Meditação do dia: 23/05/2024

“Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, e a lua e as estrelas que estabeleceste,” (Sl 8.3)

Quando Contemplo os Céus – À algum tempo atrás marcamos um retiro de oração com pastores da Associação de Igrejas Batistas Nacionais, aqui da Região Alta Noroeste Paulista, e fomos para um rancho às margens do Rio Paraná, que faz divisa entre os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, mais precisamente no município de Castilho. Era um lugar bem isolado, num condomínio de ranchos de pescadores e áreas de lazer. Foi um tempo maravilhoso de comunhão e oração e compartilhar de vida. O propósito principal era oração e intercessão; assim montamos uma lista de motivos para interceder, cada participante colocava seus motivos num quadro improvisado. Separamos a turma em duplas e cada uma orava uma hora e era então sucedida por outra dupla, como não éramos muitos, ficava um intervalo de três horas e a dupla voltava à ativa. Nesses intervalos, líamos a Bíblia, meditávamos individualmente, escrevia-se, descansava, conversava e alguns até pescavam. Um dos meus turnos saiu para as duas horas da madrugada; eu quase não acreditei quando sai no quintal para orar e vi um céu tão estrelado que até me assustei! Longe das luzes das cidades, no silencio daquele lugar, na madrugada às margens daquele belo e grande rio, eu fiquei maravilhado. Fazia muito tempo que não tinha uma experiencia assim e aproveitei intensamente. Diante de um cenário assim, um adorador não tem como não se extasiar e atribui a Deus todo o louvor e a glória que a ele é devido. O nosso versículo de hoje, fala exatamente disso, mas como somos adoradores de Deus e podemos aprender e experimentar a revelação de Deus em todas as oportunidades que temos, isso enriquece a nossa vida. “Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, e a lua e as estrelas que estabeleceste…” para uma pessoa sem relacionamento com Deus, ou um cientista da área da astronomia e similares, isso que eu vi e aquilo que está descrito no texto bíblico é apenas um fenômeno natural e está lá todos os dias e é bonito, pode ser estudado, mapeado, descrito e etc. é um ato de admirar, gostar da natureza e fenômenos, o que pode ser feito a seu modo, pois pode acontecer diante das Cataratas do Iguaçu ou outra semelhante; pode acontecer no deserto do Jalapão no Tocantins ou na África e Oriente Médio; pode ser feito nas dunas, de Natal no RN; nas geleiras do Ártico ou Antártida; nas Pirâmides do Egito, no Mar Morto, com a lua… Mas estamos indo muito além disso, muito além até dos próprios céus; estamos lidando com dimensões espirituais, adoração, fé, comunhão e a contemplação. Comtemplar é uma forma de adorar a Deus, de disciplina espiritual, tanto é, que não é fácil de se praticar e encontramos outras coisas para “fazer” porque “ficar quieto, em silencio, só contemplando” parece perca de tempo. Mas já percebeu o quando as Escrituras apresentam esse tema e a importância que lhe é atribuída? Já viu o quando os santos do passado investiam nisso? Deus é conhecido por duas revelações: a primeira é pela Revelação Natural, através da Criação, isso mostra o seu poder, sua criatividade, sua grandeza etc e tal, mas não é uma revelação salvadora. A segunda é a Revelação Especial, através da sua Palavra, e de Jesus Cristo, que é a Palavra encarnada. “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (Jo 1.14).

Pai, obrigado pela manifestação de tua glória e grandeza através da natureza criada e que está exposta para todos te conhecerem e se relacionarem contigo. Obrigado por Jesus Cristo revelar mais e melhor a grandeza da tua salvação a todos nós. No nome dele oramos e adoramos, amém.

Pr Jason