Justiça e Integridade

Meditação do dia: 19/05/2024

“O Senhor julga os povos; julga-me, Senhor, segundo a minha justiça e segundo a integridade que há em mim.” (Sl 7.8)

Justiça e Integridade – Quando nos deparamos com um versículo como esse, que separamos para a nossa meditação hoje, certamente nos parece entrar num campo controverso e que precisa de esclarecimentos, para não ter ambiguidade ou achar que há alguma contradição nas Escrituras. O salmista fala de sua condição diante de Deus ao clamar por uma ação divina de livramento e proteção contra seus inimigos. Ele entende a justiça divina como sendo boa, correta e imparcial. Mesmo que ele se veja como privilegiado de pertencer ao povo de Deus e ser um escolhido divino para cumprir uma função de liderança, ele se reconhece como pecador, alguém que depende da misericórdia divina. Isso é ponto pacífico para todos nós; andamos em estreita comunhão com Deus devido a obra de Cristo na cruz, que possibilita a redenção humana e a obra do novo nascimento nos coloca na condição de entrar na presença de Deus. Sem essa obra de Deus, somos o que somos e estamos numa condição muito ruim. “Todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças são como trapo da imundícia. Todos nós murchamos como a folha; e as nossas iniquidades nos arrastam como um vento” (Is 64.6). A posição na qual o salmista advoga para si uma condição de justiça e integridade que lhe sirva de base na qual Deus pode julgá-lo, se refere a uma situação específica, humana, coisa do dia a dia em que se pode avaliar uma coisa em comparação à outra. Por exemplo, ele sabe que como rei, ou soldado, combatente e  líder de um povo, ele está agindo da maneira certa e honesta, honrando sua palavra, sua condição de homem honrado e de  moral e ética nos tratos com suas obrigações. Sendo assim, comparando a reis e exércitos ou pessoas inimigas de Israel, pessoas violentas, injustas e dispostas a saquear, matar e destruir pelo prazer da guerra e da conquista; sendo assim, ele é justo, é correto, está de maneira íntegra e pode apelar até para Deus e sabe que o Senhor pesa os corações e faz juízo e justiça e sabe quem está certo e quem está errado. Então, não se trata de atributos espirituais, com justiça própria, integridade e outras qualidades a serem medidas diante de Deus e dos valores espirituais. Somos chamados para viver e dar um bom testemunho, fazendo o que é certo, justo e correto, mas esses atos, não tem méritos diante de Deus que absolva a pessoa de pecados e que tais feitos atribuem direitos à pessoa. Nesse sentido, somos sempre devedores e nossa justiça é delegada por Cristo, atribuída a nós pela imputação da obra de Cristo na cruz e nossa apropriação é unicamente pela fé.

Senhor, graças te rendemos e somos agradecidos pela verdade do Evangelho que nos alcança e transforma pelo sacrifício de Cristo. Recebemos pela fé e nele somos beneficiados, sem merecimento algum de nossa parte. Pela graça somos salvos através da fé, sem obras e sem motivos para nos gloriarmos. Oramos agradecidos em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

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