas as festividades, haviam três que eram as principais e obrigatórias e assim as pessoas deveriam se esforçar para comparecer: A primeira é a Páscoa; a segunda é a Festa das Colheitas ou Semanas que, a partir do domínio Grego, recebeu o nome de Pentecostes; finalmente, a festa dos Tabernáculos ou Cabanas. Cada uma delas tinha significados importantes e apontavam para a bondade do Senhor e a sua provisão em todos os sentidos. Tudo isso foi consumado no sacrifício de Jesus Cristo lá na cruz. Na noite em que ele foi preso, antes ele celebrou com antecipação do ritual da Páscoa com os seus discípulos lá naquele cenáculo e ali foi instituída a Ceia do Senhor, que agora cumprida pela sua morte e ressurreição, alude à sua próxima vinda à terra, desta vez para arrebatar a sua igreja. Em termos de festas e rituais de adoração, na Nova Aliança, não tem mais os aspectos físicos e materiais como fatores preponderantes, como o Senhor Jesus ensinou à mulher samaritana. “²⁰Nossos pais adoravam neste monte, mas vocês dizem que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar. ²¹Jesus respondeu: Mulher, acredite no que digo: vem a hora em que nem neste monte nem em Jerusalém vocês adorarão o Pai. ²²Vocês adoram o que não conhecem; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus. ²³Mas vem a hora e já chegou em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. Porque são esses que o Pai procura para seus adoradores. ²⁴Deus é Espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade” (Jo 4.20-24). Até então, nos tempos de Jesus e no começo da era da igreja, as reuniões de adoração e celebração a Deus no contexto de israelitas, se restringiam ao templo de Jerusalém e nas sinagogas espalhadas por onde quer que houvesse a presença de israelitas. A igreja cristã, ganhou maturidade e acolheu os ensinamentos de Jesus e dos apóstolos e temos uma concepção bem diferente. “Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário do Deus vivo, como ele próprio disse: “Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo” (2 Co 6.16). Em outro texto, o mesmo apóstolo Paulo ensina: “¹⁹Será que vocês não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo, que está em vocês e que vocês receberam de Deus, e que vocês não pertencem a vocês mesmos? ²⁰Porque vocês foram comprados por preço. Agora, pois, glorifiquem a Deus no corpo de vocês” (1 Co 6.19,20). Não é mais três vezes ao ano – agora é todo dia e o dia todo em todo o tempo!
Obrigado, Senhor Jesus por ter realizado um sacrifício verdadeiro, único e perfeito para sempre, podendo assim resgatar todos aqueles que colocam a fé em ti e na tua Palavra. Agora não precisamos comparecer em algum lugar para adoração, pois somos o teu santuário e habitação de Deus, através do Espírito Santo que habita em nós. Louvado seja o Senhor, para sempre e eternamente, amém.
Pr Jason