Repreensão e Castigo

Meditação do dia: 13/05/2024

“Senhor, não me repreendas na tua ira, nem me castigues no teu furor.” (Sl 6.1)

Repreensão e Castigo – Estamos diante de um texto bíblico que considero uma joia muito preciosa e acrescento – uma joia preciosa sendo vista e contemplada por alguém que tem boa noção, mas não é especialista e não tem credenciais para avaliar e determinar todo o seu precioso valor. Ele está formado por duas verdades maiores, que é a repreensão e o castigo divinos. O salmista está aqui como um adorador que reconhece a sua condição de pecador e provavelmente consciente de que fez ou participou de algo que realmente afetou sua condição espiritual e quebrou um relacionamento de amizade e comunhão que estava sendo mantido em bom nível e que agora ele percebe ficando a cada momento mais distante. Já sabemos que são os nossos pecados que nos afastam de Deus, com escreveu o profeta Isaías: 1Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; e o seu ouvido não está surdo, para não poder ouvir. 2Mas as iniquidades de vocês fazem separação entre vocês e o seu Deus; e os pecados que vocês cometem o levam a esconder o seu rosto de vocês, para não ouvir os seus pedidos” (Is 59.1,2). Esse adorador, que também pode ser você, eu ou um contemporâneo nosso; sabe que errou; sabe que está separado mas não aceita essa condição como normal ou circunstancial e que logo tudo voltará ao estado anterior. Nesse nível de relacionamento a pessoa sabe que o pecado ofende a Deus, separa e as orações ficam infrutíferas, não porque Deus está retaliando, mas porque a verdade é que a comunhão e a intimidade é importante para os dois lados do relacionamento e que ficar afastado dessa forma é muito dolorido, é como se alma ficasse sedenta, ressequida, definhando, como um peixe fora d’água e se isso não for remediado o quanto antes, será fatal. Para um adorador que aprender a viver em comunhão e proximidade com o seu Senhor, viver em pecado ou de forma negligente, é inaceitável e ele sofre muito. Também como pode ser percebido na frase do texto, ele está ciente de que precisa e merece a disciplina e a correção de Deus e que sua condição não é boa; seu pecado é grave e merece, precisa e deve ser corrigido – ele não está fugindo disso, ou tentando adiar ou procrastinar a disciplina. Sentindo a sua miséria e seu isolamento, ele pede, clama, implora para que Deus, em sua infinita bondade e misericórdia, mas no seu legítimo direito de exercer justiça e juízo, o faça de forma que ele possa “suportar.” Assim como ensinamos aos pais que não corrijam seus filhos no momento da ira, quando as emoções estão afloradas, na for da pele, para que não se excedam e ao invés de correção produzam tortura, maus tratos e firam mais do que corrijam. Assumir seus erros e responsabilidades é sinal de maturidade e desejo de manter as relações em bom nível. Esse adorador quer ser corrigido e disciplinado por Deus, mas sabe que precisa de graça e misericórdia, que o que fez e a condição que produziu é grande e grave e a correção divina é justa. Tudo o que escrevi aqui, pode não expressar muito da beleza das verdades dessa palavra de Deus; mas espero que vocês pensem nela e encontrem um pouco mais do que eu consegui e o pouco que transmiti nesse texto. Não fuja e não fujamos da disciplina do Senhor por nossos erros e pecados.

Senhor, tal qual o salmista, nós nos encontramos muitas vezes nessa mesma situação, e nem sempre tomamos a mesma atitude para restaurar a comunhão e voltarmos ao caminho da alegria de andar contigo. Conceda-nos maturidade e coragem de encarar nossas responsabilidades e aceitar a correção que vem do amor para produzir resultados maiores e melhores. Agradecemos pela tua mão poderosa estar sobre nós e nos acompanhar na jornada do crescimento. Oramos em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Deixe um comentário